2. Inflação e Desemprego

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1 2. Inflação e Desemprego 1. Introdução Desemprego e inflação são talvez os dois maiores desafios enfrentados pelos governos atualmente. Vários fatores contribuem para o surgimento destes problemas, mas devemos dar um crédito especial as transformações ocorridas no centro das cadeias produtivas que alteraram de modo decisivo a forma como os países e os agentes econômicos relacionam-se entre si. As variáveis que mais contribuíram para as transformações citadas foram a forte fragmentação do processo produtivo, a progressiva fragilização das fronteiras nacionais, a alteração nos padrões de produção, nos sistemas de gestão e na forma de utilização da mão-de-obra. No Brasil, a radical abertura comercial em 1990 trouxe para as empresas a necessidade de competir e a obrigação de realizar uma profunda e contínua reestruturação preventiva, com maior nível de automação e terceirizações, além de redução de níveis hierárquicos de suas estruturas administrativas e novas técnicas de produção. O outro aspecto, a inflação, teve no Brasil uma trajetória bastante conturbada, sendo que apenas recentemente o combate a este flagelo ficou mais transparente. Um dado importante que não podemos esquecer é que tanto a inflação quanto o desemprego tem relação com a evolução do produto e, portanto, não podem ser analisados de forma independente. 2. Produto Potencial Antes de começarmos a falar sobre desemprego e inflação é importante conhecermos o conceito de PIB potencial, pois ele nos ajudará a entender as relações entre produto, desemprego e inflação. De maneira simples, podemos conceituar o PIB potencial como a capacidade máxima de produção da economia dado o uso pleno dos seus fatores de produção disponíveis. Esta capacidade produtiva depende não somente do estoque dos fatores de produção, mas principalmente da tecnologia. Sendo que esta última é que determina a produtividade dos fatores e o nível do produto potencial ou, ainda, o resultado da função de produção. Exemplos de fontes de crescimento do produto: i) Aumento populacional; ii) Novas terras para produção agrícola; iii) Aumento da formação bruta de capital fixo; iv) Descoberta de um poço de petróleo ou jazida de ferro; v) Inovações tecnológicas; vi) Maior qualificação dos trabalhadores.

2 3. Hiato do Produto Outra variável importante para analisarmos as variações do emprego e da inflação é o hiato do produto. Ele é representado pela diferença entre o produto potencial e o produto efetivo (PIB ou PNB). 4. Desemprego A teoria econômica nos ensina que o crescimento do hiato do produto indica que fatores de produção não estão sendo utilizados. Em outras palavras, há desemprego de alguns fatores de produção. Dentre estes, o mais importante para efeito de análise é o desemprego do fator trabalho. Os conceitos a seguir são importantes para definição e entendimento do desemprego. População total (PT) = População total do país. População em Idade Ativa (PIA) = População integrada ao mercado de trabalho (acima de 10 anos de idade). População em Idade Não-Ativa (PINA) = População não integrada ao mercado de trabalho por idade insuficiente (menores de 10 anos). Portanto: PIA = PT - PINA População Economicamente Inativa (PEI) = População sem condições de trabalho, como incapazes, aposentados, pessoas que desistiram ou estão impedidas de trabalhar, presidiários, etc... População Economicamente Ativa (PEA) = população em idade e em condições de exercer o trabalho. Portanto: PEA = PIA - PEI A partir destes conceitos definimos: a) A taxa de desemprego (TD) como sendo a relação entre o número de desempregados (D) e a PEA. TD = D/PEA b) E a taxa de participação da força de trabalho como a relação entre a PEA e a PIA. Taxa de participação da força de trabalho = PIA/ PEA No Brasil, as mais conhecidas metodologias de cálculo da taxa de desemprego são as do IBGE e a DIEESE São Paulo. A partir de 2003, com a utilização de uma nova metodologia adotada pelo IBGE, a taxa de desemprego ficou em torno de 10%. 4.1 Tipos de desempregos Desemprego friccional O desemprego friccional resulta da mobilidade da mão-de-obra. Ocorre quando um ou mais indivíduos se desempregam de um trabalho para procurar outro. Também poderá ocorrer quando se atravessa um período de transição, de um trabalho para outro, dentro da mesma área (exemplo: construção civil).

3 4.1.2 Desemprego estrutural Resulta das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da mão-de-obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento. Existem duas causas para este tipo de Desemprego: insuficiência da procura de bens e de serviços e insuficiência de investimento em torno da combinação de fatores produtivos desfavoráveis. Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho. O desemprego causado pelas novas tecnologias - como a robótica e a informática - recebe o nome de desemprego tecnológico. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. É comum associar o desemprego estrutural ao setor industrial. Este setor deixa mais evidente a perda de postos de trabalho para máquinas ou novos processos de produção, porém isto ocorre também na agricultura e no setor de serviços Desemprego conjuntural ou cíclico O desemprego cíclico ou conjuntural é decorrente da variação cíclica da vida econômica, isto é, das épocas de expansão ou de recessão econômica. É aquele em que a demissão é ocasionada, na maioria das vezes, por crises passageiras. Portanto a demissão é temporária, uma vez que, superada a crise, o emprego é novamente ofertado. Para muitos economistas a solução deste problema passa necessariamente pelo aumento das de crescimento do produto. Se conseguíssemos manter altas taxas de crescimento econômico, o país sanearia o problema do desemprego conjuntural. 4.2 Subemprego É uma situação econômica localizada entre o emprego e o desemprego. Ocorre normalmente quando a pessoa não tem recursos ou condições para se manter parada enquanto procura emprego e vai para uma atividade da economia informal (por exemplo, a de camelô ou a de catador de papel) em função da necessidade de sobrevivência. Tal situação - que deveria ser temporária - transforma-se em definitiva quando o trabalhador não consegue mais voltar à economia formal (com o recebimento de salário, carteira assinada, etc.) e transforma o subemprego em modo de vida. 4.3 Taxa natural de desemprego Parcela de trabalhadores permanentemente desempregados. Marx os chamou de "Exército Industrial de Reserva". Como constituem uma oferta de mão-de-

4 obra permanente acabam, por vezes, a pressionar para baixo o salário dos que se encontram empregados. Os economistas tradicionais defendem a manutenção de um "pequeno" desemprego, da ordem de uns 5% da força de trabalho, para que a inflação não dispare. 5. Inflação A inflação é definida como o aumento generalizado do nível dos preços. No sentido oposto, temos a deflação. Como consequência deste fenômeno vem a perda do poder aquisitivo da moeda ou, em outras, palavras, a diminuição da capacidade de adquirir bens e serviços. Em geral a inflação pode ser de dois tipos: a) de demanda; e b) de custo. No primeiro caso a inflação resulta do excesso de procura (demanda) em relação à produção (oferta). Já no segundo caso, ela surge do aumento dos custos de produção que as empresas repassam para os consumidores. Estes aumentos podem ter várias causas, sendo as mais conhecidas: I) aumento no preço das matérias-primas ou insumos básicos, que por sua vez podem ocorrer por quebra de safras, guerras ou desvalorização cambial; II) aumentos salariais não referendados por crescimento de produtividade; e III) aumento das taxas de juros. Para cada tipo de inflação existe um remédio proposto pelas diversas correntes da economia. Uma inflação de demanda deve ser combatida, com o uso da política monetária, em particular pelo aumento das taxas de juros ou ajuste do déficit público. Para a inflação de custos, a proposta é o combate aos desequilíbrios na estrutura econômica, pois a inflação é resultante de deficiências estruturais (crescimento industrial maior que o desenvolvimento da agricultura, ocasionando choques de oferta) e conflitos na distribuição de rendas. Ainda para esta corrente a inflação tende a manter-se pelo uso de mecanismos de propagação utilizados pelos agentes econômicos. Esta propagação ou manutenção da perda do poder de compra em níveis elevados com os agentes repassando a inflação presente para a futura deu origem ao que conhecemos como inflação inercial. Neste caso, na ausência de choques de oferta, a inflação tende a ser constante, pois os agentes econômicos utilizam diversos mecanismos de indexação para se proteger. 6. Conseqüências da inflação

5 Como já dito a inflação traz consigo a perda da capacidade aquisitiva dos consumidores, mas, além disto, ela provoca outras conseqüências, a saber: a) Desequilíbrios na distribuição de renda; b) Dificuldades para estimar o retorno dos investimentos (expectativas); c) Desequilíbrios na balança comercial; d) Incentivo a proteção com o uso de mecanismos de indexação (especulação); 7. O cálculo da Inflação O cálculo de inflação é feito por meio da constituição de índice de preços. O Índice de Preços é um índice que quantifica o preço de uma cesta de bens de consumo em diferentes momentos. Esta cesta é constituída por diversos tipos de bens, sendo atribuído aos respectivos preços uma determinada ponderação de acordo com os hábitos de consumo da população. A utilidade do índice de preços reside no fato de ser através dele que é calculada a taxa de inflação: algebricamente, a taxa de inflação é calculada como a taxa de variação do IPC entre dois períodos. A maioria dos índices de preços é calculada por meio de uma fórmula específica,chamada de Índice de Laspeyre. O índice de Laspeyres pondera preços (p) de bens e serviços em duas épocas, inicial (0) e atual (t), considerando a ponderação destes produtos num período específico. 8. A curva de Phillips No curto prazo, a curva de Phillips permite analisar os movimentos, do desemprego e da inflação. Ela nos diz que quanto mais alta a taxa de desemprego, menor a taxa de inflação, ou de outro modo, menos desemprego pode ser alcançado obtendo-se mais inflação, ou a inflação pode ser reduzida permitindo-se mais desemprego. No longo prazo ela não é válida dado que a taxa de desemprego é independente da taxa de inflação num período muito grande.

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