ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA PRO-PSA NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUANDU RIO DE JANEIRO. Outubro de 2013

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1 ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA PRO-PSA NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUANDU RIO DE JANEIRO Outubro de 2013

2 Coordenação Programa de Conservação da Mata Atlântica e Savanas Centrais Hendrik Mansur Especialista em Conservação João Guimarães Serviços Ambientais - Coordenador de Projetos Claudio Klemz Serviços Ambientais - Coordenador de Articulação Colaboração Mauricio Ruiz Secretário Executivo Colaboração Beto Mesquita, Diretor para a Mata Atlântica, Conservação Internacional.

3 SUMÁRIO EXECUTIVO Uma das estratégias que tem obtido resultados mais eficazes no fomento à proteção e restauração de ecossistemas, sobretudo aqueles que são essenciais para a manutenção das condições que garantem a provisão de serviços ecossistêmicos dos quais depende o bem estar da sociedade, como o abastecimento de água, é a implementação de iniciativas de pagamento por serviços ambientais (PSA). Neste sentido, em setembro de 2012 o Comitê de Gestão da Bacia Hidrográfica do Guandu aprovou uma resolução criando o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais PRO-PSA na Região Hidrográfica II Guandu. O objetivo deste programa é incentivar a adoção de práticas de conservação e de restauração ambiental, visando a manutenção da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos das bacias sob gestão do comitê, sendo o pagamento por serviços ambientais o principal instrumento para estimular estas práticas. Iniciativas como o PRO-PSA tornam-se ainda mais relevantes quando levamos em conta que a Região Hidrográfica do Guandu (RH Guandu) é responsável pela provisão de 85% da água consumida na capital do estado e nas demais cidades localizadas em sua região metropolitana, a segunda maior do país e uma das maiores da América Latina. Um dos principais argumentos para a criação do PRO-PSA foi a experiência bem sucedida do projeto-piloto Produtores de Água e Floresta, desenvolvido em Rio Claro-RJ desde 2008, o qual beneficiou 62 propriedades rurais, recompensando a proteção de mais de 4 mil hectares e viabilizando a restauração de cerca de 500 hectares, adicionalmente, em áreas críticas para os recursos hídricos e a biodiversidade. Ainda que o PRO-PSA represente um incremento considerável nos investimentos em PSA a serem realizados pelo Comitê do Guandu nos próximos anos, é certo que tais recursos não serão suficientes para atender a toda a demanda existente. Dadas a dimensão das bacias hidrográficas abrangidas pelo comitê, o estado atual de degradação do seu capital natural e a diversidade de paisagens e condições encontradas, faz-se necessária a adoção de princípios e critérios para a priorização estratégica destes investimentos. Deste modo, este estudo teve como propósito fazer uma avaliação preliminar sobre a viabilidade técnica e financeira do PRO-PSA e apontar as sub-bacias e áreas prioritárias para implementação de ações de conservação e restauração florestal nos próximos anos. Fruto da cooperação técnica entre três das organizações que integram o grupo de representantes da sociedade civil no comitê Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA), The Nature Conservancy (TNC) e Conservação Internacional (CI-Brasil) ele parte dos resultados apontados por estudos anteriores, os quais, combinados com novas análises e procedimentos, apontam as áreas críticas onde os investimentos devem ser concentrados nos primeiros anos do PRO-PSA. O primeiro recorte do estudo levou em conta as sub-bacias que apresentam maior contribuição para o ingresso e aporte de recursos hídricos na bacia como um todo, incluindo a interceptação horizontal da umidade vinda do mar e as áreas de recarga, combinando estes quesitos com uma maior suscetibilidade à erosão. Esta análise apontou 11 sub-bacias, com 1

4 uma área total de mais de 242 mil hectares (ou 65% da área total da RH Guandu), sobre as quais se concentraram as etapas seguintes de priorização. O segundo recorte, restrito às sub-bacias apontadas na primeira análise, levou em conta um modelo de previsão e quantificação de aporte de sedimentos aos corpos d água por erosão, considerando tipos de solo e cobertura vegetal (ou uso) sobre o mesmo. Como resultado, chegou-se à conclusão que seis sub-bacias dentro da Região Hidrográfica do Guandu, dentre aquelas mais importantes para a produtividade hídrica, concentram mais de 95% das áreas com maior potencial de aportar sedimentos aos corpos hídricos: Alto Piraí; Médio Piraí; Represa Ribeirão das Lajes; Represa Santana; Sacra Família; Santana. O terceiro e último recorte para a indicação de áreas prioritárias para os investimentos do PRO-PSA levou em conta a cobertura florestal e o potencial de viabilidade da restauração florestal das faixas marginais dos cursos d água. Neste caso, foram aplicados os mesmos parâmetros e métricas adotados no projeto-piloto Produtores de Água e Floresta, por considerarmos ser estes os que oferecem a maior segurança em termos de proteção dos serviços ecossistêmicos aportados pelas Áreas de Preservação Permanente (APP). Como resultado final, chegou-se à indicação e mapeamento de cerca de 15 mil hectares de áreas prioritárias em APP para investimentos em restauração, proteção e PSA, localizados nas seis sub-bacias apontadas acima. Desse total, temos cerca de 4 mil hectares de APP priorizados para restauração florestal e aproximadamente 11 mil hectares classificados como prioritários para compensação por proteção de remanescentes florestais. Estas áreas estão localizadas nos municípios de Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Japeri, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Piraí, Rio Claro e Vassouras, ou seja, em nove dos 15 municípios que integram a RH do Guandu. Com estes resultados, oferecemos ao Comitê do Guandu um valioso instrumento para suporte à tomada de decisão na definição das áreas estratégicas para os investimentos em infraestrutura verde e em pagamentos por serviços ambientais, que possam por sua vez gerar e manter benefícios para os sistemas de provisão de água e energia elétrica inseridos nesta região. Indo um pouco além, este estudo permitiu ainda elaborar recomendações e um modelo de plano de trabalho e cronograma de investimentos para o PRO-PSA, visando otimizar e tornar mais eficiente a aplicação dos recursos, aumento o efeito positivo da sua relação custo-benefício e reduzindo riscos. Estamos convencidos que a priorização de áreas e as recomendações deste relatório serão úteis para o aperfeiçoamento das iniciativas de PSA do Comitê Guandu, bem como para o cumprimento de nossas metas institucionais de cooperação e colaboração com a proteção do capital natural e com a governança dos recursos naturais da região. 2

5 ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA PRO-PSA NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUANDU RIO DE JANEIRO 1. Definição de escopo e objetivos O Comitê de Bacia Hidrográfica do Guandu aprovou em setembro de 2012 o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais PRO-PSA na Região Hidrográfica II Guandu, através da publicação da Resolução n o 85. Este programa tem como objetivo incentivar a adoção de práticas de conservação e restauração ambiental visando à manutenção da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos das bacias sob a gestão do Comitê Guandu, sendo o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) o principal instrumento para estimular estas práticas. Um dos principais motivadores para a criação deste programa pelo comitê foi a experiência bem sucedida do projeto Produtores de Água e Floresta desenvolvido em Rio Claro-RJ, sendo que o comitê manifestou o compromisso de apoiar a criação de novos projetos de PSA, ampliando o uso deste instrumento econômico para a conservação dos recursos hídricos na Região Hidrográfica Guandu. O presente estudo tem o propósito de fazer uma avaliação preliminar de viabilidade técnica e econômica da implantação do Programa PRO-PSA através da análise de diversos estudos já realizados na região e da realização de estudos específicos de priorização de áreas para atividades de recuperação e conservação de mananciais, avaliação de custos para a implementação destas atividades, e estimativas de benefícios biofísicos e econômicos advindos das mesmas. Este estudo pretende instrumentalizar o Comitê de Bacia com uma análise estratégica de suporte à tomada de decisão sobre investimentos permanentes em infraestrutura verde e pagamentos por serviços ambientais, que possam por sua vez gerar e manter benefícios para os sistemas de provisão de água e energia elétrica inseridos nesta região. Por fim este estudo faz orientações sobre estudos adicionais que se revelam necessários e sugere um programa de investimento para a expansão das ações atuais para outras áreas prioritárias dentro da região hidrográfica. As análises aqui realizadas e os estudos adicionais sugeridos ao Comitê Guandu vêm no sentido de reduzir riscos e de aperfeiçoar o uso dos recursos financeiros disponíveis para implantação do Programa PRO-PSA. Objetivo Orientar o financiamento de longo prazo para o Programa PRO-PSA através da: 1) sugestão de áreas prioritárias para investimentos em infraestrutura verde, 2) estimativa de custos diretos e indiretos associados a intervenções nestas áreas, 3) estimativa de benefícios biofísicos e econômicos advindos destas intervenções, 4) apresentação de uma análise custo/benefício preliminar que indica a viabilidade econômica destes investimentos, 5) orientação de estudos adicionais necessários e 6) sugestão de um programa de investimentos para expansão do programa para toda a região hidrográfica a ser incorporado na revisão do Plano de Bacia. 3

6 2. Histórico de projetos e programas de Pagamento por Serviços Ambientais no estado do Rio de Janeiro O Estado do Rio de Janeiro foi um dos pioneiros na implantação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos estabelecidos pela Lei das Águas (Lei nº 9.433/97). Em 1999, estabeleceu a Política Estadual de Recursos Hídricos através da Lei nº 3.239/99, que nos seus artigos 5º e 11º criou o Programa Estadual de Conservação e Revitalização de Recursos Hídricos (Pro- Hidro), que tem por objetivo proporcionar a revitalização, quando necessária, e a conservação, onde possível, dos recursos hídricos, como um todo, sob a ótica do ciclo hidrológico, através do manejo dos elementos dos meios físico e biótico, tendo a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e trabalho. O Decreto Nº /11, que regulamenta este programa, define como um de seus componentes o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PRO-PSA). O Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos no Estado do Rio de Janeiro está em pleno funcionamento com o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI) e os Comitês de Bacias instalados em todo o território fluminense. A cobrança pelo uso da água no estado teve inicio em março de 2004, em todas as bacias hidrográficas do estado. A Região Hidrográfica II Guandu foi a primeira do estado fluminense a se organizar em torno de um Comitê de Bacia e desde 2007 conta com um Plano de Bacia Hidrográfica, denominado Plano Estratégico de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu Mirim. 2.1 Comitê da Bacia Hidrográfica Guandu O Comitê de Bacia Guandu é o órgão colegiado que tem atribuições normativas, consultivas e deliberativas e reúne 60 instituições (membros titulares e suplentes), entre representantes dos usuários da água, da sociedade civil organizada e de órgãos de governo (municipal, estadual e federal). O Comitê tem a atribuição principal de fomentar a gestão integrada e participativa dos recursos hídricos na região, além de: (1) Promover o debate das questões relacionadas aos recursos hídricos da bacia; (2) Articular a atuação das entidades que trabalham com este tema; (3) Arbitrar, em primeira instância, os conflitos relacionados aos recursos hídricos; (4) Aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia; (5) Estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados; (6) Estabelecer critérios e promover o rateio de custeio das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo. As decisões do Comitê Guandu estão pautadas no Plano Estratégico de Recursos Hídricos das Bacias dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu Mirim (Plano de Bacia), uma ferramenta de diagnóstico da situação dos recursos hídricos e de planejamento das ações necessárias para a recuperação e conservação dos recursos hídricos na região. Este é o instrumento que norteia a aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água. O braço executivo de um Comitê de Bacia é a Agência de Água de Bacias Hidrográficas, mais comumente chamada de Agência de Bacia, sendo que esta figura institucional foi definida pela Lei Federal 9.433/97. São instâncias executivas responsáveis pela implementação das decisões dos respectivos Comitês de Bacia. 4

7 Suas competências básicas incluem: (i) atuar como secretaria executiva do respectivo comitê; (ii) manter cadastro de usuários e balanço atualizado das disponibilidades hídricas; (iii) efetuar, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso da água; (iv) elaborar o Plano de Recursos Hídricos, para aprovação do respectivo comitê de bacia; (v) promover estudos e analisar planos, projetos e obras a serem financiados à conta da cobrança pelo uso da água. A Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul AGEVAP exerce a função de Agência de Bacia da RH II e está vinculada, por intermédio de contrato de gestão, ao Comitê Guandu. Desde 2010 a AGEVAP vem implantando as ações do plano de bacia através da aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água. 2.2 O Projeto Produtor de Água e Florestas - PAF Por meio de uma iniciativa capitaneada pelo Instituto Terra de Preservação Ambiental, em 2008, teve início a implementação do projeto piloto de pagamento por serviços ambientais PSA denominado Produtores de Água e Floresta - PAF. Este projeto vem sendo desenvolvido na microbacia do Rio das Pedras, localizada na região do Alto Rio Piraí, município de Rio Claro/RJ. No âmbito do projeto Produtores de Água e Floresta constituiu-se um grupo de trabalho entre membros da Secretaria Estadual do Ambiente, o Comitê Guandu, a Prefeitura Municipal de Rio Claro, a The Nature Conservancy e o Instituto Terra de Preservação Ambiental, formalmente denominado de Unidade Gestora do Projeto UGP. Esta estrutura possibilitou a gestão e a implementação compartilhada deste projeto entre o poder público, a instância deliberativa e a sociedade civil organizada. O projeto piloto Produtores de Água e Florestas aplica o modelo provedor-recebedor, através de um sistema de pagamentos por serviços ambientais, incentivando, mediante compensação financeira, os agentes que, comprovadamente, adotarem, contribuírem ou implementarem práticas para a proteção e recuperação de mananciais, auxiliando a recuperação do potencial de geração de serviços ecossistêmicos, provendo benefícios às bacias hidrográficas e às populações que se provem de seus recursos hídricos. A área piloto do projeto (microbacia do rio das Pedras) está localizada em Lídice, distrito do município de Rio Claro/RJ, e abrange uma área total de ha compreendendo as principais nascentes do Rio Piraí. Este manancial é responsável por até 15% dos recursos hídricos disponíveis no sistema Guandu, destacando-se, igualmente, pela alta relevância para a biodiversidade da Mata Atlântica, sendo zona núcleo da Reserva da Biosfera, entorno do Parque Estadual Cunhambebe e território da Área de Proteção Ambiental do Alto Piraí. A escolha da área considerou a sua importância para o abastecimento de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde se concentram aproximadamente 7 milhões de pessoas e a localização na região denominada Corredor de Biodiversidade Tinguá Bocaina, região onde há núcleos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, e áreas prioritárias para conservação da biodiversidade estabelecidas pelo PROBIO (Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente). A região é considerada pelo Estado do Rio de Janeiro como de importância estratégica para a manutenção dos recursos hídricos e para a biodiversidade, devido ao seu 5

8 perfil de manancial estratégico e área com alto índice de biodiversidade, o que justifica a manutenção e a restituição das condições ecossistêmicas próximas às originais. Os estudos preliminares realizados na Bacia do Rio das Pedras indicaram que haveria cerca de 335 ha para restauração em áreas prioritárias (matas ciliares, entorno de nascentes e áreas de interceptação vertical da chuva), de forma a se incrementar a oferta de serviços ambientais hídricos da microbacia. Dos fragmentos florestais existentes na área piloto do projeto, estimou-se que ha seriam destinados para fins de conservação florestal. Através da assinatura do Termo de Cooperação Técnica pelos membros da UGP em 2009, foram definidas as responsabilidades dos atores do projeto e as principais contrapartidas para a viabilização, execução e garantia do cumprimento das atividades. O Comitê Guandu aprovou a destinação de recursos financeiros para pagamentos aos Produtores de Água e Floresta pelos serviços ambientais prestados. Para tanto, foram cumpridos os trâmites do sistema estadual de recursos hídricos, obtendo-se aprovação nas câmaras técnicas, plenária do Comitê Guandu e Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Inicialmente o contrato de transferência de recursos financeiros do comitê para os produtores rurais para o pagamento de serviços ambientais era celebrado pela AGEVAP, mas em 2010 foi promulgada, pelo município de Rio Claro, a Lei Municipal Nº 514 autorizando o poder executivo municipal a prestar apoio financeiro aos proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e participantes do projeto Produtores de Água e Floresta, e permitindo ao Município celebrar contratos de Pagamentos por Serviços Ambientais com os proprietários rurais selecionados pelo projeto. Esta lei foi em seguida regulamentada pelo Decreto Municipal Nº 931 de 01 de julho de Por fim, em 2011 o Estado do Rio de Janeiro aprovou o Decreto nº /11 que criou o Programa Estadual de Conservação e Revitalização de Recursos Hídricos (Pro-Hidro) que estabeleceu o mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais e criou o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais. Esta foi a base para iniciar o processo de ampliação do projeto piloto Produtores de Água e Floresta que, após sobrepor diversos desafios, atualmente apresenta resultados expressivos. Em 2009, 18 produtores da microbacia do Rio das Pedras foram contratados. No ano seguinte o projeto foi ampliado para todo o município de Rio Claro e atualmente são 62 produtores integrantes do projeto. O projeto conta com aproximadamente ha contratados para conservação e 494 ha contratados para restauração, valores estes que ultrapassaram as metas previamente estabelecidas um ano antes da conclusão da primeira fase do projeto, conforme pode ser observado no gráfico a seguir: 6

9 Gráfico 1: Metas e Resultados do Projeto Produtores de Água e Floresta Até o momento foram investidos no projeto mais de 5 milhões de reais, provenientes da captação de fundos dos parceiros do projeto juntamente com os recursos alocados pelo Comitê Guandu. A implantação do Projeto Produtor de Água e Florestas, desde sua concepção, contou com o aporte financeiro de alguns parceiros institucionais como a The Nature Conservancy - TNC, o Instituto Terra de Preservação Ambiental ITPA, o Comitê Guandu, a Conservação Internacional e o INEA (compensações ambientais de empreendimentos privados). Esta experiência dos primeiros cinco anos de projeto pode ser considerada como balizadora da estimativa de custos de implantação e operação do Programa PRO-PSA e é apresentada na Tabela 1. Estes valores representam os investimentos dos últimos cinco anos no Projeto Produtor de Água e Florestas através da atuação de uma Unidade Gestora de Projeto. As atividades descritas nesta análise compõem todas as etapas que serão indispensáveis na expansão da iniciativa para a região hidrográfica através do Programa PRO-PSA. Tabela 1 Custos de implantação e operação do Produtor de Água e Floresta Atividade Total (R$) % Diagnóstico e prospecção Conservação Restauração Saneamento PSA Comunicação Capacitação Gestão Monitoramento Hidrológico Total

10 2.3 Programa PRO-PSA Com base na experiência do projeto Produtor de Água e Floresta, o Comitê Guandu criou o Programa de Pagamento de Serviços Ambientais PRO-PSA para favorecer a criação de projetos de PSA na Região Hidrográfica do Guandu RH II, com objetivo de contribuir para a adoção de práticas de conservação e restauração ambiental visando à manutenção da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos das bacias sob a gestão do Comitê Guandu. Através da Resolução Nº 85 de 12 de setembro de 2012, ficou determinado que a partir de 2012 fosse aplicado anualmente, no mínimo, o valor relativo a 3,5% da arrecadação do Comitê Guandu no Programa PRO-PSA, além da utilização para o mesmo fim do montante de R$ 1,9 milhões previamente aprovados pela resolução nº 70 deste mesmo comitê. Esta Resolução também define as diretrizes para a implantação do Programa, com destaque para os artigos 2º e 11º: Art.2º 1º Os investimentos de Pagamentos por Serviços Ambientais PSA deverão priorizar as áreas rurais e de mananciais de abastecimento público e nas (sic) áreas identificadas como prioritárias pelo Plano de Bacia dos rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim. Art. 11º O Comitê Guandu buscará investir de maneira equânime os recursos do PRO-PSA entre os municípios e regiões contidas na Bacia, respeitando os seguintes critérios de prioridade: regiões produtoras de água, situadas no trecho alto da bacia, em entorno de unidades de conservação de proteção integral e dentro de unidade de conservação de uso sustentável. A resolução 98 de 30 de setembro de 2013 define que os recursos do PRO PSA poderão ser utilizados em ações como "gerenciamento, administração, monitoramento, acompanhamento, fiscalização, conservação, restauração florestal e PSA aos possuidores a qualquer título de área rural". A melhor definição das categorias de investimento dos recursos provenientes do Programa propicia maior segurança financeira aos projetos, garantindo sua sustentabilidade em longo prazo. 3. Contextualização inerente ao Programa PRO-PSA 3.1 Contexto geográfico A RH-II Guandu compreende a bacia hidrográfica do Rio Guandu, bem como as bacias hidrográficas dos Rios da Guarda e Guandu-Mirim, a bacia do rio Piraí, a bacia do Ribeirão das Lajes, além das bacias dos rios afluentes ao Canal de São Francisco, até a sua desembocadura, na Baía de Sepetiba. A rede hídrica que drena esta região é responsável por cerca de 80% do abastecimento de água e 25% da geração de energia elétrica para a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde beneficia aproximadamente oito milhões de pessoas. Este fornecimento de água e energia elétrica só é possível devido à transposição de até 180 m3/s das águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul, que além de garantir vazão suficiente para a operação da Estação de Tratamento de Água Guandu e da Usina Hidroelétrica Pereira Passos, permite a diluição dos poluentes lançados nos rios que drenam áreas com baixo índice de saneamento urbano e industrial. Esta região hidrográfica situa-se na porção oeste do estado, abrange uma área de km 2 e envolve total ou parcialmente o território de 15 municípios fluminenses. Engenheiro Paulo de 8

11 Frontin, Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Paracambi, Queimados e Seropédica possuem o território integralmente inserido na RH-II, enquanto Barra do Piraí, Mendes, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Piraí, Rio Claro, Rio de Janeiro e Vassouras estão parcialmente inseridos. Mapa 1 Região Hidrográfica II Guandu, com destaque para a microbacia do Rio das Pedras (fase 1 do projeto PAF) e o município de rio Claro (fase II do projeto PAF) 3.2. Contexto socioeconômico Demografia Segundo o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baia de Sepetiba - PDS (2010), a população inserida na Região Hidrográfica II - Guandu, de acordo com o Censo de 2010 chega a 1,89 milhões de pessoas, tendo crescido 1,4% ao ano na última década. A zona oeste do Município do Rio de Janeiro é responsável por 57% dessa população. Em termos de crescimento populacional, os municípios com maior destaque são Itaguaí, Seropédica e Mangaratiba, que mais que triplicaram o volume populacional nas últimas décadas Desenvolvimento Humano O Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baia de Sepetiba PDS (2010) também traz uma avaliação sobre os índices de desenvolvimento humano na região. O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal IFDM acompanha o desenvolvimento humano, econômico e social de todos os municípios brasileiro com dados oficiais relativos às três principais 9

12 áreas de desenvolvimento: Emprego & Renda, Educação e Saúde. O ranking municipal é feito com base nos seguintes critérios: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano. Tal índice procura retratar alguns aspectos da qualidade de vida dos moradores de municípios relativos ao acesso e à qualidade da educação, alguns aspectos como atenção básica à saúde, e relativos à capacidade de gerar emprego e renda, aspectos que seriam as grandes vertentes que definem o desenvolvimento de uma localidade. 1 O IFDM apresenta distribuição diferenciada nos municípios que integram a RH-II. O menor índice encontrado foi em Japeri, com IFDM = 0,540, mais de 53% abaixo do mais elevado, de 0,833 em Piraí. O Rio de Janeiro apresenta o segundo melhor índice, com 0,830, devido às grandes disparidades existentes em seu território. O índice médio da RH-II é de 0,69. Se o índice do Rio de Janeiro for desconsiderado da média, o índice passa a ser 0,68, abaixo da média estadual e nacional. Em termos de distribuição relativa, o município que apresenta melhor situação de Emprego e Renda é Itaguaí, motivado possivelmente pela presença do Porto, num índice de 0,955. Neste tópico, o pior colocado é o de Paracambi, com 0,239 de índice. No quesito Educação, o município melhor classificado volta a ser Piraí. Seropédica, apesar de contar com Universidade Federal Rural, está na 12ª posição regional, com índice de 0,675. Por último, a questão de Saúde também está mais bem equacionada em Piraí, com índice de 0,952. O município em pior situação é Queimados, onde o índice cai a 0, Atividades Econômicas Segundo o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baia de Sepetiba PDS (2010), o setor de comércio e serviços é o mais importante na RH-II, respondendo por 78% do PIB regional, em Já o setor industrial gerou R$ 2 bilhões na RH-II (2% da economia estadual), respondendo por 12% do PIB da RH-II. A agropecuária tem participação modesta no PIB da região, com uma participação de apenas 4% no PIB regional. Entretanto, ao se analisar o uso da terra na região (de acordo com o mapeamento de uso da terra disponibilizado pelo INEA) as atividades agropecuárias são territorialmente significativas nesta Região Hidrográfica, correspondendo a mais de 40% da área total. A pecuária se destaca, uma vez que as pastagens ocupam cerca de 98% das áreas convertidas para atividades produtivas. A agricultura permanente e temporária ocupa menos de 1% (1.329 ha) das áreas de produção agropecuária, uma área menor que aquela ocupada por atividades silviculturais. A banana é a cultura permanente predominante nestas áreas agrícolas, sendo que a cana-de-açúcar, feijão e milho se destacam entre as culturas temporárias. Os municípios do Rio de Janeiro, Seropédica, Japeri e Itaguaí concentram mais de 80% das áreas destinadas à agricultura. 1 São os indicadores que compõem o IFDM: Emprego & Renda (geração de emprego formal; estoque de emprego formal; salários médios do emprego formal); Educação (taxa de matrícula na educação infantil; taxa de abandono; taxa de distorção idade/série; percentual de docentes com ensino superior; média de horas/aula diárias; resultado do IDEB); Saúde (número de consultas prénatal; óbitos por causas mal definidas; óbitos infantis por causas evitáveis) 10

13 Como já citado anteriormente, a pecuária é a principal atividade econômica ligada ao uso da terra na região. Pelo fato da pecuária desenvolvida na região ser de caráter extensivo, com baixa tecnificação e por consequência apresentar baixa produtividade por unidade de área, o rendimento médio desta atividade é da ordem de R$ 60/hectare/ano. A contextualização socioeconômica aqui apresentada é limitada e não atinge a profundidade necessária para atender às demandas de suporte para a gestão do PRO-PSA. Assim é apresentada no Anexo 1 - Modelo de Termo de Referência para Estudo Socioeconômico uma sugestão de conteúdo de levantamento socioeconômico que se recomenda realizar nas microbacias ou municípios objeto de expansão do projeto. 3.3 Contexto institucional Contexto institucional do projeto Produtores de Água e Floresta O arranjo institucional formado para a implantação do projeto piloto Produtores de Água e Floresta na bacia do Rio das Pedras no município de Rio Claro/RJ foi oficializado por meio da celebração do Termo de Cooperação Técnica celebrado entre a The Nature Conservancy TNC, o Instituto Terra de Preservação Ambiental ITPA, o Município de Rio Claro e o Instituto Estadual do Ambiente INEA, com a interveniência do Estado do Rio de Janeiro e do Comitê Guandu, onde cada instituição teve definida a sua atribuição (Anexo 2 - Termo de Cooperação Técnica). O Comitê Guandu destina recursos para pagamento por serviços ambientais aos proprietários rurais e por meio da Agencia de Bacia (AGEVAP) realiza as vistorias de campo para verificação das ações implantadas, enquanto o Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ambiente (SEA) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), investe recursos para a restauração florestal e lidera a construção de políticas públicas de PSA visando a ampliação do projeto. Durante o andamento do Projeto Produtores de Água e Floresta, houve uma adequação das atribuições dos outros parceiros, principalmente em relação ao Município de Rio Claro. Percebeu-se que o município teve dificuldades em disponibilizar recursos humanos para o cumprimento das atribuições definidas no Termo de Cooperação, ação que acabou sendo assumida pelo ITPA. Esta situação pode ser enfrentada por outros municípios na região e denota a necessidade investimentos na capacitação técnica dos municípios. A TNC realizou apoio técnico ao projeto, captou recursos financeiros e celebrou um convênio com o ITPA visando custear as atividades previstas nas atribuições de gestão e execução do projeto, além de custear parcialmente o pagamento por serviços ambientais aos produtores, a conservação, e integralmente a comunicação, a capacitação, o monitoramento e a gestão o projeto. Da mesma forma o ITPA assumiu a primeira parcela do Pagamento por Serviços Ambientais por dificuldades operacionais da FAPUR que até então funcionava como agência delegatária do Comitê Guandu. 11

14 3.3.2 Contexto institucional para o programa PRO-PSA A ampliação do Programa PRO-PSA é fundamental para a Região Hidrográfica II Guandu, devido à vocação das cabeceiras desta região como mananciais para a provisão de água e a necessidade de conservar e em certos casos recuperar o aspecto predominantemente natural das mesmas. Outro fator importante é a possibilidade de agregação de outras instituições ao arranjo institucional do Programa PRO-PSA, que tenham objetivos similares a este programa, como, por exemplo, empresas fortemente dependente da regularidade da oferta e da qualidade de recursos hídricos para seus negócios. Com a experiência adquirida nos últimos anos, os resultados alcançados, o fortalecimento das parcerias e a demanda pelos municípios da RH-II por projetos de PSA criou-se o ambiente para a ampliação do programa. As situações de dificuldades, enfrentadas no desenvolvimento do projeto Produtores de Água e Floresta servem de referência para os possíveis desafios envolvidos na expansão do Programa PRO-PSA. Por outro lado, avaliando as condições institucionais atuais para viabilizar a expansão, temos um cenário mais favorável, ainda que investimentos sejam necessários em treinamento e capacitação de instituições que venham a aderir a este programa e que não tenham experiência concreta com projetos de PSA. Com base no Plano de Bacia (Plano Estratégico de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu Mirim 2007) que aponta a importância da região para o abastecimento de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro, o Comitê Guandu demonstrou seu empenho em ampliar o projeto de PSA para outras regiões da bacia quando aprovou o Programa PRO-PSA. O Plano de Bacia destaca a necessidade de melhor articular o gerenciamento dos recursos hídricos com o planejamento do uso do solo nos municípios integrantes da bacia. A proposta do Programa PRO-PSA vem exatamente neste sentido, buscando contribuir para a adoção de práticas de conservação e restauração ambiental visando a manutenção da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos das bacias sob a gestão do Comitê Guandu. Vale destacar a sinalização do Comitê em possibilitar que os recursos do programa possam ser destinados também para outras ações além do pagamento em si aos proprietários envolvidos, tais como ações de restauração e conservação, visando a sustentabilidade financeira para as intervenções e a criação de ambiente favorável para a ampliação do projeto e a realização de novas parcerias. O Estado do Rio de Janeiro, visando alternativas para minimizar a possibilidade de escassez de recursos hídricos para a região metropolitana do Rio de Janeiro, e aproveitando a maior disponibilidade de recursos proporcionados pelo advento dos eventos das Olimpíadas e da Copa do Mundo, reforçou dentro do seu plano ambiental o componente de conservação e restauração de florestas aliado à implantação de programas de PSA. Um dos exemplos mais ilustrativos desta tendência é o Programa Jogos Limpos, que prevê o plantio de no mínimo24 milhões de mudas para compensar as emissões de gases-estufa durante os jogos de 2016, sendo que há uma expectativa que seja atingido um número final de 32 milhões de árvores plantadas. Outro programa estadual de potencial interface com o programa PRO-PSA é o Programa Rio Rural. Esta iniciativa do governo estadual tem foco na melhoria da qualidade de vida no campo, conciliando o aumento da renda do produtor rural com a conservação dos recursos 12

15 naturais. Ele é executado pela Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (SEAPEC) através da Superintendência de Desenvolvimento Sustentável (SDS), com financiamento do Banco Mundial/BIRD. O Programa incentiva a adoção de práticas sustentáveis e técnicas produtivas mais eficientes e ambientalmente adequadas, inclusive com apoio financeiro. Deste modo, contribui para a diminuição das ameaças à biodiversidade, para o aumento dos estoques de carbono na paisagem agrícola e para a inversão do processo de degradação das terras em ecossistemas de importância global da Mata Atlântica. A experiência de mais de 60 anos da The Nature Conservancy - TNC em projetos com governos, empresas e inúmeros parceiros para promover a conservação ambiental em larga escala e em mais de 30 países, garante um sólido apoio técnico ao programa para vencer os desafios de ampliação para as áreas prioritárias da RH II - Guandu. Só no Brasil são mais de 25 anos atuando em conservação ambiental, sendo que a TNC é parceira do Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA), tendo participado ativamente da implementação do primeiro projeto de PSA gerido por uma entidade governamental, o projeto Conservador das Águas, da prefeitura de Extrema - MG, iniciado em Atualmente a TNC está oficialmente envolvida com 9 projetos de PSA no Brasil, com diferentes arranjos institucionais e financeiros. Outro parceiro que adquiriu uma excelente experiência no planejamento e na implementação de projetos de PSA, por meio do Projeto Produtores de Água e Floresta em Rio Claro/RJ, foi o Instituto Terra de Preservação Ambiental ITPA, que desde o início, em 2009, vem exercendo a função de coordenação e execução do projeto e que mantém diversas outras iniciativas de restauração na Bacia do Guandu, em especial, por meio do Banco de Áreas para Restauração Florestal e do programa institucional do Corredor de Biodiversidade Tinguá - Bocaina. Vários municípios da região do Guandu estão interessados em implantar projetos de PSA visando garantir o abastecimento de água às suas populações, assim como aumentar a sustentabilidade financeira das propriedades rurais, incentivando a fixação do homem no campo e a manutenção do caráter rural desta região. Estas prefeituras podem contribuir, a título de contrapartida, com uma parte dos recursos financeiros e humanos para implantação dos projetos. Com o objetivo de gerar um modelo de instrumento legal a ser utilizado pelos demais municípios da Região Hidrográfica do Guandu, o ITPA contratou uma consultoria jurídica que elaborou uma minuta padrão de projeto de lei e de decreto regulamentador (Anexos 1 e 2), que deverá facilitar a regulamentação de projetos de PSA municipais. Outras organizações poderão ser parceiras quando da ampliação do projeto, principalmente instituições de ensino e pesquisa, ONGs e empresas que atuam na região. As empresas que dependem diretamente de recursos hídricos como insumo para suas atividades de produção podem ser potenciais apoiadores financeiros e técnicos de projetos de PSA, sendo que esta adesão está fortemente condicionada à percepção das mesmas em relação à importância da infraestrutura verde para a manutenção da quantidade e qualidade da água utilizada no seu negócio. Segundo dados do Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos, divulgado pelo INEA, existem 386 empreendimentos cadastrados na RH-II Guandu. O Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região Hidrográfica da Baía de Sepetiba relaciona 28 13

16 principais indústrias com outorga de captação de água na Região Hidrográfica II, conforme cadastro de usuários de recursos hídricos, que podem ser possíveis parceiros nos projetos de PSA. Cabe destacar os benefícios potenciais do programa PRO-PSA especificamente para a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro - CEDAE e para a Companhia de Energia Elétrica do Rio de Janeiro - Light, uma vez que a redução de sólidos em suspensão e de nutrientes na água será um resultado notável em médio e longo prazo se o programa priorizar as regiões mais críticas em relação ao aporte destes elementos. A CEDAE será beneficiada em função da redução do custo com tratamento de água na Estação de Tratamento de Água Guandu (ETA Guandu) e a Light com diminuição do assoreamento dos reservatórios e consequentemente a manutenção do volume útil da água, assim como a extensão da vida útil dos mesmos. Outros parceiros importantes para os projetos de PSA são aqueles que de alguma forma possam contribuir para as ações de monitoramento dos projetos. Atualmente o projeto Produtores de Água e Floresta conta com o monitoramento hidrológico, da avifauna e da ictiofauna. O monitoramento hidrológico é realizado em parceria da Companhia Estadual de Águas e Esgotos CEDAE do Estado do Rio de Janeiro, responsável pela coleta e análise da água. O monitoramento dos projetos ligados ao programa PRO-PSA poderá ser incluído no programa Observatório de Bacia, previsto no Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia do Guandu, no item Concepção e Implantação do Observatório da Bacia, aprovado por meio da Resolução Comitê Guandu nº 22 de 13 de setembro de Este programa visa estabelecer uma rede de monitoramento de quantidade e qualidade de água suficientemente robusta para o diagnóstico e o planejamento de ações que visem promover a regularidade da oferta de água assim como garantir a manutenção de sua qualidade. Outro assunto em discussão no Comitê Guandu que pode ser agregado ao Programa PRO-PSA é o saneamento rural. Na implementação dos projetos de PSA poderão ser identificadas as demandas por saneamento rural, inclusive com pontos georeferenciados, e a equipe do projeto poderá apoiar a implantação das melhores soluções para o tratamento de resíduos sólidos. Outras ações do Programa, como, por exemplo, conservação do solo, podem ser assumidas por instituições de ensino e pesquisa em condições de pleitearem recursos públicos em órgãos dos governos Federal e Estadual, no âmbito dos programas que contemplem este objetivo. Cabe destacar a necessidade de integração entre outros programas e os projetos de PSA, principalmente dos governos Federal, Estadual e Municipais, com destaque para o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro RIO RURAL (já descrito anteriormente) e o Programa Produtor de Água da Agência Nacional de Águas ANA. O Programa Produtor de Água da ANA tem como foco o estímulo à política de Pagamento por Serviços Ambientais voltados a proteção hídrica no Brasil. Para tanto, o programa apoia, 14

17 orienta e certifica projetos que visem a redução da erosão e do assoreamento de mananciais no meio rural, propiciando a melhoria da qualidade e ampliação e a regularização da oferta de água em bacias hidrográficas de importâncias estratégica para o País. O Programa prevê o apoio técnico e financeiro. Atualmente está em análise pela ANA uma proposta, no valor de R$ ,00, de implantação de práticas de conservação de solos em propriedades contratadas no âmbito do Projeto Produtores de Água e Floresta, nas Bacias do Rio Parado e Rio das Pedras, em Rio Claro RJ. Dessa forma há um contexto institucional instalado na Região Hidrográfica II Guandu favorável à ampliação do programa PRO-PSA para novas sub-bacias. Por outro lado a articulação institucional, a concretização de parcerias e a capacitação técnica de novos parceiros são alguns dos grandes desafios a serem enfrentados. A seguir são apresentados outros desafios que merecem destaque: - Ampliar o aporte de recursos financeiros da cobrança pelo uso água pelo Comitê Guandu aos projetos de PSA diante da Lei Estadual nº 5234/2008 que determina a aplicação de no mínimo 70% (setenta por cento) dos recursos arrecadados pela cobrança pelo uso da água incidente sobre o setor de saneamento em coleta e tratamento de efluentes urbanos. Existe uma forte relação entre os projetos de PSA com o saneamento, uma vez que um dos resultados esperado é melhoria da qualidade e quantidade da água e mais especificamente a redução de sólidos em suspensão e nutrientes que comprometem a qualidade da água. - Conseguir a adesão das instituições privadas aos projetos de PSA, principalmente daquelas que atuam na Região Hidrográfica II Guandu, para ampliar o suporte financeiro e permitir reduzir o tempo de atingimento das metas. Neste sentido cria-se a necessidade de um plano de comunicação e marketing para os projetos. - Integrar os programas Rio Rural (Estado do Rio de Janeiro), Programa Produtor de Água (ANA) e programas municipais ao Programa PRO-PSA. A integração de programas públicos consolidados e independentes depende de decisão política dos governos e da aceitação dos técnicos envolvidos, o que exige uma grande capacidade de articulação, mobilização e capacitação. 4. Estudos sobre o potencial de projetos de carbono na bacia Um benefício econômico que pode ser agregado ao Programa PRO-PSA é a remuneração pela geração de créditos de carbono oriundos de projetos florestais. Um dos primeiros passos para se avaliar a viabilidade de implantação de projetos dessa natureza é proceder-se à análise de elegibilidade. A partir dela, é possível identificar se os trechos incluídos em projeto estão aptos a gerar créditos de carbono válidos perante os mercados internacionais (regulamentado ou voluntário). Essa análise baseia-se na premissa de que qualquer iniciativa que envolva a absorção de CO2 da atmosfera necessita a comprovação de que as atividades pré-projeto não contribuíram para o cenário atual de mudanças climáticas. Assim, como o desmatamento e a mudança de uso de solo são a 2ª maior causa da intensificação das emissões de GEE no Brasil e no mundo (MCT, 2010), uma das principais preocupações ao se desenvolver um projeto florestal de carbono é 15

18 que as áreas submetidas às ações do projeto não tenham sido desmatadas recentemente usualmente, o intervalo mínimo para avaliação é 10 anos antes do início das atividades. As áreas prioritárias para o Programa PRO-PSA apontadas neste estudo têm grande possibilidade de serem elegíveis à geração de créditos de carbono, uma vez que os processos de substituição de florestas por outras categorias de uso de solo foram mais evidentes ao longo do século passado. A análise de elegibilidade realizada pela TNC, a partir da base de dados do Pacto para Restauração da Mata Atlântica, e seguindo critérios do principal padrão de validação do mercado voluntário o VCS (Verified Carbon Standard), identificou um total de ha elegíveis para projetos florestais de carbono na Região Hidrográfica II Guandu. Nela, atualmente encontra-se em fase de desenvolvimento o documento de concepção de projeto (DCP) de um projeto florestal de carbono direcionado à restauração ecológica. Fruto de parceria entre o ITPA, a TNC, a Conservação Internacional e o INEA, o DCP será submetido à validação dentro do padrão Clima, Comunidade e Biodiversidade CCB, que atesta que além das ações relacionadas às mudanças climáticas, o projeto apresenta benefícios para a comunidade e para a biodiversidade. 5. Análise de viabilidade biofísica e econômica O desenvolvimento deste estudo de viabilidade é sustentado em três áreas do conhecimento: as ciências naturais, as ciências sociais e a ciência econômica. É das ciências naturais que provém a identificação espacial e a quantificação de áreas de maior criticidade em termos de aporte potencial de sedimentos assim como a identificação de subbacias prioritárias para investimentos. Feita a identificação destas sub-bacias com maior concentração de áreas críticas, buscou-se identificar e quantificar as regiões marginais aos rios e reservatórios que pudessem ser alvo de projetos de restauração e conservação. A título de análise demonstrativa de resultados potenciais em termos de melhorias de qualidade de água, realizou-se uma modelagem de cenário futuro de recuperação ambiental das áreas críticas, visando uma estimativa inicial de benefícios biofísicos decorrentes de investimento em infraestrutura verde. As ciências sociais nos dão o subsídio para avaliar a viabilidade da implantação de ações de conservação de recursos hídricos frente ao contexto socioeconômico da região do Guandu, bem como a avaliar a capacidade de implantação existente nos municípios e as demandas de capacitação. Finalmente, é a partir de uma avaliação econômica simplificada que serão feitas as estimativas de benefícios financeiros provenientes das melhorias biofísicos como redução da sedimentação e custos de tratamento de água. Da mesma forma, as condicionantes econômicas relacionadas à disponibilidade atual de recursos financeiros e previsão de recursos futuros servirão de referência para a definição dos limites geográficos e do ritmo da implementação do PRO-PSA na Região Hidrográfica. 16

19 É com base nestas análises e avaliações que este estudo de viabilidade pretende subsidiar o Comitê Guandu com informações que sirvam como instrumentos de tomada de decisão sobre a expansão do Programa PRO-PSA para determinadas áreas da Região Hidrográfica II - Guandu. 5.1 Análise biofísica Identificação de Sub-bacias da Região Hidrográfica Guandu Potenciais para Implantação do Programa PRO-PSA Guandu O Instituto Terra de Preservação Ambiental - ITPA, a Conservação Internacional - CI e a The Nature Conservancy - TNC criaram uma coalisão para fornecer informações com base científica e técnica para o Comitê Guandu, de forma que o mesmo possa examinar possibilidades de investimento em infraestrutura verde, a fim de melhorar a provisão de serviços ecossistêmicos relacionado ao abastecimento de água do Sistema Guandu. Neste âmbito, o grupo elaborou uma proposta a ser apresentada ao Comitê para auxiliar na priorização de investimentos do programa PRO-PSA, com aplicação direta na gestão deste novo programa. Definiu-se conjuntamente que seria conduzida uma análise para identificação de sub-bacias potenciais para o desenvolvimento de projetos do Programa PRO-PSA para o aumento dos serviços ecossistêmicos, com base em critérios hidrológicos, geomorfológicos, pedológicos, e também critérios relacionados à utilização das regiões como manancial e a ocorrência de Unidade de conservação de proteção Integral e de Uso Sustentável. Procurou-se considerar como principal norteador para esta análise, os indicativos presentes na Resolução Guandu nº 85/2012, que dispõe sobre a criação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais PRO-PSA na Região Hidrográfica II - Guandu, notadamente aqueles que constam do Art.2º 1º e Art.11º, mencionados no item 2.3 deste estudo. Como referência para a identificação de áreas mais propícias do ponto de vista de produção de água e suscetibilidade à erosão, o grupo decidiu tomar por base o estudo conduzido pela Conservação Internacional e pelo ITPA, em 2012, intitulado "Protecting freshwater sources of the Rio de Janeiro s metropolitan area: Applying freshwater conservation priority-setting framework in the Guandu and Piraí Basins (Honzák et al, 2012), que identificou áreas prioritárias para restauração e conservação, a fim de reduzir a erosão e regular o fluxo de água para toda a Bacia Hidrográfica Guandu. Visando um aperfeiçoamento desta análise de priorização, o grupo buscou integrar alguns dos resultados deste estudo com outros indicativos, como a ocorrência de áreas protegidas, a localização das áreas mais altas da bacia, e a função de manancial, a fim de integrar a necessidade de proteger e incrementar os serviços ecossistêmicos com os objetivos de conservação da biodiversidade, cumprindo assim com as diretrizes do Programa PRO-PSA do Comitê Guandu. Esta primeira etapa da análise de priorização indicou quais sub-bacias hidrográficas (ou trechos de sub-bacias hidrográficas) da Região Hidrográfica II Guandu são os mais adequados para receber projetos de PSA, em conformidade com a resolução do Comitê Guandu que criou o PRO-PSA e de acordo com os critérios estabelecidos pelo grupo de trabalho, que foram baseados nos mesmos princípios desta resolução. Desta forma foram identificadas as 17

20 seguintes unidades de análise: Alto Piraí, Médio Piraí, Sacra Família, Santana, São Pedro, Macaco, Queimados, Ribeirão das Lajes, Canal do Guandu, represa Santana e represa Ribeirão das Lajes, perfazendo assim 11 sub-bacias ou trechos de sub-bacias dentre as 19 unidade analisadas. Estas sub-bacias estão destacadas no mapa 2 a seguir. Apesar da unidade de análise bacia da represa Santana, constituída pelo trecho final do rio Piraí, não haver atendido aos critérios biofísicos (mínimo de 15% da área da sub-bacia com alta suscetibilidade à erosão e alto potencial de regulação do fluxo hídrico), após apresentação dos resultados preliminares à Unidade Gestora de Projeto Guandu, foi acatada a recomendação da mesma de incluir este trecho da bacia do rio Piraí, devido à conexão estratégica que esta unidade de análise faz entre as áreas mais altas da bacia do Piraí e o trecho final deste rio, que recebe as águas transpostas do rio Paraíba do Sul. Desta forma todas as sub-bacias que fornecem água ao Sistema de Abastecimento Guandu foram identificadas como potenciais para acolherem projetos do programa PRO-PSA. Tabela 2- Quantificação dos critérios de priorização e identificação das unidades de análise selecionadas (em vermelho). Sub-bacia Área Total da Sub-bacia (ha) Região de Manancial? Área com Atendimento a Critérios Biofísicos (ha) % de Área Prioritária em Relação a Área Total da Sub-bacia Sub-bacia Prioritária? 1 Bacia do Macaco 7.385,7 Sim 7.368,1 99,8 Sim 2 Bacia do Santana ,2 Sim ,0 99,6 Sim 3 Bacia do Ribeirão das Lajes ,2 Sim ,5 99,3 Sim 4 Bacias Mangaratiba e Itacurussá ,2 Não ,7 96,0 Não 5 Bacia do Alto Piraí ,5 Sim ,9 72,2 Sim 6 Bacia do São Pedro 9.262,2 Sim 6.600,3 71,3 Sim 7 Bacia do Piraquê ou Cabuçu ,6 Não 6.539,7 60,5 Não 8 Bacia da Represa Ribeirão das Lajes ,3 Sim ,9 52,7 Sim 9 Bacia do Portinho 6.336,2 Não 2.708,3 42,7 Não 10 Bacia do Canal do Guandu 9.282,6 Sim 2.906,5 31,3 Sim 11 Bacia do Guandu-Mirim ,2 Não 4.561,4 29,8 Não 12 Bacia do Queimados ,0 Sim 7.391,9 29,3 Sim 13 Bacia do Mazomba 9.602,9 Não 2.731,1 28,4 Não 14 Bacia do Sacra Família ,7 Sim 6.359,7 28,3 Sim 15 Bacia do Médio Piraí ,4 Sim 4.443,1 15,3 Sim 16 Bacia do Ponto 2.938,7 Não 228,3 7,8 Não 17 Bacia do Rio da Guarda ,2 Não 1.747,3 5,2 Não 18 Bacia da Represa Santana ,2 Sim 108,2 0,5 Sim 19 Bacia do Canal do Itá 9.730,3 Não 0,0 0,0 Não 18

21 Mapa 2 Sub-bacias potenciais para expansão do Programa PRO-PSA Estimativa do aporte de sedimentos atual nas sub-bacias potenciais e Identificação de sub-bacias prioritárias As sub-bacias previamente identificadas como mais importantes para expansão do programa PRO-PSA foram objeto de uma análise posterior para a identificação de áreas de maior criticidade em relação ao potencial de aportarem sedimentos para os rios e reservatórios do Sistema Guandu. O principal objetivo desta análise foi avaliar dentre estas 11 sub-bacias quais apresentavam maior concentração de áreas críticas, o que justificaria um investimento preferencial para recuperação ambiental nas mesmas. Ou seja, no presente estudo foram executadas duas etapas de priorização de sub-bacias para expansão do Programa PRO-PSA: 1) a identificação de sub-bacias que reúnem melhores condições biofísicas, institucionais e estratégicas para o desenvolvimento de projetos nos moldes previstos pelo programa PRO-PSA (conforme item 5.1.1); e 2) a identificação de sub-bacias dentre as anteriormente citadas onde foi possível identificar maior ocorrência de áreas de alto potencial de exportação de sedimentos; esta segunda etapa de priorização permite a otimização da aplicação dos recursos disponíveis nas áreas onde o retorno em termos de incremento de serviços ambientais possa ser comparativamente maior. A ferramenta InVEST, utilizada na identificação de áreas críticas e na estimativa de benefícios biofísicos potenciais, foi desenvolvida pela iniciativa chamada Natural Capital Project, formada pela cooperação entre a Universidade de Stanford, The Nature Conservancy - TNC e o Fundo Mundial para a Natureza - WWF. Esta iniciativa vem desenvolvendo ferramentas para quantificar o valor do capital natural de forma clara, prática e confiável, partindo do pressuposto de que é necessário demonstrar o potencial de retorno de investimentos na conservação da natureza e dos serviços ambientais que dela provêm, para conquistar a aceitação social de tais investimentos. 19

22 Na região de mananciais do Sistema Guandu, que concidentemente corresponde ao conjunto de sub-bacias identificadas na primeira etapa de priorização (item 5.5.1), foi aplicado o modelo de Retenção de Sedimentos da ferramenta InVEST, de forma a estimar os benefícios em termos de melhoria de qualidade de água e consequente diminuição de custos de tratamento para abastecimento, decorrentes de ações hipotéticas de restauração florestal em áreas identificadas como críticas para o abatimento de processos erosivos que acabam promovendo o aporte de sedimentos aos rios e represas da região e comprometendo a qualidade das águas locais. O modelo de Retenção de Sedimentos é baseado na metodologia da Equação Universal de Perda do Solo (EUPS ou USLE, em inglês), desenvolvida por Wischmeier & Schimdt (1978). Esta metodologia é amplamente difundida e aplicada em estudos de processos erosivos, perda de solo agrícola, e sedimentação de corpos d água ao redor do mundo. Adicionalmente, este modelo leva em conta também a capacidade de filtragem de sedimentos que cada uso da terra pode proporcionar, evitando que o solo erodido nas partes mais altas das encostas chegue aos rios que formam estes sistemas de abastecimento, criando um efeito barreira. Em condições similares de topografia e solos, as áreas de cobertura florestal apresentam uma capacidade maior de retenção de sedimentos em relação a áreas de agricultura e pastagem. A ferramenta InVEST permite também que diferentes cenários de Uso da Terra possam ser construídos e avaliados, de forma a permitir uma análise comparativa de processos de erosão e sedimentação ao se aplicarem diferentes abordagens de uso e manejo dos recursos naturais em uma mesma área de estudo. Com base na premissa de análise comparativa de cenários pré e pós projeto, esta abordagem metodológica permite quantificar os benefícios adicionais em termos de abatimento de erosão e de sedimentação que podem ser alcançados pela implementação das atividades de restauração e conservação previstas no programa PRO-PSA. a) Metodologia a.1) Foi aplicado o modelo de sedimentos do pacote InVEST considerando o uso e cobertura da terra atual (base cartográfica de uso da terra referente ao ano de 2009, produzida pelo INEA para o projeto Base Temática O Estado do Ambiente). Desta maneira foram obtidas estimativas de erosão total (quantidade de solo que se desprende do seu local original) e de aporte de sedimentos (porção da erosão total que chega efetivamente aos corpos d água) aos rios que compõem este sistema de abastecimento. a.2) Avaliando os mapas de potencial produção de sedimentos gerados pelo modelo, foram identificadas as porções do território que mais contribuem para a exportação de sedimentos para o sistema. Considerando os usos da terra com maior factibilidade de receberem intervenções como restauração ecológica e conservação de solo, selecionamos em seguida, dentre as áreas com maior potencial de aporte de sedimentos, apenas as áreas que se encontravam sob os seguintes usos: agricultura, pastagem e solo exposto. Estas áreas foram definidas como prioritárias para as intervenções que seriam representadas no cenário de infraestrutura verde. a.3) Foi elaborado um cenário de uso da terra hipotético no qual as áreas identificadas no passo anterior já teriam sido objeto das seguintes intervenções: áreas de agricultura, pastagem e solo exposto passaram a ser modeladas como floresta em estágio médio/avançado (utilizando-se os parâmetros de modelagem específicos deste tipo de cobertura da terra). 20

23 a.4) O modelo InVEST foi aplicado a este novo cenário de uso da terra, para uma nova estimativa de aporte de sedimentos considerando-se as intervenções nas áreas identificadas anteriormente. a.5) O passo seguinte foi calcular o possível incremento do serviço ambiental de abatimento de aporte de sedimentos que poderia ser proporcionado pelas intervenções de infraestrutura verde nas áreas críticas de exportação de sedimentos. Para tanto, foi mensurada a diferença do valor total de aporte de sedimentos aos corpos d água nos mananciais do Sistema de Abastecimento Guandu entre os cenários de uso atual e uso futuro (considerando intervenções). b) Resultados Estimativa de taxas atuais de erosão e de aporte de sedimentos A modelagem de erosão e de produção de sedimentos que considerou o cenário atual de uso e cobertura da terra nos mananciais do Sistema de Abastecimento Guandu indicou as seguintes taxas médias de erosão na área de estudo: 18,6 toneladas/hectare/ano. Esta taxa de erosão pode ser considerada elevada, por ser superior ao valor médio de tolerância a perda de solos no Brasil, de cerca de 10 ton/ha/ano (Chaves, 2010). Em relação ao aporte de sedimentos, ou seja, a fração da erosão total que efetivamente chega aos corpos d água (lembrando que a maior parte do solo erodido acaba se depondo em partes mais baixas das encostas, em especial nas áreas de APP, antes de chegar aos rios), o modelo Invest gerou uma estimativa de aporte de sedimentos de 0,69 toneladas/hectare/ano (ou 69 ton/km2/ano) aos rios desta bacia. A taxa de aporte de sedimentos modelada para o cenário atual é semelhante ao potencial de produção de sedimentos estimado por Campagnoli (2006) para esta área de interesse, já que o mapa de produção potencial de sedimentos no Brasil produzido por este autor indica um valor médio de 0,66 ton/ha/ano para esta região. Identificação de Sub-bacias Prioritárias Considerando como unidades de análise para a identificação de sub-bacias prioritárias para expansão do programa PRO-PSA as 11 sub-bacias definidas como potenciais para projetos desta natureza, foram selecionadas dentre as mesmas aquelas que concentravam mais áreas com maior potencial de aporte de sedimentos (tendo sido definido o valor mínimo de aporte de sedimentos da ordem de 0,1 ton/hectare/ano). O resultado desta análise pode ser visto na tabela 3, a seguir. 21

24 Tabela 3: Extensão de áreas críticas (maior aporte potencial de sedimentos) nas sub-bacias prioritárias Sub-bacia Área total (ha) Áreas críticas (ha) 1 Bacia do Médio Piraí ,7 796,2 2 Bacia do Santana ,4 611,3 3 Bacia do Alto Piraí ,7 483,5 4 Bacia da Represa Santana ,4 404,2 5 Bacia do Sacra Família ,8 389,6 6 Bacia da Represa Ribeirão das Lajes ,6 338,0 7 Bacia do Macaco 7.385,8 79,1 8 Bacia do Ribeirão das Lajes ,4 56,0 9 Bacia do São Pedro 9.262,3 3,0 10 Bacia do Queimados ,1 2,4 11 Bacia do Canal do Guandu 9.282,6 0,8 TOTAL , ,1 Estas áreas de maior exportação potencial de sedimentos se concentram às margens de rios e reservatórios, as quais estão legalmente definidas como Áreas de Preservação Permanente ciliares; pelo fator de proximidade, o solo erodido nestas áreas, se não houver uma adequada cobertura do solo, tem mais probabilidade de atingir corpos d água do que os sedimentos que provém de partes mais altas; além disso, a existência de vegetação natural nestas áreas é fundamental para a interceptação de sedimentos carreados das partes mais altas das encostas. Por isso, as áreas definidas como APP ciliares, se efetivamente protegidas por vegetação natural, representam uma barreira estratégica que pode evitar a chegada de sedimentos aos corpos d água e a consequente degradação dos mesmos. Visto que as sub-bacias do Médio Piraí, Alto Piraí, do rio Santana, da represa Santana, da represa do Ribeirão das Lajes e do rio Sacra Família concentram mais de 95% das áreas identificadas como de maior potencial de aporte de sedimentos aos rios da região, recomenda-se considerar como prioritárias para expansão do PRO-PSA estas seis sub-bacias. Esta recomendação visa otimizar os investimentos do programa PRO-PSA, sugerindo uma concentração de investimentos nas sub-bacias onde poderia ser gerado o maior retorno biofísico, em termos de incremento do serviço ambiental retenção de sedimentos. Utilizando como referência de Uso e Cobertura da Terra atual a base temática ambiental oficial do estado do Rio de Janeiro, produzida pelo INEA em 2011, foi possível identificar os usos e coberturas destas áreas críticas no que tange à exportação de sedimentos, como indicado na tabela 4. 22

25 Tabela 4 Uso e cobertura da terra das áreas críticas nas 6 sub-bacias prioritárias (base cartográfica de Uso da Terra: Base Temática O Estado do Ambiente, INEA, 2011) Uso/Cobertura do Solo Área (ha) Área (ha) com Usos Passíveis de Mudança Pastagem 2.823, ,3 Floresta 107,7 Ocupação Urbana de Média Densidade 41,5 Vegetação Secundária em Estágio Inicial 9,7 Agricultura 10,9 10,9 Ocupação Urbana de Baixa Densidade 10,1 Pastagem em Várzea 6,0 6,0 Reflorestamento 5,3 Afloramento Rochoso 5,4 Água 0,5 TOTAL 3.020, ,2 Os usos da terra atuais passíveis de intervenção, de acordo com as modalidades previstas para projetos desta natureza (restauração ecológica e conservação de solo) são aqueles destacados na tabela acima, ou seja Pastagem, Pastagem em Várzea e Agricultura. Estes usos somam 2.840,2 ha, e somente estas áreas foram objeto do exercício de modelagem considerando um novo cenário de uso da terra onde as mesmas já teriam sofrido intervenções (restauração ecológica). É importante ressaltar que esta identificação de áreas críticas pelo alto potencial de exportação de sedimentos visou mapear e quantificar a ocorrência das mesmas, de forma a possibilitar a identificação de sub-bacias com maior contribuição potencial de aporte de sedimentos, ocasionado pelo uso antrópico em áreas de maior fragilidade. Este mapeamento preliminar se presta também como subsídio para estimar, em caráter demonstrativo, o impacto relativo que o programa PRO-PSA poderia oferecer em termos de mitigação de aporte de sedimentos, ao se concentrar as referidas intervenções nas sub-bacias mais frágeis do sistema. Porém as áreas efetivamente consideradas neste estudo como prioritárias para intervenção e que foram objeto de uma estimativa de custos para expansão do Programa PRO-PSA são aquelas apresentadas em tópico mais a frente, que este estudo apresenta como critério fundamental de priorização para ações de infraestrutura verde, a localização das áreas alvo em Áreas de Preservação Permanente Ciliares, seja para ações de restauração ecológica como para conservação (de acordo com o respectivo uso da terra). Cabe ressaltar que a legislação ambiental é forte aliada para a adesão de proprietários rurais aos programas que visam a conversão do uso da terra nestas áreas, assim como para a manutenção de remanescentes naturais. Estimativa das taxas de aporte de sedimentos no cenário de intervenções em áreas críticas das sub-bacias prioritárias 23

26 Feita a Identificação das sub-bacias prioritárias para investimento, foi realizada também uma estimativa de redução de aporte de sedimentos relacionada à restauração ecológica das áreas críticas, em relação a potencial de aporte de sedimentos, desprovidas de cobertura vegetal. Esta estimativa visa basicamente fornecer uma dimensão inicial dos benefícios advindos dos investimentos em "infraestrutura verde" para aumento da segurança hídrica do Sistema de Abastecimento Guandu. Após a aplicação do modelo de sedimentos InVest ao cenário de intervenções de infraestrutura verde nas áreas anteriormente identificadas como críticas foram obtidas estimativas de erosão total e de aporte de sedimentos para a região de estudo considerandose as intervenções nestas áreas. Na região de interesse, enquanto a taxa de erosão estimada passou de 18,6 ton/ha/ano no cenário atual para 17,4 ton/ha/ano no cenário pós-intervenções (redução de 6,1%), a estimativa de exportação de sedimentos para os rios, que era de 0,69 ton/ha/ano no cenário atual, passou para 0,31 ton/ha/ano, configurando uma redução estimada da ordem de 54,9%. A redução mais significativa na exportação de sedimentos do que na taxa de erosão total se deve ao fato de que embora as fontes de erosão tenham sido diminuídas somente nas áreas que sofreram a intervenção hipotética, estas áreas apresentam um incremento em sua capacidade de reter sedimentos provenientes de partes mais altas das encostas. Esta verificação apoia a premissa de que a restauração ecológica pode incrementar exponencialmente o efeito barreira gerado pela cobertura florestal próxima aos cursos d água. Tabela 5 Estimativas de erosão e aporte de sedimentos nos mananciais do Sistema Guandu nos cenários pré e pós-intervenções. Área (ha) Área de estudo: Mananciais do Sistema Guandu (Área total ,2 hectares) Cenário Erosão Total (ton/ano) Erosão média (ton/ha/ano) Exportação de Sedimentos total (ton/ano) Exportação de Sedimentos média (ton/ha/ano) ,2 Uso da Terra atual ,0 18, , ,2 Uso da Terra considerando intervenções em áreas críticas ,3 17, ,31 Redução Absoluta ,7 1, ,0 0,4 Redução Percentual 6,1% 6,1% 54,9% 54,9% As estimativas de redução no aporte de sedimentos aqui apresentadas são decorrentes de modelagens, sujeitas a um nível considerável de incertezas, relacionadas aos dados analisados e às limitações dos próprios modelos. Por isso, os resultados aqui indicados devem ser tratados como preliminares e avaliados com parcimônia, devendo ser aprimorados com análises mais sofisticadas. Deve se ter em mente também que o efeito das intervenções propostas se revela a médio e longo prazo, sendo que as taxas de abatimento de aporte de sedimentos nos primeiros anos pós-intervenções deverão ser bem menores que as estimadas pelo modelo, já que o mesmo considera um cenário onde todas as intervenções já foram estabelecidas. 24

27 Entretanto, estas análises preliminares já são um forte indicativo do potencial da estratégia de intervenções de infraestrutura verde para a mitigação do aporte de sedimentos em água para abastecimento humano, principalmente se estas intervenções forem direcionadas para áreas previamente identificadas pelo seu alto potencial de exportação de sedimentos. Esperase que o retorno do investimento relacionado às intervenções propostas seja maior do que em outras porções da área de estudo, devido a dois fatores: 1) estas áreas concentram boa parte da produção de sedimentos total em uma pequena extensão territorial, o que proporciona um maior efeito de mitigação de impactos com menor área de intervenção; 2) a importância do efeito de interceptação de sedimentos vindos das partes mais altas é maior nestas áreas, pelo fato de se concentrarem principalmente nas proximidades de cursos d água, funcionando como a última barreira que pode evitar a poluição da água por sedimentos. 5.3 Análise de benefícios econômicos (redução de custos de tratamento de água) Com base na redução estimada do aporte de sedimentos aos mananciais do Sistema Guandu, ocasionada pela restauração ecológica hipotética em áreas identificadas como de alto potencial de aporte de sedimentos (item 4.2), que por sua vez proporcionaria uma menor concentração de sólidos em suspensão e menor turbidez nas águas captadas pela Estação de Tratamento de Água Guandu, foi estimada a possível redução dos custos de tratamento de turbidez ocasionada pela melhoria da qualidade de água mencionada acima. A massa total de sedimentos carreados aos rios dos mananciais da ETA Guandu, na situação atual e considerando intervenções de "infraestrutura verde", foi dividida pela vazão média no rio Guandu no trecho onde ocorre a captação da ETA Guandu. Desta forma obteve-se uma concentração média de sólidos em suspensão, para as duas situações: a) 40.4 mg/l nas condições atuais de uso da terra na Região Hidrográfica Guandu e b) mg/l no cenário que considera intervenções em áreas prioritárias. Em seguida utilizou-se a equação 1 (Teixeira e Senhorelo, 2000, apud Sousa Junior, 2013, adaptada por Sousa Junior, 2013), que permite estimar o nível de turbidez (em UNT) a partir de uma concentração de sólidos na água, para estimar os níveis de turbidez médios na condição atual de uso da terra da região de mananciais do Sistema Guandu e numa condição de diminuição do carreamento de sedimentos ocasionada pela restauração em áreas críticas da bacia. T = (ln SS 1,57)/0,1 Eq. (1) em que: T = turbidez (NTU)e SS = sólidos suspensos (mg/l). O nível médio de turbidez considerando o cenário de menor aporte de sedimentos foi da ordem de 13.3 UNT, sendo que o nível médio de turbidez estimado na condição atual, no trecho da captação da ETA Guandu foi de 21.3 UNT. Sendo assim, a redução de turbidez estimada foi da ordem de 37.4%. Sousa Junior (2013) obteve os custos específicos de tratamento de turbidez em uma estação padrão da SABESP (empresa de saneamento do estado de São Paulo), para diferentes níveis de turbidez, e pôde desta forma definir uma equação de correlação (com R 2 =0,92) entre diferentes valores de turbidez e os respectivos custos de coagulante (sulfato de alumínio), para a eliminação desta turbidez. Porém, para o presente estudo não foi possível obter os custos de coagulantes associados a diferentes níveis de turbidez encontrados nas águas captadas pela ETA Guandu. Por isso, decidiu-se considerar que a redução de turbidez estimada geraria uma redução proporcional no uso de produtos 25

28 químicos para o tratamento desta turbidez. Visto que os custos médios anuais de uso de coagulantes como sulfato de alumínio e cloreto férrico na ETA Guandu são da ordem de R$ 15 milhões/ano (referência boletim Guandu) uma redução de 37.4% no uso de coagulantes geraria uma economia anual da ordem de R$ 5.6 milhões. Certamente a obtenção dos custos específicos relacionados ao uso de coagulantes na ETA Guandu, para diferentes níveis de turbidez, permitirá no futuro uma estimativa muito mais aproximada da possível economia nos custos de tratamento nesta planta. 5.4 Áreas prioritárias para intervenções de infraestrutura verde nas sub-bacias prioritárias O projeto Produtores de Água e Floresta (PAF) considera como áreas prioritárias para restauração florestal as margens de rios e riachos em largura variável, e o entorno de nascentes que estão sem vegetação nativa, conforme tabela e figura abaixo: Tabela 6 Áreas prioritárias em relação a nascentes ou largura do rio ÁREA PRIORITÁRIA NASCENTE OU LARGURA DO RIO 50 m de raio Nascentes 30 m de cada margem até 10 m de largura 50 m de cada margem de 10 m largura até 50 m 100 m de cada margem de 50 m largura até 200 m 200 m de cada margem de 200 m largura até 600 m Figura 01 - Áreas prioritárias para restauração florestal 26

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