Técnicas de Imagem. Por. Tomografia Computadorizada

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1 1 Técnicas de Imagem Por Tomografia Computadorizada Almir Inacio da Nóbrega Universidade São Camilo Hospital Santa Catarina / Hospital Alemão Osvaldo Cruz

2 2 Í N D I C E 1. Tomografia Computadorizada. o o o o o o o o o o o o o o o o Aspectos históricos. O método. Princípios básicos A imagem em matriz Gerações de T.C. O sistema helicoidal T.C. Multi-Slice O tubo de raios-x do T.C. Detectores Reconstrução das imagens Retro-projeção O método interativo O método analítico Escala de Hounsfield Problemas comuns em TC Aspectos de segurança O Equipamento de Tomografia Computadorizada o TC General Eletric Modelo CTI Hi-speed 26 o Gantry 27 o A mesa de exames 30 o A mesa de comando 30 o Computador 30 o PDU Power Distribution Unit 31

3 3 3. Exames por Tomografia Computadorizada o O exame tomográfico 33 o Crânio 36 o O crânio em cortes coronais 38 o Seios paranasais 39 o Sela túrcica 41 o Ossos Temporais 42 o Face 44 o Órbitas 44 o Pescoço 45 o Tórax 46 o TC do tórax em alta resolução 49 o Estudo dos grandes vasos 49 o Técnica para T.E.P. 50 o Abdômen 51 o Abdômen superior 55 o TC do abdômen no aparelho uro-excretor 56 o TC do abdômen nos aneurismas da art. Aorta 56 o Coluna vertebral 57 o Coluna lombar 57 o Coluna Cervical 59 o Coluna Torácica 60 o Pelve e Articulação coxo-femoral 60 o Joelho 61 o Tornozelo 63 o Pés 63 o Ombro 64 o Cotovelo 66 o Punho 67 o Extremidades em geral 68

4 4 4. P R O T O C O L O S o Crânio rotina 71 o Seios Paranasais axial 72 o Seios paranasais coronal 73 o Sela Túrcica - coronal 74 o Ossos Temporais axial 75 o Ossos Temporais coronal. 76 o Pescoço 77 o Tórax rotina 78 o Tórax Alta resolução. 79 o Tórax TEP 80 o Abdômen superior 81 o Abdômen total 82 o Coluna cervical 83 o Coluna Lombar 84 o Coluna Torácica 85 o Coluna Segmento ( Bloco ) 86 o Ombro 87 o Cotovelo 88 o Punho 89 o Articulação Coxo-Femoral 90 o Joelho 91 o Patela c/ angulações. 92 o Tornozelo axial 93 o Tornozelos coronal 94 o Pés axial 95 o Pés coronal REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 97

5 5

6 6 Tomografia Computadorizada. Aspectos Históricos. A tomografia computadorizada surgiu, como método de diagnóstico por imagem, no ano de 1972, introduzido por G. N. Hounsfield, em Middlesex Inglaterra. O método obteve grande repercussão, principalmente pela possibilidade da avaliação de tecidos moles como; os músculos, as vísceras e particularmente o parênquima cerebral. Até então, o diagnóstico de hematoma no trauma crânio encefálico, ou mesmo, num acidente vascular cerebral, só podia ser feito com segurança, na abordagem cirúrgica. Com o advento deste método, abriu-se novas perspectivas, particularmente, nas patologias neurológicas. Em pouco tempo a técnica tomográfica foi ampliada e passou também a ser utilizada nos demais sistemas e órgãos do corpo humano, passando a incorporar os principais centros de diagnóstico por imagem do mundo. A tomografia, ainda hoje, vem sofrendo grandes transformações, sendo objeto de constantes pesquisas, voltadas principalmente, para a redução nos tempos de exames através da agilização na obtenção dos cortes tomográficos e no desenvolvimento de softwares gráficos para processamento das imagens. O Método A tomografia trabalha com tubos de raios-x de alta potência. O tubo disposto no interior do corpo do aparelho, apresenta um movimento de rotação de forma justaposta a um conjunto de detectores. Os detectores são os elementos responsáveis pela coleta do residual de radiação de um feixe estreito. Durante a aquisição de um corte tomográfico, enquanto o tubo gira ao redor do paciente, um feixe de radiação é emitido, indo incidir nos detectores que coletam as informações obtidas a partir de múltiplas projeções. As informações são então enviadas ao computador responsável pelo processamento das imagens. O primeiro tomógrafo utilizado para radiodiagnóstico e apresentado por Sir Hounsfield, constava de um equipamento fabricado pela empresa E.M.I. e formado basicamente por um tubo de raios-x simples de anodo fixo e alvo de dimensões relativamente exageradas (3 X 13 mm ) mas, suficiente para suportar o alto calor produzido pelos sucessivos bombardeios de elétrons. A construção dos cortes tomográficos (scans ) se fazia por meio de um feixe estreito da espessura aproximada de um lápis que, após atravessar o corpo do paciente incidia em dispositivos detectores da radiação residual. A imagem inicial era formada pela leitura, através dos detectores, de cerca de 160 exposições do feixe estreito ao longo de uma certa direção (varredura linear). Após completar esta varredura o conjunto Tubo/detectores fazia um movimento de rotação de 1 grau e uma nova varredura linear se iniciava. Este procedimento se repetia cerca de 180 vezes, mudando-se a rotação do conjunto a cada 1 grau. Os dados obtidos e armazenados

7 7 no computador podiam então ser utilizados na reconstrução do corte tomográfico. feixe do primeiro equipamento tinha dimensões aproximadas de 3 x 13 mm. O Princípios Básicos Nos atuais tomógrafos computadorizados, um tubo de raios-x emite um feixe de radiação de forma laminar e de espessura muito fina, da ordem de milímetros, que atravessa o paciente indo sensibilizar um conjunto de detectores. Estes, por sua vez, se encarregam de transmitir o sinal em forma de corrente elétrica de pequena intensidade a um dispositivo eletrônico responsável pela conversão dos sinais elétricos em dígitos de computador. Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem anatômica, múltiplas projeções são feitas a partir de diferentes ângulos. O computador de posse dos dados obtidos nas diferentes projeções constrói uma imagem digital representada por uma matriz. Cada elemento de imagem da matriz (pixel) se apresentará com um tom de cinza correspondente à sua densidade radiológica. Estruturas com alta densidade radiológica, como por exemplo os ossos, se apresentam claros na imagem tomográfica, o ar, pela sua baixa densidade, se apresenta escuro. A escala proposta por Hounsfield e largamente utilizada nos equipamentos atuais, associa as densidades das diferentes estruturas anatômicas a um grau específico na escala de cinza. Características do Método 1. A Tomografia apresenta feixe de aspecto laminar e em forma de leque. 2. A aquisição das imagens ocorre no plano do gantry o que, primariamente, gera cortes transversais ao plano do corpo. 3. A imagem final é digital e pode ser facilmente manipulada por softwares. 4. Quanto maior a matriz melhor será a resolução da imagem. O método tomográfico: Após múltiplas projeções um sistema computadorizado reconstrói imagens transversais do corpo.

8 8 A Imagem em Matriz. Por matriz, entendemos um arranjo de linhas e colunas. A imagem tomográfica é uma imagem matricial onde, o arranjo das linhas e colunas, formam os elementos de imagem denominados individualmente pixel, que é, por sua vez, a área resultante da interseccão das linhas com as colunas. A espessura do corte forma a terceira dimensão e, está relacionada à profundidade do corte. O volume formado pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel. Nos tomógrafos atuais a matriz usual possui alta definição e dimensões de 512 linhas x 512 colunas. O primeiro tomógrafo EMI possuia matriz de resolução 80 x 80. Representação do Voxel Imagem matricial - Pixel ( Elemento de imagem ) Voxel ( Volume de imagem )

9 9 Como os sinais provenientes dos detectores são transformados em imagem? Para que a imagem de tomografia possa ser reconstruída de forma a demonstrar as estruturas em sua forma real, faz-se necessário, múltiplas tomadas de dados em diferentes ângulos de projeção. A partir dos dados obtidos em cada leitura o computador interpreta o grau de densidade dos diferentes tecidos atribuindo a cada um o valor correspondente de uma escala de cinzas. O resultado final é apresentado pelos pixels que formam a imagem tomográfica. Cada voxel representa a unidade de volume da imagem, considerando a espessura do corte, e apresenta coeficiente de atenuação linear específico. Gerações de TC 1 ª Geração. O tomógrafo de primeira geração, como o primeiro apresentado à sociedade científica nos anos de 1972 por Godfrey N. Hounsfield, apresentava as seguintes características: Feixe de radiação muito estreito, medindo aproximadamente 3 X 13 mm, que fazia uma varredura linear sobre o objeto coletando informações de 160 feixes distintos. Feita a primeira varredura o tubo sofria uma rotação de 1 grau para iniciar nova varredura e coletar as informações de outros 160 feixes na nova projeção. Esse processo se repetia por 180 vezes e, assim, obtinha-se informações do objeto em 180 projeções diferentes, com variações de 1 grau em cada projeção e coleta de dados de 160 feixes por projeção. O tempo de aquisição de um corte tomográfico era de aproximadamente 5 minutos e um estudo completo durava muitas vezes mais de uma hora. 2 ª Geração. O equipamento de 2 ª geração trouxe como inovação a aquisição de dados a partir de um conjunto de detectores, reduzindo drasticamente, o tempo de aquisição das imagens. Nestes equipamentos o feixe passou a ser laminar e, em forma de leque, de forma a cobrir o conjunto de detectores variáveis entre 20 e 40 dependendo do fabricante. O princípio de aquisição das imagens era semelhante aos equipamentos de primeira geração, com múltiplas projeções defasadas de movimento de rotação da ordem de 1 grau até perfazer um total de 180 projeções. Nos equipamento de 2 ª geração os tempos de aquisição dos cortes ficaram reduzidos a menos de 1 minuto, com um substancial ganho em relação aos equipamentos de 1 ª geração. Hoje, estes equipamentos, estão proibidos de operarem no mercado por apresentarem taxas de doses não compatíveis com os níveis admissíveis.

10 10 Primeira Geração Segunda Geração 3 ª Geração Os equipamentos de terceira geração apresentaram uma evolução significativa. Nestes equipamentos, eliminou-se o que conhecemos por varredura linear. A partir de então, os tubos pararam de fazer varredura a cada grau e passaram a fazer movimentos de rotação contínuos ao mesmo tempo em que se fazia a coleta dos dados. Um conjunto de detectores com aproximadamente 600 unidades, suficientes para coletar os dados de um feixe largo de radiação, girando sincronicamente com o tubo de raios-x, pôde reduzir os tempos de aquisição dos cortes para algo em torno de 2 à 5 segundos por imagem. O processamento das imagens pelo computador também foi sensivelmente reduzido, variando entre 5 e 40 segundos. Os tomógrafos de terceira geração ainda ocupam grande parte dos serviços de diagnóstico por imagem, embora, estejam sendo gradativamente substituídos pelos chamados TC helicoidais. 4 ª Geração Uma quarta geração de equipamentos de TC surgiu com um conjunto de detectores distribuídos pelos 360 graus da abertura do gantry, ocupando assim, todo o anel. A principal inovação observada a partir desses equipamentos foi a introdução da tecnologia Slip-ring. O slip-ring constitui-se de um anel de ligas especiais, que fornece a tensão primária ao anodo e ao catodo do tubo de raios-x, sem a conexão de cabos. Um sistema de escovas em contato com o slip-ring leva as informações previamente ajustadas pelo operador do sistema, particularmente no que se refere às doses de exposição.

11 11 A ausência de cabos permitiu o giro contínuo dos tubos numa única direção e agilizou o processo de aquisição e processamento das imagens. Houve uma melhora significativa na estabilidade dos detectores, mas o seu alto custo, inviabilizou a sua produção. Poucas unidades desta geração foram comercializadas. Terceira Geração Quarta Geração O Sistema Helicoidal ( ou espiral ) O Tomógrafo helicoidal sucedeu o equipamento de 4 ª geração, tendo associado a tecnologia slip-ring, que permitiu a rotação contínua do tubo, ao deslocamento simultâneo da mesa. Os cortes tomográficos são obtidos com a mesa em movimento, de forma que, as fatias não são necessariamente planas mas, na forma de hélices, enquanto que, o método de aquisição, se assemelha a um modelo espiral. Um sistema de computação moderno e mais potente serviu de base para que o método ganhasse em agilidade. Tornou-se possível, por exemplo, a realização de exames do crânio em menos de 20 segundos, quando, em um aparelho de 3 ª geração, o tempo médio é de cerca de 3 minutos.

12 12 A tecnologia helicoidal reduziu de forma drástica o tempo de realização dos exames. Novas técnicas foram implementadas e, com isto, o potencial diagnóstico do método foi sensivelmente elevado. Novos conceitos foram introduzidos, destacando-se: Revolução, Pitch e Interpolação. 1. REVOLUÇÃO : Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. Nos TCs helicoidais o tempo de revolução médio é de 1 segundo. 2. PITCH : Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Nas aquisições das imagens helicoidais com pitch de 1:1, observamos que; a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução. Assim, se os cortes forem de 10 mm, para cada imagem a mesa se deslocará 10 mm. Se alterarmos a relaçao do Pitch para 2:1 a mesa se deslocará numa distância equivalente ao dobro da espessura do corte por revolução. Nessas circustâncias, podemos concluir que o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos. ( Considerando-se um tempo de revolução de 1 segundo). Fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitchs de relação maiores que 1:1, é que, a quantidade de radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida, aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa dose de exposição. PITCH = Deslocamento da mesa Espessura de corte

13 13 3. INTERPOLAÇÃO : A aquisição dos dados em TC helicoidal, gera imagens que, embora não perceptíveis ao olho humano, apresentam um aspecto em forma de hélice, resultado da aquisição espiral. Nos protocolos em que se faz necessário o uso de pitch acima da razão de 1:1, observa-se que, as imagens efetivas apresentam espessura maior que a nominal, resultado do incremento na aquisição espiral. No sentido de evitar que a espessura dos cortes apresentem variações muito amplas, alguns equipamentos fazem a aquisição dos dados em apenas 180 graus do movimento do tubo, interpolando dados nos próximos 180 graus, calculados pelo computador,. com base nas informações obtidas a partir da primeira parte da aquisição. Tomografia Helicoidal Multi-Slice Os equipamentos helicoidais evoluiram principalmente em função da tecnologia slip-ring, tubos de raios-x mais potentes e, em função de ultra modernos sistemas computacionais. Na expectativa de aumentar ainda mais a capacidade de obtenção de cortes por unidade de tempo, surgiram os equipamentos helicoidais de tecnologia multislice. Esses equipamentos apresentam conjuntos de detectores pareados de forma a tornar possível a aquisição simultânea de vários cortes. No mercado encontram-se disponíveis modelos que permitem a obtenção de 4 à 12 cortes por revolução. A cada ciclo completo de rotação do tubo, ou revolução, pode-se optar pela aquisição de 1 ou tantos cortes quanto permitirem os detectores presentes. Os tomógrafos multi-slice trabalham com várias coroas de detectores pareadas, que podem, ou não, apresentarem as mesmas dimensões. Alguns fabricantes optam por conjunto de detectores de diferentes dimensões por entenderem que, desta forma, obtem-se maior estabilidade dos detectores em determinadas espessuras de corte. As coroas podem apresentar detectores que vão desde 0,5 até 10 mm. A possibilidade de obtenção de cortes com a espessura menor que 1 mm ( tecnologia submilimeter ) permite, no pós processamento das imagens, a obtenção de modelos de reformatações vasculares e tridimensionais de alta resolução. Outra característica notável dos tomógrafos multi-slice, está relacionado à velocidade com que o conjunto tubo-detector gira no interior do gantry. Observa-se, em alguns equipamentos, revoluções de até 0,5 segundos ( tecnologia subsecond ). Este reduzido tempo permitiu novos estudos de tomografia com sincronização cardíaca. A sincronização cardíaca (gating), associado às pequenas espessuras de corte, possibilitou o estudo do coração com alta resolução anatômica, e melhor definição das patologias das artérias coronárias.

14 14 A obtenção de múltiplas imagens por segundo, permitiu o manuseio em tempo real das imagens de tomografia, abrindo assim, novos horizontes no estudo dinâmico dos vasos e nos procedimentos de biópsia. Múltiplos detectores Múltiplos cortes O TUBO de RAIOS-X do TC Os tubos empregados em TC são bastante similares aos utilizados nos equipamentos radiológicos convencionais. Na constituição desses tubos, uma ênfase especial é dada a forma de dissipação do calor, uma vez que, esses tubos ficam sujeitos a uma maior frequência de exposição, exposições mais longas e, altas doses de exposição. A sua disposição no interior do gantry, particularmente no que se refere ao eixo catodoanodo, ocorre de forma perpendicular ao seu movimento de rotação, evitando-se assim, a influência do efeito anódico. Os tubos de TC possuem, na sua grande maioria, dois pontos focais associados à filamentos de diferentes dimensões. O filamento menor é utilizado quando a potência não excede 20 KW. O filamento largo nas doses de alta potência. Alguns equipamentos, quando usam algoritmos para reconstrução de tecidos de alta densidade, utilizam, automaticamente, o pequeno filamento. Nos equipamento de 3 ª geração, os tubos apresentam, em geral, uma vida média de cerca de cortes. No equipamentos helicoidais e nos multi-slice, os tubos são projetados para apresentarem vida média de aproximadamente cortes.

15 15 DETECTORES Os detectores nos equipamentos de tomografia são tão importantes quanto o tubo de raios-x. As principais características dos detectores estão relacionadas com: Custo. Eficiência. Estabilidade e Velocidade. O custo dos detectores é o principal fator dos altos preços dos TC atuais. Distinguem-se basicamente dois tipos de detectores: Os de cristais luminescentes e, os de câmara de ionização: Detectores de Cristais Luminescentes: Esses detectores são formados a partir de cristais de Iodeto de Sódio acoplados à pequenas câmaras fotomultiplicadoras. Quando o feixe interage com esses cristais, uma pequena quantidade de luz é emitida na razão diretamente proporcional a intensidade da radiação incidente. Um tubo fotomultiplicador acoplado à estes cristais se encarrega de amplificar o sinal recebido transformando-o numa corrente elétrica de pequena intensidade. O resultado final é armazenado na memória do computador. Os detectores de cristais luminescentes são bastante eficientes, embora apresentem o inconveniente da fosforescência que ocasiona respostas não lineares para diferentes intensidades de radiações. Este problema se reflete principalmente entre tecidos de grandes diferenças de densidades como os ossos e o ar. Esquema : RX cristal luz S i n a l Cristal luminescente Detectores de Câmara de Ionização. Os detectores que usam câmara de ionização, são constituídos por pequenos tubos que possuem gás nobre em seu interior, frequentemente o xenônio, e que, em presença de radiação, sofrem uma ionização temporária, suficiente para fazer surgir uma pequena corrente elétrica que levará a informação ao computador. A corrente elétrica

16 16 será proporcional à ionização gerada no interior do detector e reflete a intensidade da radiação residual na sua trajetória. Os detectores de câmara de ionização são mais simples que os de cristais luminescentes, mas não mais eficientes, devida a baixa quantidade de moléculas de gás no seu interior, no entanto, estes detectores apresentam melhor reposta às variações na intensidade linear entre diferentes estruturas. Esquema: Raio X ionização sinal e- e- e- e- e- e- e- e- e- e- e- e- Ionização do xenônio A Reconstrução das imagens A tomografia é um método que mede a intensidade da radiação residual após um feixe ter interagido com um órgão ou objeto e ter sensibilizado um detector. A Intensidade de Radiação Residual compreende: a radiação incidente menos a radiação absorvida pelo objeto e pode ser obtida segundo a equação: N = - x No. e Onde: N = Intensidade de Radiação Residual No = Intensidade de Radiação Incidente. e = Base do logaritmo natural ( ) = Coeficiente de atenuação linear x = Espessura do objeto. Considerando que a imagem tomográfica é formada por n pequeninos blocos de imagem correspondentes a cada voxel da matriz, a equação se torna mais

17 17 complexa a medida que as matrizes vão apresentando melhor resolução. Num equipamento atual que trabalha com matriz 512 x 512 a equação poderia ser assim representada: - ( ) x N = No. e O número de equações utilizadas para reconstrução de uma imagem, aumenta em função do número de detectores do equipamento e, em função do número de projeções utilizadas na construção da imagem. Nos equipamentos atuais de matriz de alta resolução, são necessárias, muitas vezes, o emprego de equações para a reconstrução de uma única imagem, daí a necessidade de um sistema de computação potente e veloz. Métodos de Reconstrução das imagens. O método matemático utilizado na reconstrução das imagens é denominado algoritmo. Basicamente três formas de cálculos são utilizadas para este fim: 1. - Retro-Projeção O Método Interativo O Método Analítico. Retro-Projeção É um método teórico, não utilizado nos equipamentos atuais. Consiste basicamente na obtenção de imagens em diferentes projeções, com a correspondente somatória dos resultados obtidos em cada projeção. O resultado final apresenta a imagem real do objeto, contaminada pelo efeito das inúmeras projeções.

18 18 Formação da Imagem por Retro-projeção: Obtenção da imagem de um objeto em forma de cruz ( figura ). Projeção 01 Projeção 02 N1=2 N2=4 N3=8 N4=4 N5=2 Coef.Atenuação Linear N6 N7 N8 N9 N RETRO-PROJEÇÃO ( Somatória dos coeficientes ) O Método Interativo O método interativo considera um valor médio de atenuação para cada coluna ou linha da imagem. A partir deste pressuposto, compara os resultados obtidos com a média previamente estabelecida e, trata de fazer os ajustes necessários adicionandose e subtraindo-se valores em densidades para cada elemento da imagem, até a sua reconstrução final. O primeiro equipamento de tomografia EMI utilizou este método para a

19 19 reconstrução de suas imagens. Embora parecido com o método da Retro-Projeção, apresenta imagens mais nítidas, por eliminar as contaminações. O Método Analítico. É o método utilizado em quase todos os equipamentos comerciais. O método analítico ainda é dividido em dois métodos amplamente conhecidos entre os matemáticos: 1.1. A Análise Bi-dimensional de Fourier Retro-Projeção filtrada. 1.1 Análise Bi-dimensional de Fourier. O método da análise bi-dimensional de Fourier consiste em analisar funções de tempo e de espaço pela soma das freqüências e amplitudes correspondentes. Trata-se de um método complexo para os nossos conhecimentos, e que, foge ao escopo deste texto. A vantagem do uso do método analítico pela análise Bidimensional de Fourier, reside no fato do computador poder trabalhar com maior velocidade, dado este relevante, em qualquer sistema de tomografia. 1.2 Retro-Projeção filtrada. O método analítico de retro-projeção filtrada é similar ao de Retro-Projeção, exceto, pelo fato de que, as freqüências correspondentes ao borramento verificado na retro-projeção são eliminadas, tornando a imagem mais nítida. É um método utilizado em alguns equipamentos comerciais. A Escala de Hounsfield Sendo a tomografia um método que mede a radiação residual, é também um método que avalia a densidade entre os diferentes tecidos. Assim, adota-se uma escala de densidades conhecida por Escala de Hounsfield, onde as unidades assumem valores pré-estabelecidos a partir da atribuição do valor zero (0) a densidade correspondente à agua. Tecidos com densidade maior que água assumem

20 20 valores positivos e, os de densidade menor que a água, valores negativos. A escala de Hounsfield, assume valores entre 1000 ( ar ) até ( chumbo ). Escala de Hounsfield Unidades Hounsfield (HU) / Tecido Osso denso/cortical Osso normal 60 Fígado 50 Pâncreas 36 Parênquima Cerebral 20 Músculo 0 Água -20 à - 80 Gordura à -800 Pulmão Ar Nível da Imagem ( Window Level ) WL Largura da Janela ( Window width) WW A documentação tomográfica é a última etapa do exame de tomografia computadorizada. Uma boa documentação, além de demonstrar zelo com o exame, pode ser decisiva para uma correta interpretação do estudo. As imagens devem ser documentadas levando-se em consideração qual o tecido de maior interesse (assunto) e, evidenciando-se, na medida do possível, o contraste da imagem. O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem ( Window Level ) e representado pelo valor WL. O contraste da imagem depende da amplitude da Janela (Window Width ) representado por WW. Janelas muito amplas apresentam imagem tomográficas acinzentadas e, portanto, de baixo contraste, mas podem representar fator de qualidade, na medida em que, um maior número de estruturas estarão presentes na imagem. Janela Fechada Janela Aberta Alto contraste Baixo contraste

21 21 A Resolução da Imagem. A resolução ou, o grau de definição das imagens, está relacionada com a matriz utilizada. Quanto maior a matriz, melhor será a resolução, pois os pixels se apresentarão com dimensões reduzidas. O Campo de Visão - FOV (Field of View). O campo de visão refere-se à área examinada pela tomografia. Normalmente o FOV é definido em centímetros. Assim, é normal estabelecer um FOV de 22 cm para o estudo tomográfico do crânio. Exemplos de Campos de Visão ( FOV): Crânio Tórax Abdômen Joelho Face Coluna 22 cm 35 cm 40 cm 18 cm 14 cm 14 cm Problemas Comuns em Tomografia Computadorizada O Efeito de Volume Parcial. Em tomografia, a imagem final representa a densidade correpondente de cada tecido através de uma escala de cinzas. Particularmente nas imagens com pouca resolução ( matrizes baixas ) um voxel pode ser representando numa tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. Isto pode acontecer, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um material

22 22 de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta densidade. Os cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma tonalidade de cinza correspondente a de um tecido muscular, causando um artefato de imagem conhecido por efeito de Volume Parcial. Este efeito tende a ser reduzido nas matrizes de alta resolução. Artefatos. Artefatos de anel ( Rings artifacts ) Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está inicialmente relacionado com problemas nos detectores. Como os detectores necessitam de calibração com o ar para reconhecimento dos demais tecidos, ocasionalmente pode ocorrer de perderem os valores de referência, o que, ocasiona artefatos na imagem na forma de anéis. O primeiro procedimento do operador nestas circunstâncias é efetuar uma calibração nos detectores. A periodicidade com que devemos fazer essas calibrações varia de aparelho para aparelho. A maior parte dos equipamentos modernos admitem uma única calibração diária. Materiais de alta densidade.( Strike) Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis de bala, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação linear apresentados por estes materiais. A presença desses artefatos pode ser atenuada a partir do uso de feixe de alta energia ( 120 / 140 kv ), embora não possam ser evitados. Materiais de alto número atômico. Os materiais de alto número atômico tendem a ser comportar como os materiais metálicos e, produzir artefatos do tipo Strike. Os meios de contraste positivos como; o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados, ou, usados com critério. Ruído da imagem. O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos.

23 23 Nessas condições, há que se aumentar a dose de exposição, aumento da kilovoltagem, da miliamperagem ou do tempo de exposição. pelo Aspectos de Segurança. O equipamento de Tomografia opera com raios-x e por isso requer os cuidados comuns de proteção radiológica previstos na Portaria 453 de 02 / 06 / 98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O tubo de raios-x deve ser aquecido após 2 horas de inatividade ( Warm-Up ). Este procedimento prolonga a vida útil do tubo. Após o aquecimento do tubo é conveniente, pelo menos uma vez ao dia, fazer a calibração dos detectores. Este procedimento evita o aparecimento de artefatos na imagem, especialmente, os do tipo anelar. Nos equipamentos dotados de lâmpadas LASER para posicionamento do paciente, deve-se tomar o cuidado para não direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente. O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser respeitado, evitando-se assim, danos à mesa de exames e problemas no seu deslocamento durante o procedimento. Alguns equipamento são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem interromper a alimentação elétrica do conjunto gantry/ mesa. Estes mecanismos são particularmente importantes quando se observa a presença de fumaça, fogo, ou faíscas, nestes componentes. Equipamentos que eventualmente apresentem problemas de desempenho do software, necessitam ser totalmente desligados (shutdown). Após algum tempo, levanta-se o sistema (startup ) e observa-se, se o problema foi solucionado. Não se obtendo resultado satisfatório, contata-se o fabricante. Cuidado especial deve ser dado às angulações do gantry durante os exames. Alguns pacientes podem ter parte do corpo pressionada pelo equipamento ou, até mesmo, apresentar fobia

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