A SINONÍMIA: UMA ENTIDADE LEXICAL NA CONSTRUÇÃO DO ENCADEAMENTO DO TEXTO ARGUMENTATIVO

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1 A SINONÍMIA: UMA ENTIDADE LEXICAL NA CONSTRUÇÃO DO ENCADEAMENTO DO TEXTO ARGUMENTATIVO Ernani Cesar de FREITAS (CentroUniversitário FEEVALE; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC-RS) Resumo Neste trabalho, o objeto analisado é o texto argumentativo produzido por alunos universitários, contexto em que se verificará como ocorre a sinonímia, processo de substituição lexical que constitui o encadeamento argumentativo do texto. A problemática de pesquisa visa a indagar se a sinonímia, mecanismo coesivo da reiteração, integra os encadeamentos argumentativos presentes no movimento argumentativo conforme prevê a Teoria dos Blocos Semânticos.O suporte teórico está ancorado em Halliday e Hasan (1976), Hoey (1991,) e na Teoria da Argumentação da Língua (T. A. L.) em sua nova configuração a Teoria dos Blocos Semânticos de Ducrot e Marion Carel (1992). Palavras-chave: texto sinonímia - encadeamento argumentativo blocos semânticos 1. Introdução O objetivo geral deste trabalho é apresentar algumas contribuições para o estudo da sinonímia, entidade lexical, sob um novo o enfoque, o da substituição, como integrante de encadeamentos argumentativos, mais precisamente, observando-se esses segmentos constitutivos como blocos semânticos que orientam a argumentação, inscrita na língua. Consideramos, neste estudo, pois, a sinonímia como termo que caracteriza a equivalência semântica entre pares de palavras/expressões. Nesse sentido, então, a sinonímia é um componente lexical constituinte de blocos semânticos que geram relações de sentido e significados num processo argumentativo, que é intrínseco à língua. A problemática de pesquisa levantada procura indagar se a sinonímia, mecanismo coesivo da reiteração, categoria da substituição lexical, integra os encadeamentos argumentativos presentes no processo argumentativo de acordo com o que prevê a Teoria dos Blocos Semânticos. Nesse sentido, buscamos confirmar a hipótese de que a linguagem se organiza de modo específico/particular na argumentação, pois a substituição lexical, através da sinonímia, desempenha importante papel na construção do texto argumentativo, configurando-se como uma forma produtiva de substituição, que contribui para a continuidade textual ao constituir os encadeamentos argumentativos.

2 2 O estudo enfocará, portanto, a análise da sinonímia, uma categoria da substituição lexical, em produções textuais de alunos universitários que cursaram a disciplina Português I no semestre 1/2003. O suporte teórico, que nos apoiará neste exercício teórico-aplicado, está centrado na Teoria dos Blocos Semânticos, nova proposta da T. A L. (Teoria da Argumentação na Língua), desenvolvida por Oswald Ducrot e Marion Carel a partir de A teoria da argumentação na língua de Oswald Ducrot 1 A Teoria da Argumentação (Argumentação na Língua) desenvolvida por Anscombre e Ducrot diferencia-se de outras abordagens sobre a argumentação 2. Anscombre e Ducrot postulam que algumas relações argumentativas, que não são retóricas no sentido próprio do termo, não estariam acrescentadas ao valor semântico fundamental do enunciado, mas deveriam ser consideradas elas mesmas como fundamentais, como lingüísticas no sentido pleno, isto é, presentes desde o nível mais profundo de análise. Em outras palavras, para Anscombre e Ducrot, existem, nos sentidos dos enunciados, alguns valores semânticos que não podem ser reduzidos nem, tampouco, derivados de valores informativos mais fundamentais. Tais valores, considerados argumentativos, são tomados como fundamentais na significação; enquanto os valores informativos deixam de ser fundamentais, tornando-se derivados daqueles. A Argumentação na Língua não considera a oposição objetivo/subjetivo, ao mesmo tempo em que se distancia das teorias representacionalistas. Ou seja, a teoria da argumentação insere-se no grupo das teorias que rejeitam a concepção de língua como conjunto de estruturas e regras independentes de toda enunciação e contexto. Isto a faz se chocar com a tradição lógico-formal da filosofia da linguagem, para a qual a língua tem como função principal representar a realidade e, por extensão, a significação das frases tem 1 O que chamamos aqui de teoria de Ducrot, incorpora, é claro, as contribuições de Jean-Claude Anscombre, Marion Carel, presentes na publicação coletiva organizada por Anscombre. 2 A argumentação tem sido objeto de estudo de outras perspectivas teóricas, como, por exemplo, o trabalho de Toulmin (1958), na perspectiva lógica ou o trabalho de Perelman & Olbrechts-Tyteca (1996) A Nova Retórica na perspectiva filosófico-retórica.

3 3 per se um valor de verdade, traduz a adequação entre a proposição e o mundo que ela revela (Frege, Russell, Wittgenstein). 3. A Teoria dos Blocos Semânticos A Teoria da Argumentação na Língua opõe-se à concepção tradicional da argumentação segundo a qual o sujeito falante produz um enunciado A para justificar um enunciado C: A logo C. A indica um fato verdadeiro ou falso que implica a verdade ou a falsidade da conclusão C. Nessa concepção de argumentação, a língua não desempenha papel essencial, ou seja, o movimento argumentativo que conduz a C é independente da língua. Já para a T. A.L., termos como pouco e um pouco indicam o mesmo conteúdo factual, mas revelam intenções argumentativas diferentes. Esses termos não justificam a mesma conclusão do mesmo modo. Assim, a argumentação fica determinada diretamente pela língua, e não apenas pelo fato de que o enunciado veicula, em outras palavras, a argumentação é intrínseca à língua, está na língua, no sistema. Ducrot (1989) diz que é necessário a qualquer pesquisa de semântica lingüística distinguir cuidadosamente o que ele chama, arbitrariamente, a frase e o enunciado. O enunciado é um segmento de discurso. Ele tem como o discurso, um lugar e uma data, um produtor e (geralmente) um ou vários ouvintes. É um fenômeno empírico, um observável e, a este título, não se repete. O enunciado é, portanto, a realização da frase, entidade empírica que pode ser observada. A frase, no sentido em que Ducrot se refere ao termo, é uma estrutura abstrata, ou seja, algo absolutamente diferente de uma seqüência de palavras escritas. A frase, então, é uma entidade teórica, construção do lingüista que se serve dela para explicar os enunciados. A noção de enunciado sofre revisões na nova proposta da T. A. L., denominada Teoria dos Blocos Semânticos, desenvolvida por Oswald Ducrot e Marion Carel a partir de Ducrot (1992, p. 17) 3 lembra que a teoria dos blocos semânticos mantém, e até mesmo radicaliza as decisões iniciais da teoria da Argumentação na Língua (renunciando principalmente a certas facilidades que ele e Anscombre haviam se permitido, recorrendo 3 Artigo traduzido para o português com o título de Os internalizadores. Letras de Hoje, n. 129, set. 2002, p

4 4 aos topoi ). O lingüista Ducrot cita que para M. Carel, o sentido de uma entidade lingüística é ou de evocar um conjunto de discursos ou, se ela tem função puramente combinatória, de modificar os conjuntos de discursos associados a outras entidades. Só o discurso é, portanto, doador de sentido. Assim, os únicos discursos doadores de sentido que a teoria dos blocos semânticos considera são os encadeamentos argumentativos. Entende-se por essa expressão (escolhida de modo amplamente arbitrário) unicamente, seqüências de duas proposições (no sentido sintático do termo) ligadas por um conector (Ducrot, 1992). Outra restrição: os conectores aos quais se dá a função de construir encadeamentos argumentativos são ou do tipo geral de donc (portanto), ou do tipo de pourtant (no entanto). No primeiro caso, os encadeamentos são chamados normativos; no segundo, eles são transgressivos. De acordo com a teoria dos Blocos Semânticos (Carel, 1997) 4, as duas partes do encadeamento só constituem o sentido se tomadas juntas na argumentação. Em outras palavras, nada precede a argumentação. É o próprio sentido de um argumento que chama uma determinada conclusão. Na organização do bloco semântico de uma entidade X, um aspecto pode ser ligado a ela de modo interno ou externo. Um aspecto é externo se a entidade é um segmento do aspecto. Se a entidade é o primeiro segmento, o aspecto lhe é relacionado de modo externo à direita. Se a entidade é o segundo segmento, trata-se do aspecto externo à esquerda. O aspecto compreende discursos em que são assinaladas as causas ou as conseqüências da entidade, conforme esta esteja à direita ou à esquerda. A argumentação externa é assim a pluralidade dos aspectos constitutivos de seu sentido na língua, e que lhe são ligados de modo externo (Ducrot, 2002). A argumentação externa (AE) à direita contém um aspecto X con Y e também seu aspecto converso: X con neg Y. Se o conector for donc, o con será pourtant, e vice-versa. Tratando-se da argumentação externa à esquerda tem-se Y con X, cujo aspecto chamado transposto é neg Y con X. A essa AE, que é relativa aos discursos que podem preceder ou seguir o uso da entidade descrita, ou seja, que representa sua colocação em discurso, a teoria dos blocos 4 BARBISAN, Leci Borges. A construção da argumentação no texto. Letras de Hoje n. 129, 2002, p. 143.

5 5 semânticos acrescenta uma argumentação interna (AI), que é relativa aos encadeamentos que parafraseiam a entidade. (Ducrot, 2002, p. 9). Como a AE, a AI é feita de aspectos, mas, como se trata de uma espécie de reformulação, é feita de aspectos cuja entidade, desta vez, não é ela mesma um segmento. Portanto, para Ducrot os sentidos das formas da língua são constituídas por relações de argumentação. A forma atual da teoria é o que ele chama de Teoria dos Blocos Semânticos. O sentido de uma entidade lingüística, conforme explica Ducrot, não é constituída pelas coisas ou fatos que ela denota nem pelos pensamentos ou crenças que exprime, mas por certos encadeamentos discursivos que naturalmente evoca. Esses encadeamentos são o que o autor denomina argumentações. Essa semântica discursiva se origina de uma aplicação ao estudo do léxico do estruturalismo saussuriano. Trata de descrever as palavras pela ligação (nexo) com outras palavras, sem sair do domínio lingüístico, e em vedar (suspender o emprego) particularmente o recurso aos pretendidos referentes das palavras, auxílio como o recurso às noções, pensamentos ou conceitos não lingüísticos, tidos como correspondentes a uma intuição primeira do sentido. 4. Elos coesivos por substituição A relação entre itens lexicais no contexto do texto (co-texto) é conceituada mais sistematicamente por Halliday e Hasan (1976), Hasan (1989), Halliday (1994) e Hoey (1991) a partir da noção de coesão lexical. Atentemos, em primeiro lugar, no sentido que Halliday e Hasan, autores de referência obrigatória em todos os estudos sobre coesão textual, imprimem ao termo coesão. Para estes autores, verifica-se coesão textual sempre que um elemento no discurso está semanticamente ligado a um outro. Para Halliday e Hasan (1976, p. 274), na coesão lexical, o efeito coesivo é obtido através da seleção do vocabulário. Segundo os autores, a coesão lexical é manifestada mediante o mecanismo da repetição e o da colocação. Hasan (1989) comenta que a coesão lexical se manifesta através de relações de sentido entre palavras de conteúdo, relações essas que transcenderiam o texto. A coesão

6 6 lexical, nesse caso, estaria na rede semântica formada pela relação entre esses itens lexicais que pertencem a um mesmo campo semântico. A relação semântica entre os dois elementos faz com que estes constituam um elo coesivo (cohesive tie). Este elo é criado por um constituinte que retoma, reitera ou de qualquer outra forma remete para algo designado por outra expressão no mesmo texto. De fato, um texto não se estrutura por frases da mesma forma que uma frase se estrutura por sintagmas. O que assegura a sua unidade são esses elos de natureza essencialmente semântica. Segundo Halliday (1994), para se construir um discurso, é necessário, para além do domínio da construção da frase, ser-se capaz de estabelecer relações adicionais dentro do texto, que envolvem elementos de extensão variada, maiores ou menores que a oração, e que vão desde simples palavras até grandes passagens de discurso. Esses elos coesivos podem ser estabelecidos quer dentro da frase, quer entre frases adjacentes ou mais ou menos distantes no texto. Em quaisquer dos casos, tais ligações não apresentam um caráter estrutural, ao contrário das relações que encontramos entre os sintagmas de uma mesma frase e, por isso mesmo, podem constituir uma dificuldade no domínio da produção textual. Outra abordagem relevante é proposta por Hoey (1991). O autor descreve o sistema de análise com base no estudo da coesão, particularmente da coesão léxica. O que distingue seu estudo é que a atenção está centrada nos traços coesivos, observando como eles se combinam para organizar o texto, em especial, como o léxico organiza o texto, mencionando que as relações coesivas são vínculos e não elos, como trata Hasan (1989). Neste trabalho, partimos do pressuposto de que a coesão lexical distingue-se pela particularidade de envolver relações entre duas ou mais unidades lexicais no mundo textual e que, por participar do componente textual, no sentido de relacionar elementos lexicais que mantêm uma condição de dependência, estabelece relações semânticas, dando continuidade e progressão ao texto e assegurando-o, assim, como unidade de sentido. Para continuidade e progressão do texto, como unidade de sentido, verifica-se a ocorrência de sinonímias em um processo coesivo de substituição, cujo mecanismo é de reiteração lexical, pelo fato de, no texto, um item lexical poder voltar ou retomar um outro item lexical, funcionando como um procedimento preferencialmente de orientação anafórica e constituindo-se num dispositivo de marcar a inter-relação lexical de um texto,

7 7 mediante as variações das unidades lexicais, isto é, a substituição lexical não se dá pela recorrência de uma mesma palavra, mas pela variação lexical de um referente. Em termos semânticos, a reiteração/substituição se dá através de palavras e de entidades lexicais que se associam, por encadeamentos, no sentido de possibilitar a retomada e a progressão textual (constituintes textuais). O sentido de uma entidade lingüística, conforme explica Ducrot (1989), não é constituída pelas coisas ou fatos que ela denota, nem pelos pensamentos ou crenças que exprime, mas por certos encadeamentos discursivos que naturalmente evoca. 5. A análise do corpus O corpus de pesquisa constitui-se de um conjunto de textos produzidos por alunos de Português I que freqüentaram o primeiro semestre/2003 de cursos superiores no Centro Universitário Feevale, em Novo Hamburgo (RS). Desse conjunto, escolhemos uma produção textual para aplicar a análise anunciada. A redação aqui referida foi produzida sobre a temática O nível de programação da tevê brasileira: o ibope pelo ibope. Toma-se, nesta análise, o texto A cultura do telespectador, dissertação argumentativa produzida em Desse texto, selecionamos um enunciado que contém sinonímias - equivalências de sentido - (parágrafo 4): (parágrafo 3) [...] Assim, a informatividade é substituída pelo entretenimento compulsivo. O investimento das emissoras de televisão se deposita em lançamento de programas que distraem o telespectador, enquanto a realidade atinge o mundo. Podemos perceber que o espaço de noticiário é escasso e, muitas vezes, inacessível ao entendimento de que assiste. (parágrafo 4) Em contrapartida, os anúncios publicitários se repetem em imagens e propagandas que insistem em penetrar na memória do povo. Contanto, a

8 8 publicidade não depende da utilidade pública. Muitos comerciais, que apresentam produtos supérfluos, são populares pelo poder das empresas que podem financiar artistas e tempo publicitário. Dessa forma, a mídia se ocupa em produzir consumidores padronizados pelo conteúdo popular. Verifica-se que as sinonímias (entidades lexicais de equivalência) anúncios publicitários, propagandas, publicidade, comerciais se referem a todo o parágrafo que antecede, onde é descrito que a informatividade dos programas da televisão brasileira é substituída pelo entretenimento compulsivo. No enunciado encontra-se o bloco semântico que a entidade lexical anúncios publicitários produz: anúncios publicitários portanto imagens e propagandas publicidade no entanto não depende da utilidade pública A sinonímia anúncios publicitários/publicidade, em seu aspecto normativo, torna-se um marcador argumentativo que mantém a identidade referencial e cria condições favoráveis ao estabelecimento da argumentação, que dá continuidade ao texto, através dessa retomada encadeada de palavras/expressões de sentido equivalentes. Parece então possível pensar que a sinonímia é um marcador textual que desempenha o papel de referente da identidade no movimento argumentativo, no sentido de relacionar o antecedente ao que segue no texto, através da reiteração lexical. No enunciado em estudo, as sinonímias anúncios publicitários/propagandas/publicidade/comerciais introduzem uma continuidade argumentativa, um encadeamento, por meio da posição que o locutor assume, ao escolher o aspecto transgressivo do bloco: muitos comerciais, que apresentam produtos supérfluos, são populares PT pelo poder das empresas.... A argumentação interna (AI) é constituída pelos encadeamentos que parafraseiam a entidade. A AI, sendo uma reformulação, não é um segmento do encadeamento. Uma entidade não pode comportar ao mesmo tempo em sua AI um aspecto e o aspecto converso: se a AI de uma entidade contém um aspecto... é a negação dessa entidade... que contém em sua AI o aspecto converso (Ducrot, 2002). Dessa forma, fazemos referência ao que diz Carel (1997, p. 39): [...] o que fazem os encadeamentos argumentativos sejam eles em donc ou em pourtant é simplesmente desenvolver, sob diversos aspectos, as formas de

9 9 representação já cristalizadas nas palavras, e que não podem não aparecer conformes à natureza das coisas, já que elas servem justamente para categorizar e para pensar as coisas. Fazendo isso, os encadeamentos argumentativos comunicam ao discurso a espécie de evidência que as palavras contêm nelas, e fornecem-lhe assim uma espécie de legitimidade. A habilidade retórica consistirá em seguida em explorar essa legitimidade que o discurso deve às palavras, e em transformá-la em uma aparente racionalidade: a argumentação poderá então ser percebida como uma quase-demonstração, e dar crédito à idéia de que a linguagem é capaz, não somente de persuadir, mas também de convencer. Nesse sentido, conceitos da Teoria da Argumentação na Língua relativos a blocos semânticos são aplicados ao texto dissertativo-argumentativo A cultura do telespectador. Tomando-se o 4 o parágrafo do texto, em sua primeira passagem: Em contrapartida, os anúncios publicitários se repetem em imagens e propagandas que insistem em penetrar na memória do povo. Contanto, a publicidade não depende da utilidade pública. normativo em DC: Verifica-se que a argumentação interna a esse enunciado constitui um bloco (1) os anúncios publicitários se repetem em imagens e propagandas que insistem DC em penetrar na memória do povo DC em oposição à publicidade não depende da utilidade pública. Na continuação do texto, encontram-se as entidades lexicais muitos comerciais e mídia. Organizando-se a AI dessas entidades tem-se do ponto de vista do aluno-autor: muitos comerciais PT não-garantia de bons produtos mídia DC garantia de produtos supérfluos Observa-se que a AI da expressão a publicidade não depende da utilidade pública (publicidade DC necessidade de bons produtos) é tomada em consideração na constituição das AE de muitos comerciais e mídia. A partir das AI das entidades lingüísticas muitos comerciais e mídia, infere-se um novo bloco, cujo segundo segmento está implícito: (2) Muitos comerciais não garantem bons produtos DC ratificam os anúncios publicitários se repetem em imagens e propagandas que insistem em penetrar na memória do povo. Em Muitos comerciais, que apresentam produtos supérfluos, são populares pelo poder das empresas[...]dessa forma, a mídia se ocupa em produzir consumidores

10 10 padronizados pelo conteúdo popular, forma-se outro bloco, com um segmento implícito: consumidores padronizados pelo conteúdo popular de muitos comerciais. (3) muitos comerciais, que apresentam produtos supérfluos, DC consumidores padronizados. Pela presença do operador argumentativo dessa forma, propõe-se que o segundo segmento do bloco (3) consumidores padronizados pelo conteúdo popular de muitos comerciais seja o primeiro segmento para a constituição do bloco (4); (4) consumidores padronizados pelo conteúdo popular de muitos comerciais DC razão da mídia se ocupar dos anúncios publicitários que se repetem em imagens e propagandas que insistem em penetrar na memória do povo. Do segundo segmento razão da mídia se ocupar dos anúncios publicitários que se repetem em imagens e propagandas que insistem em penetrar na memória do povo-, outro bloco com o segundo segmento implícito pode ser inferido, que engloba a argumentação do parágrafo, ratificando, desse modo, que a publicidade não depende da utilidade pública. Esse retorno à argumentação inicial parece confirmado pela presença de dessa forma, formando o bloco (5). Neste caso, o segundo segmento do bloco (4) torna-se o primeiro do bloco (5). (5) razão da mídia DC os anúncios publicitários se repetem em imagens e propagandas que insistem em penetrar na memória do povo. A análise do texto revela que a substituição lexical por sinonímia ocorre através das palavras e/ou expressõess retomadas (anúncios publicitários, publicidade, comerciais, mídia), pelas quais as entidades lexicais se associam no contexto, ou seja, associação essa que se verifica nos encadeamentos argumentativos dos blocos semânticos. Oliveira (1999, p. 85) afirma que ocorre sinonímia lexical quando duas palavras têm identidade de significação relativamente ao contexto em que atuam. Trata-se de um processo associativo que ocorre no paradigma e estabelece uma relação de conjunção entre os semas, possibilitando a equivalência de sentido. 6. Considerações finais

11 11 O estudo desenvolvido neste trabalho é fruto, apenas, de uma reflexão inicial em torno da hipótese do papel argumentativo que o mecanismo coesivo referencial da reiteração por sinonímia pode desempenhar no texto/discurso. Muitas outras análises devem ser feitas para se confirmar ou reformular o pressuposto que foi colocado como ponto de partida para o estudo desse tema, considerando-se, de forma especial, a análise aplicada sob a perspectiva da Teoria dos Blocos Semânticos. Ao mesmo tempo, testa-se a teoria escolhida para fazer as análises, no sentido de avaliar até que ponto as Teorias da Argumentação na Língua e a dos Blocos Semânticos, que se atêm ao estudo do enunciado, podem ser aplicadas a um nível mais elevado, o da especificidade do texto como uma unidade de sentido. Trata-se de um trabalho complexo, como é possível perceber, ainda não desenvolvido pelos autores, que demanda muita reflexão e aprofundamento de suas hipóteses basilares. O texto analisado permitiu concluir que o aluno universitário, produtor do texto que constitui o corpus da pesquisa, utiliza, como fatores importantes de coesão lexical a substituição sinonímica por unidades sinônimas. Essa constatação, como era previsível, só vem confirmar nossa hipótese de pesquisa: a linguagem se organiza de modo específico e particular na argumentação, pois a substituição lexical, através da sinonímia num processo de encadeamento das unidades, desempenha importante papel na construção do texto argumentativo e que, por esse meio, se confirma a produtividade desse gênero de substituição para a continuidade do texto. Assim, os itens lexicais com identidade de referência e de sentido ressaltam como componentes coesivos e alta relevância, tal como postula Antunes (1996), bem assim como constituintes da argumentação na língua, através do que Ducrot e Carel (1992) denominam de blocos semânticos dentro da respectiva corrente teórica que defendem atualmente. Dessa análise, em cada texto, que tentou verificar como se organizam os blocos semânticos em um parágrafo, algumas observações podem ser destacadas. Como suporte para tais observações recorremos a Barbisan (2002, p. 146). 1. a noção de bloco semântico se mantém em termos de encadeamentos entre dois segmentos, articulados por um conector; 2. o segundo segmento pode não estar explícito no texto devendo ser inferido na organização dos blocos;

12 12 3. a construção dos blocos exige que o analista interprete os enunciados colocandose do ponto de vista do autor do texto, não permitindo que interfira sua própria posição; 4. algumas entidades lexicais argumentativas, como no entanto, e, por isso, dessa forma, norteiam a constituição de blocos e a escolha de aspectos normativos e transgressivos; 5. alternância de funções imbricadas entre o primeiro e o segundo segmentos, em que o segundo segmento torna-se o primeiro do bloco seguinte, por exemplo, pode ocorrer; 6. os blocos não se organizam sempre linearmente, podendo haver superposições e intersecções entre eles; 7. operadores, como no entanto, por isso, dessa forma, podem articular segmentos, gerando novos blocos; 8. construções sintáticas parafrásticas de entidades, realizadas por orações relativas explicativas, por exemplo, exprimem a AI dessas entidades. Referências bibliográficas ANSCOMBRE, J.C; DUCROT, O L argumentation das la langue. Paris: Liège: Mardaga. ANTUNES, I.C Aspectos da coesão do texto: uma análise em editoriais jornalísticos. Recife: Universitária da UFPE. BARBISAN, L. B A construção da argumentação no texto. Letras de Hoje, Porto Alegre, n. 129, set., p CAREL, M L argumentation dans le discours: argumenter n est pas justifier. Letras de Hoje, Porto Alegre, n. 107, mar. p DUCROT, O Argumentação e topoï argumentativos. In: GUIMARÃES, E. (Org.). História e sentido da linguagem. Capinas: Pontes Os internalizadores. Letras de Hoje, n. 129, set., p HALLIDAY, M.A.K.; HASAN, R Cohesion in English. London: Longman. HALLIDAY, M.A.K An introduction to functional grammar. London: Edward Arnold, HASAN, R The texture of a text. In: HALLIDAY, M.A.K.; HASAN, R.. Language, context and text. Oxford: Oxford University Press, p HOEY, M Patterns of lexis in text. Oxford: Oxford University Press. OLIVEIRA, A Polissemia e campos semânticos. Florianópolis: Insular.

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