REDD+ no Brasil: status das salvaguardas socioambientais em políticas públicas e projetos privados

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1 Perspectiva Imaflora Novembro 2015 Ed. 01 Vol. 02 REDD+ no Brasil: status das salvaguardas socioambientais em políticas públicas e projetos privados Por: Marina Piatto, Junia Karst, Bruno Brazil, Maurício Voivodic No Brasil, existe hoje a percepção de um cenário heterogêneo de e de implementação de políticas e de programas governamentais de REDD+, nas esferas estaduais e federal, particularmente no que tange a salvaguardas socioambientais. Nesse mesmo contexto, aumenta, a cada ano, o número de projetos privados de REDD+ validados por padrões voluntários que exigem o cumprimento de premissas socioambientais. Por sua vez, no debate internacional, a REDD+ e as salvaguardas tornaram-se foco de maior atenção dos governos e das organizações, fazendo-se necessário o de parâmetros e de sistemas de informação operacionais cada vez mais robustos, capazes de monitorar o funcionamento dos programas de REDD+ em si e o cumprimento de salvaguardas sociais e ambientais, adotadas em seu desenho. Dessa forma, realizar o levantamento e comunicar o status atual das salvaguardas para REDD+, nas diferentes iniciativas governamentais e em projetos privados no Brasil, mostra-se fundamental para que se possam utilizar as lições aprendidas no aperfeiçoamento dos processos e atingir o objetivo a que a REDD+ se propõe. Com base nos diferentes arranjos de REDD+ existentes no país, este documento apresenta, de forma geral, os resultados de um estudo sobre o nível de comprometimento relacionado às salvaguardas socioambientais que as políticas brasileiras, implementadas ou em implementação, e os projetos de REDD+ trazem em seu conteúdo; sobretudo, como têm sido implementadas na prática. De forma complementar, procurou-se também identificar quais os principais pontos sensíveis de cada iniciativa, permitindo, então, o entendimento sobre lacunas comuns, transversais a todas elas. Para tanto, além da análise dos documentos disponíveis publicamente, coletaram-se informações e experiências dos estados da Amazônia, de organizações e dos atores envolvidos. Distribuíram-se essas informações em sete componentes essenciais para o cumprimento pleno das salvaguardas, considerando-se o disposto em três documentos relevantes sobre o tema: Iniciativa REDD SES, Salvaguardas brasileiras de REDD+ e Salvaguardas de Cancun. Com o presente relatório pretende-se incentivar a melhoria contínua das salvaguardas socioambientais, tanto nas políticas, nos programas e nos projetos já implementados, como naqueles ainda no início do processo de elaboração. O estudo pretende, também, fortalecer o engajamento da sociedade civil e o compromisso dos governos federal e estadual em ampliar a qualidade dos processos e dos monitoramentos, para garantir o cumprimento efetivo e integral das salvaguardas socioambientais no Brasil.

2 AVALIAÇÃO DAS SALVAGUARDAS NAS POLÍTICAS DE REDD+ Como referência de princípios e critérios de salvaguardas, utilizaram-se os três grupos de salvaguardas já citados: a REDD SES, as Salvaguardas Brasileiras e as Salvaguardas de Cancun. Reconheceram-se os pontos complementares dos três documentos, que, agregados, formaram um conjunto, chamado de Componentes Essenciais ao Cumprimento de Salvaguardas. Salvaguardas de Concun COMPONENTES ESSENCIAIS 1. Direito à terra, aos territórios e aos recursos; 2. Repartição equitativa de benefícios; REDD SES 3. Segurança e melhoria na qualidade e nos meios de vida dos povos indígenas, das comunidades tradicionais e dos grupos marginalizados, com atenção especial à questão de gênero; 4. Governança; Salvaguardas Brasileiras 5. Biodiversidade e serviços ecossistêmicos; 6. Participação e controle social; 7. Cumprimento legal. As políticas, os programas e os documentos nacionais e estaduais disponíveis, relacionados à REDD+, foram analisados de forma a identificar, em seu conteúdo, os aspectos e diretrizes relativos a cada componente. Como os estados amazônicos e as iniciativas nacionais se encontram em diferentes etapas de concepção, de desenho e de implementação de suas políticas de REDD+, procurou- -se levantar os pontos sensíveis e de atenção existentes no arcabouço legal e em procedimentos já estabelecidos, além de orientar a criação de futuras regulamentações, ou de processos voltados ao cumprimento de salvaguardas. Analisaram-se três iniciativas nacionais: PNMC 1, PL 225/ e ENREDD 3 e o status de de políticas e de programas de REDD+ em oito estados amazônicos (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins)

3 O resultado da avaliação permitiu a classificação das políticas e do status dos estados amazônicos em quatro níveis de cumprimento e de inclusão de salvaguardas de REDD+, conforme mostra a figura a seguir. Considerando-se a alternância no governo e nas equipes responsáveis pela agenda de REDD+ no Brasil, observa-se, de modo geral, pouco avanço no debate sobre salvaguardas em REDD+, tanto no nível federal como no estadual (com exceção dos estados do Acre e do Mato Grosso). Dessa forma, é importante que as novas equipes de governo tenham as informações disponíveis sobre o status quo ao redor das salvaguardas de REDD+, a fim de capacitar-se a continuar os processos em curso. De outro lado, no debate internacional, a REDD+ e as salvaguardas tornaram-se questões importantes, com o aumento da atenção dos governos e das organizações observadoras. Na COP 20, em Lima, países apresentaram os progressos realizados, salientando a necessidade de criar sistemas operacionais de informação, capazes de monitorar o funcionamento de programas de REDD+ em si e o cumprimento de salvaguardas sociais e ambientais adotadas em seu desenho. Acre Mato Grosso PNMC Tocantins e Roraima Salvaguardas são incluídas no sistema e a política foi implementada Salvaguardas são incluídas no sistema mas a política não foi implementada Salvaguardas em estágio inicial de discussão e não existem políticas relacionadas Salvaguardas não foram consideradas Estratégia Nacional de REDD+ Projeto de lei nº 225 de 2015 Amazonas, Amapá e Pará Rondônia

4 SALVAGUARDAS NAS POLÍTICAS NACIONAIS DE REDD+ Política Nacional de Mudanças Climáticas - PNMC (Lei nº /2009) 1 Como documento que estabelece as metas brasileiras de redução de gases do efeito estufa e cria os planos setoriais de mitigação e de adaptação às mudanças do clima, o PNMC não foi elaborado considerando, em seu conteúdo, as salvaguardas socioambientais. Contudo, ao utilizar, como estratégia, a integração de planos, de programas e de políticas para reduzir os GEE, provenientes do desmatamento, e para promover o social, criou a base de sustentação do que virá a ser a Estratégia Nacional de REDD+ (ENREDD). Procura incluir, em sua estrutura, a sociedade civil, para que acompanhe a implementação da lei, via Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. No entanto não definiu uma lógica transversal a todos os planos e os programas, de forma a articular as atividades e a conduzi-las estrategicamente, incluindo, em todas as frentes, a visão das salvaguardas socioambientais PONTOS SENSÍVEIS DAS INICIATIVAS FEDERAIS Integração com iniciativas já existentes no âmbito estadual e estruturação dos órgãos e agências governamentais; Participação da sociedade civil em órgãos consultivos e, principalmente, deliberativos, com igualdade de representação; Garantia de processos claros de CLPI e da participação plena de indígenas, de populações locais, de populações marginalizadas, observando-se a questão do gênero, em todas as etapas de decisão; Ausência de salvaguardas relacionadas a áreas de alto valor para conservação; Transparência das informações e dos mecanismos de comunicação, bem como o monitoramento dos impactos da implementação da iniciativa federal de REDD+.

5 Estratégia Nacional de REDD+ ENREDD (Versão dezembro de 2013) O documento preliminar da ENREDD prevê a integração entre as diversas políticas setoriais (PPCDAM, PNGA- TI, PRONAF etc.) e os instrumentos financeiros (Fundo Amazônia), em estruturas de governança já existentes. Quando avaliadas de forma conjunta, as ações propostas na ENREDD contemplam as diretrizes essenciais para cumprir as salvaguardas. Contudo encontraram-se lacunas quanto às questões de gênero e às populações marginalizadas, quanto à definição de áreas de alto valor para conservação, ao monitoramento dos impactos da estratégia e aos mecanismos de repartição dos benefícios. Permanece em aberto, na ENREDD, a definição dos mecanismos para reconhecer e incorporar as iniciativas estaduais já implementadas e, também, para harmonizar as propostas de regulamentação que tramitam na Câmara e no Senado. Na prática, percebe-se o descompasso entre as políticas e os planos setoriais, obstáculo para direcionar estratégias aos objetivos comuns. O ponto mais sensível da ENREDD, entretanto, encontra-se na ausência de um processo efetivo de construção conjunta do documento, em que se reflita, diretamente, sobre a salvaguarda de transparência,de participação e de controle da sociedade civil. Dadas a complexidade e a amplitude do tema, os períodos de consulta pública mostraram-se insuficientes, além de carentes de divulgação ampla entre as partes interessadas, dentre elas, os próprios governos estaduais. Projeto de Lei nº 225/2015 Deputado Ricardo Trípoli (Em tramitação) Tendo, como base, o PL 212 de , do senador Eduardo Braga, e o PL 195 de , da deputada Rebecca Garcia, o PL nº225, objeto da análise, apresenta um texto mais completo em relação às salvaguardas do que os outros dois citados acima, principalmente no que se refere aos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Aborda, objetivamente, os componentes essenciais, com exceção da questão de gênero, dos direitos de populações marginalizadas e das áreas de alto valor para conservação. As maiores lacunas relacionam-se ao monitoramento e à avaliação dos impactos do sistema, à integração entre os órgãos e as agências governamentais do esquema de governança e à maneira como inseri-los numa plataforma de informações sobre salvaguardas. O projeto de lei aguarda o parecer das comissões, sem data prevista para a aprovação.

6 SALVAGUARDAS NAS POLÍTICAS ESTADUAIS DE REDD+ NA AMAZÔNIA Acre - Sistema de Incentivo a serviços ambientais, SISA (Lei nº 2.308/ ) Sempre pioneiro em estratégias de uso sustentável da floresta, o Acre é um dos estados-piloto na implementação do sistema VCS JNRI 5 e dos padrões de salvaguardas socioambientais, construídos com base na iniciativa REDD+ SES. Com a implementação do programa SISA - ISA Carbono, o estado entrou para o programa REDD Early movers e atraiu recursos financeiros para aprimorar o SISA, priorizando as salvaguardas socioambientais. Embora o programa de REDD+ estadual possua estruturas de governança bem estabelecidas, que promovem a participação social, o Acre enfrenta obstáculos comuns a todos as unidades da Federação e que se relacionam ao envolvimento pleno e efetivo dos diferentes atores em suas atividades, devido às barreiras logísticas para potencializar a construção coletiva dos programas e dos projetos previstos.nesse contexto, a avaliação periódica da representatividade da sociedade civil nos órgãos deliberativos pode constituir importante ferramenta para garantir a representatividade de indígenas e de populações tradicionais e locais, entre outros atores. Também se pode aprimorar a integração dos mecanismos e dos procedimentos para operacionalizar o sistema de informações de salvaguardas, que forneça informações atualizadas, de forma a assegurar a transparência contemplada pela lei ff Lei2308_1.pdf?MOD=AJPERES 5. (Verified Carbon System Jurisdictional and Nested REDD+) Mato Grosso - Sistema de REDD+ (Lei º 9.878/ ) O sistema de REDD+ do Mato Grosso encontra-se em implementação e, portanto, a maioria dos instrumentos e das estruturas está em fase de debates para a regulamentação futura. Paralelamente, os indicadores de salvaguardas socioambientais do estado, desenvolvidos com base na iniciativa REDD+ SES, passam por processo de consulta e análise, enquanto se constrói o sistema de informações de salvaguardas. Foi possível notar a presença dos componentes essenciais para cumprir as salvaguardas sociais e ambientais, de forma objetiva, em todo o conteúdo da lei. Os principais pontos sensíveis identificados se relacionam à necessidade das regulamentações e das finalizações de processos, de forma a permitir a identificação dos beneficiários e as ações de conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Além disso, faz- -se necessária a divulgação de procedimentos claros e efetivos de CLPI, com a garantia da representatividade de diferentes etnias indígenas e de populações tradicionais e locais nos espaços de discussão. Não há, ainda, uma definição clara sobre como ocorrerão o monitoramento dos impactos e a integração das estruturas a um sistema de informações de salvaguardas content&view=article&id=1968& Itemid=734

7 Amazonas - Minuta de Projeto de Lei (versão de Outubro/2013) Amapá - Minuta de Projeto de Lei (versão de Novembro/2013) Com o Programa Bolsa Floresta, o estado foi pioneiro na discussão e no de ações de distribuição de benefícios financeiros para atores que contribuam para a conservação da floresta em Unidades de Conservação. Em 2015, com a reestruturação da SDS 7 e a extinção dos órgãos da pasta de mudanças climáticas, houve a interrupção dos esforços relacionados ao Sistema de REDD+ no Amazonas. Entretanto a nova SEMA 8, mantém a discussão do projeto de lei. De uma forma ampla, a minuta trata de diversos serviços ambientais, além do carbono, e contempla, de forma geral, todos os componentes para cumprir as salvaguardas.entre os pontos sensíveis, entende-se, como essencial, a definição de protocolos claros de CLPI e a garantia de espaço de diálogo efetivo e representativo junto aos povos da floresta e a sociedade civil, principalmente na governança do sistema. Questões, como o monitoramento dos impactos e sua integração a uma plataforma SIS, não estão esclarecidas, bem como não se abordaram os direitos de populações marginalizadas, a observância às questões de gênero e a identificação de áreas de alto valor para conservação.contudo a minuta traz a obrigatoriedade de adotarem-se, em sua implementação, os princípios e os critérios socioambientais existentes e consolidados. Sem previsão para ser sancionada, a minuta que cria o Sistema Estadual de PSA do Amapá deve passar, ainda, por revisões, devido a trocas de representantes do Estado. A participação da sociedade no Fórum de Mudanças Climáticas é limitada, uma vez que poucas instituições atuam diretamente no Estado. Além disso, também é desafiador o esforço de articulação das populações tradicionais, movendo-as a participar da construção do Sistema de PSA. Os pontos de atenção da minuta recaem sobre a necessidade de identificar os beneficiários, com procedimentos claros de CLPI, para definir as ações de melhoria na qualidade de vida das populações. Nesse contexto, a garantia da efetiva participação da sociedade civil nos processos de tomada de decisão, em órgãos colegiados, e a definição de canais de diálogo podem ser aprimorados, bem como os canais que conferem transparência às informações do sistema. Como em outras iniciativas, não se fazem referências à questão de gênero, às populações marginalizadas e às áreas de alto valor para conservação.também não há clareza sobre os monitoramentos de impactos do sistema e sobre sua integração a uma plataforma SIS. 7. Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas 8. Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas

8 Pará - Iniciativas no Estado Embora não possua uma Política sobre Mudanças Climáticas e REDD+ definidas, o Pará tem conduzido ações que refletem esforços para manter a redução do desmatamento no estado. São exemplos o Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará (PPCAD/PA), o ICMS Verde e o Programa Municípios Verdes (PMV), que trazem, como propostas, a diminuição do desmatamento, o local e a conservação da biodiversidade. Tais mecanismos constituem importante passo no caminho da implementação de políticas de incentivos aos serviços ambientais e de REDD+. Ao analisar, de maneira geral, o programa PMV e o ICMS Verde, no contexto das salvaguardas, pode-se notar que cumprem o compromisso de transparência, de participação e de controle social por parte do Sistema Estadual de Meio Ambiente, composto pelas SEMAS, pelo IDEFLOR-Bio e pelo PMV. Tocantins - Iniciativas no Estado O Estado do Tocantins encontra-se em processo inicial de discussão de políticas estaduais de PSA e REDD+. Pretende fortalecer a discussão de REDD+ em seu território, por meio da recente reativação do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas 1 e da contratação de consultoria especializada para elaborar a Política Estadual de Serviços Ambientais e de Pagamento por Serviços Ambientais e, também, para reformular a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Devido ao processo inicial de das iniciativas estaduais no Tocantins, ainda não se discutiram, em profundidade, questões significativas, como as salvaguardas sociais e ambientais. Climáticas e Serviços Ecossistêmicos que terá, como base, os indicadores brasileiros de salvaguardas. De fato, firmou parcerias estratégicas com instituições especializadas em REDD+ para conduzir oficinas de nivelamento, oferecidas aos representantes dos setores econômicos, das populações tradicionais e indígenas e dos seringueiros, com o objetivo de preparar esses atores para as consultas públicas sobre o texto da lei em elaboração. Também estão ocorrendo processos paralelos, visando ao do PSA e de REDD+ em Rondônia, como a inserção do Estado no GCF 2 e a organização de um plano estadual de sustentável, com metas para 30 anos. Roraima - Iniciativas no Estado Dentre todos os estados amazônicos, Roraima apresenta o menor nível de de políticas relacionadas às Mudanças Climáticas, à REDD+ e ao PSA. Não possui Fórum Estadual de Mudanças Climáticas e não apresenta perspectiva de desenvolver políticas nesse sentido. No entanto travam-se discussões sobre mudanças climáticas e REDD+, lideradas pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR). De fato, realizaram-se, em 2014, seminários e encontros para discutir o tema, que culminaram em carta sobre mudanças climáticas, a qual manifesta as preocupações e as percepções de etnias indígenas do Estado, além de solicitar apoio para tratar o tema Rondônia - Iniciativas no Estado O Estado de Rondônia abriga o primeiro projeto de REDD+ em terras indígenas, o Projeto Carbono Florestal Suruí. Por conta do envolvimento dos indígenas do estado com o tema, apresenta cenário promissor para a inserção das populações locais na construção das políticas. Nesse sentido, o estado tem direcionado esforços para construir a Política Estadual de Mudanças 1. Decreto nº de 18 de Abril de 2007

9 BARREIRAS A SUPERAR - Políticas Integração das Iniciativas Nacional e Estaduais: É imprescindível que o governo federal adote uma postura mais aberta e favorável à construção participativa da ENREDD, envolvendo os estados e a sociedade civil na elaboração e no alinhamento das iniciativas de outros setores. Até o momento, realizaram-se consultas com grupos específicos para a construção do sumário de informações de salvaguardas, porém não se estabeleceu um processo de consulta transparente, inclusiva e contínua, para garantir toda a amplitude que uma estratégia nacional de REDD+ deve contemplar. Ao mesmo tempo, as propostas descritas na ENREDD não reconhecem as iniciativas estaduais de REDD+, nem as experiências acumuladas nos estados. Essa falta de sinergia entre a estratégia nacional e os programas estaduais torna os mecanismos de REDD+ ainda mais difíceis de acessar, distanciando os resultados das metas a alcançar. Sem uma estratégia compartilhada, questões como participação, repartição dos benefícios, equidade, permanência e adicionalidade, permanecerão desalinhadas nas diferentes esferas governamentais. A estratégia também poderia reconhecer iniciativas do setor privado que buscam o desmatamento zero para a cadeia de produção de commodities, além de apoiar a demarcação de novas Terras Indígenas e Unidades de Conservação, como incentivo a manter a floresta em pé. A integração da ENREDD às diferentes esferas governamentais, ligada à maior sinergia entre as iniciativas do setor privado, pode aumentar o alcance dos impactos e a colaboração dos diferentes atores da sociedade civil. Participação da Sociedade Civil e Transparência: Ao analisar os processos de construção dos programas de REDD+, é possível identificar, na maioria dos casos, lacunas na participação da sociedade civil. Em muitos dos processos, os governos tendem a centralizar a discussão em órgãos, ou em entidades representativas, sem avaliar-lhes o teor de representatividade. É preciso conduzir avaliações periódicas, e com parâmetros claros, sobre se tais instâncias têm representado as diversas etnias indígenas, as comunidades tradicionais, as mulheres, as populações marginalizadas e as demais esferas pertinentes. No caso especifico das iniciativas estaduais, evidencia-se a dificuldade em garantir a ampla participação das partes interessadas, devido à logística limitada e ao alto custo do processo. A integração entre as ações federais e as estaduais pode-se mostrar uma alternativa positiva e eficiente para promover a participação integral dessas partes. De forma geral, percebe-se, como necessária, a criação de mecanismos de transparência e de processos qualificados de CLPI, com a expansão dos canais de diálogo. A linguagem deve ser apropriada ao público consultado e os objetivos da consulta, esclarecidos aos participantes. É fundamental que todos os atores envolvidos entendam como se incorporarão seus comentários ao processo e quais os passos seguintes. A ampliação dos canais de diálogo deve auxiliar, também, o monitoramento dos impactos sociais e ambientais, oriundos das ações de REDD+. Participação da Sociedade Civil e Transparência para o Monitoramento: As politicas não definem, claramente, quais os mecanismos e os parâmetros a utilizar no monitoramento dos impactos das ações do sistema e no cumprimento das salvaguardas. Para utilizar, nesse esforço de monitoramento, a estrutura de governança existente, é necessário entender quais órgãos atuam, de forma relevante, e quais são suas atribuições nos programas de REDD+, de forma a construir sistemas interoperacionais e de menor custo. Tal monitoramento deve integrar-se a uma plataforma de informações de salvaguardas, mas, até o momento, não se definiu como essa integração poderá ocorrer.

10 SALVAGUARDAS EM PROJETOS DE REDD+ Roraima Acre Amapá Amazonas Pará Rondônia Tocantins Mato Grosso Russas e Valparaiso 2 Envira 3 Purus 4 Juruá e Caruauari 5 Amazon Rio 6 RDS do Juma 7 Resex Rio Preto Jacundá 8 Suruis 9 Santa Maria 10 Jari 11 ADPML 12 RMDLT 13 Ecomapuá 14 IWC 15 Cikel 16 Maísa Em um cenário político multifacetado, onde existem políticas públicas em diferentes estágios de construção, inserem-se, atualmente, 16 projetos de REDD+, desenvolvidos pela iniciativa privada. Tais projetos vêm-se implementando ao longo da região conhecida como Arco do Desmatamento na Amazônia, que se estende do noroeste do Maranhão aos estados de Rondônia e do Acre e se caracteriza pela transformação na paisagem, devido ao avanço da fronteira agropecuária. Estes se encontram em terras privadas e públicas, em áreas dede manejo florestal, em terras indígenas e em unidades de conservação, como reservas de sustentável e reservas extrativistas. O desenho dos projetos privados de REDD+ orienta- -se pelas demandas do mercado voluntário de carbono. Por isso, no Brasil, a maioria segue a metodologia VCS, para dimensionar o desmatamento evitado e, ao mesmo tempo, os padrões usados para avaliar aspectos socioambientais, como o CCBA, o FSC e o Social Carbon. A análise dos projetos demonstra, de forma geral, que buscam o engajamento comunitário, incluem a CLPI e geram benefícios à biodiversidade e às comunidades locais. Os mecanismos de repartição justa e equitativa dos benefícios visam a desenvolver cadeias de produção sustentável, de modo a garantir que os recursos investidos gerarão renda no médio e no longo prazos. Todos os 16 projetos declaram o cumprimento das leis aplicáveis, dos tratados, das convenções internacionais e da legislação trabalhista. Registro dos projetos em sistemas governamentais: Os projetos de REDD+, localizados em estados que já possuem seus programas estabelecidos, devem registrar- -se e alinhar-se às diretrizes estaduais. O registro é importante para evitar dupla contagem de créditos de carbono e para que o governo e a sociedade civil conheçam os objetivos do projeto e suas salvaguardas. Aqueles estados que ainda não desenvolveram seus mecanismos de registro de projetos privados devem estabelecer critérios que considerem as salvaguardas socioambientais e o monitoramento contínuo deles. A exigência por certificações de alta credibilidade e de reconhecimento internacional podem ajudar a garantir a participação social, a geração de benefícios à biodiversidade e à comunidade local, a repartição de benefícios e o cumprimento da legislação.

11 Saiba mais sobre os projetos Projeto Estado Área (ha) Sistema/Status Conheça o Projeto Jari Amapá AP FSC - Certificado VCS - Validado CCB Em ADPML Portel/Pará PA ,80 CCB - Validado VCS - verificado RMDLT Portel/Pará PA CCB - Validado VCS - Certificado REDD+ Cikel PA ,90 FSC Certificado VCS - Validado REDD+ Ecomapuá PA 4.253,14 Social Carbon VCS - Verificado details/ details/832 details/1094 IWC BrazilianGrouped REDD+ PA ,00 FSC Em VCS Em PL1027 REDD+ Maísa PA ,00 FSC Em VCS Verificado CCB - Validado REDD+ Amazon Rio REDD+ Juruá e Carauari AM CCB Em VCS Em AM CCB Em PL REDD RDS Juma AM CCB Em validação VCS Em Florestal Sta Maria MT FSC Certificado VCS - Verificado details/875 REDD+ Resex Rio Preto/Jacundá Carbono Florestal Suruí RO VCS Em CCB Em RO VCS Verificado CCB - Em verificação Informação não disponível Envira AC CCB - em VCS Em validação Purus AC CCB verificado VCS - Verificado Russas e Valparíso AC CCB Verificado VCS - Verificado the-juma-sustainable-development-reserveproject-reducing-greenhouse-gas-emissions-fromdeforestation-in-the-state-of-amazonas-brazil/

12 CONCLUSÃO Ao longo dos últimos anos, percebe-se avanço significativo na adoção de salvaguardas socioambientais no Brasil, quando se analisam as políticas nacionais, as estaduais e os projetos privados de REDD+. A valorização da floresta em pé e de seus moradores tem relevância global, neste momento de mudanças climáticas e de redução dos recursos naturais, vivido pela humanidade. O desafio de ordenar o território brasileiro, de melhorar sua governança e de garantir a participação social mostra-se imenso. Porém, como muitas experiências se acumularam nos estados e nos projetos privados pioneiros na implementação de ações de REDD+, as lições aprendidas colaboram para o aprimoramento contínuo dos sistemas e das estratégias neles utilizadas, ou para a criação de novas políticas e projetos. É importante reconhecer o pioneirismo das iniciativas, assim como ambicionar a melhoria desses mecanismos. Marina Piatto I Coordenadora da Iniciativa de Clima e Agricultura do IMAFLORA I marina@imaflora.org Junia Karst Caminha Ruggiero I Assistente de Certificação Florestal do IMAFLORA I junia@imaflora.org Bruno Brazil de Souza I Coordenador - Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais do IMAFLORA I bruno@imaflora.org Maurício Voivodic I Secretário Executivo do IMAFLORA I mauricio@imaflora.org Coordenação Colaboração Apoio Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola - Imaflora Estrada Chico Mendes, Piracicaba - SP BRASIL imaflora@imaflora.org

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