PUC MINAS VIRTUAL CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS À DISTÂNCIA

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1 PUC MINAS VIRTUAL CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS À DISTÂNCIA Disciplina: Direito Tributário rio Impostos dos Estados e do Distrito Federal Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de serviço o de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação ICMS.

2 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE (INTERESTADUAL OU INTERMUNICIPAL) E DE COMUNICAÇÃO - ICMS Legislação básica: Constituição Federal (art. 155,II, c/c 2º); Lei Complementar nº 87, de 13/09/1996; Diversos convênios estaduais; Decreto Estadual nº , de 13/12/2002, do Estado de Minas Gerais - RICMS/2002;

3 ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e serviços de comunicação.

4 ICMS - CONCEITOS BÁSICOS OPERAÇÕES: Prática de ato jurídico como a transmissão de um direito (posse ou propriedade).

5 ICMS - CONCEITOS BÁSICOS Operações são atos jurídicos; atos regulados pelo Direito como produtores de determinada eficácia jurídica; são atos jurídicamente relevantes; circulação e mercadorias são, nesse sentido, adjetivos que restringem o conceito substantivo de operações. (ATALIBA & GIARDINO. Núcleo da Definição Constitucional do ICM. Revista de Direito Tributário, vold. 25/26,, São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 105).

6 ICMS - CONCEITOS BÁSICOS CIRCULAÇÃO: É a passagem das mercadorias de uma pessoa para outra, sob o manto de um título jurídico. Representa uma movimentação com mudança de patrimônio.

7 ICMS - CONCEITOS BÁSICOS Circular significa, para o Direito, mudar de titular. Se um bem ou uma mercadoria mudam de titular, circula para efeitos jurídicos. Convenciona-se designar por titularidade de uma mercadoria, à circunstância de alguém deter poderes jurídicos de disposição sobre a mesma, sendo ou não seu proprietário (disponibilidade jurídica). (ATALIBA & GIARDINO. (Op. cit., p. 112)..

8 ICMS CONCEITOS BÁSICOS A 3ª Câmara de Direito Público do TJ/SC, rel. Des. César Abreu: confirmou por unanimidade decisão da comarca de Blumenau em desconstituir notificação fiscal emitida pela Fazenda Estadual contra a Multilog S/A, localizada naquele município. Ela deveria transportar mercadoria destinada a exportação. Por erro, a empresa trocou o destino de duas cargas sob sua guarda, ambas pertencentes a terceiros, encaminhando pisos cerâmicos originalmente destinados à exportação para estabelecimento sediado no município de Taió. Desfeito o equívoco, o caminhão da empresa fazia o retorno para levar a carga até depósito, onde aguardaria trâmite padrão de exportação, quando foi parado no posto policial e sofreu notificação da autoridade fazendária pelo não recolhimento do imposto devido. O relator entendeu não ser devido o recolhimento do ICMS nesta situação, visto ter se caracterizado apenas a circulação física da mercadoria. "Somente terá relevância jurídica aquela operação mercantil que acarrete circulação da mercadoria como meio e forma de transferir-lhe a titularidade [...] O imposto não incide sobre a mera saída ou circulação física que não configure real mudança de titularidade do domínio". O fato gerador do ICMS não resulta apenas da saída física da mercadoria desse ou daquele estabelecimento. "Caso assim ocorresse, se as mercadorias fossem furtadas, roubadas ou levadas pela força dos ventos ou das águas da enchente, obrigariam aos (...) seus proprietários a recolher referido imposto". (Apelação Cível ). (Newsletter 1229, de 12/07/2005, disponível em:

9 ICMS - CONCEITOS BÁSICOS MERCADORIA: Espécie do gênero produtos, como sendo um bem econômico que alguém, com o propósito deliberado de lucro, produz para vender ou compra para revender. (BALEEIRO, Aliomar. ICMS sobre Importação de Bens de Capital para Uso do Importador. Rio de Janeiro: Revista Forense, vol. 250, p. 143).

10 ICMS - CONCEITOS BÁSICOS É mercadoria a caneta exposta à venda entre outras adquiridas para esse fim. Não o será aquela que mantenho em meu bolso e se destina a meu uso pessoal. Não se operou a menor modificação na índole do objeto referido. Apenas sua destinação veio a conferir-lhe atributos de mercadoria. (CARVALHO, Paulo de Barros. Regra Matriz do ICM. Tese apresentada para a obtenção do Título de Livro Docente da Faculdade de Direito da PUC/SP, 1981, p Inédito).

11 ESTRUTURA JURÍDICA DO ICMS CF/88 (art. 155, II c/c 2 ) Tratados internacionais Convênios ICMS Leis Complementares Leis Estaduais Decretos e Regulamentos Demais atos normativos do Poder Executivo

12 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Não-cumulatividade (inciso I); Vedação do crédito em algumas situações (inciso II, a e b ); Seletividade de forma não essencial (inciso III); Alíquotas nas operações e prestações interestaduais definidas por resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 do Senado (aprovação por maioria absoluta inciso IV);

13 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Senado Federal: Alíquotas mínimas: definidas pelo Senado, mediante resolução de iniciativa de 1/3 do Senado, aprovada por maioria absoluta (inciso V, a ); Alíquotas máximas: definidas pelo Senado, mediante resolução de iniciativa de sua maioria absoluta, aprovada por 2/3 do Senado Federal (inciso V, b );

14 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) As alíquotas nas operações e prestações de serviços internas não poderão ser inferiores às previstas nas operações interestaduais (ressalvada a possibilidade de edição de convênios inciso VI). Operações interestaduais (inciso VII): Entre contribuintes: alíquota interestadual (alínea a ); Entre não contribuintes: alíquota da operação interna (alínea b ).

15 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Diferença de alíquota (inciso VIII): nas operações interestaduais entre contribuintes do ICMS, será aplicada a alíquota interestadual (inciso VII, a ), sendo devida a diferença entre a alíquota interna e a interestadual no Estado de destino da mercadoria (inciso VIII).

16 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Diferença de alíquota (inciso VIII): o objetivo da diferença de alíquotas e dividir a arrecadação do imposto entre o Estado de destino e de origem da mercadoria. Os Estados de menor condição econômica ficam com a maior parte da arrecadação.

17 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Incidência na importação: Bens, produtos ou serviços importados, mesmo que o importador não seja contribuinte usual do ICMS (inciso IX, a ); O ICMS, neste caso, será devido ao Estado de destino da mercadoria, bem ou serviço ((inciso IX, a, parte final);

18 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Incidência do ICMS sobre o valor total da operação (mercadoria + serviço) caso o serviço da operação não seja sujeito à incidência do ISSQN (inciso IX, b );

19 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Não-incidência: Operações ou prestações destinadas à exportação (inciso X, a ); Direito de manutenção do crédito do ICMS cobrado nas prestações e operações anteriores, na hipótese do item anterior (inciso X, a, parte final). Operações interestaduais de petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos e derivados do petróleo e energia elétrica (inciso X, b ). A incidência ocorrerá no Estado de consumo.

20 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Não-incidência: Operações que envolvam o ouro, na condição de ativo financeiro (inciso X, c c/c art. 153, 5 ); Prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiofusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita (inciso X, d ).

21 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) ICMS e não incidência sobre o valor do IPI (inciso XI): Quando a operação for realizada entre contribuintes do ICMS e do IPI; Quando o produto for destinado à industrialização ou comercialização; e A operação configurar fato gerador do ICMS e do IPI.

22 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Conteúdos reservados à lei complementar (inciso XII): Definição dos contribuintes do ICMS (alínea a ); Disciplinar a substituição tributária (alínea b ); Disciplinar o regime de compensação do ICMS (alínea c );

23 ICMS NA CF/88 (art. 155, 2 ) Conteúdos reservados à lei complementar (inciso XII): Definição do local das operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços tributáveis, para definição do estabelecimento responsável (alínea d ); Regular a forma como os titulares da competência tributária do ICMS concederão ou revogarão isenções, incentivos e benefícios fiscais. Fixar a base de cálculo do ICMS de modo que ele integre a sua própria base de cálculo.

24 ICMS - SERVIÇO DE TRANSPORTE O ICMS só incide sobre serviços de transporte prestado em regime de direito privado, posto que ninguém pode prestar serviço de transporte a si mesmo. Desse modo, é incabível ICMS no transporte, pelo próprio contribuinte, tendo por objeto meras transferências a seus estabelecimentos.

25 ICMS - SERVIÇO DE TRANSPORTE Convênio ICMS 25/1990: Na prestação de serviço de transporte de carga por transportador autônomo ou por empresa transportadora de outra unidade da Federação, não inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de início da prestação, a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido poderá ser atribuída: I - ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS. (Cláusula segunda).

26 ICMS - SERVIÇO DE TRANSPORTE Nos casos de venda FOB (Free on board), tem-se que existem 2 contratos distintos: 1) compra e venda de mercadoria (vendedor e comprador); 2) serviço de transporte de mercadorias (abrangendo o prestador do serviço e o comprador).

27 ICMS - SERVIÇO DE TRANSPORTE Na segunda operação, por não participar o vendedor/remetente, não pode ele ser enquadrado na regra do art. 128, do CTN, pois: (...) impossível estatuir-se responsabilidade fiscal do vendedor das mercadorias, pelo fenônemo da substituição, tendo em vista ser figura totalmente estranha à prestação de serviços de transporte de mercadoria. Não tem nenhuma vinculação com o prestador de serviço (este apenas mantém direitos e obrigações com o adquirente das mercadorias, ou seja, o autêntico tomador de tais serviços). (MELO, José Eduardo Soares de. ICMS. 6ª ed. SP, Dialética, p. 112).).

28 ICMS - SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO Compreende um negócio jurídico pertinente a uma obrigação de fazer. Representa uma atividade de transferência de informações entre usuários e processos, de acordo com convenções preestabelecidas.

29 ICMS - SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO A hipótese de incidência possível deste ICMS é prestar serviços de comunicação. Não é simplesmente realizar a comunicação. Portanto, o tributo só pode nascer do fato de uma pessoa prestar a terceiro, mediante contraprestação econômica (em caráter negocial), um serviço de comunicação. (...) Note-se que o ICMS não incide sobre a comunicação propriamente dita, mas sobre a relação comunicativa, isto é, a atividade de alguém, em caráter negocial, fornecer a terceiro condições materiais para que a comunicação ocorra. Mas não é apenas isso: é mister, ainda, que a mensagem seja captada pelo destinatário (fruidor) do serviço. (CARRAZZA, Roque. ICMS. 6ª ed., SP, Malheiros, p. 132).

30 ICMS - SERV. DE TELECOMUNICAÇÃO Representa uma espécie de comunicação que é legalmente conceituada pela Lei 9.472/97 ( 1º, do art. 60): Telecomunicação é a transmissão, emissão u recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informaçõess de qualquer natureza por fio, radioeletricidade, meios óticos, ou qualquer outro eletromagnético.

31 ICMS E INTERNET Em relação aos provedores de acesso à Internet, tem-se uma verdadeira polêmica sobre a incidência ou não do ICMS. Uma corrente (fisco) entende que, nos termos da CF/88, cabe à lei complementar a definição da hipótese de incidência do imposto. Assim sendo, pela Lei Complementar 87, de 13/09/1996, caberia a incidência do ICMS nessas operações.

32 ICMS E INTERNET Por outro lado, entende-se que o provedor de acesso realiza um serviço de valor adicionado, uma atividade que acrescenta a uma rede preexistente de um serviço de telecomunicações, meios ou recursos que criam novas utilidades específicas, ou novas atividades produtivas, relacionadas com o acesso, armazenamento, movimentação e recuperação de informações. (Conforme Portaria 148/95, do Ministro das Comunicações e art. 61, da Lei 9.472/1997).

33 ICMS E INTERNET Com isso, a questão fundamental é saber se a Lei 9.472/1997 teria o condão de regulamentar as atividades de comunicação e, ainda, produzir efeitos tributários. Entendendo-se que sim, certamente que não haveria a incidência do ICMS. Em caso contrário, a legitimidade para a cobrança seria de maior agrado dos Estados e do Distrito Federal.

34 ICMS E INTERNET Na doutrina, a questão é bastante polêmica existindo posições favoráveis à corrente fiscal, bem como à corrente defendida pelos contribuintes. No STJ, a questão se encontra bastante dividida. No STF, começaram a surgir decisões no sentido da operação ser tributada pelo ICMS, com fundamento que cabe à lei complementar regulamentar o assunto.

35 ICMS E INTERNET 07/08/ Internet. Serviço de valor adicionado (Informativo STJ de 23/06 a 01/07/2003) O provedor de serviço da rede internacional de computadores é tão usuário dos serviços de comunicação quanto aqueles que a ele recorrem para obter a conexão à rede maior. O provedor de serviço da internet propõe-se a estabelecer a comunicação entre o usuário e a rede, em processo de comunicação, segundo a Lei n /1997 (art. 60, 1º); o serviço prestado pelos provedores de comunicação enquadra-se, segundo as regras da lei específica (art. 61), no chamado Serviço de Valor Adicionado; o referido serviço é desclassificado como sendo serviço de telecomunicação (art. 61, 1º, da Lei n /1997);

36 ICMS E INTERNET 4. O serviço prestado pelos provedores está enquadrado como sendo de comunicação, espécie dos serviços de telecomunicações. 5. A Lei Complementar nº 87, de 13/09/1996, estabelece, em seu art. 2º, que incide o ICMS sobre "prestações onerosas de Serviços de Comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição a ampliação de comunicação de qualquer natureza", círculo que abrange os serviços prestados por provedores ligados à INTERNET, quando os comercializam. 6. Qualquer serviço oneroso de comunicação está sujeito ao pagamento do ICMS. 7. A relação entre o prestador de serviço (provedor) e o usuário é de natureza negocial visando a possibilitar a comunicação desejada. É suficiente para constituir fato gerador de ICMS. 8. O serviço prestado pelo provedor pela via da Internet não é serviço de valor adicionado, conforme o define o art. 61, da Lei nº 9.472, de 16/07/1997." 3. Medida Cautelar deferida. (STJ - MC PE - 1ª T. - Rel. Min. Luiz Fux - DJU p ).

37 ICMS - INCIDÊNCIA: a) circulação de mercadorias; b) prestação de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal e serviço de de comunicação. c) importação de bens ou mercadorias; d) bens destinados ao ativo fixo; e) fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência do ISSQN.

38 ICMS - INCIDÊNCIA: f) entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, mesmo em se tratando de bem destinado ao ativo fixo do estabelecimento; g) serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; h) entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando não destinados à industrialização ou comercialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.

39 ICMS - INCIDÊNCIA: i) entrada, no território do Estado destinatário, de energia elétrica, destinada à industrialização ou comercialização, decorrente de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.

40 ICMS - NÃO INCIDÊNCIA: operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;

41 ICMS - NÃO INCIDÊNCIA: Inclui-se a não incidência do ICMS nas operações e prestações destinadas ao exterior: as destinadas a empresa comercial exportadora (tradings) ou outro estabelecimento da mesma empresa; armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

42 ICMS - NÃO INCIDÊNCIA: operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização; operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;

43 ICMS - NÃO INCIDÊNCIA: operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar;

44 ICMS - NÃO INCIDÊNCIA: operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie; operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor;

45 ICMS - CONTRIBUINTE: É qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. (Lei Complementar 87/96, art. 4º, caput ).

46 ICMS - CONTRIBUINTE: É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: I - importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

47 ICMS - CONTRIBUINTE: III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

48 ICMS - RESPONSABILIDADE: Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo.

49 ICMS - RESPONSABILIDADE: Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário.

50 ICMS X ISSQN - CONFLITO QUANDO HÁ SERVIÇO + MERCADORIA Havendo operação com mercadorias, acompanhada de prestação de serviços, existem três regras: a) serviço + mercadoria só o ICMS; b) serviço + mercadoria só o ISSQN; c) serviço+mercadoria ICMS/ISSQN.

51 SERVIÇO + MERCADORIA ICMS Quando ocorrer o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços, de competência dos Municípios, nos casos em que a lei complementar (lista de serviços sujeitos ao ISSQN) expressamente sujeitar as mercadorias à incidência do ICMS. Ou, então, quando o serviço não estiver previsto como tributável pelo ISSQN.

52 SERVIÇO + MERCADORIA ISS Operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao ISSQN.

53 ICMS - BASE DE CÁLCULO Valor da operação: Saída de mercadoria de estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; Transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém-geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; Transmissão de propriedade de mercadoria ou título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente.

54 ICMS - BASE DE CÁLCULO Valor da Mercadoria + valor de serviço: Fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento. Quando o serviço não for compreendido na competência tributária dos municípios (isto é, não esteja definido na lista do Decreto-Lei nº 406/68 como tributado pelo ISSQN).

55 ICMS - BASE DE CÁLCULO Preço do serviço: Na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Preço corrente da mercadoria fornecida: Quando o serviço estiver compreendido na competência tributária dos municípios e houver ressalva pela incidência do ICMS em relação às mercadorias.

56 ICMS - BASE DE CÁLCULO Desembaraço aduaneiro de mercadoria importada: + Valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação; + Imposto de importação; + Imposto sobre Produtos Industrializados; + Imposto sobre operações de câmbio; + Quaisquer despesas aduaneiras.

57 ICMS - BASE DE CÁLCULO Aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior (apreendidas ou abandonadas): + Valor da arrematação; + Imposto de importação; + Imposto sobre Produtos Industrializados; + Todas e quaisquer despesas cobradas ou debitadas ao adquirente.

58 ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE O crédito nasce em função do valor do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

59 ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.

60 ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal. Afinal de contas, não existe a possibilidade jurídica de alguém prestar serviços a si mesmo.

61 ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE É, também, vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita: I - para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de saída para o exterior;

62 ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE II - para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subseqüente não forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior.

63 ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE Em relação aos créditos provenientes das entradas de bens destinados ao ativo permanente, o crédito do ICMS pago no desembaraço aduaneiro ou na compra em licitação deverá ser apropriado mensalmente à razão de 1/48, sendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento. Ao final do 48º mês, se existir saldo remanescente, ele deverá ser cancelado.

64 ICMS - APROVEITAMENTO DOS CRÉDITOS Crédito físico: (até 31/12/2006) Não dá direito a crédito a aquisição de mercadorias/insumos que são destinados ao uso ou consumo. Crédito financeiro: (a partir de 01/01/2007) Deixa de existir as limitação anterior em relação à entrada para uso ou consumo (desde que até lá, não exista nenhuma lei prorrogando a aplicação desse dispositivo).

65 ICMS - ALÍQUOTAS As alíquotas são extremamente diversificadas, devendo, neste particular, ser consultado o Regulamento do ICMS/MG. Atualmente, conforme as circunstâncias, existem em torno de 44 (quarenta e quatro) alíquotas diferentes e possíveis.

66 ICMS - ALÍQUOTAS Em linhas gerais, o ICMS possui as seguintes alíquotas (forma exemplificativa): 30% energia elétrica 25% serviços de comunicações e produtos supérfulos 18% produtos em geral 7% produtos de informática.

67 ICMS ALÍQUOTAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS Entre contribuintes: Regiões: Sudeste e Sul 7% Regiões: Norte, Nordeste, Centro- Oeste + Espírito Santo Regiões: Norte, Nordeste, Centro- Oeste + Espírito Santo 12% Regiões: Sudeste e Sul

68 ICMS ALÍQUOTAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS Entre não-contribuintes: Regiões: Sudeste e Sul Alíquota interna Regiões: Norte, Nordeste, Centro- Oeste + Espírito Santo

69 OS CONVÊNIOS EM MATÉRIA DO ICMS Os convênios são celebrados em reuniões para as quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do Governo Federal. A concessão de benefícios depende, sempre, da decisão unânime dos Estados representados e a sua revogação, total ou parcial, depende de aprovação de quatro quintos, pelo menos dos representantes presentes.

70 OS CONVÊNIOS EM MATÉRIA DO ICMS LEI COMPLEMENTAR N 24/75 Dentro de 10 dias contados da data final da reunião, a resolução nela adotada deve ser publicada no DOU. Dentro de 15 dias da publicação dos convênios, cada unidade da federação tem de publicar decreto ratificando ou não o convênio.

71 OS CONVÊNIOS EM MATÉRIA DO ICMS LEI COMPLEMENTAR N 24/75 A não publicação ou a ausência de qualquer manifestação será considerada como ratificação tácita. Esta regra também se aplica às unidades federadas que não se encontravam presentes na reunião onde, por decisão unânime, houve o interesse de celebração de determinado convênio.

72 OS CONVÊNIOS EM MATÉRIA DO ICMS LEI COMPLEMENTAR N 24/75 Considerar-se-á rejeitado convênio que não é expressa ou tacitamente ratificado pelas unidades da federação. Na hipótese de revogação, ela ocorrerá com a manifestação de 4/5 das unidades da federação. 10 dias após findo o prazo de ratificação expressa ou tácita, promove-se a publicação ou a indicação de sua rejeição no DOU.

73 OS CONVÊNIOS EM MATÉRIA DO ICMS LEI COMPLEMENTAR N 24/75 Os convênios entram em vigor trinta dias após a sua publicação, salvo disposição expressa em contrário. Os convênios ratificados obrigam todas as unidades da federação, inclusive as que, regularmente convocadas não se tenham feito representar na reunião e, após a publicação da reunião, dela não tenham se manifestado.

74 OS CONVÊNIOS EM MATÉRIA DO ICMS LEI COMPLEMENTAR N 24/75 Reunião onde determinadas questões foram submetidas a futuro convênio por decisão unânime dos presentes 10 dias Publicação da Resolução adotada como forma de convênio 15 dias Prazo para rejeição ou ratificação dos convênios (expressa ou tacitamente) 10 dias Publicação da rejeição ou da ratificação Entrada em vigor: 30 dias

75 TRIBUTAÇÃO ESTADUAL - ICMS Formas de tributação do ICMS: Sistema convencional de créditos x débitos Tributação simplificada com base no SIMPLES MINAS (alíquota máxima de 4%). No SIMPLES MINAS: MICROEMPRESA: Receita bruta anual de até R$ ,00; EMPRESA DE PEQUENO PORTE: Receita bruta anual superior a R$ ,00 até o limite de R$ ,00.