INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE PARA O BRASIL NO PERÍODO RECENTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE PARA O BRASIL NO PERÍODO RECENTE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica 2008 UFU 30 anos INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE PARA O BRASIL NO PERÍODO RECENTE Ilza Maria de Menezes Silva 1 Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Av. José João Dib no B. Progresso CEP: Ituiutaba/MG ilzamenezes@bol.com.br Michele Polline Veríssimo 2 Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) michele@pontal.ufu.br Resumo: A discussão sobre Crescimento e Desenvolvimento Econômico envolve conceitos parecidos e complementares, mas que, na realidade, são diferentes entre si, pois o crescimento econômico refere-se ao aumento da renda per capita ao longo do tempo, enquanto o desenvolvimento econômico inclui tanto o aumento da renda, quanto a melhoria dos indicadores de bem-estar econômico e social de um país. O objetivo do presente trabalho consiste em apresentar a evolução de alguns indicadores de desenvolvimento para o Brasil no período recente, em que se destacam dados dos indicadores tradicionais (vitais e econômicos) e de indicadores mais elaborados, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Corrupção Percebida (ICP). A justificativa para tal estudo encontra-se no fato de que o desenvolvimento econômico não deve ser analisado considerando-se unicamente os indicadores tradicionais (expectativa de vida, mortalidade infantil, estrutura etária da população e taxa de crescimento populacional). Outros indicadores que tentam captar a melhoria da qualidade de vida da população devem ser considerados para avaliar o estágio de desenvolvimento das economias. A metodologia de trabalho envolve pesquisa bibliográfica e coleta de dados sobre os diversos indicadores citados. Conclui-se que, nos últimos anos, o Brasil vem apresentando uma melhora crescente dos seus indicadores vitais, o que possibilitou o país subir no ranking do IDH, passando a fazer parte do grupo dos paises de alto desenvolvimento econômico. Entretanto, o país precisa avançar com relação à renda per capita, pois esta ainda é distribuída de modo bem desigual entre a população. Assim, são necessárias mudanças que proporcionem uma melhor distribuição de renda, além de uma intensificação do investimento em educação e qualificação do trabalho, o que possibilitará a obtenção de melhores condições de vida à população e uma perspectiva de maior desenvolvimento. Palavras-chave: Indicadores, Desenvolvimento, Brasil. 1. INTRODUÇÃO A discussão sobre Crescimento e Desenvolvimento Econômico, muitas vezes, suscita profundas confusões conceituais, uma vez que tais termos freqüentemente são definidos como sinônimos. Apesar de serem parecidos e complementares, há que se ressaltar que tais conceitos são diferentes entre si, sendo necessário, portanto, defini-los de forma precisa: assim, o crescimento 1 Acadêmica do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal FACIP/UFU. 2 Professora do Curso de Administração da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal FACIP/UFU.

2 econômico refere-se ao aumento contínuo da renda per capita ao longo do tempo, enquanto o desenvolvimento econômico inclui tanto o aumento da renda per capita, quanto a melhoria dos indicadores de bem-estar econômico e social de um país, como pobreza, saúde, moradia, educação, nutrição, desigualdade social, entre outros, tratando-se, portanto, de um conceito mais qualitativo (VASCONCELLOS, 2007). Além disso, cabe destacar que a teoria do crescimento econômico preocupa-se com o entendimento de questões conjunturais (curto prazo), como o nível de atividade econômica e inflação, dentre outras, enquanto a teoria do desenvolvimento econômico está mais preocupada com questões estruturais, isto é, aquelas que necessitam de planejamento de longo prazo para a obtenção de um crescimento equilibrado e sustentado, como o progresso tecnológico, política industrial, investimento em capital humano, etc, e que não são equacionadas em um curto espaço de tempo. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho é apresentar a evolução de alguns indicadores de desenvolvimento econômico para a economia brasileira no período recente, dentre os quais, destacam-se os chamados indicadores tradicionais (vitais e econômicos), bem como indicadores mais elaborados utilizados atualmente para a mensuração do desenvolvimento, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Corrupção Percebida (ICP). A justificativa para tal estudo encontra-se no fato de que, conforme Passos e Nogami (2005), o desenvolvimento econômico não deve ser analisado tomando-se unicamente por base os indicadores tradicionais de crescimento, tais como o crescimento do produto global ou o crescimento do produto per capita. Outros indicadores, que reflitam mudanças na qualidade de vida da população, também devem ser levados em conta para avaliar o estágio de desenvolvimento em que se encontram as diversas economias. A metodologia de trabalho envolve basicamente pesquisa bibliográfica e coleta simples de dados sobre os diversos indicadores citados. O trabalho encontra-se estruturado em duas seções, além desta introdução. A primeira seção pretende descrever teoricamente os principais indicadores utilizados para mensurar o desenvolvimento econômico. A segunda seção analisa quantitativamente tais indicadores para o Brasil no período recente. Por fim, serão apresentadas as principais conclusões obtidas pelo trabalho e3m termos do estágio de desenvolvimento em que se encontra a economia brasileira. 2. DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO O grau de desenvolvimento de uma nação pode ser percebido pela análise de certos indicadores, que se relacionam em termos de estrutura. Tais indicadores, chamados de tradicionais, compreendem uma classificação em três grandes grupos, cuja delimitação é estabelecida pelo Banco Mundial, a saber: indicadores vitais, econômicos e sociais. Além desses, segundo Passos e Nogami (2005), a preocupação crescente com a defesa dos direitos humanos e a maior conscientização da importância do homem no contexto econômico levaram ao surgimento de formas mais elaboradas para se medir o desenvolvimento de uma nação, que não leva em conta apenas questões econômicas. Surge assim a definição dos chamados novos indicadores, que envolvem o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Corrupção Percebida (ICP). A seguir, tem-se uma breve descrição dos principais indicadores que possibilitam a mensuração do grau de desenvolvimento de um país Indicadores Tradicionais (Vitais e Econômicos) 3 Os principais indicadores vitais são expressos através dos seguintes conceitos: i) Esperança de vida ao nascer: indica quantos anos um recém nascido viverá, considerando constantes os padrões de mortalidade vigentes. 3 Os indicadores sociais não serão tratados no presente trabalho. 2

3 ii) Mortalidade infantil: indica quantas crianças morrem antes de completarem um ano de vida, em um grupo de mil nascidos vivos, em determinado período. iii) Estrutura etária da população: representa a população economicamente ativa, sendo a proporção da população total entre 15 e 64 anos de idade. iv) Taxa média anual de crescimento populacional: indica a intensidade anual de crescimento da população, a qual é influenciada pela natalidade, mortalidade e migrações. Já os indicadores econômicos estão subdivididos em duas categorias (PASSOS E NOGAMI, 2005, p. 556): i) Estruturais (ou de infra-estrutura): conjunto de elementos que formam a base econômica da sociedade: força de trabalho, recursos naturais, capital, estrutura da produção e estrutura da distribuição de renda. ii) Disponibilidade de bens e serviços: envolvem elementos que proporcionam o bem-estar da população: renda per capita, bens básicos de consumo, bens de produção e insumos, serviços básicos e sociais Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) O IDH, criado em 1990, vem sendo utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma maneira padronizada de medida e avaliação de bem-estar da população de uma cidade, região ou nação, em três aspectos básicos do desenvolvimento humano: i) Longevidade: capacidade de a população desfrutar de uma vida longa e saudável, que se mede através da esperança de vida ao nascer; ii) Educação: possibilidade de obtenção de educação adequada pela população, medida através da taxa de alfabetização de adultos (pessoas com 15 anos ou mais) e da taxa de matrícula nos três níveis de ensino, expressa pela relação entre a população em idade escolar e o número de pessoas matriculadas no ensino fundamental, médio e superior; e iii) Renda: acesso aos recursos necessários para obtenção de um padrão de vida decente, medido pelo PIB per capita (em dólares) ajustado pela Paridade do Poder de Compra (PPC), que elimina as diferenças de custo de vida entre os países. Os valores do IDH variam de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), países com IDH até 0,499 são considerados de desenvolvimento humano baixo; países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de desenvolvimento médio; e países com índices maiores que 0,800 são considerados de desenvolvimento alto. Segundo PNUD (2007), o IDH foi concebido para mostrar tendências na avaliação do desenvolvimento humano no longo prazo, uma vez que consiste em um indicador com várias dimensões que não respondem a políticas de curto prazo, como é o caso da taxa de alfabetização de adultos e da expectativa de vida no nascimento. Por esta razão é fortemente recomendado que os indicadores sejam comparados em um período de médio a longo prazo de forma a captar alterações no nível de desenvolvimento sustentado ao longo do tempo. 3

4 2.3. Índice de Corrupção Percebida (ICP) O ICP foi desenvolvido com a finalidade de verificar a correlação existente entre o grau de desenvolvimento econômico e grau de corrupção de um país. Em geral, quanto mais evoluída é uma economia, mais distante ela estará desse tipo de comportamento (PASSOS E NOGAMI, 2005, p. 557). Segundo Sá (2003), o ICP é divulgado desde 1995, com o intuito de medir a percepção de corrupção de agentes, como empresários, analistas de risco, acadêmicos, comerciantes, máquina estatal, etc., numa escala que vai de 0 (maior grau de corrupção) a 10 (menor grau). 4 O ICP ajuda no diagnóstico de problemas de corrupção em áreas específicas e no acompanhamento de sucessos e fracassos das políticas de combate à corrupção. Os investidores estrangeiros utilizam o ICP para avaliar a possibilidade de investimento em determinado país. Assim, países que possuem índices altos de corrupção afastam os investidores internacionais, o que prejudica o país como um todo. Speck (2007) ressalta algumas dificuldades na utilização do ICP como medida do desenvolvimento, dado que a atribuição de uma única nota a um determinado país para descrever um fenômeno tão complexo, como a corrupção, é um exercício simplificador, pois fica complicado avaliar na mesma cifra diferentes esferas do poder, juntamente com realidades discrepantes entre si. Mas, em geral, o ICP contribui para a mobilização da população mundial em relação ao tema corrupção, que é tão discutido atualmente no âmbito internacional e nacional, além de ajudar na reflexão e no monitoramento da corrupção nos países, facilitando as decisões dos investidores, e deixando a população ciente do que acontece no mundo. 3. DADOS RECENTES PARA OS PRINCIPAIS INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO NO BRASIL O objetivo da presente seção é apresentar os últimos números divulgados com relação aos indicadores de desenvolvimento selecionados para a economia brasileira. A tabela 1 abaixo mostra dados para alguns indicadores de desenvolvimento vitais e econômicos. Tabela 1: Principais Indicadores Vitais e Econômicos Brasil Indicador Expectativa de vida (anos) 71,7 71,9 72,3 Mortalidade infantil (número de óbitos por mil nascidos vivos) 26,6 25,8 24,9 Crescimento populacional (% a.a.) 1,45 1,43 1,40 Renda per capita (US$ correntes)* 3.655, , ,51 Renda per capita (US$ PPC)** Fonte: Banco Central do Brasil, IBGE, RDH (2007). * Dados atualizados conforme nova metodologia do IBGE para apuração do PIB divulgada em março de ** Dado não obtido para Uma análise rápida dos números acena que o Brasil vem apresentado uma melhora importante nos seus principais indicadores de desenvolvimento. Observa-se que a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado ao longo do tempo, sendo que, em 2006, atingiu 72,3 anos. Segundo o IBGE, a melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, as campanhas de vacinação, o aumento da escolaridade, a prevenção de doenças e os avanços da medicina podem ser 4 Sá (2003) ressalta que, devido a variabilidade do tamanho da amostra, não se deve comparar a classificação de um país entre os anos, sendo mais efetivo a comparação das notas obtidas, pois, com a contínua entrada de novas nações, um país pode apresentar queda na classificação, mesmo obtendo uma nota melhor entre um ano e outro. 4

5 apontados como os principais fatores que contribuíram para o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. 5 O índice de mortalidade infantil também apresentou uma evolução importante. Em 2006, a taxa de mortalidade infantil foi de 24,6 óbitos infantis por mil nascidos vivos, confirmando a tendência de queda já verificada nos anos anteriores. A taxa de crescimento populacional brasileira encontra-se em estabilizada em torno de 1,4% ao ano. Segundo o IBGE, o Brasil passa pela chamada janela demográfica, ou seja, tem um elevado contingente de pessoas em idade ativa e uma razão de dependência relativamente baixa, configurando um potencial demográfico favorável ao crescimento econômico. O número de jovens em idade de completarem seus estudos e de ingressarem no mercado de trabalho (de 15 a 24 anos de idade) está em torno dos 35 milhões desde o ano 2000 e a razão de dependência da população vem declinando devido à diminuição do peso das crianças de 0 a 14 anos sobre a população de 15 a 64 anos de idade. A elevação da renda per capita, observada ao longo dos últimos anos, aponta uma tendência de maior acesso da população à riqueza do país. Entretanto, a análise do aumento da renda per capita, por si só, não indica desenvolvimento em termos de melhoria das condições de vida da população, na medida em que no Brasil ainda prevalece uma grande desigualdade na distribuição de renda entre as classes sociais (onde a maioria dos brasileiros ganha muito pouco), diferenças entre sexo (homens ganham mais que as mulheres) e entre as regiões brasileiras (no nordeste, 51% da população vive com até meio salário mínimo, enquanto na região sudeste, tal percentual é de apenas 18%). Quando se trata da mensuração do desenvolvimento, deve-se ter em mente que, mais importante do que alcançar taxas elevadas de crescimento econômico, é melhorar a qualidade de vida da população. Neste sentido, conforme Guidolin e Porto Júnior (2006), o enfoque estrito nas taxas de crescimento da renda per capita não consegue captar a quem este crescimento beneficia. Assim, há que se ressaltar que o desenvolvimento deve ser um compromisso com o bem-estar da população atual e das gerações futuras, e precisa estar apoiado no crescimento econômico de base ampla, incluindo o investimento em capital humano (educação, qualificação e treinamento da mãode-obra). A tabela 2 apresenta os dados mais recentes do IDH para o Brasil, divulgados pela PNUD através dos Relatórios de Desenvolvimento Humano (RDH), que apresentam o quadro mais recente de desenvolvimento humano no mundo. Tabela 2: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Brasil RDH* Ano-Base IDH Posição no Ranking ,788 68ª ,792 69ª ,800 70ª Fonte: PNUD * Os Relatórios de Desenvolvimento Humano apresentam dados relativos ao IDH de dois anos anteriores. A análise da tabela 2 permite constatar uma evolução constante do IDH para o Brasil, sendo que o RDH de 2007 atribui ao país um IDH igual a 0,800, fato que o insere, pela primeira vez, na classificação das nações com elevado desenvolvimento humano. Segundo o IBGE, o índice de longevidade foi o fator mais importante para a elevação do IDH, devido ao aumento da expectativa de vida para 71,7 anos em Para a educação, não houve mudanças significativas nos níveis de alfabetização, mas ocorreu um aumento da freqüência de alunos nas escolas e universidades (de 86% em 2004 para 87,5% em 2005). No que se refere à 5 O levantamento do IBGE, em 2006, aponta que, para os homens, a esperança de vida ao nascer é de 68,5 anos, contra 76,1 anos das mulheres. Dentre os estados brasileiros, o Distrito Federal foi o que apresentou a maior expectativa de vida, com 75,1 anos, enquanto Alagoas ficou em último lugar, com 66,3 anos. 5

6 renda per capita, o país ainda precisa melhorar muito, principalmente no que diz respeito à má distribuição de renda. O Brasil ainda se destaca pela ampla desigualdade social, onde a diferença na qualidade de vida de ricos e pobres é imensa. Dados atuais apontam uma redução nessa desigualdade, em função de programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, dentre outros. No entanto, como a parte mais significativa da renda das famílias brasileiras provém do trabalho assalariado, há necessidade de um maior crescimento da economia, com reflexos sobre o mercado de trabalho, para que ocorra uma evolução mais significativa do índice de renda e, conseqüentemente, do IDH para o Brasil. 6 A tabela 3 compara a posição atual do Brasil no ranking mundial do IDH com alguns países selecionados. Dentre 177 países, o Brasil ocupa a 70ª posição. Em termos mundiais, Islândia, Noruega e Austrália são os países de maior desenvolvimento humano, enquanto o país com o menor grau de desenvolvimento humano é Serra Leoa, na África. Comparado aos principais países da América Latina, o Brasil apresenta desempenho inferior a Argentina, Chile, Uruguai e México, mas supera Venezuela, Colômbia, Peru e Paraguai. Há que se destacar que o Brasil apresenta IDH superior a China e Índia, países que se destacam nos últimos anos pelas elevadas taxas de crescimento econômico. Tabela 3: Ranking do IDH Mundo (Países Selecionados) Posição País IDH Posição País IDH Posição País IDH 1ª Islândia 0,968 9ª Holanda 0,953 74ª Venezuela 0,792 2ª Noruega 0,968 10ª França 0,952 75ª Colômbia 0,791 3ª Austrália 0,962 12ª EUA 0, ª China 0,777 4ª Canadá 0,961 38ª Argentina 0, ª Peru 0,773 5ª Irlanda 0,959 40ª Chile 0,867 95ª Paraguai 0,755 6ª Suécia 0,956 46ª Uruguai 0, ª Índia 0,619 7ª Suíça 0,955 52ª México 0, ª Haiti 0,529 8ª Japão 0,953 70ª Brasil 0, ª Serra Leoa 0,336 Fonte: RDH (2007) Por fim, a tabela 4 exibe os dados do ICP para o Brasil entre 2001 e Observa-se que o índice da corrupção no Brasil nos anos 2000 indica presença de corrupção elevada na economia brasileira, dados os diversos escândalos ocorridos como o Mensalão, dentre outros. Em 2007, o Brasil obteve nota 3,5, que ainda indica alto grau de corrupção, mas inverte a tendência de queda no referido indicador verificada no início da década. Atualmente, o país se encontra na 72º posição, num total de 180 países avaliados. Tabela 4: Índice de Corrupção Percebida (ICP) Brasil Ano Nota Posição no Ranking ,0 46ª ,0 45ª ,9 54ª ,9 59ª ,7 62ª ,3 70ª ,5 72ª Fonte: ONG Transparência Internacional 6 Guidolin e Porto Silva (2006) ressaltam que, mesmo havendo um processo de aceleração do crescimento, a desigualdade de renda dificulta que os pobres sejam beneficiados pelo crescimento e enfraquece a taxa em que o crescimento se converte em redução de pobreza. 6

7 Segundo Speck (2007), a margem de 3,5 a 4,0 coloca o Brasil entre os países onde a corrupção é um problema grave. Embora o Brasil não possa ser considerado um país com corrupção estrutural ou sistêmica, como Iraque (nota 1,5), Somália e Mianmar (notas 1,4 cada), que são os três últimos da lista de 180 países, o país ainda está longe daqueles que apresentam alto senso de integridade, como Finlândia, Dinamarca e Nova Zelândia (nota 9,4 cada), os três primeiros da lista. Os Estados Unidos aparecem na 20ª posição, com a nota 7,2. Comparado aos países da América Latina, como o Chile, que registrou nota de 7,0 (22ª posição), e o Uruguai, cuja nota é 6,7 (25º lugar), o Brasil pode e deve melhorar muito a percepção negativa sobre a corrupção no país. Dada a atual estrutura institucional (leis, regras e normas existentes), o Brasil pode obter um índice muito melhor, caso haja vontade política para um processo de modernização e fortalecimento da responsabilidade das instituições públicas e privadas, aliado a medidas mais severas de combate à corrupção. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que, apesar dos conceitos de crescimento e de desenvolvimento econômico serem parecidos e complementares, são diferentes entre si, sendo que o primeiro refere-se somente ao aumento da renda per capita, enquanto o segundo abrange tanto esse aumento da renda quanto a melhoria dos indicadores sociais. Entretanto, vale dizer que tais indicadores estão bastante interligados, uma vez que não há desenvolvimento sem crescimento econômico. Em outras palavras, para que o país possa melhorar os seus indicadores sociais, refletindo um avanço na qualidade de vida da população, há que se criar na economia brasileira um processo de crescimento da renda per capita equilibrado e auto-sustentado, além de mecanismos que permitam uma melhor distribuição da riqueza entre as diversas classes sociais. Atualmente, o objetivo de maior desenvolvimento humano tem feito parte da agenda das diversas nações, por meio da busca constante por melhorias nos padrões de vida das pessoas. Nesse contexto, as medidas de desenvolvimento devem, portanto, considerar diversos aspectos de elevação da qualidade de vida, e não apenas focar nas taxas de crescimento econômico. É nesse sentido que surgiram os novos indicadores, IDH e ICP, que são usados para medir e avaliar o bemestar da população e a relação entre o desenvolvimento econômico e a corrupção, constituindo-se em alternativas ao PIB (Produto Interno Bruto) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. O Brasil vem apresentando, ao longo dos anos, indicativos de uma crescente melhora dos seus indicadores vitais, como expectativa de vida, mortalidade infantil, maior acesso a educação, saúde, saneamento básico, entre outros, o que possibilitou o país subir no ranking do IDH, passando a fazer parte do grupo dos paises de alto desenvolvimento econômico. Mas, cabe ressaltar que o país ainda deixa a desejar no que diz respeito à renda per capita, uma vez que a renda ainda é distribuída de modo bastante desigual entre a população. Assim, são necessárias mudanças no país que proporcionem uma melhor distribuição de renda, além de uma intensificação do investimento em educação e qualificação da força de trabalho (processo de formação de capital humano), o que possibilitará a obtenção de melhores condições de vida para a população e uma perspectiva de maior desenvolvimento no seu sentido mais pleno. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Banco Central do Brasil. Séries Temporais. Disponível em: Acesso em Fevereiro de Guidolin, Silvia Maria e Porto Jr, Sabino da Silva, 2006, Expansão agrícola e crescimento econômico: impactos sobre a pobreza e a desigualdade. Setembro. Disponível em Acesso em Março de

8 IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Vários Anos, Tábuas Completas de Mortalidade. Disponível em: Acesso em Fevereiro de Passos, Carlos Roberto Martins e Nogami Otto, 2005, Princípios de Economia. São Paulo, Thomson, 5ª ed. PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2007, Brasil entra no grupo de países de Alto Desenvolvimento Humano. Notas à Imprensa. Brasília. Novembro. Disponível em: Acesso em Fevereiro de RDH. Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008, 2007, Disponível em: Acesso em Fevereiro de Sá, Luís Filipe Vellozo de, 2003, Índice de Percepção da Corrupção ONG Transparência Capixaba. Disponível em: Acesso em Fevereiro de Speck, Bruno Wilhelm, 2007, Percepção da Corrupção no Brasil Segue em Alta. Setembro. Disponível em: Acesso em Janeiro de Vasconcellos, Marco Antônio Sandoval de, 2007, Economia: Micro e Macro. São Paulo, Atlas, 4ª ed. DEVELOPMENT INDICATORS: AN ANALYSIS FOR BRAZIL IN THE RECENT PERIOD Ilza Maria de Menezes Silva Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) José João Dib Avenue no B. Progresso CEP: Ituiutaba/MG ilzamenezes@bol.com.br Michele Polline Veríssimo Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) michele@pontal.ufu.br Abstract: The discussion on Growth and Economic Development involves concepts related and complementary, but which in reality are different, because economic growth is the increase in per capita income over time, while the economic development includes both the increase of income, as the improving indicators of economic welfare and social of a country. The objective of this paper is to present the evolution of some Brazil development indicators in the recent period, which highlight data of traditional indicators (life and economic) and others indicators more elaborate, like Human Development Index (HDI) and Corruption Perception Index (CPI). The justification for this study is the fact that economic development should not be considered to be examined only the traditional indicators (life expectancy, infant mortality, age structure and population growth rate). Other indicators that attempt to capture a better population quality of life should be considered to assess the economies development stage. The work methodology involves literature search and collection of data on the various indicators cited. It follows that in recent years, Brazil has shown a growing improvement of its vital indicators, which allowed the country rise in the HDI ranking, going to be part of the high economic development group. However, the country needs to move forward with 8

9 respect to per capita income, because this is not still so well distributed among the population. Thus, changes are required to provide a better income distribution, as well as an intensification of investment in education and work qualification, which allow for people better life conditions and the prospect of further development. Key-words: Indicators, Development, Brazil. 9

NOTA DE IMPRENSA. Embargado até 27/11/2007, às 10h (horário de Brasília) Brasil entra no grupo de países de Alto Desenvolvimento Humano

NOTA DE IMPRENSA. Embargado até 27/11/2007, às 10h (horário de Brasília) Brasil entra no grupo de países de Alto Desenvolvimento Humano NOTA DE IMPRENSA Embargado até 27/11/2007, às 10h (horário de Brasília) Brasil entra no grupo de países de Alto Desenvolvimento Humano Com desenvolvimento humano crescendo desde 1975, país fica entre os

Leia mais

Educação e Escolaridade

Educação e Escolaridade Já existe certo consenso de que um dos grandes obstáculos para o crescimento da economia brasileira é a capacitação dos nossos trabalhadores, sendo que boa parte desse processo ocorre nas escolas e universidades.

Leia mais

Desenvolvimento Humano e Social

Desenvolvimento Humano e Social Desenvolvimento Humano e Social Índices de Desenvolvimento Na seção referente aos índices de desenvolvimento, foram eleitos para análise o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), o Índice de

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Betim, MG 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 346,8 km² IDHM 2010 0,749 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 378089 hab. Densidade demográfica

Leia mais

Educação Brasileira: Desafios e Oportunidades

Educação Brasileira: Desafios e Oportunidades Educação Brasileira: Desafios e Oportunidades VI Congresso Brasileiro de Gestão Educacional GEduc 2008 São Paulo, 26 de março de 2008 Gustavo Ioschpe desembucha@uol.com.br Brasil perde o bonde da História

Leia mais

Geografia População (Parte 1)

Geografia População (Parte 1) Geografia População (Parte 1) 1. População Mundial: Define-se população mundial como o número total de humanos vivos no planeta num dado momento. Em 31 de Outubro de 2011 a Organização das Nações Unidas

Leia mais

Dinâmica populacional. Porto Alegre 2015

Dinâmica populacional. Porto Alegre 2015 Dinâmica populacional Porto Alegre 2015 Conceitos demográficos fundamentais a distribuição mundial Os diferentes aspectos demográficos, tais como população absoluta, densidade demográfica, crescimento

Leia mais

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010)

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010) Pernambuco Em, no estado de Pernambuco (PE), moravam 8,8 milhões de pessoas, onde parcela relevante (7,4%; 648,7 mil habitantes) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 185 municípios,

Leia mais

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010)

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010) Maranhão Em, no estado do Maranhão (MA), moravam 6,6 milhões de pessoas, onde parcela considerável (6,%, 396, mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 217 municípios, dos quais um

Leia mais

REGIONALIZAÇÕES MUNDIAIS

REGIONALIZAÇÕES MUNDIAIS REGIONALIZAÇÕES MUNDIAIS Vivian Q. Pretti -Geografia- REGIONALIZAR é dividir, e ao mesmo tempo agrupar, áreas do território que possuem características semelhantes. Para regionalizar é necessário estabelecer

Leia mais

Geografia População (Parte 2)

Geografia População (Parte 2) 1. Estrutura Etária: Geografia População (Parte 2) A Transição Demográfica corresponde à mudança no perfil de idade dos habitantes, engloba proporções de crianças, jovens/adultos, idosos, homens e mulheres.

Leia mais

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010)

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010) Acre Em, no estado do Acre (AC) moravam 734 mil pessoas, e uma parcela ainda pequena dessa população, 4,3% (32 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 22 municípios, dos quais sete

Leia mais

Curso de Especialização em Saúde da Família Modalidade a Distância. Unidade 2 Módulo 3 Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil

Curso de Especialização em Saúde da Família Modalidade a Distância. Unidade 2 Módulo 3 Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil Curso de Especialização em Saúde da Família Modalidade a Distância Unidade 2 Módulo 3 Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil A taxa ou coeficiente de mortalidade infantil é uma estimativa do risco

Leia mais

Desenvolvimento humano e objetivos do milênio. Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim

Desenvolvimento humano e objetivos do milênio. Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim Desenvolvimento humano e objetivos do milênio Disciplina: Geografia IFMG Campus Betim A grande heterogeneidade dos países em desenvolvimento Processo de descolonização da África e na Ásia gerou vários

Leia mais

Saúde e mortalidade nos BRICs

Saúde e mortalidade nos BRICs Saúde e mortalidade nos BRICs José Eustáquio Diniz Alves 1 Até meados do século XIX as taxas de mortalidade eram altas em todo o mundo. Mesmo nos países mais desenvolvidos da época, de cada mil crianças

Leia mais

REFELEXÕES SOBRE DESIGUALDADES REGIONAIS NO MUNDO: O CASO DAS 10 MAIORES E 10 MENORES RENDAS PER CAPITAS 1

REFELEXÕES SOBRE DESIGUALDADES REGIONAIS NO MUNDO: O CASO DAS 10 MAIORES E 10 MENORES RENDAS PER CAPITAS 1 REFELEXÕES SOBRE DESIGUALDADES REGIONAIS NO MUNDO: O CASO DAS 10 MAIORES E 10 MENORES RENDAS PER CAPITAS 1 RESUMO O presente trabalho além de refletir sobre as desigualdades regionais no mundo chama atenção

Leia mais

Podem as empresas sustentáveis contribuir para o cumprimento dos objetivos propostos pelas Metas do Milênio

Podem as empresas sustentáveis contribuir para o cumprimento dos objetivos propostos pelas Metas do Milênio Podem as empresas sustentáveis contribuir para o cumprimento dos objetivos propostos pelas Metas do Milênio ODILON LUÍS FACCIO Instituto Primeiro Plano São Paulo, 24 de junho de 2008 Grupo de Excelência

Leia mais

Os Processos de Construção e Implementação de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua 1

Os Processos de Construção e Implementação de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua 1 1 Os Processos de Construção e Implementação de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua 1 Boletim de Pesquisa n. 2, outubro de 2009. Um projeto do Centro Internacional de Estudos

Leia mais

A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O acesso à Educação

A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O acesso à Educação 33 A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. Quase 5 milhões de crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 14 anos (18,8% da população da região) vivem no Semi-árido. No Brasil,

Leia mais

2.1 Educação. Por que Educação? Comparação Internacional. Visão 2022

2.1 Educação. Por que Educação? Comparação Internacional. Visão 2022 Por que Educação? Um dos principais determinantes da competitividade da indústria é a produtividade do trabalho. Equipes educadas e engenheiros bem formados utilizam melhor os equipamentos, criam soluções

Leia mais

1) Por que pode-se afirmar que o capitalismo provocou o surgimento das cidades? Explique.

1) Por que pode-se afirmar que o capitalismo provocou o surgimento das cidades? Explique. 1) Por que pode-se afirmar que o capitalismo provocou o surgimento das cidades? Explique. 2) Por que Pirâmides Etárias de base larga são tão comuns no continente africano?. 3) Quais as principais características

Leia mais

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Capítulo 12: O Brasil ao Longo do Século XX: alguns fatos estilizados Parte III Capítulo 12 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Brasil ao longo do

Leia mais

Educação Matemática. Profª. Andréa Cardoso MATEMÁTICA - LICENCIATURA 2015/2

Educação Matemática. Profª. Andréa Cardoso MATEMÁTICA - LICENCIATURA 2015/2 Educação Matemática Profª. Andréa Cardoso MATEMÁTICA - LICENCIATURA 2015/2 UNIDADE II: TENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Para construção de uma nova 2 O Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações

Leia mais

SOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO DO INSS - 2008 TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL PROVA BRANCA.

SOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO DO INSS - 2008 TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL PROVA BRANCA. SOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO DO INSS - 2008 TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL PROVA BRANCA. Professor Joselias www.concurseiros.org Março de 2008. Um dos indicadores de saúde comumente utilizados

Leia mais

BRASIL: TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE - 2010

BRASIL: TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE - 2010 Diretoria de Pesquisas DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais COPIS Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica - GEADD BRASIL: TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE - 2010 Em cumprimento

Leia mais

Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros

Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros TEXTO PARA DISCUSSÃO Nota Técnica: O Custo Público com Reprovação e Abandono Escolar na Educação Básica Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros Pesquisadores de Economia Aplicada do FGV/IBRE Fevereiro

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: Desenvolvimento Econômico - Conceitos Principais e Realidade Atual

Resumo Aula-tema 01: Desenvolvimento Econômico - Conceitos Principais e Realidade Atual Resumo Aula-tema 01: Desenvolvimento Econômico - Conceitos Principais e Realidade Atual O tema desta aula preocupa muitos pensadores desde o final do século XVIII. Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus,

Leia mais

Elaboração e Análise de Projetos

Elaboração e Análise de Projetos Elaboração e Análise de Projetos Análise de Mercado Professor: Roberto César ANÁLISE DE MERCADO Além de ser o ponto de partida de qualquer projeto, é um dos aspectos mais importantes para a confecção deste.

Leia mais

A Nova Política Educacional do Estado de São Paulo

A Nova Política Educacional do Estado de São Paulo A Nova Política Educacional do Estado de São Paulo Maria Helena Guimarães de Castro 1ª Jornada da Educação Tribunal de Contas do Estado de São Paulo 04 de dezembro de 2008 Panorama da Educação no Brasil

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE I

INDICADORES DE SAÚDE I Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia INDICADORES DE SAÚDE I 2005 Indicadores globais: Coeficiente

Leia mais

Contrastes no Desenvolvimento

Contrastes no Desenvolvimento Contrastes no Desenvolvimento Professor António Ervideira 9º Ano Sumário Crescimento e Desenvolvimento Indicadores de desenvolvimento IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) Regiões de desenvolvimento homogéneo

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Bolsa Família, Exclusão Social, Extrema Pobreza, Pobreza, Sistema Eletrônico de Desenvolvimento Social.

RESUMO. Palavras-chave: Bolsa Família, Exclusão Social, Extrema Pobreza, Pobreza, Sistema Eletrônico de Desenvolvimento Social. Informações sobre as famílias do município de SP beneficiárias do Programa Bolsa Família, de acordo com o Sistema Eletrônico de Desenvolvimento Social SEDESO, referentes ao período de abril a junho de

Leia mais

Dados (2012) Fórmula Cálculo Chade Cálculo Austrália TCN TCN = TN TM TCN = = TCN = =

Dados (2012) Fórmula Cálculo Chade Cálculo Austrália TCN TCN = TN TM TCN = = TCN = = Fonte: UNFPA, 2013. POPULAÇÃO E POVOAMENTO Atividade 1 1. o Calcula, a partir do quadro a TN, TM e TCN, para cada um dos países. Dados (2012) Indicadores Chade Austrália N. o de habitantes 11 720 997 23

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Centro de Imprensa. Índice Futuridade

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Centro de Imprensa. Índice Futuridade Índice Futuridade Plano Futuridade O FUTURIDADE: Plano Estadual para a Pessoa Idosa é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social - Seads que objetiva fortalecer a rede

Leia mais

Renda per capita do brasileiro diminui e se distancia de países emergentes

Renda per capita do brasileiro diminui e se distancia de países emergentes Renda per capita do brasileiro diminui e se distancia de países emergentes PIB brasileiro cai e mantém recessão 1 de 11 Alex Almeida 5.out.2008/Folhapress ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO 14/02/2016 02h00 Compartilhar

Leia mais

Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade Brasil 2012

Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade Brasil 2012 Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade Brasil 2012 Breve análise da mortalidade no período 2011-2012 2 Presidenta da República Dilma Rousseff Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam

Leia mais

PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 1

PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 1 PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 1 Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa 2 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o papel da mulher na economia e na sociedade como um todo tem passado por

Leia mais

ICEI Índice de Confiança do Empresário Industrial Julho/07 Interiorização da Sondagem

ICEI Índice de Confiança do Empresário Industrial Julho/07 Interiorização da Sondagem Resultado do ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial - nas Regionais FIESP Projeto de de Opinião CNI (DEPAR/DEPECON) Introdução A Sondagem Industrial é uma pesquisa qualitativa realizada trimestralmente

Leia mais

Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda

Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Redução da jornada de trabalho - Mitos e verdades Apresentação Jornada menor não cria emprego Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição 231/95 que reduz a jornada de trabalho de

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Comunicação Social 25 de março de 2004 Pesquisa Mensal de Emprego Taxa de desocupação é de 12% em fevereiro Em fevereiro de 2004, a taxa de desocupação ficou estável tanto em relação ao mês anterior (11,7%)

Leia mais

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia 2º ano do Ensino Médio Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia Sedentarização Crescimento populacional Revolução Industrial Formação da cidade (melhoria sanitária) Pós Guerra (1945) (avanço médico)

Leia mais

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DA CESTA BÁSICA DE TRÊS PASSOS-RS 1

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DA CESTA BÁSICA DE TRÊS PASSOS-RS 1 ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DA CESTA BÁSICA DE TRÊS PASSOS-RS 1 Lucas Dalvani Rhode 2, Maira Fátima Pizolotto 3, Emerson Ronei Da Cruz 4, José Valdemir Muenchen 5. 1 Trabalho resultante do Projeto de

Leia mais

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A busca por oportunidades iguais de trabalho e renda entre homens e mulheres é o foco de discussão entre grupos feministas em todos os países. A discriminação no campo de

Leia mais

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS 1 ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS Ernesto Friedrich de Lima Amaral 25 de março de 2009 Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de Sociologia e Antropologia

Leia mais

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL Aluno: Rafael Campos de Mattos Orientador: Claudio Ferraz Introdução Nas últimas décadas, observou-se

Leia mais

Em 30 anos, menos crianças desnutridas e mais adolescentes acima do peso

Em 30 anos, menos crianças desnutridas e mais adolescentes acima do peso Em 30 anos, menos crianças desnutridas e mais adolescentes acima do peso A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 do IBGE detectou uma melhora nos indicadores antropométricos da população com menos

Leia mais

INDX apresenta estabilidade em abril

INDX apresenta estabilidade em abril 1-2- 3-4- 5-6- 7-8- 9-10- 11-12- 13-14- 15-16- 17-18- 19-20- 21-22- 23-24- 25-26- 27-28- 29-30- INDX INDX ANÁLISE MENSAL INDX apresenta estabilidade em abril Dados de Abril/11 Número 52 São Paulo O Índice

Leia mais

Exercícios de estrutura da população

Exercícios de estrutura da população Exercícios de estrutura da população Material de apoio do Extensivo 1. Os gráficos a seguir, extraídos do sítio eletrônico do IBGE, apresentam a distribuição da população brasileira por sexo e faixa etária

Leia mais

Danielle Celentano. Manaus, 22 de novembro de 2007. Ação Global 2007 Desenvolvimento Social Local : Um desafio para o investimento social privado"

Danielle Celentano. Manaus, 22 de novembro de 2007. Ação Global 2007 Desenvolvimento Social Local : Um desafio para o investimento social privado Danielle Celentano Manaus, 22 de novembro de 2007 Ação Global 2007 Desenvolvimento Social Local : Um desafio para o investimento social privado" Danielle Celentano & Adalberto Veríssimo realização: financiamento:

Leia mais

MAPA DA VIOLÊNCIA 2015: ADOLESCENTES DE 16 E 17 ANOS DO BRASIL

MAPA DA VIOLÊNCIA 2015: ADOLESCENTES DE 16 E 17 ANOS DO BRASIL MAPA DA VIOLÊNCIA 2015: ADOLESCENTES DE 16 E 17 ANOS DO BRASIL Julio Jacobo Waiselfisz SUMÁRIO EXECUTIVO CRÉDITOS Autor: Julio Jacobo Waiselfisz Assistente: Silvia Andrade Magnata da Fonte Revisão: Margareth

Leia mais

Aumento do emprego contrasta com desindustrialização em SP e RJ

Aumento do emprego contrasta com desindustrialização em SP e RJ 3 set 2007 Nº 35 Aumento do emprego contrasta com desindustrialização em SP e RJ Por Antonio Marcos Ambrozio Economista da SAE Vagas na indústria de transformação foram deslocadas para outras regiões do

Leia mais

O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Serviço Móvel Pessoal Pré-Pago (Celular Pré-pago)

O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Serviço Móvel Pessoal Pré-Pago (Celular Pré-pago) O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Serviço Móvel Pessoal Pré-Pago (Celular Pré-pago) Documento preparado por solicitação da TELEBRASIL & FEBRATEL

Leia mais

Previdência social no Brasil: desajustes, dilemas e propostas. Paulo Tafner

Previdência social no Brasil: desajustes, dilemas e propostas. Paulo Tafner Previdência social no Brasil: desajustes, dilemas e propostas Paulo Tafner São Paulo - Novembro de 2015. Previdência Social Os fatos Previdência Social Brasileira - 2014 (% do PIB) Previdência Social Brasileira

Leia mais

O efeito do poder econômico das mulheres na América Latina e no Caribe

O efeito do poder econômico das mulheres na América Latina e no Caribe O efeito do poder econômico das mulheres na América Latina e no Caribe Resumo Executivo Ao longo da década passada, o crescimento econômico na América Latina e do Caribe (ALC) apresentou uma aceleração

Leia mais

As teorias demográficas

As teorias demográficas As teorias demográficas Teoria malthusiana(thomas Malthus- séculos XVIII e XIX- Revolução Industrial) Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo

Leia mais

Boletim eletrônico trimestral sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos dados da - Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE -

Boletim eletrônico trimestral sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos dados da - Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Boletim eletrônico trimestral sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos dados da - Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Elaboração: (SPM), Fundo de Desenvolvimento das Nações

Leia mais

O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Utilização de Banda Larga Móvel

O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Utilização de Banda Larga Móvel O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Utilização de Banda Larga Móvel Documento preparado por solicitação da TELEBRASIL & FEBRATEL São Paulo, Abril

Leia mais

HETEROGENEIDADE REGIONAL

HETEROGENEIDADE REGIONAL HETEROGENEIDADE REGIONAL Miguel Matteo*1 Uma das faces da heterogeneidade estrutural é representada pela profunda desigualdade regional brasileira. A distribuição dos setores é profundamente desigual em

Leia mais

Urbanização Brasileira. Professora: Jordana Costa

Urbanização Brasileira. Professora: Jordana Costa Urbanização Brasileira Professora: Jordana Costa As cidades e a urbanização brasileira. Até os anos 1950 População predominantemente rural. Entre as décadas de 1950 e 1980, milhões de pessoas migraram

Leia mais

Anuário Estatístico de Turismo - 2016

Anuário Estatístico de Turismo - 2016 Secretaria Executiva Ministério do Turismo Anuário Estatístico de Turismo - 2016 Volume 43 Ano base 2015 Sumário I - Turismo receptivo 1. Chegadas de turistas ao Brasil - 2014-2015 1.1. Chegadas de turistas

Leia mais

A PRODUÇÃO DE ESTATÍSTICAS HARMONIZADAS SOBRE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A PRODUÇÃO DE ESTATÍSTICAS HARMONIZADAS SOBRE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência A PRODUÇÃO DE ESTATÍSTICAS HARMONIZADAS SOBRE AS PESSOAS COM

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº 1. Governo do Estado da Bahia Secretaria do Planejamento (Seplan) Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

NOTA TÉCNICA Nº 1. Governo do Estado da Bahia Secretaria do Planejamento (Seplan) Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) Governo do Estado da Bahia Secretaria do Planejamento (Seplan) Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) NOTA TÉCNICA Nº 1 resultados

Leia mais

Brasil fica em 63º no ranking do IDH Saúde e educação melhoram, mas renda cai

Brasil fica em 63º no ranking do IDH Saúde e educação melhoram, mas renda cai Embargado até o dia 7 de setembro, às 7h Brasil fica em 63º no ranking do IDH Saúde e educação melhoram, mas renda cai Brasília, 6 de setembro de 2005 O tema do Relatório de Desenvolvimento Humano 2005

Leia mais

Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo

Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo Censo Demográfico 2010 Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2011 INTRODUÇÃO Por convenção, denomina-se Universo, o conjunto de características

Leia mais

A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) no Censo 2010

A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) no Censo 2010 A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) no Censo 2010 Coordenação: Rômulo José da Costa Ribeiro Responsável: Rômulo José da Costa Ribeiro 1 Colaboração: Juciano Rodrigues, Rosetta

Leia mais

Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares

Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares 1 Rio de Janeiro, 17/01/2014 S I P D Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares O IBGE iniciou uma importante etapa no aprimoramento de seu sistema de pesquisas domiciliares, que propiciará maior eficácia

Leia mais

1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS ANO 4 NÚMERO 27 MAIO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS A apuração da inflação pelo IPCA tem mostrado o significativo peso dos alimentos nos aumentos

Leia mais

O Índice Bloomberg de Eficiência em Saúde: Aonde se Encontra o Brasil?

O Índice Bloomberg de Eficiência em Saúde: Aonde se Encontra o Brasil? D O M I N G O, A B R I L 1 3, 2 0 1 4 O Índice Bloomberg de Eficiência em Saúde: Aonde se Encontra o Brasil? Introdução André Medici Bloomberg L.P. é um complexo de empresas de comunicação, sediado em

Leia mais

Cenário Educacional Brasileiro. Instituto Algar

Cenário Educacional Brasileiro. Instituto Algar Cenário Educacional Brasileiro Instituto Algar Equador, Guayaquil, Setembro 2011 Cenários Dados Sociais Brasileiros Dados Educacionais Brasileiros Contribuição da Algar para a Educação Pesquisa Censo GIFE

Leia mais

Pesquisa de Avaliação dos Serviços Públicos de Florianópolis

Pesquisa de Avaliação dos Serviços Públicos de Florianópolis Pesquisa de Avaliação dos Serviços Públicos de Florianópolis A carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo, em 2011 ela chegou a 35% do PIB, valor extremamente elevado. Seria de se esperar

Leia mais

20 de março: Dia Internacional da Felicidade

20 de março: Dia Internacional da Felicidade 20 de março 2013 20 de março: Dia Internacional da Felicidade Índice de Bem-Estar para Portugal: um projeto do INE Estaremos a medir o que importa medir em matéria de Bem-Estar das famílias? O que varia

Leia mais

LISTA 7 ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 7 Introdução à Economia 1

LISTA 7 ANOTAÇÕES. Lista de Exercícios 7 Introdução à Economia 1 LISTA 7 Conceitos importantes: Crescimento x Desenvolvimento Distribuição pessoal x Distribuição funcional Desigualdades na distribuição; o Brasil como um caso extremo Medidas absolutas e medidas relativas

Leia mais

Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações

Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Henrique de Campos Meirelles Setembro de 20 1 Prestação de Contas - LRF Objetivos das Políticas

Leia mais

Indicadores do Estado de Saúde de uma população

Indicadores do Estado de Saúde de uma população Indicadores do Estado de Saúde de uma população O que é a Saúde? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é o estado de completo bemestar físico, mental e social e não, apenas, a ausência de

Leia mais

Índice de Bem-Estar Urbano Local da Região Metropolitana de Manaus

Índice de Bem-Estar Urbano Local da Região Metropolitana de Manaus Índice de Bem-Estar Urbano Local da Região Metropolitana de Manaus Por João Luiz Nery Introdução: O Índice de Bem-estar Urbano (IBEU), desenvolvido pelo INCT Observatório das Metrópoles, resultou na publicação

Leia mais

Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução

Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução As pesquisas e os investimentos que influenciaram as mudanças nas propostas para

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES SÓCIO- ECONÔMICOS DO ESTADO DO TOCANTINS

ANÁLISE DE INDICADORES SÓCIO- ECONÔMICOS DO ESTADO DO TOCANTINS ESTUDO ESTUDO ANÁLISE DE INDICADORES SÓCIO- ECONÔMICOS DO ESTADO DO TOCANTINS ESTUDO MAIO/2004 Luciana da Silva Teixeira Consultora Legislativa da Área IX Política e Planejamento Econômicos, Desenvolvimento

Leia mais

SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO OUTUBRO DE 2013 SUMÁRIO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO... 1 1. Núcleo de Informações

Leia mais

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS EMENTA: O presente estudo tem por objetivo avaliar o impacto da evolução das operações de crédito para pessoas físicas sobre o orçamento das famílias,

Leia mais

TRABALHO FINAL DISCIPLINA POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE PROFESSORES: DR. MIGUEL V. MONTEIRO E DRA. SILVANA AMARAL TÍTULO: URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA

TRABALHO FINAL DISCIPLINA POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE PROFESSORES: DR. MIGUEL V. MONTEIRO E DRA. SILVANA AMARAL TÍTULO: URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA TRABALHO FINAL DISCIPLINA POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE PROFESSORES: DR. MIGUEL V. MONTEIRO E DRA. SILVANA AMARAL TÍTULO: URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: O CASO DE MANAUS AUTOR: RAFAEL ESTEVÃO MARÃO

Leia mais

VCMH/IESS. Variação de Custos Médico Hospitalares. Edição: Agosto de 2014 Data-base: Dezembro de 2013 SUMÁRIO EXECUTIVO

VCMH/IESS. Variação de Custos Médico Hospitalares. Edição: Agosto de 2014 Data-base: Dezembro de 2013 SUMÁRIO EXECUTIVO Variação de Custos Médico Hospitalares Edição: Agosto de 2014 Data-base: Dezembro de 2013 SUMÁRIO EXECUTIVO O VCMH/IESS O índice VCMH/IESS para planos individuais atingiu 16,0% no período de 12 meses terminados

Leia mais

INDICADORES ECONÔMICOS

INDICADORES ECONÔMICOS Aula 1 Prof Ms Keilla Lopes Mestre em Administração pela UFBA Especialista em Gestão Empresarial pela UEFS Graduada em Administração pela UEFS Contatos: E-mail: keillalopes@ig.com.br Blog: keillalopes.wordpress.com

Leia mais

Previdência Social Brasília, junho de 2015

Previdência Social Brasília, junho de 2015 Previdência Social Brasília, junho de 2015 1 Década de 1980: A expectativa de vida ao nascer era de 62,5 anos; Transição demográfica no Brasil A maior concentração populacional estava na faixa até 19 anos

Leia mais

no Estado do Rio de Janeiro

no Estado do Rio de Janeiro MICROEMPREENDEDORES FORMAIS E INFORMAIS NOTA CONJUNTURAL DEZEMBRO DE 2013 Nº27 no Estado do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL DEZEMBRO DE 2013 Nº27 PANORAMA GERAL De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra

Leia mais

Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade

Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade Rede de pessoas e organizações voluntárias da nação brasileira, apartidária, ecumênica e plural, que visa o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE

INDICADORES DE SAÚDE Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores INDICADORES

Leia mais

Macroeconomia aberta: conceitos básicos

Macroeconomia aberta: conceitos básicos Macroeconomia aberta: conceitos básicos Roberto Guena de Oliveira USP 22 de outubro de 2012 Roberto Guena de Oliveira (USP) Macro aberta: conceitos básicos 22 de outubro de 2012 1 / 25 Sumário 1 Fluxos

Leia mais

BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. FEVEREIRO - 2016 Comportamento do Emprego - Limeira/SP.

BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. FEVEREIRO - 2016 Comportamento do Emprego - Limeira/SP. BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados FEVEREIRO - 216 Comportamento do Emprego - Limeira/SP. A Consultoria Técnica Especializada da Câmara Municipal de Limeira apresenta os dados do

Leia mais

ipea PERSPECTIVA DE GÊNERO E RAÇA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS*

ipea PERSPECTIVA DE GÊNERO E RAÇA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS* PERSPECTIVA DE GÊNERO E RAÇA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS* Laís Abramo** O tema deste ensaio é a dimensão de raça nas políticas públicas. A primeira pergunta que deve ser feita é: Por que é importante falar

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Agrupamento de Escolas de Arraiolos Escola EB 2,3/S Cunha Rivara de Arraiolos Ano Lectivo 2009/2010 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 6º Ano Teste de Avaliação nº 6 TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

Leia mais

Maio 2004. São Paulo. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

Maio 2004. São Paulo. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Pesquisa Mensal de Emprego Maio 2004 Região Metropolitana de São Paulo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 1 I) INTRODUÇÃO PESQUISA MENSAL DE EMPREGO ESTIMATIVAS PARA O MÊS DE MAIO DE

Leia mais

CUSTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EM MARINGÁ

CUSTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EM MARINGÁ 1.0 Introdução CUSTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EM MARINGÁ Prof. Dr. Joilson Dias Assistente Científica: Cássia Kely Favoretto Costa Departamento de Economia Universidade Estadual

Leia mais

Progresso tecnológico e

Progresso tecnológico e Progresso tecnológico e crescimento Modelo de Solow Abordagem neo-schumpeteriana http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Perguntas-chave 1. Em economia com acumulação de capital e progresso tecnológico,

Leia mais

DETERMINANTES DO CRESCIMENTO DA RENDA

DETERMINANTES DO CRESCIMENTO DA RENDA DETERMINANTES DO CRESCIMENTO DA RENDA na região metropolitana do Rio de Janeiro entre 2010 e 2011 NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JANEIRO DE

Leia mais

ARQUITETURA E URBANISMO

ARQUITETURA E URBANISMO ARQUITETURA E URBANISMO Universidade Federal do Pará Município: Belém Apresentação O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) apresenta o Relatório do Curso com os

Leia mais

Foto: Harald Schistek

Foto: Harald Schistek Foto: Harald Schistek 43 A adolescência é uma fase especial de afirmação da autonomia do indivíduo, vital para o exercício da cidadania e de seus múltiplos direitos. Caracteriza-se por uma etapa do desenvolvimento

Leia mais

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Universidade de São Paulo Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Qual a USP que queremos: A USP hoje e daqui a 20 anos Estela Damato NUSP 7693618 São Paulo 2014 Introdução Pensar no futuro de uma universidade

Leia mais

Farmácia. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH

Farmácia. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH Farmácia Os cursos de Farmácia no Brasil foram criados em 1832, passando a funcionar nas Faculdades de Medicina da Bahia e

Leia mais

Sinopse Estatística do Ensino Superior Graduação - 1999

Sinopse Estatística do Ensino Superior Graduação - 1999 Sinopse Estatística do Ensino Superior - 1999,QVWLWXWRÃ1DFLRQDOÃGHÃ(VWXGRV HÃ3HVTXLVDVÃ(GXFDFLRQDLV Brasília-DF, 2000 1 0,1,67e5,2 '$Ã('8&$d 2 TIRAGEM: 4.500 exemplares INEP MEC Esplanada dos Ministérios,

Leia mais