Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de CAPÍTULO V DA FALÊNCIA Seção I

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1 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 concessão o fato de o devedor não ser falido. A letra C está certa, de acordo com o disposto no art. 73, IV, da Lei nº /05. E a letra D stá errada, porque tais atos presumem-se válidos (art. 74). CAPÍTULO V DA FALÊNCIA Seção I Disposições Gerais Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa. Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual. Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. Parágrafo único. Todas as ações, inclusive as excetuadas no caput deste artigo, terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de nulidade do processo. Art. 77. A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos sócios ilimitada e solidariamente responsáveis, com o abatimento proporcional dos juros, e converte todos os créditos em moeda estrangeira para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial, para todos os efeitos desta Lei. Art. 78. Os pedidos de falência estão sujeitos a distribuição obrigatória, respeitada a ordem de apresentação. Parágrafo único. As ações que devam ser propostas no juízo da falência estão sujeitas a distribuição por dependência. Art. 79. Os processos de falência e os seus incidentes preferem a todos os outros na ordem dos feitos, em qualquer instância. Art. 80. Considerar-se-ão habilitados os créditos remanescentes da recuperação judicial, quando definitivamente incluídos no quadro-geral de credores, tendo prosseguimento as habilitações que estejam em curso. Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem. 105

2 André Luiz Santa Cruz Ramos 1 o O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de 2 (dois) anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato, no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência. 2 o As sociedades falidas serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido. Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil. 1 o Prescreverá em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência, a ação de responsabilização prevista no caput deste artigo. 2 o O juiz poderá, de ofício ou mediante requerimento das partes interessadas, ordenar a indisponibilidade de bens particulares dos réus, em quantidade compatível com o dano provocado, até o julgamento da ação de responsabilização. 1. Falência Uma vez sendo a sentença de procedência e não tendo sido realizado o depósito elisivo (art. 98, parágrafo único), a falência do devedor será decretada, o que iniciará o processo falimentar propriamente dito, ou seja, a execução concursal do empresário devedor (empresário individual ou sociedade empresária). O objetivo primordial do processo falimentar, segundo o dispositivo ora em análise, é promover o afastamento do devedor de suas atividades visando a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa. Aqui se destacam dois importantes princípios do Direito Falimentar moderno: (i) o princípio da preservação da empresa e (ii) o princípio da maximização dos ativos. De fato, sabendo-se que empresa é uma atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços (art. 966 do Código Civil), nota-se que a decretação da falência do devedor (empresário individual ou sociedade empresária) não acarreta, necessariamente, o fim da atividade (empresa) que ele exercia. Essa atividade (empresa) pode continuar sob a responsabilidade de outro empresário (empresário individual ou 106

3 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 sociedade empresária), caso ocorra, por exemplo, a venda do estabelecimento empresarial do devedor, nos termos do art. 140, I, da LFRE. Portanto, é por isso que a lei, no artigo em comento, fala em preservar e otimizar a utilização produtiva dos ativos, mesmo após o afastamento do devedor. Mantendo-se a empresa em funcionamento, evita-se que seus ativos sobretudo ativos intangíveis, como uma marca se desvalorizem ou se deteriorem, por exemplo. Isso contribui para que, no curso do processo falimentar, quando for realizada a venda dos bens, consigam-se interessados em adquirir o estabelecimento empresarial do devedor, dando continuidade à atividade que ele desenvolvia (princípio da preservação da empresa). Ademais, evitando-se a desvalorização e a deterioração consegue-se fazer com que no momento da venda esta seja feita por um preço justo, o que em última análise interessa aos credores da massa, já que o dinheiro arrecadado será usado para o pagamento de seus créditos (princípio da maximização dos ativos). Por fim, registre-se também que o artigo em análise, em seu parágrafo único, ainda prevê que o processo falimentar deve atender aos princípios da celeridade e da economia processual. Com efeito, quanto mais rápido o processo falimentar se desenvolver, melhor será para todos, haja vista que o tempo, nesse caso, só contribui para a desvalorização e a deterioração dos ativos do devedor. 2. A instauração do juízo universal da falência Conforme já mencionamos quando da análise do art. 6º, decretada a falência pelo juízo competente instaura-se o chamado juízo universal da falência, que atrairá para si todas na verdade, quase todas as ações que envolvam o devedor falido. Trata-se do que os doutrinadores chamam de aptidão atrativa do juízo falimentar, que passa a ser competente para conhecer e julgar todas as demandas patrimoniais que envolvam o falido. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. ATO JUDICIAL PASSÍVEL DE RECURSO. SÚMULA 267/STF. FALÊNCIA. JUÍZO UNIVERSAL. 1. Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso (Súmula 267/STF). 2. O processo falimentar está sujeito ao princípio da universalidade, com o qual se objetiva não somente evitar a dispersão do patrimônio, como também submeter as questões relevantes a um mesmo juízo, conhecedor da realidade do processo. 3. Os pedidos de falência devem ser processados no mesmo juízo, sendo que o primeiro atrai os demais (art. 6º, 8º, da Lei /05). 4. Recurso ordinário desprovido. (RMS /SP, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, QUAR- TA TURMA, julgado em 01/12/2009, DJe 18/12/2009) 107

4 André Luiz Santa Cruz Ramos 108 Nesse sentido, por exemplo, tem-se a já mencionada regra do inciso V do art. 99 da LFRE, que ordena a suspensão de todas as ações e execuções contra o falido, com exceção das ações que demandam quantia ilíquida (art. 6º, 1º) e das ações em curso na Justiça do Trabalho (art. 6º, 2º). A universalidade do juízo falimentar, portanto, não é absoluta, já que há certas demandas judiciais que não são atraídas para ele. A primeira exceção, pois, é a relativa às ações não reguladas pela LFRE em que a massa falida atue no pólo ativo da relação processual, individualmente ou em litisconsórcio. Frise-se que estamos nos referindo apenas às ações não reguladas na LFRE, porque nas ações reguladas pela LFRE, ainda que a massa falida seja autora ou litisconsorte ativa, o juízo falimentar será o competente. É o que ocorre, por exemplo, na hipótese de a massa falida ajuizar ação revocatória (art. 132 d LFRE) contra o devedor. Como se trata de ação regulada na própria legislação falimentar, a competência para o seu processamento e julgamento é do juízo universal da falência, não obstante esteja a massa no pólo ativo da demanda. A segunda exceção é referente às ações que demandam quantia ilíquida (art. 6º, 1º, da LFRE), esteja a massa falida no pólo ativo ou no pólo passivo da relação processual. Como a falência é um processo de execução execução concursal de devedor empresário insolvente seu rito é incompatível com o de ações que demandam quantia ilíquida, razão pela qual essas ações, obviamente, não são atraídas para o juízo falimentar, devendo prosseguir na vara em que tramitam até que o valor devido seja devidamente apurado e liquidado. A terceira exceção se refere às demandas em curso na Justiça do Trabalho (art. 6º, 2º, da LFRE c/c art. 114 da CF/88), que são, basicamente, as reclamações trabalhistas. Nesse caso, cabe à própria Justiça trabalhista processar e julgar a ação, até que seja definido e liquidado o respectivo crédito. Somente então se deve remeter a execução desse crédito ao juízo falimentar, que o incluirá na ordem correspondente, assegurando-lhe a preferência que a legislação falimentar confere. Nesse sentido, confira-se acórdão do Superior Tribunal de Justiça, anterior à LFRE, mas cujo entendimento mantém-se atual. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA JUÍZO FALIMENTAR E JUSTIÇA DO TRABALHO FALÊNCIA EXECUÇÃO TRABALHISTA ARREMATA- ÇÃO ULTIMADA NA JUSTIÇA ESPECIALIZADA REMESSA DO PRODUTO AO JUÍZO UNIVERSAL DA FALÊNCIA. 1. Constituindo o ordenamento jurídico pátrio um sistema harmônico, perfaz-se imperioso interpretá-lo sistematicamente, conciliando os princípios orientadores da execução

5 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 trabalhista e do processo falimentar. Assim, uma vez decretada a quebra, as reclamações trabalhistas anteriormente intentadas serão ultimadas pela Justiça do Trabalho, absolutamente competente para o respectivo julgamento. Porém, definitivamente julgados e liquidados os créditos trabalhistas, sua execução deve ser remetida ao Juízo Falimentar, a quem compete ordenar os créditos segundo as preferências legais e, uma vez classificados, conferir tratamento paritário aos credores de uma mesma categoria. 2. No caso, a arrematação dos bens na Justiça Laboral ocorreu muito após à data em que declarada a falência, tornando inviável a liberação do respectivo produto ao exeqüente (art. 24, 1º, do DL nº 7.661/45). Nos termos legais, apenas a arrematação, e não a penhora, consumada previamente à decretação de quebra, afasta a necessidade de habilitação do crédito junto à massa falida. (...) Nesta oportunidade, seria inconseqüente anular os custosos atos de arrematação praticados na execução singular e determinar sua renovação perante o Juízo competente, devendo-se, em atenção ao princípio da economia processual, determinar a remessa de seu produto ao Juízo Falimentar, para fins de habilitação junto à massa falida. Outrossim, as cartas de arrematação encontram-se devidamente expedidas, pelo que o ato reputa-se perfeito, acabado e irretratável, somente podendo ser desfeito nas hipóteses elencadas no parágrafo único do art. 694 do CPC, do que não se cogita, in casu. 5. Conflito conhecido para se declarar competente o D. Juízo de Direito da 1ª Vara da Fazenda, Falências e Concordatas de Curitiba/PR, ora suscitante. (STJ, CC37680/PR, Relator Ministro Jorge Scartezini, DJ , p. 137). A quarta exceção, por sua vez, é relativa às execuções fiscais (Lei nº 6.830/80), uma vez que a Fazenda Pública, segundo o art. 187 do CTN, não se sujeita a nenhum tipo de concurso de credores. Quanto a esse ponto, cumpre destacar que a LFRE trouxe, segundo alguns autores, uma importante inovação, ao prever que as execuções fiscais não se suspendem apenas na recuperação judicial, conforme dispõe o art. 6º, 7º, da LRE: as execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. Segundo esses autores, pela interpretação a contrario sensu desse dispositivo a decretação da falência suspende o curso da execução fiscal. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu em acórdão recente, já na vigência da Lei nº /05 (LFRE), que a execução fiscal contra a massa não se suspende, podendo correr normalmente perante a vara na qual foi proposta. No entanto, o crédito fiscal deve respeitar a ordem de classificação dos créditos prevista na legislação falimentar (art. 83 da LFRE). Veja-se a decisão do STJ: 109

6 André Luiz Santa Cruz Ramos 110 CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA PROCESSUAL CIVIL EXECU- ÇÃO FISCAL COMPETÊNCIA TERRITORIAL SOMENTE EXCETUADA POR PROVOCAÇÃO DO INTERESSADO FALÊNCIA JUÍZO FALIMENTAR NÃO-SUJEIÇÃO DA COBRANÇA DE DÉBITOS FISCAIS À HABILITAÇÃO DO CRÉDITO NO JUÍZO FALIMENTAR ART. 29 DA LEI N /90 COMPE- TÊNCIA INALTERADA DO FORO ONDE PROPOSTA A EXECUÇÃO FISCAL. 1. A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício. Verbete 33 da Súmula/STJ. 2. Conforme estabelece o art. 29 da Lei de Execuções Fiscais (Lei n /80), que segue a determinação do art. 187 do Código Tributário Nacional, a cobrança judicial da dívida da Fazenda Pública não se sujeita à habilitação em falência, submetendo-se apenas à classificação dos créditos. 3. Assim, pode a execução fiscal ajuizada em face da Massa Falida ser processada normalmente no foro onde foi proposta, mesmo que o Juízo Falimentar seja em outra Circunscrição. Conflito conhecido, para declarar a competência do Juízo Federal da 12ª Vara da Seção Judiciária de São Paulo, o suscitado. (STJ, CC 63919/PE, Relator Ministro Humberto Martins, DJ , p. 219). A quinta exceção, por fim, diz respeito às ações em que a União ou algum ente público federal sejam partes ou interessados. Nesse caso, a competência é da Justiça Federal (art. 109 da CF/88). Cumpre ressaltar ainda que todas as ações do devedor falido, inclusive as que correm fora do juízo universal da falência, nos termos do parágrafo único do art. 76, terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de nulidade do processo. O administrador judicial passa a ser, pois, o representante legal da massa falida, atuando em juízo na defesa de seus interesses em todos os processos nos quais a mesma seja parte ou interessada. Nesse sentido, aliás, veja-se a regra do 6º do art. 6º da LFRE, que assim dispõe: independentemente da verificação periódica perante os cartórios de distribuição, as ações que venham a ser propostas contra o devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da recuperação judicial: I pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial; II pelo devedor, imediatamente após a citação. Assim, portanto, ainda que o juízo universal não atraia para si todas as ações e execuções em que seja parte o falido, todas as ações e execuções não atraídas devem ser comunicadas ao juízo falimentar assim que possível. Finalmente, ainda sobre a regra em análise, que prevê a instauração do juízo universal da falência, cumpre tratar de um tema deveras polêmico, que diz respeito ao tratamento que deve ser dispensado às execuções

7 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 ajuizadas anteriormente ao decreto de falência nas quais já houve a realização de atos de constrição de bens, como a penhora. A antiga legislação falimentar continha regra específica sobre o assunto. Tratava-se do art. 24, 1º, que assim dispunha: as ações ou execuções individuais dos credores, sob direitos e interesses relativos à massa falida, inclusive as dos credores particulares de sócio solidário da sociedade falida, ficam suspensas, desde que seja declarada a falência até o seu encerramento. 1º Achando-se os bens já em praça, com dia definitivo para arrematação, fixado por editais, far-se-á esta, entrando o produto para a massa. Se, porém, os bens já tiverem sido arrematados ao tempo da declaração da falência, somente entrará para a massa a sobra, depois de pago o exeqüente. Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça tinha inúmeros precedentes. AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. FALÊNCIA POSTERIOR À PENHORA DE BENS. MASSA. DIREI- TO AO PRODUTO DA ALIENAÇÃO DOS BENS. DIVERGÊNCIA SUPERADA. SÚMULA 168/STJ. INDEFERIMENTO LIMINAR DOS EMBARGOS. Na assentada de , a Primeira Seção, ao julgar os Embargos de Divergência no Recurso Especial /RS, firmou o entendimento segundo o qual o produto resultante da alienação dos bens penhorados, antes da decretação da falência, deve ser incluído no juízo falimentar. Dessa forma, deve-se prosseguir a execução fiscal até a alienação dos bens penhorados, quando entrará o produto da alienação para a massa, uma vez que devem ser respeitados os créditos preferenciais, quais sejam, os créditos decorrentes de acidentes de trabalho e os créditos trabalhistas (artigos 102, 1º, da Lei de Falências, 186 e 187 do CTN). Satisfeitos tais créditos preferenciais, a exeqüente, por ter aparelhado execução fiscal, passará então a ter preferência perante os demais créditos, no que tange ao produto da execução fiscal. Agravo regimental improvido. (STJ, AgRg no EREsp /RS, Relator Ministro Franciuli Netto, DJ , p. 224). EXECUÇÃO FISCAL. PRODUTO DA ARREMATAÇÃO. ENTREGA. JUÍZO FALI- MENTAR. CRÉDITO TRABALHISTA. A Corte Especial proveu o EREsp reafirmando a tese de que a decretação da falência não paralisa o processo de execução fiscal, nem desconstitui a penhora. Sendo assim, a execução fiscal continuará a se desenvolver até a alienação dos bens penhorados e o dinheiro resultante dessa alienação será entregue ao juízo da falência para rateio, observadas as preferências legais. Note-se que, embora os créditos fiscais não estejam sujeitos à habilitação no juízo falimentar, não se livram de classificação para disputa de preferência com 111

8 André Luiz Santa Cruz Ramos 112 os créditos trabalhistas (DL n /1945, art. 126). Precedentes citados: REsp RS, DJ 27/5/2003, e EREsp RS, DJ 9/12/2003. (EREsp RS, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 1º/12/2004 Informativo nº 231/2004 (Ver Informativo nº 193). A atual legislação, todavia, não contém regra específica. Não obstante, acreditamos que nada impede que se continue entendendo da mesma maneira. Afinal, se os bens foram arrematados antes da decretação da falência, nada justifica que o decreto de quebra posterior determine a remessa ao juízo falimentar do produto arrecadado com a arrematação. Deve-se privilegiar, nesse caso, o credor da execução individual, que teve todo o trabalho de conduzir o processo executivo até os seus atos finais. Assim, somente o eventual saldo remanescente deve ser enviado para a massa. Caso, em contrapartida, ainda não tenha ocorrido a venda do bem, deve-se proceder de forma diversa. Com efeito, nessa situação recomenda-se seja realizada a hasta pública para que não sejam desperdiçados os atos processuais já praticados até aquele momento, enviando-se apenas o produto arrecadado para o juízo falimentar. Não há como negar, pois, que nesse caso o credor da execução individual será de certa forma prejudicado, uma vez que todo o seu trabalho vai ser aproveitado pelos demais credores habilitados no juízo da falência. E mais: caso ele não seja um credor privilegiado, pode até nem ser beneficiado com o produto arrecadado com a venda daquele(s) bem(ns) objeto de sua execução individual. Mas se deve agir assim em obediência ao princípio da par condicio creditorum. Em suma: decretada a falência, a execução de quaisquer créditos contra o devedor falido deve ser feita no juízo universal da falência, ainda que se trate de crédito trabalhista ou tributário. Admite-se o prosseguimento da execução, excepcionalmente, apenas para que se ultimem alguns atos executórios já iniciados, em homenagem aos princípios da economia e celeridade processuais. Mesmo assim, o produto arrecadado deve ser remetido ao juízo falimentar, que o incorporará à massa e pagará os credores segundo a ordem de preferência determinada em lei. Nesse sentido, confiram-se as seguintes decisões do STJ, algumas bem recentes, que explicam muito bem a questão: Conflito positivo de competência. Execução trabalhista. Falência. 1. Após decretada a falência, prosseguirá a execução dos julgados, mesmo os trabalhistas, no Juízo Falimentar. O crédito trabalhista, assim, está sujeito a rateio dentre os de igual natureza, não se enquadrando na exceção prevista no artigo 24, 2º, inciso I, da Lei nº 7.661/45. Se já designada praça e arrematado o bem, determina-se a remessa do produto da arrematação ao Juízo Falimentar, preservando-se o ato já

9 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 realizado. Não consta destes autos, cujo conflito foi suscitado pela própria falida, a ocorrência de arrematação do mesmo bem perante o Juízo da Falência, mas, apenas, a arrecadação. 2. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas de Curitiba/PR. (STJ, CC 56347/PR, Relator Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, DJ , p. 220). PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL E FALÊNCIA DO EXE- CUTADO. LEILÃO. ARREMATAÇÃO. 1. O produto arrecadado com a alienação de bem penhorado em Execução Fiscal, antes da decretação da quebra, deve ser entregue ao juízo universal da falência. Precedentes: REsp /RS, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS, CORTE ES- PECIAL, DJ de 27/05/2002; grg no Ag /SP, Rel. Ministro MAU- RO CAMPBELL MARQUES, DJe 28/09/2009; AgRg no REsp /SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, DJe 14/04/2009; AgRg nos EDcl no REsp /RS, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, Primeira Turma, DJ ; AgRg na MC 11937/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, Rel. p/ Acórdão Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJ 30/10/ A falência superveniente do devedor não tem o condão de paralisar o processo de execução fiscal, nem de desconstituir a penhora realizada anteriormente à quebra. Outrossim, o produto da alienação judicial dos bens penhorados deve ser repassado ao juízo universal da falência para apuração das preferências. (...) (REsp /RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/11/2009, DJe 09/12/2009). (...) 1. Decretada a quebra, a Justiça do Trabalho é competente para definir o crédito trabalhista, que será, então, habilitado no juízo universal e atrativo da falência; excepcionalmente, porém, se os bens já estiverem em praça, a arrematação terá curso, mas o produto será transferido para o juízo falimentar. Precedentes. (...) (AgRg no CC /BA, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 29/04/2009) Por fim, ainda sobre a formação do juízo universal da falência, cumpre destacar que as ações atraídas pelo juízo falimentar serão distribuídas por dependência ao processo de falência. E, segundo o art. 79, os processos de falência e os seus incidentes preferem a todos os outros na ordem dos feitos, em qualquer instância. Esta regra é muito importante, porque os processos falimentares precisam de decisões rápidas. 3. Vencimento antecipado das dívidas Um dos efeitos imediatos da decretação da falência é o vencimento antecipado das dívidas. Se o devedor falido for uma sociedade empresária em que os sócios tenham responsabilidade ilimitada (por exemplo, uma 113

10 André Luiz Santa Cruz Ramos 114 sociedade em nome coletivo art do Código Civil), haverá o vencimento antecipado também das dívidas dos sócios de responsabilidade ilimitada. Se a dívida era composta com juros, haverá o abatimento proporcional desses juros. Se a dívida era em moeda estrangeira, haverá a conversão para moeda nacional, pelo câmbio oficial do dia da decisão que decretar a quebra. 4. Habilitação dos créditos remanescentes de recuperação judicial Quando a falência é decorrente de convolação da recuperação judicial em falência, nos termos do art. 73, já analisado, não é preciso fazer um novo procedimento de habilitação e verificação dos créditos. Nesse caso, aproveita-se a habilitação feita no processo de recuperação, conforme determina o art Responsabilidade dos sócios da sociedade falida Tratando-se de falência de uma sociedade empresária, o primeiro efeito da falência a ser destacado é, logicamente, a dissolução da sociedade. Afinal, com a decretação da quebra e a instauração do processo de execução concursal do devedor, haverá o encerramento da atividade empresarial e a conseqüente liquidação do patrimônio social para o posterior pagamento dos credores. Mas a falência não atinge apenas a pessoa jurídica. Os membros que a compõem, ou seja, os sócios da sociedade empresária falida, também são atingidos, variando os efeitos sobre as suas pessoas a depender do tipo societário e da função que eles exerciam na sociedade. Tratando-se de sociedade em que a responsabilidade dos sócios é ilimitada (por exemplo, uma sociedade em nome coletivo art do Código Civil), prevê o art. 81 que a decretação da falência da sociedade também acarreta a decretação da falência dos sócios, e eles então ficam sujeitos aos mesmos efeitos sofridos pela sociedade de que fazem parte. Veja-se que nesse caso a repercussão da falência da sociedade sobre a pessoa dos sócios é tão relevante que a lei determina que eles devem ser também citados quanto aos termos da ação falimentar, para que possam se defender. O dispositivo em questão ainda determina, em seu parágrafo único, que a regra nele prevista aplica-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de 2 (dois) anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato,

11 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência. Essa regra coaduna-se com a regra do art do Código Civil: A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação. Em se tratando, em contrapartida, de sociedade em que os sócios respondem de forma limitada, eles em princípio não se submetem aos efeitos da falência, já que quem faliu foi a sociedade, pessoa jurídica com existência e patrimônio distintos da pessoa dos sócios. Não obstante, caberá ao juízo da falência apurar eventual responsabilidade pessoal dos quotistas e administradores, conforme regra estabelecida no art. 82. Essa ação para responsabilizar pessoalmente os sócios prescreve em dois anos, contados do trânsito em julgado da sentença que encerra a falência ( 1º). E mais: o juiz poderá, de ofício ou mediante requerimento das partes interessadas, ordenar a indisponibilidade de bens particulares dos réus, em quantidade compatível com o dano provocado, até o julgamento da ação de responsabilização. Está claro, pois, que a lei trata os sócios de responsabilidade limitada de maneira bem diferente dos sócios de responsabilidade ilimitada. Estes são tratados da mesma forma que os empresários individuais. 6. Aplicação em concurso (MP/AM/Promotor/2007 CESPE) A instituição de juízo universal, atrativo das ações que envolvam o devedor falido, como previsto na Lei nº /2005, é efeito notório da decretação da falência. Com relação a essa regra e suas exceções, assinale a opção correta. a) As ações de competência da justiça do trabalho serão integralmente processadas nesse foro, cabendo ao juiz da execução requisitar ao juízo falimentar a quantia necessária para o pagamento dos valores apurados, ocorrendo o posterior adimplemento perante a justiça especializada. b) As ações em curso que se refiram a questões patrimoniais, tais como cobrança de títulos de crédito ou indenização por dano moral, terão prosseguimento no juízo falimentar, que solucionará as demandas que envolvam quantias ilíquidas e qualificará os créditos resultantes. c) As ações em que a massa falida for autora, ou litisconsorte ativo, como, por exemplo, ação revocatória ou pedido de restituição, afastam a competência do juízo falimentar, nelas se adotando as regras fixadas pelas demais leis aplicáveis a cada caso. 115

12 André Luiz Santa Cruz Ramos d) As cobranças judiciais de crédito tributário, em curso ou oferecidas após a decretação da falência, serão integralmente processadas no juízo falimentar. e) A cobrança de débitos patrimoniais do devedor falido, tal como o crédito decorrente de pensão alimentícia, será processada no juízo falimentar, ressalvadas as exceções legais. Gabarito: Letra E. Comentário: A letra A está errada porque a execução deve ser sempre no juízo falimentar, cabendo à Justiça do Trabalho apenas processar a ação até a liquidação do valor do crédito. A letra B está errada porque as ações que demandam quantia ilíquida não são atraídas para o juízo da falência. A letra C está errada porque apenas as ações reguladas na LFRE, mesmo que tenham a massa no pólo ativo, correm perante o juízo universal da falência. A letra D está errada porque as execuções fiscais não se suspendem. (PGE/PB/Procurador/2008 CESPE) A respeito da falência e da recuperação judicial, assinale a opção correta. a) A empresa irregular não pode requerer autofalência nem falência de um devedor seu, embora possa figurar no pólo passivo de pedido falimentar. b) Cabe pedido de restituição de bens baseado em direito real ou relação obrigacional preexistente à falência, ou desta oriunda, salvo quando se tratar de dinheiro, e, para que seja reconhecido o direito do reclamante, exige-se prova da propriedade do bem e da arrecadação indevida. c) No contrato de depósito bancário, o banco não tem plena disponibilidade sobre o dinheiro dos seus depositantes, estando obrigado a devolvê-lo tão logo lhe seja solicitado pelo depositante, o que torna possível a sua restituição no caso de falência da instituição financeira. d) As sociedades de economia mista e as fundações estão sujeitas tão somente ao processo de recuperação judicial; os seus administradores respondem solidária e ilimitadamente, entre si, pela má administração da sociedade empresária. e) O juízo da falência é indivisível e competente para todas as ações e reclamações sobre bens, interesses e negócios da massa falida, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas pela Lei de Falências em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. Gabarito: Letra E. Comentário: A letra A está errada porque se entende a sociedade irregular pode requerer autofalência. A letra B está errada porque não é preciso provar a arrecadação indevida do bem, já que o pedido de restituição pode ser feito assim que a falência for decretada, mesmo que ainda não tenha havido a arrecadação (inteligência do art. 85, caput). A letra C está errada porque contraria jurisprudência do STJ citada na presente obra. A letra D está errada porque contraria o disposto no art. 2º, II, da LFRE. E a letra E está certa porque corresponde ao disposto no art. 76 da LFRE. 116

13 Lei de Falências Lei nº , de 9 de fevereiro de 2005 (TJ/TO/Juiz/2007 CESPE) Assinale a opção correta quanto à convolação da recuperação judicial em falência e ao procedimento judicial da falência. a) Com a decretação da falência, são anulados todos os atos de alienação ocorridos durante o processamento da recuperação judicial, se a convolação tiver se dado por deliberação da assembléia-geral de credores. b) Os créditos decorrentes de multas de igual natureza são classificados como créditos de natureza tributária. c) A ação de responsabilidade dos sócios de responsabilidade limitada será processada no juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova de sua insuficiência para cobrir o passivo. d) Havendo vencimento antecipado de obrigação contratual, decorrente da decretação da falência, a cláusula penal prevista contratualmente deverá ser incluída na massa e classificada como crédito quirografário. Gabarito: Letra C. Comentário: A letra A está errada porque contraria o disposto no art. 74 da LFRE. A letra B está errada porque contraria o disposto no art. 83, III e VII, da LFRE. A letra D está errada porque contraria o disposto no art. 83, VII, da LFRE. E a letra C está certa porque corresponde ao disposto no art. 82 da LFRE. (ADVOGADO CEF CESPE 2010) Assinale a opção correta no que concerne a recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário e da sociedade empresária. a) No rol das ações excluídas do juízo universal da falência, estão aquelas não reguladas na lei falimentar em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. b) As ações de execução fiscal serão suspensas em razão do deferimento da recuperação judicial da sociedade empresária devedora. c) No processamento de recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários derivados da relação de trabalho não têm direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de credores. d) O administrador judicial deve ser, necessariamente, uma pessoa física que atue no ramo do direito, administração de empresas ou economia. e) A lei admite que a sociedade empresária devedora requeira sua recuperação judicial desde que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de um ano. Gabarito: Letra A. Comentário: A letra A está certa porque corresponde ao disposto no art. 76 da Lei nº /05: O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. A letra B está errada porque contraria o disposto no art. 6º, 7º, da Lei nº /05: 117

14 André Luiz Santa Cruz Ramos Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. (...) 7º. As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. A letra C está errada porque os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, mesmo quando retardatários, possuem direito de voto nas assembléias-gerais de credores, conforme disposto no art. 10, 1º, da Lei nº /05: Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de credores. A letra D está errada porque a Lei nº /05, em seu art. 21, permite que o administrador seja pessoa física ou jurídica: O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. Por fim, a letra E está errada porque a sociedade empresária que pede recuperação judicial, além de cumprir outros requisitos, tem que estar exercendo regularmente suas atividades há mais de dois anos, conforme disposto no art. 48 da Lei nº /05: Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: (...). Seção II Da Classificação dos Créditos Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV créditos com privilégio especial, a saber: a) os previstos no art. 964 da Lei n o , de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; V créditos com privilégio geral, a saber: a) os previstos no art. 965 da Lei n o , de 10 de janeiro de 2002; 118

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