A ANALISE SEMIOTICA DO POEMA VERSOS INTIMOS DE AUGUSTOS DOS ANJOS 1
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- Judite Bandeira Fortunato
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1 A ANALISE SEMIOTICA DO POEMA VERSOS INTIMOS DE AUGUSTOS DOS ANJOS 1 Vinicius Nascimento dos Santos Gaduando do Cuso de Letas Univesidade Fedeal do Paa, vinicusguita10@gmail.com Co-auto: Andé Nascimento dos Santos Gaduando do Cuso de Letas Univesidade Fedeal do Paa, andenascimentodossanto9@gmail.com Acadêmica do Cuso de Licenciatua em Letas Univesidade fedeal do Paá, vinicusguita10@gmail.com Solange Peeia da Silva Pof.ª oientadoa Meste em Educação Univesidade Fedeal do Paá, solangesilva@ufpa.b RESUMO Esse tabalho tem como objetivo faze uma beve análise do poema Vesos Íntimos que está pesente na oba Eu e Outas poesias. A tese que utilizaemos paa análise do poema seá da Semiótica, pois essa vetente condiz com a imensa significação encontada na poema (Semiótica pesente na liteatua). Com embasamento teóico utilizaemos Pignatai(2004) e Goldstein(1987) e Santaella(1990). Conclui-se que os divesos significados que apenas um poema taz, mostam fomas de se tabalha em sala de aula ou debates., Palavas-Chave: Semiótica, Significado e Analise 1. INTRODUÇÃO Uma ciência que se tonou impotante a pati do século XX foi a Semiótica, essa teoia que ficou ainda mais evidente a pati dos estudos de Chales Sandes Piece( ),estuda os signos e a elação de divesos significados pesente em textos liteáios, tona-se necessáio utiliza essa vetente de estudo, pois a liteatua tem uma ica gama de significados e símbolos, divesos poetas utilizam-se de figuas de linguagem e jogos de palavas paa fomenta uma podução evolucionáia, tonando essencial paa a liteatua. Segundo o auto Décio Pignatai a Semiótica é: A Semiótica ou Semiologia, pois, é a ciência ou a Teoia Geal dos Signos, entendendo-se po signo, paa evita outos equívocos-. estes de natueza astológica-toda e qualque coisa que substituía (sic) ou epesente outa, em ceta medida e paa cetos efeitos. Ou, melho: toda e qualque coisa que se oganiza ou tenda a oganiza-se sob a foma de linguagem, vebal ou não, é objeto de estudo da Semiótica. (PIGNATARI,2004, p.14) Alguns conceitos que Piece um a gande teóico da áea de Semiótica, popôs foam: pimeidade, secundidade, teceidade ou signo, ícone e índice. Os estudos da autoa basileia especialista Santaella, (1983, p.11-14), afimam que pimeidade que: tudo que está imediatamente 1 Pojeto de Pesquisa de Tabalho de Conclusão de Cuso em andamento. Desenvolvido no Campus Univesitáio do Maajó Beves. Auto Vinicius Nascimento dos santos. Coauto : Andé Nascimento dos Santos contato@fipedbasil.com.b
2 pesente à consciência de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante pesente, basicamente o algo novo, que nós conhecemos num pimeio momento em que temos contato, exemplo: uma ideia, um objeto etc. Po sua vez, outo conceito que é conseguinte chama-se Secundidade e teceidade, que consoante Santaella: secundidade é aquilo que dá à expeiência seu caáte factual, de luta e confonto. Ação e eação ainda em nível de binaiedade pua, sem o goveno da camada mediadoa da intencionalidade, azão ou lei, ou seja, algo que nós temos um contato pévio e temos um ceto conhecimento. Posteiomente, temos a teceidade, que apoxima um pimeio e um segundo numa síntese intelectual, coesponde à camada de inteligibilidade, ou pensamento em signos, atavés da qual epesentamos e intepetamos o mundo. Esse último conceito está elacionado a intepetação do objeto que conhecemos. Um conceito que autoa Santaella (1983 p.11-14), nos apesenta, é o signo que está dietamente ligado a intepetação, seia basicamente uma coisa que epesenta uma outa coisa. A escitoa nos indica mais dois conceitos elativos a semiótica são o ícone (possiblidade) e o índice (conceto, palpável). Faz-se necessáio o uso desses conceitos, numa análise ou intepetação de um poema, pois a caga de significados pesente nessas poduções são gandes e apesentam divesas possibilidades de intepetações. Esses conceitos fimam a Semiótica, poque, a significação que encontamos no mundo, como afima Pignatai(2004), os signos ligam os códigos ente si. Paa a vetente liteáia cada palava dento de um texto pode te divesos sentidos, muitas vezes gea no público um sobessalto e abe espaços paa divesas fomas de intepetações, como exemplo obas canônicas, que são sempe e sempe analisadas e esignificadas e nunca pedem seu valo liteáio. 2. A oba Eu e Outas poesias. Essa oba foi poduzida po Augustos dos Anjos, sendo sua única podução em vida que se chama Eu, publicada em 1912, euni sonetos e poemas. No início paa a publicação o auto contou com a ajuda financeia de seu imão paa consegui publicá-lo, no entanto, não obteve sucesso com a pimeia tentativa e muito menos com o seu elançamento em 1920, sobe o título de, Eu e Outas poesia. Somente a pati de 1928, quando a livaia Castilho publicou a teceia edição do livo, foi que teve uma gande ecepção, em apenas 15 dias teve 3 (tês) mil exemplaes esgotados. A pati da teceia edição do livo de Augusto dos Anjos foi que o auto obteve sucesso. contato@fipedbasil.com.b
3 E possível vemos, que em cada poema está pesente divesos símbolos que são pate do univeso que auto ciou, com aspectos fúnebes e fatídicos, temos uma podução que mosta o belo encontado na mote, putefação etc. Essa oba foi bastante impotante, poque ela está inseida num peíodo de tansição da liteatua basileia, conhecido como pé-modenismo, nesta escola liteáia, estava incluída novas ideias e novas temáticas, que geaam um ceto sobe salto no público com essa nova estética empegada. Destaca-se neste poema, as váias macas textuais que acentuam a mote. O peíodo no qual o poema foi escito ea do início do século XX no Basil, com isso o país encontava-se em divesas dificuldades e motes, estava ao auto acescenta na sua oba essa temática. Como afima Alfedo Bosi (2006, p.308) Paa o poeta do Eu, as foças da matéia, que pulsam em todos os sees e em paticula no homem, conduzem ao mal e ao nada, atavés da destuição implacável; ele é o espectado em agonia desse pocesso degeneescente cujo símbolo é o veme. 3. ANÁLISE DO POEMA Iemos ve os poemas na intega e posteiomente uma análise sobe ele detalhada, mostando as caacteísticas impotantes e a suas significações, o poema a segui é um dos mais famosos do Auto. VERSOS ÍNTIMOS Vês! Ninguém assistiu ao fomidável Enteo de tua última quimea. Somente a Ingatidão -- esta pantea Foi tua companheia insepaável! Acostuma-te à lama que te espea! O Homem, que, nesta tea miseável, Moa, ente feas, sente invevitável Necessidade de também se fea. Toma um fósfoo. Acende teu cigao! O beijo, amigo, é a véspea do escao, A mão que afaga é a mesma que apedeja. contato@fipedbasil.com.b
4 Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedeja essa mão vil que te afaga, Escaa nessa boca que te beija! Esse e um dos poemas mais conhecidos do auto Augusto dos Anjos( ), o título já afima que se tata de ideias do auto com base na seu conhecimento empíico, vemos a pati da leitua de sua oba que a temática fúnebe está sempe pesente. A foma como as palavas estão incluídas no poema execem a função de efuta a ideia da mote do se humano. Segundo Pignatai (2004), o signo e algo que substitui uma coisa paa cetos efeitos. No pimeio quateto vemos a ideia da mote e de ingatidão. Vês! Ninguém assistiu ao fomidável Enteo de tua última quimea. Somente a Ingatidão -- esta pantea Foi tua companheia insepaável! A pati do segundo quateto, o auto inicia a cooboa a ideia de niilismo exacebado, a palava lama está dietamente ligada à mote. E a palava fea, da caacteísticas ao homem como sendo um se com instinto animal. Acostuma-te à lama que te espea! O Homem, que, nesta tea miseável, Moa, ente feas, sente invevitável Necessidade de também se fea. A impessão que temos é de que o auto afima que o se humano ia moe e depois apesenta uma ideia de que temos de aceita esse acontecimento, muitas vezes poque faz pate da natueza. Vemos no pimeio teceto, uma vasta simbologia em cetas palavas, que estão ligadas ao um índice como: cigao, escao, apedeja. Cada palava em sua posição vai fomulando uma ideia, pimeia linha um pesente ou favo, segunda linha algo bom que iá se tona ou contato@fipedbasil.com.b
5 antecipa algo uim e po último a ideia de alguém que um amigo tem uma atitude uim e maldosa. Vejamos: Toma um fósfoo. Acende teu cigao! O beijo, amigo, é a véspea do escao, A mão que afaga é a mesma que apedeja. No último teceto, vemos a questão da mote e que não devemos liga paa o omance e sim aceita a mote. Algumas palavas levam cê na possível ideia de vingança ou aiva conta alguma pessoa, como não te pena ou apedeja, escaa na mesma boca que foi beijada. Essa macas textuais confimam a ideia de niilismo e imos de conta a uma peda tempo com algumas coisas, sendo que podemos se magoados ou abandonados po pessoas que amamos. Vejamos a segui: Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedeja essa mão vil que te afaga, Escaa nessa boca que te beija! O auto acaeta elementos da secundidade e teceidade ou ícone e índice, poque temos a impessão e posteiomente a conceituação de concetização de algo, segundo o auto Augusto dos Anjos a ideia de mote é pesente e não devemos pede tempo com outas coisas, mas sim espea a mote, pois é algo que um dia chegaá, vemos que essa temática fúnebe e agonizante está enaizada nessa oba. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Po fim desse tabalho foi possível vemos na análise desse poema fica peceptível que existem divesas coentes de pensamentos paa fundamenta análises e debates, não ficando em apenas um coente de pensamento e sim utiliza-se da psicologia, semiótica, eligião, científico etc. A elação de signos e seus significados estão pesente nesse poema, vemos a pati de algumas palavas que muitas vezes atavés de metonímia ou metáfoas, apesentam um conteúdo atempoal e evigoante paa os leitoes, que entaam em contato com essa liteatua canônica ica contato@fipedbasil.com.b
6 de significados paa todos os tipos de intepetações, possibilitando uma vasta pesquisa qualitativa e significativa ainda hoje. REFERÊNCIAS ANJOS, Augusto. Eu e outas poesias. Poto Alege: L&PM, Coleção L&PM Pocket, 2002,v.148. BOSI, Alfedo Históia concisa da liteatua basileia 43. ed. São Pulo: Cultix, GOLDSTEIN, Noma. Vesos, sons e itmos. São Paulo: Ática, HOUAISS, Antônio. Minidicionáio Houaiss da língua potuguesa. 4-ed.ev. e aumentada. Rio de Janeio: Objetiva: SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Editoa Basiliense, PIGNATARI, Décio. Semiótica & liteatua. São Paulo: 6. ed- cotia, ateliê editoial, contato@fipedbasil.com.b
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