TRANSTORNOS ALIMENTARES EM FISICULTURISTAS

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1 TEMAS LIVRES TRANSTORNOS ALIMENTARES EM FISICULTURISTAS Victor Hugo Silvestre 1 Luciana Moreira Motta 2 Maria Georgina Marques Tonello 3 Marina Garcia Manochio Pina 4 RESUMO Atletas de fisiculturismo submetem-se a uma dieta restrita em nutrientes por um longo período de tempo e consideram um fracasso no cumprimento de metas qualquer substituição no plano alimentar, assim, podem sentir-se insatisfeitos quanto à própria imagem corporal e desenvolver patologias decorrentes a este sentimento. O objetivo do presente trabalho foi aplicar o Eating Attitudes Test (EAT-26) e o Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE) em fisiculturistas, para investigar o desenvolvimento de transtornos alimentares em atletas submetidos a dietas restritivas. Participaram da pesquisa 19 atletas de ambos os sexos, 47,4% masculino (± 30,4 anos) e 52,6% feminino (± 32,3 anos). Observou-se que 57,9% dos fisiculturistas possuíam, de acordo com o EAT-26, sintomas de transtornos alimentares, contra 4,2% de prevalência da mesma patologia na população em geral, e que 10,5% dos fisiculturistas, de acordo com o BITE, possuíam propensão ao desenvolvimento de bulimia nervosa. Apenas 10% dos atletas seguiam um plano alimentar elaborado por nutricionista. Para garantir que o atleta obtenha desempenho esportivo e mantenhase saudável, sugere-se que o nutricionista seja incluso na equipe de preparação do atleta. Palavras-chave: Transtornos da alimentação. Dieta. Imagem corporal. Antropometria. EATING DISORDERS IN BODYBUILDERS ABSTRACT Bodybuilding athletes undergo a diet restricted in nutrients for a long period of time and considered a failure to meet goals, any substitution in food terms, so it may feel unhappy as their own body image and develop pathologies arising in this sense. The objective of this study was to apply the Eating Attitudes Test (EAT-26) and the Bulimic Investigatory Test Edinburgh 1 Graduado em Nutrição pela Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca, SP, Brasil victornutricao@hotmail.com 2 Doutoranda em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca, SP, Brasil Mestre em Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brasil Fisioterapeuta pela Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca, SP, Brasil lumm1973@yahoo.com.br 3 Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos, SP, Brasil Docente do Programa de Promoção de Saúde da Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca, SP, Brasil gina@ginatonello.com.br 4 Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP Professora do Curso de Nutrição da Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca, SP, Brasil Nutricionista do Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil Nutricionista pela Universidade de Franca (UNIFRAN), São Paulo, SP, Brasil mamanochio@yahoo.com.br 122

2 Victor Hugo Silvestre et al. (BITE) in bodybuilding, to investigate the development of eating disorders in athletes subjected to restrictive diets. Participants were 19 athletes of both sexes, 47.4% male (± 30.4 years) and 52.6% female (± 32.3 years). It was observed that 57.9% of body builders had, according to the EAT-26 symptoms of eating disorders, versus 4.2% of the prevalence of this disease in the general population, and that 10.5% of bodybuilding, in accordance with the BITE had propensity to develop bulimic. Just 10% of participating athletes follow a food plan designed by a dietician. To ensure that the athlete get performance and be healthy, it is suggested that the nutritionist is included in the team athlete preparation. TEMAS LIVRES Keywords: Eating disorders. Diet. Body image. Anthropometry. 1 INTRODUÇÃO Dieta e exercício físico são aspectos-chave globais para desenvolver um estilo de vida saudável. Entretanto, ao longo dos anos, houve mudanças nas atitudes da população jovem quanto à satisfação corporal e não foram em direção a uma vida saudável (STEPTOE et al., 2002; SOUZA; CARVALHO; ARAUJO, 2011). A insatisfação com o corpo vem sendo acompanhada de uma preocupação anormal com a imagem corporal e com transtornos alimentares, estando presentes mais comumente em profissionais de saúde da área da nutrição e do esporte (CICCO et al., 2006). A imagem corporal sofre influências cognitivas, afetivas e comportamentais, e tem como base dois componentes básicos: a percepção do tamanho e da forma do corpo (POOK; TUSCHEN-CAFFIER; BRÄHLER, 2008). O atleta de fisiculturismo, em busca da perfeição corporal, em alguns casos, se torna obcecado pelos seus hábitos alimentares e a sua rotina de vida é voltada única e exclusivamente ao corpo. Esta atitude pode levar o indivíduo ao isolamento social e desencadear uma série de distúrbios relacionados a este confinamento. Além dos hábitos alimentares restritos e a visão distorcida sobre alimentação saudável, é comum observar em atletas o uso indiscriminado de medicamentos com o objetivo de melhorar o desempenho no treinamento e nas competições (STEPTOE et al., 2002). Após seguir um plano alimentar restrito por longo período de tempo, o atleta considera um fracasso ou falha no cumprimento de metas e rotinas qualquer substituição no plano alimentar proposto previamente, assim, pode sentir-se demasiadamente insatisfeito quanto à própria imagem corporal e desenvolver patologias decorrentes a este sentimento (SOUZA; CARVALHO; ARAUJO, 2011; NERGIZ-UNAL; BILGIÇ; YABANC, 2014; ALOI et al., 2015). Os fisiculturistas podem ter necessidades nutricionais muito especiais devido às alterações fisiológicas ou especificidades do seu esporte. As recomendações gerais de uma dieta com alto teor de carboidratos complexos e baixo teor de gordura beneficiam o atleta, assim como a ingestão de uma grande variedade de alimentos, porém as outras diretrizes básicas podem não se aplicar aos atletas (HIRSCHBRUCH, 2004). Os profissionais de saúde que atuam com atletas de fisiculturismo e esportistas em geral devem estar atentos aos sinais de transtornos alimentares (TA), conhecerem os seus critérios diagnósticos e, se preciso, encaminhá-los para um tratamento especializado e desenvolver uma postura de prevenção em relação a estes problemas (MONTEIRO; CAMELO, 2007). 123

3 TEMAS LIVRES TRANSTORNOS ALIMENTARES EM FISICULTURISTAS Segundo a Agency for Healthcare Research and Quality, entre 1999 e 2006, o número de hospitalizações por transtornos alimentares (TA) em meninos com 12 anos ou menos teve aumento de 119% (ROSEN, 2010). Soler et al. (2013) estudaram a relação da vigorexia (transtorno psíquico da aparência) e a dependência de exercício físico em frequentadores de academia e fisiculturistas e encontraram que a duração de uma sessão de treino se correlaciona positivamente com a dependência do exercício, e que os grupos considerados dependentes revelam níveis superiores de vigorexia, sendo mais comum em fisiculturistas. Visto isso, o presente estudo teve por objetivo investigar possível propensão para o desenvolvimento de transtorno alimentar em atletas fisiculturistas submetidos a dietas restritivas por um longo período de tempo. 2 METODOLOGIA Este trabalho foi realizado em uma rede de lojas de suplementos alimentares de uma cidade do interior de São Paulo. A pesquisa contou com 19 indivíduos (idade média de 32,1 anos), sendo 52,6% do sexo feminino e 47,4% do sexo masculino, e todos os participantes já haviam participado de ao menos um campeonato de fisiculturismo no estado de São Paulo. Dois protocolos foram preenchidos: o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), abreviado e validado pelos autores, mantendo as correlações clínicas e psicométricas entre grupos de pacientes e sujeitos normais. Contém 26 questões fechadas, abordando atitudes alimentares, e as respostas assinaladas são: sempre (5 pontos), muito frequentemente (4 pontos), frequentemente (3 pontos), às vezes (2 pontos), raramente (1 ponto) e nunca (0 pontos). O escore igual ou superior a 21 pontos indicou os indivíduos supostamente suscetíveis ao desenvolvimento de distúrbios de conduta alimentar (GARNER et al., 1982; BIGHETTI, et al., 2004) e o Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE), adaptado e traduzido para a língua portuguesa pelos autores, que avalia a presença e gravidade de sintomas para bulimia nervosa, sendo que para um escore total de 30 pontos, entre 10-19, significa padrão alimentar não usual, porém sem risco para bulimia; entretanto, um escore entre significa padrão alimentar compulsivo, com risco para bulimia nervosa (XIMENES et al., 2011). Os participantes também responderam um questionário com questões de caracterização pessoal e categoria dentro do fisiculturismo elaborado pelo pesquisador. Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade de Franca com o protocolo RESULTADOS O questionário BITE indicou que 10,5% dos atletas fisiculturistas foram classificados com comportamento alimentar compulsivo (escore > 20 pontos) e grande possibilidade de desenvolver bulimia nervosa, enquanto 89,5% apresentaram um padrão alimentar não usual (escore < 20 pontos), mas sem risco de bulimia nervosa (Gráfico 1). 124

4 Victor Hugo Silvestre et al. Gráfico 1: Sintomas de bulimia nervosa em fisiculturistas de ambos os sexos TEMAS LIVRES Fonte: Os autores (2013). O questionário EAT-26 mostrou que 57,9% dos entrevistados apresentavam padrões alimentares anormais, o que indica sintoma para transtorno alimentar (escore 21 pontos) (Gráfico 2), sendo estes mais evidentes nas mulheres (70%) (Gráfico 3). Ambos os resultados foram preocupantes, já que são taxas maiores daquelas encontradas na população em geral. Gráfico 2: Resultado do EAT-26 em fisiculturistas de ambos os sexos Fonte: Os autores (2013). 125

5 TEMAS LIVRES TRANSTORNOS ALIMENTARES EM FISICULTURISTAS Gráfico 3: Resultados do EAT-26 em fisiculturistas por gênero Fonte: Os autores (2013). 4 DISCUSSÃO DE DADOS Ainda de acordo com a literatura (PERINI et al., 2009), a alta prevalência de bulimia nervosa em atletas tem relação direta com modalidades esportivas que têm maior preocupação com a estética. Segundo Teixeira (2009), aproximadamente 90% dos pacientes com transtorno alimentar são do sexo feminino. Para Oliveira e Hutz (2010) as mulheres apresentam maior incidência de transtornos alimentares que os homens, em virtude de aspectos socioculturais, históricos, estéticos e midiáticos do culto à magreza. Estes achados vêm ao encontro do presente estudo, onde 70% das atletas femininas foram classificadas com distúrbios de conduta alimentar. No estudo de Nergiz-Unal, Bilgiç e Yabanc (2014), que avaliaram os riscos para desordens alimentares quando compararam estudantes universitários das áreas de nutrição e dieta, educação física e esporte e ciências sociais pelo escore dos questionários de percepção de forma corporal (BSQ-34), teste de atitudes alimentares (EAT-40) e escala de avaliação de figuras de imagem corporal (FRS), encontraram que alunos da educação física e nutrição apresentavam maior insatisfação com a imagem corporal quando comparados com os alunos de ciências sociais, apesar de nenhum dos grupos apresentar alto risco para padrão alimentar anormal. Em estudo realizado com estudantes de educação física do sexo feminino na Nova Zelândia, observou-se maior prevalência de TA e autoestima reduzida, quando comparados com estudantes de outro curso (BOSI et al., 2008). Conforme Aloi et al. (2015), que compararam o perfil cognitivo de pacientes com anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno alimentar obsessivo, por meio de vários testes neuropsicológicos, pela tomada de decisões e coerência dos avaliados, encontrou que os que apresentavam transtorno alimentar também apresentavam alto comprometimento cognitivo, sendo suas tomadas de decisões e flexibilidades cognitivas piores quando comparadas com os pacientes de anorexia e bulimia nervosa, além disso, esse perfil cognitivo esteve fortemente associado a sintomas depressivos. 126

6 Victor Hugo Silvestre et al. No estudo de Uzunian (2015), que investigou a prevalência de comportamentos alimentares sugestivos de transtornos, participaram 60 atletas, com idade média 13,6 anos. A prevalência de risco para bulimia nervosa foi de 15% e 6,7% para anorexia nervosa. Verificouse que o estágio de maturação sexual e a pontuação obtida na escala de imagem corporal se relacionaram ao risco maior de anorexia nervosa, além do que, indivíduos pertencentes à classe social C apresentaram 10% mais chance para desenvolver transtorno alimentar, indicando uma correlação positiva com o nível socioeconômico. Embora a prescrição da dieta seja atividade privativa do nutricionista, foi possível observar que os próprios atletas e muitos treinadores são responsáveis por elaborar a dieta de um atleta fisiculturista. 53% dos entrevistados relataram seguir dieta prescrita pelo próprio treinador, 37% são responsáveis pelo próprio cardápio e apenas 10% têm acompanhamento de um nutricionista. Considerando que os atletas sofrem influências da mídia, da sociedade, da família e dos pares, tornam-se vulneráveis à distorção da imagem corporal e dos hábitos alimentares. Além dessas influências, a prática esportiva de nível competitivo é pressionada pelos treinadores e patrocinadores, que lhes cobram os melhores resultados. No meio esportivo, é comum observar treinadores e atletas adotarem práticas dietéticas inadequadas em função da falta de conhecimento técnico sobre nutrição esportiva, colaborando para o desenvolvimento de TA ainda na adolescência (QUILES-MARCOS et al., 2011). O tamanho da amostra e o não acompanhamento da dieta foram fatores limitantes nesta pesquisa, pois estudos com populações maiores e descrições da qualidade dietéticas para esportivas poderiam nos fornecer informações mais concretas sobre a prevalência de TA e os fatores de risco associados. TEMAS LIVRES 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Notou-se com este estudo que atletas de fisiculturismo de ambos os sexos estão mais propensos a desenvolverem algum tipo de transtorno alimentar por se tratar de um grupo de risco. A prevalência de propensões e sintomas de transtorno alimentar no grupo de fisiculturistas está acima da dos casos na população geral. A frequência de comportamentos alimentares considerados anormais no grupo de fisiculturistas sinaliza a necessidade de um olhar mais atento, pois sugerem a preponderância dos valores relacionados à competição em detrimento daqueles relacionados à saúde. Para garantir que os atletas de fisiculturismo possam obter ótimo desempenho físico sem prejudicar sua saúde, é fundamental a inclusão do profissional nutricionista junto à sua equipe, sendo o responsável pela elaboração da dieta. REFERÊNCIAS ALOI, M. et al. Decision making, central coherence and set-shifting: a comparison between binge eating disorder, anorexia nervosa and healthy Controls. BMC Psychiatry, London, n. 15, p. 6,

7 TEMAS LIVRES TRANSTORNOS ALIMENTARES EM FISICULTURISTAS BIGHETTI, F. et al. Tradução e avaliação do Eating Attitudes Test em adolescentes do sexo feminino de Ribeirão Preto, São Paulo. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 53, n. 6, p , nov./dez BOSI, M. L. M. et al. Comportamento alimentar e imagem corporal entre estudantes de educação física. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, p , CICCO, M. F. et al. Imagem corporal, práticas de dietas e crenças alimentares em adolescentes e adultas. Psicologia Hospitalar, São Paulo, v. 4, n. 1, p , GARNER, D. M. et al. The Eating Attitudes Test: psychometric features and clinical correlates. Psychological Medicine, Cambridge, v. 12, n. 4, p , HIRSCHBRUCH, C. Nutrição esportiva, uma visão prática. São Paulo: Manole, MONTEIRO, J. P.; CAMELO, J. S. Nutrição e metabolismo, caminhos da nutrição e terapia nutricional da concepção à adolescência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, NERGIZ-UNAL, R.; BILGIÇ, P.; YABANC, N. High tendency to the substantial concern on body shape and eating disorders risk of the students majoring Nutrition or Sport Sciences. Nutrition Research and Practice, Seoul, v. 8, n. 6, p , OLIVEIRA, L. L.; HUTZ, C. S. Transtornos alimentares: o papel dos aspectos culturais no mundo contemporâneo. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 3, p , jul./set PERINI, T. A. et al. Transtorno do comportamento alimentar em atletas de elite de nado sincronizado. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 15, n. 1, p , POOK, M.; TUSCHEN-CAFFIER, B.; BRÄHLER, E. Evaluation and comparison of different versions of the Body Shape Questionnaire. Psychiatry Research, Amsterdam, v. 158, n. 1, p , QUILES-MARCOS, Y. et al. Eating habits, physical activity, consumption of substances and eating disorders in adolescents. The Spanish Journal of Psychology, Madrid, v. 14, n. 2, p , ROSEN, D. S. American Academy of Pediatrics Committee on Adolescence. Identification and management of eating disorders in children and adolescents. Pediatrics, Springfield, v. 126, n. 6, p ,

8 Victor Hugo Silvestre et al. STEPTOE, A. et al. Trends in smoking, diet, physical exercise, and attitudes toward health in European university students from 13 countries, Preventive Medicine, New York, v. 35, n. 2, p , TEMAS LIVRES SOLER, P. et al. Vigorexia e níveis de dependência de exercício em frequentadores de academia e fisiculturistas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 19, n. 5, p , SOUZA, R. L.; CARVALHO, K. B.; ARAÚJO, J. P. Distorção da imagem corporal e estado nutricional em adolescentes da zona rural da cidade de Crato-CE. In: CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE E NORDESTE DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, 6., Natal. Anais eletrônicos... Natal: SETEC, p Disponível em: < connepi/public_html/ciencias-da-saude.pdf>. Acesso em: 09 jun TEIXEIRA, P. C. et al. A prática de exercícios físicos em pacientes com transtornos alimentares. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 36, n. 4, p , XIMENES, R. C. C. et al. Versão brasileira do BITE para uso em adolescentes. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 63, n. 1, p , UZUNIAN, L. G.; FERRARI, G. L. M.; VITALLE, M. S. S. Prevalência de transtorno alimentar e fatores associados em atletas adolescentes. Revista Adolescência e Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p , Recebido em: 14 mar Aprovado em: 01 jun