Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Pós-Graduação em Saúde Coletiva

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Pós-Graduação em Saúde Coletiva"

Transcrição

1 1 Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Pós-Graduação em Saúde Coletiva Hipertensão Arterial e Fatores Associados em adultos residente em municípios da Amazônia Legal Elcimary Cristina Silva Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de concentração: Saúde Coletiva. Linha de Pesquisa: Epidemiologia. Orientadora: Profª. Drª. Lenir Vaz Guimarães. Co-orientadora: Profª. Drª Maria Silvia Amicucci Soares Martins. Cuiabá-MT 2014

2 2 Hipertensão Arterial e Fatores Associados em adultos residente em municípios da Amazônia Legal Elcimary Cristina Silva Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de concentração: Saúde Coletiva. Linha de Pesquisa: Epidemiologia. Orientadora: Profª. Drª. Lenir Vaz Guimarães Co-orientadora: Profª. Drª Maria Silvia Amicucci Soares Martins. Cuiabá-MT 2014

3 Dados Internacionais de Catalogação na Fonte S586h Silva, Elcimary Cristina. Hipertensão Arterial e Fatores Associados em adultos residente em municípios da Amazônia Legal / Elcimary Cristina Silva f. : il. ; 30 cm. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lenir Vaz Guimarães. Co-orientadora: Profª. Drª Maria Silvia Amicucci Soares Martins. Dissertação (mestrado) Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Cuiabá, Hipertensão arterial. 2. Prevalência. 3. Fatores de risco. I.Título. Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pela autora Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a identificação do autor, título, instituição e ano da dissertação.

4 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA Avenida Fernando Corrêa da Costa, Boa Esperança - Cep: CUIABÁ/MT Tel : (65) secmsc.ufmt@gmail.com FOLHA DE APROVAÇÃO TÍTULO: "Hipertensão Arterial e Fatores Associados em Adultos Residente em Municípios da Amazônia Legal" AUTORA: Mestranda ELCIMARY CRISTINA SILVA Dissertação defendida e aprovada em 05 / 06 / 2014 Composição da Banca Examinadora: Presidente Banca / Orientadora: Doutora LENIR VAZ GUIMARÃES Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Examinador Interno: Doutora MARCIA GONÇALVES FERREIRA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Examinador Externo: Doutora MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS Instituição: UNIVERSIDADE DE CAMPINAS CUIABÁ, 05 / 06 / 2014

5 Dedicatória Aos meus pais, ao meu filho e as minhas irmãs, pelo apoio incondicional, presença constante em minha vida, pelo incentivo aos estudos, pelas orações e por acreditarem em mim.

6 6 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de realizar um sonho, por sua presença constante em minha vida, pela sua luz, direção e sabedoria. À minha família e ao meu filho, pelo incentivo, paciência e apoio dedicados em todos os momentos dessa trajetória. À Profª. Drª Lenir Vaz Guimarães, minha orientadora, pelo conhecimento, paciência e pelas suas orientações fundamentais para a concretização deste estudo. À Profª. Drª Maria Silvia Amicucci Soares Martins, minha co-orientadora, pela atenção e tempo dedicados, incentivo e pelas suas orientações imprescindíveis para o desenvolvimento deste estudo. Ao Profº. Dr Neuber J. Segri pelas contribuições no desenvolvimento deste estudo. Aos colegas do Curso de Mestrado em Saúde Coletiva, pelo incentivo e apoio nos momentos de incerteza e angústia além de me auxiliarem em vários momentos dessa trajetória. Aos colegas do GESAN, em especial Nataly Palhares, pelo apoio e contribuição na realização dessa pesquisa. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pelo auxílio financeiro. Aos professores e técnicos do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso pela disposição e dedicação aos alunos. A todos que, direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão deste estudo e que não tenham sido mencionados, o meu Muito Obrigada!

7 7 «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce» Fernando Pessoa

8 RESUMO Silva, EC. Hipertensão Arterial e Fatores Associados em Adultos residente em municípios da Amazônia Legal [Dissertação de mestrado]. Cuiabá: Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é considerada um importante problema de saúde pública devido sua alta prevalência e baixas taxas de controle, contribuindo significativamente nas causas de morbidade e mortalidade cardiovascular. Objetivo: Analisar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em homens e mulheres adultas residente em municípios da Amazônia Legal. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, realizado em municípios da Amazônia Legal. Foram coletados dados sóciodemográficos, relativos ao estilo de vida, antropométricos e aferida a pressão arterial, sendo considerados hipertensos os indivíduos que apresentaram pressão arterial sistólica 140 mmhg e/ou pressão arterial diastólica 90 mmhg e os que referiram uso de drogas anti-hipertensivas. As análises estatísticas foram feitas utilizando-se o módulo survey do programa Stata versão Resultados: A prevalência da hipertensão arterial sistêmica foi de 22,31%. Após ajustes as variáveis que se associaram à hipertensão nos homens foram a idade na faixa etária anos [RP ajustada =2,69; IC95% 1,49 4,86], anos [RP ajustada =3,28; IC95% 1,82 5,93] e anos [RP ajustada =4,80; IC95% 2,63 8,76], sobrepeso [RP ajustada =1,97; IC95% 1,39 2,78], obesidade [RP ajustada =3,32; IC95% 2,32 4,75] e ser natural da região Norte ou Nordeste [RP ajustada =0,31; IC95% 0,18 0,59]. Entre as mulheres, mostraram-se associadas à HAS a idade na faixa etária anos [RP ajustada =1,52; IC95% 0,78 2,96], anos [RP ajustada =3,41; IC95% 1,91 6,07] e anos [RP ajustada =7,29; IC95% 4,07 13,07]; o consumo de vinho [RP ajustada =0,31; IC95% 0,10 0,97] e obesidade [RP ajustada =2,39; IC95% 1,65 3,45]. Conclusão: A hipertensão arterial associou-se independentemente com a idade, estado nutricional e naturalidade nos homens. Nas mulheres, as variáveis que mostraram associação com a hipertensão arterial foram à idade, estado nutricional e tipo de bebida alcoólica. Descritores: Hipertensão arterial; Prevalência; Fatores de risco.

9 ABSTRACT Silva, EC. Hypertension and Associated Factors in Adults living in cities of the Amazonia Legal [Masters dissertation]. Cuiabá: Social Health Institute of the Federal University of Mato Grosso, Introduction: Hypertension in adults is a serious public health problem due to its high prevalence and low levels of control, with very important contributions at causes of morbidity and cardiovascular mortality. Objective: To analyze the prevalence of hypertension and associated factors in in men and women adults population living in municipalities of Amazonia Legal. Methods: A populationbased cross sectional study was conducted in cities of Amazonia Legal. Sociodemographic, lifestyle, anthropometric data were collected and blood pressure was measured, being considered hypertensive individuals who had systolic blood pressure 140 mmhg and diastolic blood pressure 90 mmhg and those who reported use of antihypertensive drugs. Statistical analyzes were performed using the svy prefix in Stata version Results: The prevalence of hypertension was 22.31%. After adjusting the variables associated with hypertension in men were age in age group years [RPadjusted=2,69; IC95% 1,49 4,86], years [RPadjusted=3,28; IC95% 1,82 5,93] e years [RPadjusted=4,80; IC95% 2,63 8,76], overweight [RPadjusted=1,97; IC95% 1,39 2,78], obesity [RPadjusted=3,32; IC95% 2,32 4,75] and being born in the North or Northeast region[rpadjusted=0,31; IC95% 0,18 0,59]. Among women, they were associated with SAH in the age group years [RPadjusted=1,52; IC95% 0,78 2,96], years [RPadjusted=3,41; IC95% 1,91 6,07] e years[rpadjusted=7,29; IC95% 4,07 13,07]; and wine consumption [RPadjusted=0,31; IC95% 0,10 0,97] and obesity 2,39; IC95% 1,65 3,45]. Conclusion: Hypertension was independently associated with age, nutritional status and naturalness in men. In women, the variables associated with hypertension were age, nutritional status and type of alcoholic beverage. Keywords: Hypertension; Prevalence; Risk factors.

10 ÍNDICE 1 2 INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA Hipertensão arterial Definição e Prevalência Fatores associados à hipertensão arterial Sexo e idade Raça/Cor Fatores socioeconômicos Excesso de peso Consumo bebida alcoólica Tabagismo Atividade Física 25 3 OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos 27 4 MÉTODOS O Projeto Segurança Alimentar e Nutricional da População residente na área de influência da BR População de estudo Planejamento amostral Variáveis de estudo Variável dependente 33

11 4.4.2 Variáveis independentes Variáveis demográficas Variáveis socioeconômicas Variáveis relativas ao estilo de vida Estado nutricional Treinamento e estudo piloto Coleta de dados Medidas antropométricas Processamento e análise estatística dos dados Considerações éticas 39 5 RESULTADOS Manuscrito CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS 64 72

12 12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1: Características demográficas, socioeconômicas e indicadores de saúde. Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino, Quadro 2 - Número total de domicílios a serem considerados na pesquisa, por município, Mato Grosso Quadro 3 - Número de domicílios e de adultos entrevistados por município, MT Figura 1: Mapa dos municípios de Mato Grosso. 29 Figura 2: Planejamento amostral. 31 Tabela 1 Prevalência de hipertensão arterial em homens segundo variáveis demográficas e sócioeconômicas, Amazônia Legal-MT/ Tabela 2 Prevalência de hipertensão arterial em homens segundo variáveis antropométricas e estilos de vida, Amazônia Legal-MT/ Tabela 3 Razão de prevalência bruta e ajustada e respectivos intervalos de confiança da associação entre hipertensão arterial e variáveis de estudo nos homens, Amazônia Legal-MT/ Tabela 4 Prevalência de hipertensão arterial em mulheres segundo variáveis demográficas e sócio-econômicas, Amazônia Legal-MT/ Tabela 5 Prevalência de hipertensão arterial em mulheres segundo variáveis antropométricas e estilos de vida, Amazônia Legal/MT Tabela 6 Razão de prevalência bruta e ajustada e respectivos intervalos de 54

13 confiança da associação entre hipertensão arterial e variáveis de estudo nas mulheres, Amazônia Legal-MT/2007.

14 13 LISTA DE ABREVIATURAS ABEP CNPq DAC Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Doença Arterial Coronariana DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCV Doenças Cardiovasculares FANUT Faculdade de Nutrição HAS Hipertensão Arterial Sistêmica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IMC Índice de Massa Corporal ISC Instituto de Saúde Coletiva NHANES National Health and Nutrition Examination Survey OMS Organização Mundial da Saúde OPAS Organização Pan-Americana da Saúde PA Pressão Arterial PAD Pressão Arterial Diastólica PAS Pressão Arterial Sistólica PNDR Política Nacional de Desenvolvimento Regional RP Razão de Prevalência SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia SBH Sociedade Brasileira de Hipertensão SBN Sociedade Brasileira de Nefrologia SES MT Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Mato Grosso SMPC Salário Mínimo Per Capta TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UFMT Universidade Federal de Mato Grosso VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Domiciliar WHO World Health Organization

15 14 1 INTRODUÇÃO No Brasil encontra-se a maior cobertura de floresta tropical do mundo conhecida como região amazônica, com uma grande diversidade de vida e culturas tradicionais e indígenas (BRASIL, 2008). Segundo dados do IBGE (2000), essa região sofreu alterações em relação à demografia, devido ao seu crescimento populacional. O crescimento acelerado e o aparecimento de novas cidades, fez com que multiplicasse a população e novos espaços foram incorporados pela sociedade nacional. O processo migratório foi marcado nas décadas de 1970 a 1980, pelas rodovias abertas Belém-Brasília, Transamazônica, Cuiabá-Santarém, Brasília-Porto Velho com deslocamento de pessoas de diversas regiões do país procedentes do Sul e do Nordeste, em busca de melhores oportunidades de vida. Porém, esse processo não ocorreu de forma equilibrada, harmônica e sustentável. Essas transformações não foram acompanhadas por níveis de qualidade de vida satisfatórios para a maioria de seus habitantes, causando grandes impactos sociais e ambientais devido ao desmatamento avançado na Amazônia brasileira, além de problemas relacionados com a saúde. A urbanização acelerada, associada às deficiências das políticas públicas e dos investimentos relativos à ocupação do solo urbano, abastecimento de água, saneamento básico, controle de resíduos sólidos e geração de emprego, favoreceu o aparecimento de várias doenças (BRASIL, 2008). Grande parte dos problemas que atingem a população em geral, está relacionado com o crescimento econômico, social, urbanização e alimentação, sendo fatores determinantes nos processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional (SANTOS, 2010; LINO et al., 2011; SCHMIDT et al., 2011). Atualmente, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão aumentando significativamente e atingindo a população geral, acarretando uma maior carga sobre a saúde no mundo (OMS, 2011). MALTA et al. (2011), destacam que as DCNT são importantes causas de óbitos, ocasionando uma perda da qualidade de vida, com alto grau de limitação nas

16 15 atividades de trabalho e lazer, além de impactos socioeconômicos para famílias, comunidades e sociedade em geral. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as DCNT são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo e por 45,9% da carga global de doenças (OMS, 2012). De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH, 2010), a prevalência das DCNTs em 2025 alcançará 29% atingindo 1,56 bilhões de pessoas. Dados da Wold Health Organization (WHO, 2012) obtidos no relatório The World Health Statistics, alertam para o aumento das prevalências da hipertensão arterial na população como um todo. As estimativas indicam que um em cada três adultos no mundo inteiro tem hipertensão arterial sistêmica (HAS). Segundo a OMS (2012), estima-se que a hipertensão arterial seja responsável por aproximadamente 8 milhões de óbitos ao ano em todos os países, ocorrendo em maior proporção naqueles países em desenvolvimento. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada uma doença multifatorial que atinge os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e rins. Em 90% dos casos é determinada por causa hereditária e influenciada por diversos fatores de risco como: estresse, consumo de bebida alcoólica, fumo, obesidade, consumo excessivo de sal, níveis altos de colesterol, falta atividade física e menor acesso aos cuidados de saúde (OMS, 2013). Considerando a HAS um grave problema para a saúde pública, devido sua alta prevalência e baixa taxa de controle, é de fundamental importância que as pessoas hipertensas tenham o conhecimento da influência de hábitos e estilos de vida inadequada, tanto na origem, quanto no tratamento dessa doença. Além disso, a HAS é uma importante causa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, apresentando um ônus socioeconômico elevado para o país. A escolha dos municípios estudados foi devido a eles estarem localizados na área de abrangência da Rodovia BR163, interligando Cuiabá-MT a Santarém-PA, considerada a região mais importante da Amazônia Legal, tanto do ponto de vista ecológico, quanto econômico. É uma região de expansão agrícola, com migração de pessoas de diversas regiões do país (BRASIL, 2008). Esse processo de expansão pode causar impactos socioambientais importantes influenciando no estilo de vida alterando a qualidade de vida e o perfil de morbidade e mortalidade da população.

17 16 Estudos prévios sobre a situação de saúde da população e seus principais condicionantes permitirão comparações com avaliações futuras e a possível detecção das fragilidades, além de ampliar o entendimento da magnitude dos riscos de morbidade e mortalidade nesses grupos. Nesse contexto, este estudo objetiva analisar a prevalência da hipertensão arterial sistêmica e os fatores a ela associados, contribuindo para a qualidade de vida da população com informações relevantes para a saúde pública em geral. 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Definição e Prevalência Segundo a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010), a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada uma condição clínica multifatorial caracterizada como uma doença crônica e comumente assintomática, sendo diagnosticada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial (PA). Frequentemente associa-se a alterações funcionais, estruturais dos órgãos-alvo e alterações metabólicas, aumentando o risco de eventos cardiovasculares. A Organização Mundial da Saúde (2013) considera hipertenso o indivíduo que apresente valores de pressão arterial sistólica igual ou maior que 140 mmhg e/ou pressão arterial diastólica igual ou maior a 90 mmhg. De acordo com o Ministério da Saúde (MS, 2012a), a proporção de brasileiros diagnosticados com Hipertensão Arterial cresceu nos últimos cinco anos, passando de 21,6% em 2006, para 23% em 2010.

18 17 A prevalência de HAS é de 25 a 50% em diferentes países, está presente em 35% da população da América Latina, 20 a 30% da população chinesa e indiana e aproximadamente 14% na população africana. Esta heterogeneidade tem sido atribuída a vários fatores, incluindo a urbanização com suas mudanças no estilo de vida associadas, as diferenças étnicas raciais, estado nutricional e peso ao nascer (MITTAL e SINGH, 2010; ALTUN et al., 2012). Segundo o Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evoluation, and Treatment of High Blood Pressure, aproximadamente 50 milhões de pessoas sofrem de hipertensão arterial nos Estados Unidos e mais de um bilhão no mundo. Na medida em que a população vai envelhecendo, a prevalência de hipertensão aumenta (JNC 7, 2013). A VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão apresenta inquéritos populacionais realizados em cidades brasileiras, apontando que a média encontrada da prevalência de HA foi de 32,5%, com aumento para 50% na faixa etária entre 60 e 69 anos (PEREIRA et al., 2007; SBC, SBH e SBN, 2010; PEÑA et al., 2012; ESPERANDIO et al., 2013). Segundo os dados do Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), na população adulta das 27 capitais do Brasil, a frequência de diagnóstico de hipertensão arterial referida alcançou 24,3%, sendo 26,9% nas mulheres e 21,3% nos homens. Em Cuiabá - Mato Grosso, esse percentual atingiu 25,2%, sendo 20,9% para o sexo masculino e 29,2% para o sexo feminino (MS, 2012b). Estudo descritivo de base populacional realizado no município de Goiânia- GO, fundamentado em inquérito domiciliar, identificou que a prevalência de Hipertensão Arterial foi de 30,15%, na faixa etária entre 18 a 59 anos (JARDIM et al., 2007). No município de Cuiabá-MT, estudo de base populacional realizado com adultos na faixa etária de 20 a 59 anos, aponta que a prevalência de hipertensão arterial foi de 28,3% do total da população estudada, sendo maior no sexo masculino (33,5%) quando comparada ao sexo feminino, 23,5% (BARBOSA et al., 2009). No município de Nobres, interior do Estado de Mato Grosso, a prevalência de hipertensão arterial foi de 21,87 % na faixa etária entre 18 a 59 anos. Observou-se

19 18 que 73,5% dos indivíduos sabiam ser hipertensos, dos quais 61,9% faziam tratamento medicamentoso. Destes, 24,2% apresentavam pressão arterial controlada no momento da aferição (ROSÁRIO et al., 2009). Achados semelhantes de prevalência de hipertensão arterial em adultos também foram evidenciados em um estudo realizado no município de Sinop-MT, com resultados de 23,2%, sendo significativamente maior no sexo masculino, 28,6% em relação ao sexo feminino, 19,7% (MARTINS et al., 2009). 2.2 FATORES ASSOCIADOS À HIPERTENSÃO ARTERIAL Os principais fatores de risco associados à hipertensão arterial podem ser divididos em: modificáveis, relacionados a hábitos de vida como: sedentarismo, dieta, excesso de peso, stress, tabagismo e consumo de bebida alcoólica e não modificáveis, relacionados às características herdadas ou inalteráveis como: herança familiar, raça, sexo e idade (SPINELLA e LAMAS, 2007; BORGES et al., 2008). Conhecer a distribuição dos fatores de risco para Hipertensão Arterial em grupos populacionais é uma das estratégias para a redução desse importante problema de saúde pública (BLOCH et al., 2006). O reconhecimento desses fatores de risco pode levar a um diagnóstico mais precoce, instalação de medidas de prevenção não-farmacológicas, ou o melhor tratamento quando da condição já instalada (CARRETERO e OPARIL, 2000) Sexo e idade É semelhante a prevalência global de HAS entre homens e mulheres, embora seja mais elevada nos homens até os 50 anos (SBH, SBC, SBN, 2010). Índices mundiais indicam que a diferença na prevalência de HAS entre os gêneros é

20 19 pequena, provavelmente pela maior prevalência em homens mais jovens e em mulheres mais idosas. Estudos indicam que as mulheres percebem seus problemas de saúde mais do que os homens, assim como procuram mais pelos serviços de saúde (ALVES e GODOY, 2001; HAJJAR et al., 2006). A idade é considerada um fator de risco importante que contribui para o aparecimento da HAS, devido às alterações próprias que ocorrem como consequência do processo de envelhecimento (SOUZA et al., 2007; CESARINO et al., 2008) A prevalência da HAS aumenta com a idade. Em pessoas com mais de 50 anos, a pressão arterial sistólica maior que 140 mm Hg é um importante fator de risco para doença cardiovascular (DCV). O risco de DCV, quando a PA atinge 115/75 mm Hg ou mais, aumenta duas vezes a cada aumento de 20/10 mm Hg (WHELTON et al., 2002; CHOBANIAN et al., 2003; CONCEIÇÃO et al., 2006). No Brasil, projeções da Organização das Nações Unidas (2007) indicam que a mediana da idade populacional passará, de 25,4 anos em 2000 para 38,2 anos em Uma das consequências desse envelhecimento populacional é o aumento das prevalências de doenças crônicas, entre elas a hipertensão (WHO, 1998). Estudo transversal realizado na região urbana do município de Formiga-MG, em 2004 encontrou associação positiva entre HAS e idade: nas mulheres, as médias da pressão arterial sistêmica cresceram com o aumento da idade; nos homens, esse aumento ocorreu por toda a faixa de 18 a 64 anos, declinando após os 64 anos. A associação positiva entre idade e HAS é bem conhecida na literatura (CASTRO et al., 2007; SBH, SBC, SBN, 2010). Em estudo realizado por BARROS et al. (2011) com dados da pesquisa realizada PNAD 2008, apresentam prevalências crescentes com a idade, isso pode ser devido ao aumento das doenças crônicas durante o processo de envelhecimento e pela intensa procura aos serviços de saúde em busca de sobrevivência.

21 Raça/Cor Estudos brasileiros com abordagem de gênero e cor da pele demonstraram predomínio de mulheres negras com a prevalência de HAS de até 130% maior em relação às brancas. No Brasil não se conhece, com exatidão, o impacto da miscigenação sobre a HAS (LESSA, 2001; SBH, SBC, SBN, 2010). Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos (MS, 2006). A prevalência de HAS na cor não-branca é descrita na literatura, sendo quase duas vezes maior que na branca, tendo a hipótese genética como responsável por esse fato (MAGNABOSCO, 2007; SBH, SBC, SBN, 2010). Segundo FUCHS (2012), a associação entre raça e hipertensão tem apresentado prevalência 1,23 vezes maior para indivíduos da raça negra na população norte-americana Fatores Sócio-econômicos É complexa e difícil de ser estabelecida a influência do nível socioeconômico na ocorrência da HAS. No Brasil, observa-se maior prevalência da HAS entre indivíduos com menor grau de escolaridade (SBH, SBC, SBN, 2010). Segundo CONEN et al. (2009), o nível socioeconômico está inversamente associado com a doença cardiovascular. Essa relação pode ser em parte, mediada por um aumento da prevalência de fatores de risco cardiovasculares, como a hipertensão, entre os indivíduos com nível socioeconômico baixo. Este estudo demonstrou que o nível sócio econômico é um poderoso indicador independente de progressão de hipertensão em mulheres inicialmente saudáveis. Nesta população, a educação era um indicador mais expressivo de hipertensão do que a renda. O estudo conclui que o

22 21 nível socioeconômico medido pela educação e renda continua a ser um determinante importante da hipertensão arterial. Outro estudo realizado na população de Catanduva-SP identificou que a prevalência da hipertensão arterial sistêmica é mais elevada no grupo com menor grau de escolaridade em relação ao grupo com maior nível de escolaridade (FREITAS et al., 2001). Resultado semelhante foi encontrado em estudo de base populacional em mulheres de 20 a 59 anos de idade, residentes em Campinas, onde avaliou as desigualdades sociais no estado de saúde de acordo com o nível de escolaridade das mulheres e concluiu que, as mulheres com menor grau de escolaridade apresentaram maior prevalência de hipertensão arterial (SENICATO e BARROS, 2012) Excesso de peso Estudo publicado por MARIE et al. (2014) revela que o número de pessoas obesas e com excesso de peso aumentou de 857 milhões em 1980 para 2,1 milhões em Nos últimos 30 anos a taxa de adultos obesos e com excesso de peso aumentou 28%, enquanto crianças e adolescentes (até os 19 anos) subiu 47%. Projeções futuras da OMS estimam que em 2015 aproximadamente 2,3 bilhões de adultos estarão em condição de excesso de peso e mais de 700 milhões estarão obesos, constituindo um importante problema de saúde pública na sociedade, devido ao crescimento em todas as faixas etárias e por sua associação com várias doenças crônicas, especialmente a hipertensão arterial (WHO, 2014). A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal resultante do desequilíbrio energético prolongado, que envolve fatores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos, e pode ser causada pelo excesso de consumo de energia e/ou inatividade física. Os fatores ambientais e de estilo de vida, tais como hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, geralmente levam a um balanço energético positivo, favorecendo o surgimento da obesidade. A prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando rapidamente no mundo.

23 22 Além de contribuírem de forma significativa para a carga de doenças crônicas e incapacidades, aumentam as consequências para a saúde, afetando a qualidade de vida do indivíduo (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - INCA, 2004). A obesidade é um importante fator de risco para a hipertensão arterial e pode ser responsável por 30% dos casos da doença (CONSENSO LATINO AMERICANO SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2001). Segundo a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica (2010), o excesso de massa corporal é um fator predisponente para a hipertensão. Indivíduos com aumento de 2,4 kg/m 2 no índice de massa corporal (IMC) em relação ao normal, apresentam maior risco de desenvolver hipertensão. A associação entre HAS e excesso de peso tem sido comprovada em estudos realizados em diferentes regiões do Brasil (CARNEIRO et al., 2003; FEIJÃO et al., 2005; SOUZA et al., 2007; BARBOSA et al., 2009). Os indivíduos com sobrepeso e obesidade, comparando-se aos que apresentam peso normal tem maior probabilidade de apresentar problemas de saúde. Desse modo, o controle do peso constitui uma medida importante para a redução dos índices de hipertensão arterial e, consequentemente, para a promoção da saúde e prevenção de outras doenças cardiovasculares (AMER et al., 2011) Consumo de Bebida Alcoólica O consumo abusivo de bebidas alcoólicas acarreta inúmeras consequências negativas à saúde e à qualidade de vida do indivíduo e da população, contribuindo para o aparecimento de morbidades, podendo levar à morte e limitações funcionais (VARGAS et al., 2009). Segundo KIM et al., (2012), o consumo excessivo de álcool apresenta grande influência para o desenvolvimento da síndrome metabólica devido ao aumento da pressão arterial, glicose sanguínea e perfil lipídico. Além disso, o consumo de bebida alcoólica está associado com um aumento na circunferência da cintura e na razão cintura-quadril, alterando a distribuição de gordura corporal, resultando em maior acúmulo na região do abdômen e fígado.

24 23 Reconhecido como um importante problema de saúde pública no mundo, o consumo abusivo de álcool está associado a múltiplas consequências adversas para a saúde tais como doenças cardiovasculares, hepatopatias, transtornos psiquiátricos, traumas, violência doméstica, doenças sexualmente transmissíveis, dentre outras (GUIMARÃES et al., 2010). Além das doenças físicas, o uso crônico e não moderado de bebidas alcoólicas acarreta prejuízo no convívio social e pode ser visto como uma importante patologia social. A bebida alcoólica é considerada uma droga lícita, sem restrições para seu consumo, o que muitas vezes leva homens e mulheres a seu uso abusivo (STIPP et al., 2007). Dados da OMS mostram que os custos atribuídos ao consumo de bebidas alcoólicas no gasto total da saúde pública na América do Sul variam de 8% a 15%, sendo 4% a taxa mundial. No Brasil, as evidências epidemiológicas indicam que o padrão de consumo de álcool da população é preocupante, principalmente entre jovens e adolescentes (VENDRAME et al., 2009). O álcool interfere com a pressão arterial por agir diretamente no coração, na musculatura lisa dos vasos e na estimulação do sistema nervoso simpático. O álcool pode aumentar os níveis plasmáticos de cortisol por induzir a perda de magnésio pela urina, ou ainda por provocar aumento da liberação da endotelina ou diminuição na produção de óxido nítrico no endotélio arterial (BOMBIG e PÓVOA, 2008). Os efeitos do aumento da pressão arterial com o consumo de bebidas alcoólicas variam de acordo com o sexo, etnia e características do consumo. A magnitude do risco está ligada à quantidade de etanol consumida, freqüência de ingestão e outras características associadas como estilo de vida e nível socioeconômico (FUCHS, 2012). De acordo com o The JNC 7 Report, a ingestão moderada não deve ultrapassar mais de 2 doses por dia, o que corresponde a não mais de 30 ml de etanol, que é equivalente a 720 ml de cerveja ou 300 ml de vinho ou ainda 60 ml de destilados para os homens. Pessoas com menor densidade corporal, como no caso das mulheres e indivíduos mais magros, não devem consumir mais de que 15 ml de etanol diários (JNC 7 REPORT, 2013). Estudo de base populacional, que estimou a prevalência e analisou os fatores associados à hipertensão arterial da população adulta de Sinop-MT, identificou que

25 24 metade dos entrevistados (50,1%) referiu ter ingerido bebida alcoólica, dos quais 10% foram considerados consumo de risco, apresentando uma associação estatisticamente significativa com a hipertensão arterial, sendo que os homens que beberam mais de 30 g de etanol/dia apresentaram 2,7 vezes mais chance de serem hipertensos em relação aqueles que não beberam. Para as mulheres a ingestão de até 15 g de etanol/dia, mostrou-se um fator protetor para a HAS em relação as que referiram não ter ingerido bebida alcoólica (MARTINS et al., 2009) Tabagismo O Ministério da Saúde considera o tabagismo a principal causa de morte evitável. Estima-se que um terço da população mundial adulta seja fumante (MS, 2014). O tabagismo é atualmente o problema de saúde pública mais importante em todo o mundo, além de ser um fator de risco modificável para muitas comorbidades, inclusive doença cardiovascular (WHO, 2002; CRITCHLEY et al., 2003). O hábito de fumar tem sido considerado importante fator de risco para maior prevalência de hipertensão arterial, doenças pulmonares, neoplasias de pulmão, esôfago e estômago (SABRY et al., 1999). O cigarro contém substâncias como a nicotina, caracterizada como importante componente vasoconstritor e psicoativo, causador de hipertensão arterial e dependência (KIRCHENCHTENJ e CHATKIN, 2004). BARBOSA et al. (2009), em seu estudo de corte transversal, com indivíduos de 20 a 59 anos verificou que em relação ao tabagismo, os ex-fumantes apresentaram uma razão de prevalência de hipertensão arterial cerca de 1,5 vezes maior quando comparados aos não-fumantes. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostrou que no Brasil, em 2008, 17,5% das pessoas de 15 anos ou mais de idade eram usuários de produtos derivados do tabaco, o que correspondia a 25 milhões de pessoas. O percentual mais

26 25 elevado de usuários foi na Região Sul (19,0%) seguida das Regiões Sudeste e Centro Oeste (16,9 % em ambas as regiões). A frequência de uso de tabaco foi maior entre os homens, comparados às mulheres, para todas as regiões brasileiras (IBGE, 2008) Atividade Física Estima-se que a prevalência de hipertensão e sedentarismo ainda seja muito elevada no Brasil e no mundo. Várias intervenções, que vão desde um aconselhamento para mudanças no estilo de vida até programas de exercícios de longa duração, vêm tentando controlar os níveis de pressão arterial da população hipertensa. O exercício físico regular tem proporcionado ao paciente hipertenso uma melhora na massa corporal, nos biomarcadores inflamatórios e no perfil lipídico, o que contribui de forma significativa para a redução dos riscos de doenças cardiovasculares (LOUZADA e AMARAL, 2010). A prática regular de atividade física promove melhora do controle da pressão arterial (PA). Assim, indivíduos praticantes de exercício físico possuem 30% menos chance de desenvolverem HAS quando comparados com seus semelhantes sedentários. Desta forma, indivíduos que têm propensão a desenvolver a HAS como filhos de hipertensos, obesos, normotensos, entre outros devem ser estimulados a praticar atividades físicas regularmente (FAGARD, 2005). Outro benefício importante observado após a prática de exercícios físicos é a melhora da composição corporal, que influencia diretamente a pressão arterial. O elevado índice de massa corporal é considerado um fator de risco associado à hipertensão, independente da idade (NAGUETTINI et al., 2010; OLIVEIRA et al., 2010). Neste sentido, tem sido demonstrado que redução de 9% a 13% do peso corporal pode contribuir de forma expressiva para reduzir a PAS em 6 mmhg e a PAD em aproximadamente 4 mmhg (WINNICKI et al., 2006). Em adultos obesos e hipertensos, BLUMENTHAL et al. (2010) demonstraram que a associação do exercício com a dieta promoveu resultados mais significativos na redução da PA quando comparada com a dieta isoladamente.

27 26 Outro benefício significativo para o paciente hipertenso em relação à prática de atividade física é a melhora do perfil lipídico. As alterações no perfil lipídico são consideradas fatores de riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (OLIVEIRA et al., 2010).

28 27 3 OBJETIVOS 3.1 GERAL Analisar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em homens e mulheres adultas residente em municípios da Amazônia Legal. 3.2 ESPECÍFICOS Caracterizar os adultos, segundo variáveis demográficas, socioeconômicas, estilo de vida e antropométricas; Estimar a prevalência da hipertensão arterial sistêmica; Verificar a associação das variáveis demográficas, socioeconômicas, estilo de vida e antropométricas com a hipertensão arterial sistêmica em adultos.

29 28 4 MÉTODOS Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizados os dados da pesquisa intitulada Segurança alimentar e nutricional da população residente na área de influência da BR conduzido em 2007 em municípios do estado de Mato Grosso. 4.1 O PROJETO SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA BR O projeto de pesquisa Segurança alimentar e nutricional da população residente na área de influência da BR foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e realizado por pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) e da Faculdade de Nutrição (FANUT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES - MT) e Secretarias de Saúde dos municípios de Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino (GUIMARÃES e LIMA-LOPES, 2006). Trata-se de um estudo epidemiológico de base populacional, observacional de delineamento transversal, por meio de inquérito domiciliar, com famílias residentes na área urbana de municípios de influência da BR 163, Estado de Mato Grosso. O estudo foi realizado em Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino, municípios localizados no Centro Norte do estado do Mato Grosso, região da Amazônia Legal da rodovia BR-163, que liga Cuiabá-MT a Santarém-PA. A rodovia Cuiabá - Santarém localiza-se em uma importante área da Amazônia brasileira, tanto do ponto de vista econômico, quanto ecológico (Ministério da Integração Nacional, 2004).

30 29 Figura 1: Mapa dos municípios de Mato Grosso. Fonte: Quadro 1: Características demográficas, socioeconômicas e indicadores de saúde. Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino, Características Área geográfica - Km² Distância da capital Km PopulaçãoGeral Densidade demográfica- hab/km² Taxa de crescimento Esperança de vida ao nascer Renda per capita IDH Taxa de alfabetização - % Água tratada canalizada - % Sistema tratamento de esgoto - % Coleta pública de lixo - % Taxa de mortalidade infantil/1000 nv Taxa de mortalidade geral/1000 hab Cobertura PSF - % Municípios Alta Floresta Sinop Sorriso Diamantino 8.982, , , ,40 720,30 472,40 393,20 199, ,30 23,40 3,80 2,40 5,20 8,30 7,40 4,80 70,20 73,10 73,30 71,20 264,70 340,40 442,40 291,10 0,78 0,75 0,81 0,79 88,14 91,50 92,50 88,78 29,00 19,50 76,00 67,20 0,30 0,20 0,20 1,20 77,00 62,40 86,80 69,00 14,00 17,00 14,40 5,90 4,90 3,30 3,80 4,40 62,77 69,00 99,94 93,45 Fonte: Ministério da Saúde do Brasil/Secretaria de Vigilância em Saúde/DATASUS, 2005.

31 POPULAÇÃO DE ESTUDO Adultos na faixa etária de 20 a 59 anos de idade, de ambos os sexos, residente na área urbana dos municípios de Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino. Foram excluídas do estudo as gestantes, as mães de crianças menores de seis meses e pessoas que apresentaram limitações físicas e/ou mentais que impossibilitassem a obtenção dos dados. 4.3 PLANEJAMENTO AMOSTRAL No planejamento amostral do projeto matriz foi adotado o tipo de amostragem probabilística, considerando o método por conglomerado em dois estágios, sendo que os setores censitários foram considerados unidades primárias de amostragem e os domicílios foram considerados as unidades secundárias (ESPINOSA et al., 2012). O cálculo do tamanho da amostra foi realizado com base na população dos municípios estudados, com nível de confiança de 95%, considerando uma proporção de 50% (0,5) e com um erro de estimação de 3,5% (d = 0,035). Para o cálculo da amostra utilizou-se a seguinte expressão estatística: n= Np(1- p) (N-1)(d /Z α/2 )²+ p(1-p) onde, n = tamanho aproximado da amostra; N = população do município; p = proporção das estimativas;

32 31 d = limite para o erro de estimação; Z α/2 = obtido da tabela da distribuição normal padronizada, o qual representa o nível de confiança. PLANEJAMENTO AMOSTRAL População estimada IC 95% p = 50% d = 3,5% nº Indivíduos p/ amostra Determinou-se nº setores Sorteio dos domicílios por setor censitários % perdas 990 Figura 2: Planejamento amostral Depois de calculado o tamanho da amostra, foi realizado o cálculo do número de domicílios. Do total de setores censitários por município e da classificação dos mesmos foram sorteados aproximadamente 50% dos setores, assegurando-se a representatividade e as condições logísticas para a realização da pesquisa. A partir do número de setores censitários foi realizado o sorteio aleatório dos mesmos, que corresponde ao primeiro estágio, em que os conglomerados são os setores censitários. Após o sorteio do número de setores censitários foi efetuado o sorteio dos domicílios por setor em cada município, que corresponde ao segundo estágio, sendo este sorteio proporcional ao número de domicílios em cada setor. Os dados são apresentados no quadro 2.

33 32 Quadro 2 - Número total de domicílios a serem considerados na pesquisa, por município, Mato Grosso Município Nº de indivíduos Média de moradores por domicílio Nº total de domicílios (D) Acréscimo (20%) Nº total de domicílios Corrigidos Alta Floresta 771 3, Diamantino 755 3, Sinop 778 3, Sorriso 771 3, Total Desta maneira, o quadro abaixo apresenta os números de domicílios e adultos entrevistados em cada município. Quadro 3 - Número de domicílios e de adultos entrevistados por município, MT Município Número de domicílios Número de adultos Alta Floresta Diamantino Sinop Sorriso Total VARIÁVEIS DO ESTUDO As informações analisadas neste estudo foram obtidas por meio de questionários aplicados nas entrevistas domiciliares do projeto matriz (Anexo 8). As

34 33 variáveis foram categorizadas segundo os critérios de relevância biológica ou com base na sua distribuição Variável Dependente Hipertensão arterial Foram considerados hipertensos os indivíduos adultos com pressão arterial sistólica 140 mmhg e/ou pressão arterial diastólica 90 mmhg e indivíduos que referiram o uso de drogas anti-hipertensivas (SBH, SBC, SBN, 2010). A pressão arterial foi obtida por meio do aparelho semiautomático, sendo realizadas três aferições com intervalo mínimo de 3 minutos entre cada medida. Para fins de análise, considerou-se a média das duas últimas medidas, desde que não observada diferença maior que 5 mmhg entre as mesmas. No caso de diferenças maiores que 5 mmhg entre as medidas, estas foram repetidas até que a diferença fosse menor que 5 mmhg ou até completar 5 medidas (SBH, SBC, SBN, 2006) Variáveis Independentes Variáveis Demográficas Idade: A idade foi considerada em anos completos, calculada a partir da diferença entre a data da entrevista e a data de nascimento. Quando analisada de forma agrupada, foram categorizadas em 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. Sexo: masculino e feminino.

35 34 Situação conjugal: categorizada em solteiro, casado, desquitado/separado/divorciado e viúvo (IBGE, 2010). Raça/cor: A raça/cor foi autorreferida pelo entrevistado e categorizada em: preta, branca, parda, amarela e indígena (IBGE, 2010). Naturalidade: Classificada de acordo com as Regiões do Brasil: Centro Oeste, Sul, Sudeste, Norte e Nordeste Variáveis Socioeconômicas Renda familiar per capita: foi analisada em salários mínimos per capita (smpc) e classificada em: < 0,5; 0,5 a 0,99; 1 a 1,99 e 2,00 smpc (IBGE, 2004). Escolaridade: foi expresso em anos completos de estudo, categorizados em 0 a 4 anos, 5 a 8 anos, 9 e mais anos de estudo Variáveis relativas ao estilo de vida Atividade Física: A atividade física foi considerada em dois domínios: atividade no lazer e de deslocamento. A atividade física no lazer foi mensurada em minutos por semana e categorizada como inativos (0 minuto/semana), pouco ativos (10 a 149 minutos/semana) ou ativos ( 150 minutos/semana), a partir do Questionário Internacional de Atividade Física (CRAIG et al., 2003).

36 35 O deslocamento para a escola e/ou trabalho a pé ou de bicicleta foi classificado em três categorias: nenhum, quando não houve o deslocamento ou ocorreu por meio de veículos motorizados, de 1 a 29 minutos e igual ou maior que 30 minutos (HU et al., 2007). Tabagismo: foi categorizada em não fumantes, fumantes e ex-fumantes. Foram classificados como fumantes: os que declararam fumar cigarros na ocasião da pesquisa; como ex-fumantes: os que referiram já ter feito uso de cigarros regularmente, mas que pararam de fumar; como não fumantes: aqueles que nunca fumaram (MARCOPITO et al., 2008). Consumo de bebida alcoólica O consumo de bebida alcoólica nos últimos 30 dias anteriores à entrevista foi categorizado em sim, não e não sabe/ não respondeu. Os tipos de bebidas foram categorizados em cerveja/chopp, vinho e bebidas destiladas. A frequência de consumo foi classificada em dias/semana e dias/mês (Anexo 8.4). A quantidade consumida foi expressa em medidas caseiras e calculada a partir de informações sobre o tipo, a frequência e a quantidade de bebida alcoólica ingerida. Para o cálculo da quantidade de etanol, considerou-se a graduação alcoólica média dos diferentes tipos de bebida. Assim, o conteúdo do etanol para a cerveja/chopp foi considerado 5%, para o vinho 12,5% e para os destilados 39% (FERREIRA et al., 2008). Classificado como risco o consumo acima de 30 g de etanol para homens e 15 g para as mulheres (WHO, 2000; SBH, SBC, SBN, 2010). Foi também analisado a idade em que o indivíduo começou a beber, expressa em anos.

37 Estado Nutricional Estado nutricional: O peso foi classificado segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) e obtido pela divisão do peso (em quilograma) pelo quadrado da estatura em metros. Os pontos de corte de IMC adotados foram os preconizados pela WHO (1998), ou seja, < 18,5 kg/m² (baixo peso), 18,5 a 24,9 kg/m² (eutrófico), 25,0 a 29,9 kg/m² (sobrepeso), 30 kg/m² (obesidade). A obesidade abdominal foi estimada pela medida da circunferência da cintura. Os pontos de corte foram: normal (homens < 94 cm; mulheres < 80 cm); aumentada (homens > 94 cm; mulheres > 80 cm) e muito aumentada (homens > 102 cm; mulheres > 88 cm), respectivamente (WHO, 1998). 4.5 TREINAMENTO E ESTUDO PILOTO O treinamento da equipe de pesquisa teve como finalidade padronizar os procedimentos de obtenção das informações, o preenchimento do questionário e ficha antropométrica. O treinamento incluiu também, a apresentação dos objetivos do estudo, questões de abordagem e sigilo de informação (ESPINOSA et al., 2012). As duplas de auxiliares de pesquisa foram formadas por uma nutricionista e por um auxiliar de pesquisa de nível médio. A supervisora do trabalho de campo também era graduada em Nutrição (GUIMARÃES e LIMA-LOPES, 2006). Os auxiliares de pesquisa tiveram disponível o Manual do Entrevistador com as orientações sobre como proceder em cada item da entrevista. O estudo piloto foi realizado com o objetivo de verificar e aprimorar a habilidade dos auxiliares de pesquisa em aplicar os questionários, adequar os questionários, fichas, o manual e outros procedimentos propostos. Após a realização do estudo piloto houve a reformulação de algumas questões e também reestruturação

38 37 da sequência das questões que faziam parte dos questionários (GUIMARÃES e LIMA-LOPES, 2006). 4.6 COLETA DE DADOS A coleta de dados foi feita no período de fevereiro a setembro de 2007, nos municípios de Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino. As informações relativas às variáveis do estudo foram obtidas com a aplicação de um formulário contendo perguntas pré-codificadas sobre aspectos demográficos, socioeconômicos e de estilo de vida, por meio de entrevista domiciliar. Uma ficha foi utilizada para anotações dos resultados relativos às medidas antropométricas e à pressão arterial (Anexo 8.7). A qualidade das informações coletadas foi garantida por supervisão contínua e sistemática do trabalho de campo, reuniões semanais com a equipe de entrevistadores para avaliação dos trabalhos realizados e reuniões com os coordenadores da pesquisa, sempre que necessário (GUIMARÃES e LIMA-LOPES, 2006) MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Foram mensuradas as medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura) com procedimentos padronizados. Peso: A medida de peso foi obtida por meio de balança eletrônica digital, com capacidade para 150 kg e variação de 0,1 kg. Durante a pesagem, o indivíduo manteve-se em posição ortostática, braços estendidos ao longo do corpo, sem sapatos

39 38 e usando roupas leves (GORDON et al., 1988). Os participantes foram pesados uma vez e os valores registrados na ficha, em quilogramas (Anexo 8.7). Estatura: A estatura foi medida estando os indivíduos descalços, em posição ereta, com a coluna vertebral e calcanhares encostados na parede ou portal, joelhos estendidos, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo (GORDON et al., 1988). O instrumento utilizado foi o estadiômetro portátil, com escala milimétrica até 220 cm. Foi considerada nas análises a média obtida de duas medições (Anexo 8.7). Circunferência da Cintura: A medida foi obtida com a fita antropométrica inelástica, com variação de 0,1 cm. A fita foi posicionada na menor curvatura ou no ponto médio localizado entre o último arco costal e a crista ilíaca, sendo a medida aferida no final da expiração. O indivíduo manteve-se com os pés separados, braços estendidos e levemente afastados do corpo e com o abdômen relaxado. Foi considerada nas análises a média obtida de duas medições de cada circunferência da cintura (CALLAWAY et al., 1988). 4.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS Os dados foram digitados em duplicata, em bancos elaborados no programa Epi Info 2000 (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, Estados Unidos) versão Os bancos foram comparados utilizando-se o procedimento Data Compare, permitindo a correção de possíveis inconsistências. As análises estatísticas foram feitas no programa Stata versão 11.0 (Stata Corp., College Station, Estados Unidos), que permite utilizar o módulo survey, que considera os efeitos do peso da amostragem complexa. Inicialmente foi realizada uma análise descritiva, com a apresentação das frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas. Foram calculadas as razões de prevalências e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%)

40 39 com nível de significância de 5% para verificar a associação das variáveis explicativas com a hipertensão arterial. Para estimar o efeito das variáveis independentes explicativas sobre o desfecho hipertensão arterial foi utilizada a análise de regressão múltipla de Poisson. Foram selecionadas para entrar no modelo final as variáveis que apresentaram p 0,20 na análise bivariada. As variáveis que apresentarem nível de significância menor que p< 0,05, permaneceram no modelo final CONSIDERAÇÕES ÉTICAS O projeto matriz do qual essa pesquisa faz parte já foi submetido à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo seres humanos do Hospital Universitário Júlio Muller, com aprovação sob o número de protocolo 230/CEP-HUJM/06, sendo respeitadas as normas regulamentadoras expressas na Resolução CNS/CONEP 196/96 do Ministério da Saúde (Anexo 8.8). O projeto teve a anuência da Secretaria de Estado de Saúde, e os dados obtidos nas entrevistas foram mantidos em sigilo e só foram divulgados de forma consolidada. Os entrevistados não sofreram nenhum tipo de risco à saúde, apenas foram submetidos ao exame antropométrico, medida da pressão arterial e entrevista. Foi solicitado aos entrevistados o consentimento para participação no estudo, registrado no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os entrevistados que necessitaram de atendimento à saúde foram orientados a procurar a unidade de saúde mais próxima a sua residência.

41 40 5 RESULTADOS Os resultados do presente estudo serão apresentados em forma de manuscrito. MANUSCRITO Hipertensão Arterial e Fatores Associados em adultos residente na Amazônia Legal Resumo Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é considerada um importante problema de saúde pública devido sua alta prevalência e baixas taxas de controle, contribuindo significativamente nas causas de morbidade e mortalidade cardiovascular. Objetivo: Analisar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em homens e mulheres adultas residente em municípios da Amazônia Legal. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, realizado em municípios da Amazônia Legal. Foram coletados dados sócio-demográficos, relativos ao estilo de vida, antropométricos e aferida a pressão arterial, sendo considerados hipertensos os indivíduos que apresentaram pressão arterial sistólica 140 mmhg e/ou pressão arterial diastólica 90 mmhg e os que referiram uso de drogas anti-hipertensivas. As análises estatísticas foram feitas utilizando-se o módulo survey do programa Stata versão Resultados: A prevalência da hipertensão arterial sistêmica foi de 22,31%. Após ajustes as variáveis que se associaram à hipertensão nos homens foram à idade na faixa etária anos [RP ajustada =2,69; IC95% 1,49 4,86], anos [RP ajustada =3,28; IC95% 1,82 5,93] e anos [RP ajustada =4,80; IC95% 2,63 8,76], sobrepeso [RP ajustada =1,97; IC95% 1,39 2,78], obesidade [RP ajustada =3,32; IC95% 2,32 4,75] e ser natural da região Norte ou Nordeste [RP ajustada =0,31; IC95% 0,18 0,59]. Entre as mulheres, mostraram-se associadas à HAS a idade na faixa etária anos [RP ajustada =1,52; IC95% 0,78 2,96], anos [RP ajustada =3,41; IC95% 1,91 6,07] e anos [RP ajustada =7,29; IC95% 4,07 13,07]; o consumo de vinho [RP ajustada =0,31; IC95% 0,10 0,97] e obesidade [RP ajustada =2,39; IC95% 1,65 3,45]. Conclusão: A hipertensão arterial associou-se independentemente com a idade, estado nutricional e naturalidade nos homens. Nas mulheres, as variáveis que mostraram associação com a hipertensão arterial foram à idade, estado nutricional e tipo de bebida alcoólica. Descritores: Hipertensão arterial; Prevalência; Fatores de risco.

42 41 Hypertension and Associated Factors in Adults living in cities of the Amazon. Abstract Introduction: Hypertension in adults is a serious public health problem due to its high prevalence and low levels of control, with very important contributions at causes of morbidity and cardiovascular mortality. Objective: To analyze the prevalence of hypertension and associated factors in in men and women adults population living in municipalities of Amazonia Legal. Methods: A populationbased cross sectional study was conducted in cities of Amazonia Legal. Sociodemographic, lifestyle, anthropometric data were collected and blood pressure was measured, being considered hypertensive individuals who had systolic blood pressure 140 mmhg and diastolic blood pressure 90 mmhg and those who reported use of antihypertensive drugs. Statistical analyzes were performed using the svy prefix in Stata version Results: The prevalence of hypertension was 22.31%. After adjusting the variables associated with hypertension in men were age in age group years [RPadjusted=2,69; IC95% 1,49 4,86], years [RPadjusted=3,28; IC95% 1,82 5,93] e years [RPadjusted=4,80; IC95% 2,63 8,76], overweight [RPadjusted=1,97; IC95% 1,39 2,78], obesity [RPadjusted=3,32; IC95% 2,32 4,75] and being born in the North or Northeast region[rpadjusted=0,31; IC95% 0,18 0,59]. Among women, they were associated with SAH in the age group years [RPadjusted=1,52; IC95% 0,78 2,96], years [RPadjusted=3,41; IC95% 1,91 6,07] e years[rpadjusted=7,29; IC95% 4,07 13,07]; and wine consumption [RPadjusted=0,31; IC95% 0,10 0,97] and obesity 2,39; IC95% 1,65 3,45]. Conclusion: Hypertension was independently associated with age, nutritional status and naturalness in men. In women, the variables associated with hypertension were age, nutritional status and type of alcoholic beverage. Keywords: Hypertension; prevalence; Adults; Associated factors.

43 42 INTRODUÇÃO A hipertensão arterial é considerada um importante problema de saúde pública devido sua alta prevalência e baixas taxas de controle, contribuindo significativamente nas causas de morbidade e mortalidade cardiovascular, além de ser a segunda causa de doença renal no mundo (MORAES e AVEZUM JUNIOR, 2012). Atualmente, 25% da população mundial sofrem desta doença e estima-se que em 2025 este número terá aumentado em 60%, atingindo uma prevalência de 40%. A pressão alta além de ser uma das principais causas de mortes por doenças do aparelho circulatório acarreta um ônus socioeconômico elevado, com uma vida produtiva interrompida por invalidez temporária ou permanente (MOREIRA et al., 2013). De acordo com o National Heart Lung and Blood Institute (NHLBI), os principais fatores de risco para a hipertensão arterial são a idade, raça, sexo, sobrepeso ou obesidade e hábitos de vida pouco saudável como sedentarismo, fumo e consumo excessivo de sal. Outros fatores de risco estão associados com a pressão arterial elevada, como a predisposição genética e estresse (NHLBI, 2014). A hipertensão arterial é caracterizada como uma doença crônica não transmissível, de causas multifatoriais associada a alterações funcionais, estruturais e metabólicas (SBH, SBC, SBN, 2010). As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão aumentando significativamente e atingindo a população de adultos e idosos, acarretando uma maior carga sobre a saúde no mundo (OMS, 2011). As estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as DCNT são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo e por 45,9% da carga global de doença (OMS, 2012). Considerando que a hipertensão arterial é um sério problema de saúde pública, o presente estudo tem como objetivo analisar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e identificar os fatores a ela associados na população adulta residente em municípios da Amazônia Legal.

44 43 MÉTODOS Estudo de base populacional, de corte transversal, realizado com 1296 adultos, na faixa etária de 20 a 59 anos de idade, de ambos os sexos, residentes na área urbana dos municípios de Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Diamantino. Estes municípios se localizam no Centro Norte do estado do Mato Grosso, região da Amazônia Legal, às margens da rodovia BR-163, que liga Cuiabá-MT a Santarém- PA. Este estudo é parte do projeto Segurança alimentar e nutricional da população residente na área de influencia da BR-163. O cálculo do tamanho da amostra foi realizado com base na população dos municípios estudados, com nível de confiança de 95%, considerando uma proporção de 50% e com um erro de estimação de 3,5%. Maiores detalhes sobre o plano amostral estão disponíveis em ESPINOSA et al., (2012). Os dados foram coletados nos domicílios por meio de entrevista, no ano de 2007, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídas do estudo as gestantes, as mães de crianças menores de seis meses e pessoas que apresentaram limitações físicas e/ou mentais que impossibilitassem a obtenção dos dados. As variáveis demográficas e socioeconômicas analisadas no presente estudo foram: sexo, idade, raça/cor, situação conjugal, naturalidade, escolaridade e renda familiar per capita em salários mínimos. Com relação ao estilo de vida foram analisadas as variáveis atividade física, consumo de bebida alcoólica e tabagismo. A atividade física no lazer foi categorizada em minutos por semana e o deslocamento à escola e/ou trabalho a pé ou de bicicleta foi classificado em: nenhum, de 1 a 29 minutos e igual ou mais que 30 minutos (HU et al., 2007). Em relação ao hábito de fumar foi classificado em fumante, ex-fumante para os que deixaram de fumar e os que nunca fumaram. O consumo de bebida alcoólica referiu-se à ingestão de bebidas dos últimos 30 dias anteriores à entrevista e os tipos de bebidas foram categorizados em cerveja,

45 44 vinho e bebidas destiladas. A quantidade consumida foi expressa em gramas de etanol por dia, calculados a partir das informações sobre o tipo, a frequência e a quantidade de bebida alcoólica ingerida. A quantidade de etanol foi calculada conforme a graduação alcoólica média das diferentes marcas dos tipos de bebida (FERREIRA et al., 2008). O estado nutricional foi definido segundo o Índice de Massa Corporal calculado a partir do peso (em kg) dividido pela estatura (em metros quadrados). Os pontos de corte de IMC adotados foram os preconizados pela WHO (1998). O peso foi obtido por meio de balança eletrônica digital, com capacidade para 150 kg e variação de 0,1 kg. Os participantes foram pesados uma vez e os valores registrados na ficha, em quilogramas. Para a estatura o instrumento utilizado foi o estadiômentro portátil, sendo a medida obtida em duplicata, com os indivíduos usando roupas leves, descalços, em posição ortostática (GORDON et al., 1988). Em relação a circunferência da cintura foi utilizado os pontos de corte para mulheres e homens respectivamente: normal (< 80 cm e < 94 cm), aumentada (80 a 88 cm e 94 a 102 cm) e muito aumentada (>88 cm e > 102 cm) (WHO, 1998). A circunferência da cintura foi obtida por meio de fita antropométrica inelástica, com variação de 0,1 cm e mensurada segundo a técnica preconizada por CALLAWAY et al., (1988). A pressão arterial foi medida três vezes, por meio do aparelho semiautomático, considerando-se para análise a média das duas últimas medidas. Foram considerados hipertensos os indivíduos que apresentaram pressão sistólica 140 mmhg e/ou pressão diastólica 90 mmhg e/ou aqueles que referiram uso de medicação anti-hipertensiva (SBH, SBC, SBN, 2010). Os dados foram digitados em duplicata, no pacote estatístico Epinfo 2000, que permite a análise de consistência. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata versão 11.0 (Stata Corp., College Station, Estados Unidos), utilizando os procedimentos para amostras complexas (svy), o qual permitiu incorporar os pesos distintos das observações. Para verificar a associação entre a variável dependente hipertensão arterial sistêmica e variáveis independentes do estudo foram estimadas as razões de prevalências com respectivos intervalos de confiança de 95%, por meio da regressão

46 45 de Poisson, segundo o sexo. As variáveis que apresentaram p<0,20 na análise bivariada foram incluídas na regressão múltipla, tendo como critério para permanência no modelo as variáveis que apresentarem nível de significância p 0,05. O presente estudo foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Muller - UFMT, sob protocolo nº 230/CEP-HUJM/06. RESULTADOS Estudo desenvolvido com indivíduos, sendo 51,08% do sexo masculino. Entre os entrevistados, 34,15% pertenciam a faixa etária de 20 a 29 anos e 72,05% eram casados. Com relação à variável raça/cor, 53,96% autorreferiram como pardos e 38,67% como brancos. Observou-se que 40,57% dos indivíduos eram naturais da região Sul e 30,84% eram do Estado de Mato Grosso. Quanto à escolaridade, 31,17% apresentaram de cinco a oito anos de estudo e 32,00% tinham renda familiar per capita menor que um salário mínimo. A prevalência da hipertensão arterial sistêmica foi de 22,31 %, sendo 26,86% (IC 95% 23,14-30,93) para o sexo masculino e 17,57% (IC 95% 15,15-20,28) para o sexo feminino (dados não apresentados em tabela). As prevalências da hipertensão arterial sistêmica nos homens, segundo as variáveis demográficas e socioeconômicas associaram-se com a idade, situação conjugal, naturalidade e escolaridade conforme mostra a Tabela 1. Na faixa etária entre 30 a 39 anos a Razão de Prevalência (RP) foi de 3,08 (IC 95% 1,74-5,46), entre 40 a 49 anos a RP=4,29 (IC 95% 2,46-7,49) e entre 50 a 59 anos RP=6,12 (IC 95% 3,56-10,51) quando comparados à faixa etária entre 20 a 29 anos. Em relação a variável situação conjugal verificou-se que os casados apresentaram a RP=1,89 (IC 95% 1,21-2,93) enquanto que os desquitados/separado/divorciados e viúvo a RP=2,32 (IC 95% 1,11-4,84), em relação aos solteiros. Quanto à naturalidade, os

47 46 nascidos na Região Norte e Nordeste apresentaram a RP=0,43 (IC 95% 0,22-0,86) em relação aos que nasceram na Região Centro Oeste. A escolaridade mostrou-se associada com a hipertensão arterial sistêmica, havendo 51% a mais de prevalência da doença entre os que estudaram menos de quatro anos comparados com os que estudaram nove anos ou mais. As variáveis raça/cor e renda familiar per capita não apresentaram associação estatisticamente significativa para o sexo masculino (Tabela 1). Nas variáveis antropométricas e estilos de vida, a hipertensão arterial sistêmica entre os homens associou-se com o estado nutricional, sendo a RP=2,27 (IC 95% 1,58-3,26) para os que apresentaram sobrepeso e RP=2,27 (IC 95% 1,58-3,26) para os obesos a RP=4,10 (IC 95% 2,88-5,83), em relação aos homens classificados com baixo peso ou eutrofia. Na avaliação da circunferência da cintura, os indivíduos com a circunferência aumentada apresentaram a RP=2,55 (IC 95% 1,83-3,57) e aqueles com a circunferência muito aumentada a RP foi de 3,41 (IC 95% 2,56-4,55) em relação a circunferência da cintura normal. Quanto ao tabagismo observou-se que a RP=1,46 (IC 95% 1,04-2,05) para os fumantes e RP=1,62 (IC 95% 1,13-2,31) para os ex-fumantes em relação aos que nunca fumaram. Na atividade de deslocamento à escola/trabalho a RP foi de 1,46 (IC 95% 1,06-2,01) nos homens que não realizaram deslocamento. Com relação à idade em que começou a beber apresentou a RP=0,59 (IC 95% 0,41-0,84) para aqueles que iniciaram com a idade 18 anos em relação aos maiores de 18 anos. As demais variáveis como atividade de lazer, consumo de bebida alcoólica, tipos de bebidas, e classificação de risco não apresentaram significância estatística, conforme mostra a Tabela 2. Considerando que o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência da cintura apresentaram alta correlação tanto para os homens (r =0,86) quanto para as mulheres (r =0,90) decidiu-se pela permanência somente do IMC. As variáveis apresentadas nas tabelas 1 e 2 com p 0,20 foram para análise múltipla e mantiveram associadas com a hipertensão arterial sistêmica a idade, estado nutricional e naturalidade. Os homens, na faixa etária entre 30 a 39 anos apresentaram a RP ajustada =2,69 (IC95% 1,49-4,86), entre 40 a 49 anos RP ajustada =3,28 (IC95% 1,82-5,93) e entre 50 a 59 anos foi de RP ajustada =4,80 (IC95% 2,63-8,76) em relação aos 20 a 29 anos. Quanto ao estado nutricional, aqueles com sobrepeso

48 47 apresentaram a RP ajustada =1,97 (IC95% 1,40-2,78) e os obesos a RP ajustada =3,32 (IC95% 2,32-4,75) em relação aos com baixo peso e eutróficos. Para naturalidade, os nascidos nas Regiões Norte e Nordeste apresentaram a RP ajustada =0,31 (IC95% 0,17-0,591) em relação aos nascidos na Região Centro Oeste, indicando fator de proteção para a hipertensão arterial sistêmica. A variável escolaridade, foi mantida no modelo final para ajuste das demais variáveis conforme Tabela 3. Nas mulheres, a prevalência de hipertensão arterial sistêmica segundo as variáveis demográficas e socioeconômicas associaram-se com a idade, situação conjugal, naturalidade e escolaridade. Na faixa etária entre 30 a 39 anos, as mulheres apresentaram a RP de 1,85 (IC 95% 0,96-3,55), entre 40 a 49 anos RP=4,09 (IC 95% 2,27-7,37) e entre 50 a 59 anos RP=4,09 (IC 95% 2,27-7,37) quando comparados à faixa etária entre 20 a 29 anos. Para a variável situação conjugal verificou-se que as casadas apresentaram a RP=1,35 (IC 95% 0,83-2,20) enquanto que as desquitadas/separada/divorciadas e viúva a RP=2,14 (IC 95% 1,24-3,72), em relação às solteiras. Quanto à naturalidade, aquelas nascidas na Região Sudeste apresentaram a RP=2,43 (IC 95% 1,59-3,69) em relação as que nasceram na Região Centro Oeste. A escolaridade mostrou-se associada com a hipertensão arterial sistêmica, havendo 165% a mais de prevalência da doença entre as que estudaram menos de quatro anos comparadas com as que estudaram nove anos ou mais. As variáveis raça/cor e renda familiar per capita não apresentaram associação estatística significativamente para o sexo feminino (Tabela 4). Nas variáveis antropométricas e estilos de vida, a hipertensão arterial sistêmica entre as mulheres associou-se com o estado nutricional. As que apresentaram sobrepeso a RP foi de 1,94 (IC 95% 1,36-2,78) e para as obesas a RP=4,14 (IC 95% 2,95-5,80) em relação às com baixo peso e eutrofia. Na avaliação da circunferência da cintura, aquelas que apresentaram a circunferência aumentada apresentaram a RP=2,09 (IC 95% 1,43-3,07) e as mulheres com a circunferência muito aumentada a RP=3,89 (IC 95% 2,81-5,37) em relação aquelas com a circunferência da cintura normal. Quanto ao tabagismo, observou-se a RP=1,55 (IC 95% 1,08-2,24) para as ex-fumantes em relação as que nunca fumaram. Para a variável consumo de bebida alcoólica as mulheres que bebem apresentaram a RP=0,54 (IC 95% 0,38-0,75) em relação as que não bebem. Em relação aos tipos de

49 48 bebida, as mulheres que bebem só cerveja apresentaram a RP=0,56 (IC 95% 0,38-0,81), para as que bebem só vinho a RP=0,21 (IC 95% 0,05-0,82), para as que bebem só destilados RP=1,07 (IC 95% 0,43-2,64) e para as que bebem dois ou mais tipos de bebidas a RP=0,48 (IC 95% 0,19-1,24) em relação as que não consomem bebidas alcoólicas. As demais variáveis como atividade física de lazer, atividade física de deslocamento à escola/trabalho, idade que começou a beber e classificação de risco não apresentaram significância estatística, conforme Tabela 5. As variáveis apresentadas nas tabelas 4 e 5 com p 0,20 foram para análise múltipla e mantiveram associadas com a hipertensão arterial sistêmica as variáveis idade, estado nutricional e tipos de bebida. As mulheres na faixa etária entre 30 a 39 anos apresentaram a RP ajustada =1,52 (IC95% 0,78-2,96), entre 40 a 49 anos RP ajustada =3,41 (IC95% 1,91-6,07) e entre 50 a 59 anos foi de RP ajustada =7,29 (IC95% 4,06-13,07) em relação a faixa etária entre 20 a 29 anos. Quanto ao estado nutricional as mulheres obesas apresentaram a RP ajustada =2,39 (IC95% 1,65-3,45) em relação aquelas com baixo peso ou eutrofia. As mulheres que consomem somente vinho apresentaram a RP ajustada =0,31 (IC95% 0,10-0,97) em relação aquelas que não consomem bebidas alcoólicas, indicando um efeito protetor. A variável escolaridade foi mantida no modelo final para ajuste das demais variáveis. Estes dados estão apresentados na Tabela 6.

50 49 Tabela 1 Prevalência de hipertensão arterial em homens segundo variáveis demográficas e sócioeconômicas, Amazônia Legal-MT/2007. Variável n (%) Prevalência de hipertensão (%) Idade (anos) (31,47) 141 (28,09) 116 (23,11) 87 (17,33) 8,77 27,01 37,66 53,64 Razões de prevalência (IC 95%) 3,08 (1,74 5,46) 4,29 (2,46 7,49) 6,12 (3,56 10,51) Valor de p < 0,001 Raça/Cor Branca Preta Parda Amarela/Indígena 201 (40,12) 37 (7,38) 258 (51,50) 5 () 29,06 28,52 24,85 37,69 0,98 (0,56 1,71) 0,86 (0,63 1,16) 1,30 (0,40 4,24) 0,7146 Situação conjugal Solteiro Casado Desquitado/separado/ divorciado e viúvo 112 (22,31) 372 (74,10) 18 (3,59) 15,85 29,84 36,77 1,89 (1,21 2,93) 2,32 (1,11 4,84) 0,0069 Naturalidade Região Centro Oeste Região Sul Região Sudeste Região Norte + Nordeste 171 (34,34) 205 (41,16) 58 (11,65) 64 (12,85) 24,27 31,87 35,68 10,46 1,31 (0,94 1,83) 1,47 (0,94 2,23) 0,43 (0,22 0,86) 0,0021 Escolaridade (anos estudo) 9 e mais 5 a 8 anos 0 a 4 anos 197 (39,40) 164 (32,80) 139 (27,80) 21,27 29,09 32,09 1,37 (0,95 1,96) 1,51 (1,05 2,17) 0,0660 Renda per capita (SM) < 0,5 0,5 a 0,99 1 a 1,99 2,00 98 (19,60) 160 (32,00) 138 (27,60) 104 (20,80) 24,44 28,82 29,33 24,74 1,18 (0,78 1,79) 1,20 (0,82 1,75) 1,01 (0,66 1,56) 0,7214 Nota: * Percentual da amostra ponderada. *IC 95% - Intervalo de Confiança.

51 50 Tabela 2 Prevalência de hipertensão arterial em homens segundo variáveis antropométricas e estilos de vida, Amazônia Legal-MT/2007. Variável n (%) Prevalência de hipertensão (%) Estado Nutricional Baixo peso + Eutrófico 263 (52,39) 14,65 Sobrepeso 170 (33,86) 33,33 Obesidade 69 (13,75) 60,09 Razões de prevalência (IC 95%) 2,27 (1,58 3,26) 4,10 (2,88 5,83) Valor de p < 0,001 Circunferência cintura Normal Aumentada Muito aumentada 401 (80,04) 55 (10,98) 45 (8,98) 19,65 50,15 67,11 2,55 (1,83 3,57) 3,41 (2,56 4,55) < 0,001 Tabagismo Nunca fumou Fumante Ex-fumante 249 (49,60) 145 (28,89) 108 (21,51) 21,33 31,18 34,47 1,46 (1,04 2,05) 1,62 (1,13 2,31) 0,0156 Atividade de lazer Sim Não 286 (57,09) 215 (42,91) 26,60 27,32 1,03 (0,77 1,38) 0,8581 Deslocamento à escola/trab Sim Não 196 (39,04) 306 (60,96) 21,01 30,65 1,46 (1,06 2,01) 0,0176 Consumo bebida alcoólica Não bebe Bebe 156 (31,14) 345 (68,86) 27,92 26,47 0,95 (0,69 1,29) 0,7380 Idade que começou a beber > 18 < = (20,41) 273 (79,59) 40,04 23,52 0,59 (0,41 0,84) 0,0059 Tipos de bebida Não bebe Só cerveja Só vinho Só destilados Demais tipos 156 (31,14) 216 (43,11) 17 (3,40) 19 (3,79) 93 (18,56) 27,92 23,47 27,93 38,22 31,09 0,84 (0,59 1,19) (0,45 2,23) 1,37 (0,73 2,58) 1,11 (0,75 1,66) 0,4993 Class. de risco (getanol/dia) sem risco 450 (89,82) risco 51 (10,18) Nota: * Percentual da amostra ponderada. *IC 95% - Intervalo de Confiança. 26,13 34,14 0,77 (0,51 1,16) 0,2244

52 51 Tabela 3 Razão de prevalência bruta e ajustada e respectivos intervalos de confiança da associação entre hipertensão arterial e variáveis de estudo nos homens, Amazônia Legal-MT/2007. Variável RP Bruta RP Ajustada* Idade (anos) Estado Nutricional Baixo peso + Eutrofico Sobrepeso Obesidade Naturalidade Região Centro Oeste Região Sul Região Sudeste Região Norte + Nordeste Nota: * Ajustada pela variável escolaridade. 3,08 (1,74 5,46) 4,29 (2,46 7,49) 6,12 (3,56 10,51) 2,27 (1,58 3,26) 4,10 (2,88 5,83) 1,31 (0,94 1,83) 1,47 (0,94 2,23) 0,43 (0,22 0,86) 2,69 (1,49 4,86) 3,28 (1,82 5,93) 4,80 (2,63 8,76) 1,97 (1,39 2,78) 3,31 (2,32 4,75) 0,82 (0,59 1,13) 0,70 (0,45 1,10) 0,31 (0,17 0,59)

53 52 Tabela 4 Prevalência de hipertensão arterial em mulheres segundo variáveis demográficas e sócioeconômicas, Amazônia Legal-MT/2007. Variável n (%) Prevalência de hipertensão (%) Idade (anos) (29,39) 228 (29,01) 199 (25,32) 128 (16,28) 5,63 10,39 23,03 58,62 Razões de prevalência (IC 95%) 1,85 (0,96 3,55) 4,09 (2,27 7,37) 10,41 (6,00 18,07) Valor de p < 0,001 Raça/Cor Branca Preta Parda Amarela/Indígena 297 (37,83) 42 ( 5,35) 438 (55,80) 8 ( 1,02) 16,25 21,92 18,03 20,53 1,35 (0,74 2,45) 1,11 (0,81 1,52) 1,26 (0,34 4,65) 0,7674 Situação conjugal Solteiro Casado Desquitado/separado/ divorciado e viúvo 127 (16,16) 557 (70,86) 102 (12,98) 12,69 17,18 27,22 1,35 (0,83 2,20) 2,14 (1,24 3,72) 0,0141 Naturalidade Região Centro Oeste Região Sul Região Sudeste Região Norte + Nordeste 289 (36,81) 326 (41,53) 81 (10,32) 89 (11,34) 13,28 17,32 32,22 20,69 1,30 (0,91 1,87) 2,43 (1,59 3,69) 1,56 (0,96 2,52) < 0,001 Escolaridade (anos estudo) 9 e mais 5 a 8 anos 0 a 4 anos 312 (39,75) 222 (28,28) 251 (31,97) 10,28 18,28 27,21 1,78 (1,17 2,70) 2,65 (1,82 3,84) < 0,001 Renda per capita (SM) < 0,5 0,5 a 0,99 1 a 1,99 2, (25,26) 235 (30,13) 215 (27,56) 133 (17,05) 16,63 16,10 20,16 17,67 0,97 (0,64 1,46) 1,21 (0,81 1,80) 1,06 (0,67 1,69) 0,6637 Nota: * Percentual da amostra ponderada. *IC 95% - Intervalo de Confiança.

54 53 Tabela 5 Prevalência de hipertensão arterial em mulheres segundo variáveis antropométricas e estilos de vida, Amazônia Legal/MT Variável n (%) Prevalência de hipertensão (%) Estado Nutricional Baixo peso + Eutrófico 453 (57,71) 10,51 Sobrepeso 226 (28,79) 20,42 Obesidade 106 (13,50) 43,48 Razões de prevalência (IC 95%) 1,94 (1,36 2,78) 4,14 (2,95 5,80) Valor de p < 0,001 Circunferência da cintura Normal Aumentada Muito aumentada 476 (60,64) 163 (20,76) 146 (18,60) 10,29 21,54 39,96 2,09 (1,43 3,07) 3,89 (2,81 5,37) < 0,001 Tabagismo Nunca fumou Fumante Ex-fumante 541 (68,83) 130 (16,54) 115 (14,63) 15,69 19,70 24,39 1,26 (0,85 1,85) 1,55 (1,08 2,24) 0,0571 Atividade física de lazer Sim Não 382 (48,60) 404 (51,40) 15,40 19,61 1,27 (0,95 1,71) 0,1084 Deslocamento à escola/trab. Sim Não 285 (36,26) 501 (63,74) 14,54 19,33 1,33 (0,96 1,84) 0,0811 Consumo bebida alcoólica Não bebe Bebe 458 (58,72) 322 (41,28) 21,66 11,62 0,54 (0,38 0,75) < 0,001 Idade que começou a beber > 18 < = (44,03) 178(55,97) 10,32 13,90 0,74 (0,41 1,33) 0,3186 Tipos de bebida Não bebe Só cerveja Só vinho Só destilados Demais tipos 458 (58,72) 232 (29,74) 34 (4,36) 16 (2,05) 40 (5,13) 21,66 12,03 4,47 23,17 10,44 0,56 (0,38 0,81) 0,21 (0,05 0,82) 1,07 (0,43 2,64) 0,48 (0,19 1,24) 0,0025 Class. de risco (g etanol/dia) sem risco 39 ( 5) risco 741 (95) Nota: * Percentual da amostra ponderada. *IC 95% - Intervalo de Confiança. 19,24 17,33 0,90 (0,47 1,74) 0,7590

55 54 Tabela 6 Razão de prevalência bruta e ajustada e respectivos intervalos de confiança da associação entre hipertensão arterial e variáveis de estudo nas mulheres, Amazônia Legal-MT/2007. Variável RP Bruta RP Ajustada* Idade (anos) Estado Nutricional Baixo peso + Eutrofico Sobrepeso Obesidade Tipos de bebida Não bebe Só cerveja Só vinho Só destilados Mais de 1 tipo Nota: * Ajustada pela variável escolaridade. 1,85 (0,96 3,55) 4,09 (2,27 7,37) 10,41 (6,00 18,07) 1,94 (1,36 2,78) 4,14 (2,95 5,80) 0,56 (0,38 0,81) 0,21 (0,05 0,82) 1,07 (0,43 2,64) 0,48 (0,19 1,24) 1,52 (0,78 2,96) 3,41 (1,91 6,07) 7,29 (4,06 13,07) 1,38 (0,98 1,94) 2,39 (1,65 3,45) 0,76 (0,53 1,10) 0,31 (0,10 0,97) 2,01 (0,82 4,89) 0,99 (0,36 2,69) DISCUSSÃO A prevalência encontrada de 22,31% de Hipertensão Arterial nos municípios estudados foi próxima da obtida em outros estudos realizados em Mato Grosso, com adultos de ambos os sexos na mesma faixa etária. MARTINS et al. (2009), em estudo realizado no município de Sinop-MT, observaram a prevalência de hipertensão de 23,2%. Estudo realizado na cidade de Cuiabá-MT, estimou a prevalência de 28,3% de HAS em adultos BARBOSA et al. (2009) e ROSÁRIO et al. (2009) no município de Nobres-MT, encontraram a prevalência de 21,87%. BARROS et al. (2011) em estudo com base nos dados do suplemento saúde da PNAD 2008 apontam que entre as doenças crônicas mais frequentes na população brasileira a hipertensão arterial apresentou a prevalência de 20,31% em indivíduos maiores de 18 anos.

56 55 NASCIMENTO (2006), em seu estudo Corações do Brasil, desenvolvido a partir de um piloto na cidade de Ouro Preto-MG, com indivíduos, selecionados aleatoriamente em 72 cidades brasileiras, encontrou a prevalência de hipertensão arterial de 28,5% na região Norte e Centro-Oeste agrupadas. Em Pelotas-RS, estudo realizado por COSTA et al. (2007), com indivíduos até 69 anos de idade, encontraram prevalência de 37,2%. Nos Estados Unidos, a HAS atinge 33,6% da população adulta com idade superior a 20 anos e estima-se que mais de 74 milhões de norte-americanos sejam hipertensos, sendo a causa de 50% do total de mortalidade por doenças cardiovasculares (LLOYD-JONES et al., 2010). Na região Norte da Angola, PIRES et al. (2013) em pesquisa realizada com adultos, apontaram que a prevalência de hipertensão foi de 23%, próxima a encontrada no presente estudo, porém o estudo foi realizado com adultos até 64 anos. Na Turquia, estudo transversal realizado com adultos, a prevalência de HAS foi de 29,7% na faixa etária entre 18 a 59 anos (DOĞAN et al. 2012). No presente estudo, a prevalência de hipertensão arterial foi maior nos indivíduos do sexo masculino em relação ao feminino. Resultados semelhantes foram encontrados em estudo realizado em Cuiabá-MT, por BARBOSA et al. (2009), onde a prevalência de hipertensão arterial foi de 33,5% no sexo masculino e 23,5% no feminino. Em Curitiba-PR, a prevalência de indivíduos com hipertensão foi de 19,4% nos homens e 15,9% nas mulheres (ULBRICH et al., 2011). Conforme resultados descritos neste estudo, a variável idade apresentou associação estatisticamente significativa com a hipertensão arterial sistêmica em ambos os sexos. Segundo FUCHS (2012), o crescimento da prevalência de HAS pode ser observado pelo aumento da idade. As alterações hemodinâmicas da HAS como o aumento do débito ou da resistência periférica têm início entre os 20 e 30 anos de idade, porém entre os 30 a 50 anos é que os níveis elevados se instalam (SBC, SBH, SBN, 2010). O presente estudo encontrou que a prevalência de HAS no sexo masculino e feminino foi maior na faixa etária de 50 a 59 anos, 53,64% e 58,62% respectivamente. Estudos realizados no Brasil encontraram associação entre faixa etária e HAS a partir dos 40 anos (BARROS et al., 2011; SANTOS SILVA et al.,2012 ; ULBRICH et al.,2011; ULBRICH et al., 2012; PICCINI et al., 2012).

57 56 Segundo CUTLER et al. (2008), em estudo realizado com a população norteamericana, com idade acima de 18 anos, constataram que a prevalência de hipertensão aumentou significativamente de 24,4% para 28,9%, na faixa etária acima de 40 anos. Outro estudo conduzido por WILSGAARD et al. (2000), no Norte da Noruega, demonstram o aumento da pressão arterial sistólica e diastólica com o passar dos anos. A prevalência de HAS foi menor em indivíduos residente nos municípios da Amazônia Legal nascidos nas regiões Norte e Nordeste do Brasil para o sexo masculino, em relação aos nascidos na região Centro Oeste. Estudo baseado em dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico VIGITEL (2012), nas capitais brasileiras e Distrito Federal, estimou a frequência de hipertensão autorreferida menor em Macapá (14,6%), Porto Velho (14,8%) e São Luiz (14,9%), para o sexo masculino. Apesar dos resultados encontrados nos estudos acima apresentarem uma menor prevalência para hipertensão arterial na Região Norte e Nordeste, estudo realizado sobre associação entre a hipertensão arterial e aspectos comportamentais como o estresse e migração, aponta que a migração apresentou-se como um fator de risco para hipertensão arterial sistêmica em decorrência de mudanças nos hábitos alimentares e estilo de vida dos indivíduos, sendo considerada como um agente estressor resultando em um aumento da pressão arterial mediado pelo sistema nervoso central e por processos neuro-hormonais (LIMA JR e LIMA NETO, 2010). Outra variável significativa no presente estudo foi em relação ao estado nutricional categorizado pelo IMC. SCALA et al. (2011), apontam que a prevalência de HAS é cerca de três vezes maior em indivíduos com obesidade, além de ser considerada um dos principais fatores que predispõem o desenvolvimento da HAS. No presente estudo, as razões de prevalências da HAS observada tanto nos homens como nas mulheres, de HAS em obesos foi 2,42 e 3,13 vezes em relação aos não obesos, respectivamente. Este achado é próximo dos obtidos nos demais estudos em Mato Grosso (MARTINS et al., 2009 e BARBOSA et al., 2009). Outros estudos realizados no Brasil indicam a importância deste índice (IMC) na associação com a HAS. (ULBRICH et al., 2012; SANTOS SILVA et al., 2012; ULBRICH et al., 2011; AMER et al., 2011; LINO et al., 2011).

58 57 Em relação ao consumo de bebida alcoólica e HAS, foi analisada à ingestão quanto aos tipos de bebida. Os resultados do presente estudo mostram que houve associação somente para o sexo feminino, reduzindo a prevalência de HAS em aproximadamente 70%, quando as mulheres referiram o consumo de vinho em relação as que não bebem. SESSO et al. (2008), em estudo da Saúde da Mulher, realizado nos EUA, encontraram uma associação em forma de J entre o consumo de álcool e hipertensão arterial, ajustados pela idade e estilo de vida e concluiu que o consumo de álcool leve a moderado diminui o risco de hipertensão no sexo feminino. HVIDTFELDT et al. (2010), em análise conjunta de oito estudos prospectivos da América do Norte e na Europa encontrou uma associação inversa entre o álcool e o risco de doença cardíaca coronária em todas as faixas etárias. Outro estudo de meta-análise, com artigos analisados até outubro de 2009 pela pesquisa no PubMed e Embase, encontrou que a relação geral entre a mortalidade cardiovascular e a ingestão de álcool foi interpretada como uma curva em forma de J, mostrando um efeito protetor, na quantidade ingerida de 5 a 10 g/dia (COSTANZO et al., 2010). O consumo de bebidas alcoólicas eleva a pressão arterial e seus efeitos variam de acordo com o sexo, etnia e características de consumo. A magnitude do risco de consumo de bebidas alcoólicas sobre a HAS é determinado pela quantidade e frequência de etanol ingerido (FUCHS, 2012). A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como consumo moderado de álcool a ingestão de uma dose/dia para as mulheres (15 g de etanol) e duas doses/dia para os homens (30 g de etanol). A ingestão de doses diárias acima deste padrão é considerada prejudicial e representa algum risco para a saúde dos indivíduos (MS, 2003). Os mecanismos envolvidos no aumento da pressão arterial associados ao incremento do consumo de álcool podem ser determinados pela influência direta no coração ou na musculatura lisa dos vasos, ou por meio da estimulação do sistema nervoso simpático ou do sistema renina-angiotensina-aldosterona, e pode aumentar os níveis plasmáticos de cortisol por perda de magnésio pela urina. O álcool tem sido associado não somente a elevação dos níveis da pressão arterial, mas também a vários elementos da Síndrome Metabólica, como aumento dos níveis de

59 58 triglicerídeos, adiposidade central e ácido úrico elevado (BOMBIG e PÓVOA, 2008). Mundialmente, estima-se que a relação do álcool com a mortalidade em geral é de 3,2%, e que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o álcool é o fator de risco que mais contribui para a carga de doenças, sendo responsável por 6,2% delas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mortalidade ou a limitação da condição funcional dos indivíduos decorrente do consumo de bebidas alcoólicas superam às associadas ao tabagismo (WHO, 2002). Os resultados apresentados nesta pesquisa reforçam a importância de realizar novos estudos que ajudem na compreensão da magnitude da prevalência da hipertensão arterial em adultos nos diferentes grupos populacionais, além de necessários para fornecer informações importantes à saúde a fim de que se possam desenvolver ações e políticas eficazes de prevenção e tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Trata-se de uma pesquisa de base populacional, com coleta de dados realizada no domicilio dos entrevistados por uma equipe de entrevistadores treinados. Quanto ao tamanho da amostra, para ambos os sexos, foi suficiente para avaliar as associações realizadas neste estudo. Porém a limitação deste estudo é o seu delineamento transversal, que impossibilita estabelecer relações causais entre exposição e o desenvolvimento da doença. Os achados da prevalência, tanto nos locais de pequeno porte, como nas cidades maiores, mostram ser um problema de saúde pública e o conhecimento dos seus fatores determinantes é importante para que medidas e ações de prevenção possam ser aplicadas. Diante disso, é importante a intensificação de programas de controle da HAS e outros fatores de risco cardiovasculares, visando controlar ou reduzir essa prevalência por meio da prevenção e uma melhor qualidade de vida da população.

60 59 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amer NM, Marcon SS, Santana RG. Índice de Massa Corporal e Hipertensão Arterial em Indivíduos Adultos no Centro-Oeste do Brasil. Arq Bras Cardiol. 2011;96(1): Barbosa LS, Scala LCN, Ferreira MG. Associação entre marcadores antropométricos de adiposidade corporal e hipertensão arterial na população adulta de Cuiabá, Mato Grosso. Rev Bras Epidemiol 2009;12(2): Barros MBA, Francisco PMSB, Zanchetta LM, César CLG. Tendências das desigualdades sociais e demográficas na prevalência de doenças crônicas no Brasil, PNAD: Ciência & Saúde Coletiva 2011;16(9): Bombig MTN, Póvoa R. A importância do álcool. In: Passarelli Júnior O, Fonseca FAH, Colombo FMC, Scala LCN, Póvoa R. Hipertensão Arterial de Difícil Controle - Da Teoria à Prática Clínica. São Paulo: Segmento Farma. 2008;344p. Callaway CW, Chumlea WC, Bouchard C, Himes JH, Lohman TG, Martin AD et al. Circumferences. Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Antropometric Standardization Reference Manual.Illinnois: Human Kinetics Books. 1988: Cesarino CB, Cipullo JP, Martins JFV, Ciorlia LA, Godoy MRP, Cordeiro JA, Rodrigues IC. Prevalência e Fatores Sociodemográficos em Hipertensos de São José do Rio Preto SP. Arq Bras Cardiol. 2008;91(1): Costa JSD, Barcellos FC, Sclowitz ML, Sclowitz IKT, Castanheira M, Olinto MTA, Menezes AMB, Gigante DP, Macedo S, Fuchs SC.Prevalência de Hipertensão Arterial em Adultos e Fatores Associados: um Estudo de Base Populacional Urbana em Pelotas,Rio Grande do Sul, Brasil. Arq Bras Cardiol 2007;88(1): Costanzo S, Di Castelnuovo A, Donati MB, Iacoviello L, Gaetano G. Alcohol Consumption and Mortality in Patients With Cardiovascular Disease. A Meta- Analysis. JACC 55(13). March, 2010: Cutler JA, Sorlie PD, Wolz M, Thom T, Campos LE,Roccella EJ. Tendências em Hipertensão Prevalência, conhecimento, tratamento e controle de Tarifas em Estados Unidos adultos entre e Hipertensão.2008;52: Doğan N, Toprak1 D, Demir S. Hypertension prevalence and risk factors among adult population in Afyonkarahisar region: a cross-sectional research. Anadolu Kardiyol Derg, 2012;12: Espinosa MM, Guimarães LV, Lima Lopes MAL, Martins MSAS, Guerra LDS, Menegaz A, Segri NJ. Análises utilizadas na precisão da amostragem por

61 60 conglomerados em dois estágios de inquéritos de base populacional. In: Guimarães LV, Pignatti MG, Souza DPO, organizadores. Saúde Coletiva múltiplos olhares em pesquisa. Cuiabá: Edufmt; 2012:455. Ferreira MG, Valente JG, Gonçalves- Silva RMV, Sichieri R. Consumo de bebida alcoólica e adiposidade abdominal em doadores de sangue. Rev Saúde Pública 2008;42(6): Fuchs SC. Fatores de risco para Hipertensão Arterial. In: Hipertensão/ Araujo A, Brandão CA, Nobre F. 2ª Edição. Rio de Janeiro:Elsevier, p. Gordon CC, Chumlea WC, Roche AF. Stature, recumbent lenght, and weight. In: Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Antropometric Standardization Reference Manual. Illinnois: Human Kinetics Books; 1988: Hu G, Jousilahti P, Antikainen R, Tuomilehto J. Occupational, Commuting, and Leisure-Time Physical Activity in Relation to Cardiovascular Mortality Among Finnish Subjects With Hypertension. Am J Hypertens. 2007;20: Hvidtfeldt UA, Tolstrup JS, Jakobsen MU, Heitmann BL, Grønbæk M, O'Reilly E et al.alcohol Intake and Risk of Coronary Heart Disease in Younger, Middle-Aged, and Older Adults. Circulation. 2010;121: Lino MZR, Muniz PT, Siqueira KS. Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adultos: inquérito populacional em Rio Branco, Acre, Brasil Cad. Saúde Pública.2011;27(4): Lloyd-Jones D, Adams RJ, Brownet TM, et al. Heart disease and stroke statístics update: a report from the American Heart Association Statístics Committee and stroke statistics subcommittee. Circulation.2010;121:e46- e215. Martins MSAS, Ferreira MG, Guimarães LV, Vianna LAC. Hipertensão Arterial e Estilo de Vida em Sinop, Município da Amazônia Legal. Arq Bras Cardiol. 2009; 94(5): Ministério da Saúde. Política do MS para atenção integral aos usuários de álcool e outras drogas. Brasil, Moraes AAL, Avezum Junior A. O Impacto da Hipertensão Arterial no Mundo. In: Brandão AA, Amodeo C, Nobre F. Hipertensão. Rio de Janeiro. 2ª edição; Elsevier, 2012, p Moreira JPL, Moraes JR, Luiz RR. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica auto-relatado em ambientes urbanos e rurais no Brasil: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2013, 29(1):62-72

62 61 Nascimento Neto RMN, Pereira AC, Coelho GLLM, Krieger JE. Atlas Corações do Brasil.Sociedade Brasileira de Cardiologia, National Heart Lung and Blood Institute. Quem está em risco para a pressão arterial elevada? [acesso em Fev/2014]. Disponível em: Organização Mundial da Saúde. Portal da saúde Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Disponível em: &janela=1. [acesso em 09 jun 2012]. Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial sobre doenças não transmissíveis Genebra: OMS; Piccini RX, Facchini LA, Tomasi E, Siqueira FV, Silveira DS,Thumé E, Silva SM,Dilelio AS. Promoção, prevenção e cuidado da hipertensão arterial no Brasil Rev Saúde Pública 2012;46(3): Pires JE, Sebastião YV, Langa AJ and Nery SV. Hypertension in Northern Angola: prevalence, associated factors, awareness, treatment and control. BMC Public Health 2013, 13(90):2-10. Rosário TM, Scala LCN, França GVA, Pereira MR, Jardim PCBV. Fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em Nobres-MT. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(2): Santos Silva DA, Petroski EL, Peres MA. Pré-hipertensão e hipertensão em adultos de Florianópolis: estudo de base populacional. Rev Saúde Pública 2012;46(6): Scala LCN, Magalhães LBNC, Machado CA. Epidemiologia e prevenção primária da hipertensão arterial. In: Paola AAV, Barbosa MM, Guimarães JI. Cardiologia Livro Texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia. São Paulo. Editora Manole; 2011; Schmidt MI, Duncan BB, Azevedo e Silva G, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM, Chor D, Menezes PR. The Lancet. Saúde no Brasil 4 - Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. Saúde no Brasil. maio de 2011: [acesso em 15 abr 2013]. Disponível em: Sesso HD, Cook NR, Buring JE, Manson JAE and Gaziano JM. Alcohol Consumption and the Risk of Hypertension in Women and Men. Hypertension. 2008;51:

63 62 SBH, SBC, SBN - Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2010;13(1):6-66. Souza ARA, Costa A, Nakamura D, Mocheti LN, Stevanato Filho PR, Ovando LA. Um estudo sobre Hipertensão Arterial Sistêmica na Cidade de Campo Grande, MS. Arq Bras Cardiol. 2007;88(4): Ulbrich AZ, Bertin RL, Stabelini Neto A, Bozza R, Piola TS & Campos W. Associação do estado nutricional com a hipertensão arterial de adultos.motriz, Rio Claro, jul./set (3): Ulbrich AZ, Bertin RL, Bozza R, Stabelini Neto A, Santos Lima GZ, Carvalho T, Campos W. Probabilidade de hipertensão arterial a partir de indicadores antropométricos em adultos. Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(6): Vigitel Brasil 2012 : vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico /Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. Brasília : Ministério da Saúde, p.: il. Wilsgaard T, Schirmer H, Arnesen E. Impact of body weight on blood pressure with a focus on sex differences the Tromso Study, Arch Inter Med. 2000;160: WHO - World Health Organization. Population aging; a public health challenge. Geneva: WHO - World Health Organization. About global alcohol database. Geneva: WHO, Disponível em: < cohol_about&language=english>. Acesso em: 16 janeiro WHO - World Health Organization. The World health report : reducing risks, promoting healthy life. Geneva: WHO, p. Disponível em: < Acesso em: 19 ago 2004.

64 63 6 CONCLUSÕES 1. Estudo desenvolvido com indivíduos, sendo 51,08% do sexo masculino. Entre os entrevistados, 34,15% pertenciam a faixa etária de 20 a 29 anos e 72,05% eram casados. Com relação à variável raça/cor, 53,96% autorreferiram como pardos e 38,67% como brancos. Observou-se que 40,57% dos indivíduos eram naturais da região Sul e 30,84% eram do Estado de Mato Grosso. Quanto à escolaridade, 31,17% apresentaram de cinco a oito anos de estudo e 32,00% tinham renda familiar per capita menor que um salário mínimo. 2. A prevalência da hipertensão arterial sistêmica entre os adultos estudados foi de 22,31%. 3. As variáveis que permaneceram associadas com a hipertensão arterial entre os adultos do sexo masculino foram: Idade, estado nutricional e naturalidade. Nos homens nascidos nas Regiões Norte e Nordeste apresentaram efeito protetor para hipertensão arterial. 4. As variáveis que permaneceram associadas com a hipertensão arterial entre as mulheres foram: Idade, estado nutricional e aos tipos de bebida. O consumo exclusivo de vinho nas mulheres, apresentaram efeito protetor para hipertensão arterial.

65 64 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Altun B, Süleymanlar G, Utaş C, Arınsoy T, Ateş K, Ecder T, Çamsarı T, Serdengeçti K. Prevalence, Awareness, Treatment and Control of Hypertension in Adults with Chronic Kidney Disease in Turkey: Results from the CREDIT Study. Kidney Blood Press Res. 2012;36: Alves M, Godoy SCB. Procura pelo serviço e atenção à saúde do trabalhador e absenteísmo-doença em um hospital universitário. Rev Min Enf. 2001;15(½): Amer NM, Marcon SS, Santana RG. Índice de Massa Corporal e Hipertensão Arterial em Indivíduos Adultos no Centro-Oeste do Brasil. Arq Bras Cardiol. 2011;96(1): Barbosa LS, Scala LCN, Ferreira MG. Associação entre marcadores antropométricos de adiposidade corporal e hipertensão arterial na população adulta de Cuiabá, Mato Grosso. Rev Bras Epidemiol. 2009; 12(2): Barros MBA, Francisco PMSB, Zanchetta LM, César CLG. Tendências das desigualdades sociais e demográficas na prevalência de doenças crônicas no Brasil, PNAD: Ciência & Saúde Coletiva. 2011;16(9): Bloch KV, Rodrigues CS, Fiszman R. Epidemiologia dos fatores de risco para hipertensão arterial uma revisão crítica da literatura brasileira. Rev Bras Hipertens. 2006;13(2): Blumenthal JA, Babyak MA, Hinderliter A, Watkins LL, Craighead L, Lin PH et al. Effects of the DASH diet alone and in combination with exercise and weight loss on blood pressure and cardiovascular biomarkers in men and women with high blood pressure: the ENCORE study. Arch Intern Med. 2010;170(2): Bombig MTN, Póvoa R. A importância do álcool. In: Passarelli Júnior O, Fonseca FAH, Colombo FMC, Scala LCN, Póvoa R. Hipertensão Arterial de Difícil Controle - Da Teoria à Prática Clínica. São Paulo: Segmento Farma. 2008;344p. Borges HP, Cruz NC, Moura EC. Associação entre Hipertensão Arterial e Excesso de Peso em Adultos, Belém, Pará, Arq Bras Cardiol. 2008;91(2): Brasil. Presidência da República. Plano Amazônia Sustentável: diretrizes para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Brasileira / Presidência da República. Brasília: MMA, p. Callaway CW, Chumlea WC, Bouchard C, Himes JH, Lohman TG, Martin AD, Mitchell CD, Mueller WH, Roche AF, Seefeldt VD. Circumferences. Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Antropometric Standardization Reference Manual.

66 65 Illinnois: Human Kinetics Books. 1988: Carneiro G, Faria NA, Ribeiro Filho FF, Guimarães A, Lerário D, Ferreira SRG, Zannella MT. Influência da distribuição da gordura corporal sobre a prevalência de hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular em indivíduos obesos. Rev Assoc Med Bras. 2003;49(3): Carretero AO, Oparil S. Essential Hypertension. Part I: Definition and etiology. Circulation, : Castro RAA, Moncau JEC (in memoriam), Marcopito LF. Prevalência de hipertensão arterial sistêmica na cidade de Formiga, MG. São Paulo. Arq Bras Cardiol 2007; 88(3): Cesarino CB, Cipullo JP, Martins JFV, Ciorlia LA, Godoy MRP, Cordeiro JA, Rodrigues IC. Prevalência e Fatores Sociodemográficos em Hipertensos de São José do Rio Preto SP. Arq Bras Cardiol. 2008;91(1): Chobaniam AV, Bahris GL, Black HR, Cushman WC, Green LA, Izzo Junior JL, et al. 7º Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (The JNC 7 Report). JAMA 2003;289(19): Conceição TV, Gomes FA, Tauil PL, Rosa TT. Valores de pressão arterial e suas associações com fatores de risco cardiovasculares em servidores da Universidade de Brasília Arq Bras Cardiol. 2006;86(1): Conen D, Glynn RJ, Ridker PM, Buring JE, Albert MA. Socioeconomic status, blood pressure progression, and incident hypertension in a prospective cohort of female health professionals. Eur Heart J. 2009;30: Consenso Latino Americano sobre Hipertensão Arterial. J Hypertens. 2001;6: Craig, C. L. et al. International physical activity questionnaire: 12-country reliability and validity. Medicine and Science in Sports and Exercise, Indianapolis, v. 35, no. 8, p , Critchley JA, Capewell S. Mortality risk reduction associated with smoking cessation in patients with coronary heart disease: a systematic review. JAMA. 2003;290(1): Esperandio EM, Espinosa MM, Martins MAS, Guimarães LV, Lopes MAL, Scala LCN. Prevalência e fatores associados à hipertensão arterial em idosos de municípios da Amazônia Legal, MT. Rev Bras Geriatr Gerontol. RJ. 2013; 16(3): Espinosa MM, Guimarães LV, Lima Lopes MAL, Martins MSAS, Guerra LDS, Menegaz A, Segri NJ. Análises utilizadas na precisão da amostragem por

67 66 conglomerados em dois estágios de inquéritos de base populacional. In: Guimarães LV, Pignatti MG, Souza DPO, organizadores. Saúde Coletiva múltiplos olhares em pesquisa. Cuiabá: Edufmt; 2012:455. Fagard RH. Physical activity, physical fitness and the incidence of hypertension. J Hypertens. 2005;23(2): Feijão AMM, Gadelha FV, Bezerra AA, Oliveira AM, Silva MSS, Lima JWO. Prevalência de Excesso de Peso e Hipertensão Arterial, em População Urbana de Baixa Renda. Arq Bras Cardiol. 2005;84(1): Ferreira MG, Valente JG, Gonçalves- Silva RMV, Sichieri R. Consumo de bebida alcoólica e adiposidade abdominal em doadores de sangue. Rev Saúde Pública. 2008;42(6): Freitas OC, Resende de Carvalho F, Marques Neves J, Veludo PK, Silva Parreira R, Marafiotti Gonçalves R, et al. Prevalence of hypertension in the urban population of Catanduva, in the State of São Paulo, Brazil. Arq Bras Cardiol. 2001;77:9-21. Fuchs SC. Fatores de Risco para Hipertensão Arterial in Hipertensão/editores Andréa Araujo. Brandão, Celso Amodeo, Fernando Nobre. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012:3-9. Gordon CC, Chumlea WC, Roche AF. Stature, recumbent lenght, and weight. In: Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Antropometric Standardization Reference Manual. Illinnois: Human Kinetics Books;1988: Guimarães LV, Lima-Lopes MA de, Espinosa MM, Martins MSAS, Alencar LAA, Rossignoli PA et al.. Segurança Alimentar e nutricional da população residente na área de influência da BR 163. [projeto de Pesquisa]. Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso; Guimarães VV, Florindo AA, Stopa SR, César CLG, Barros MBA, Carandina L, Goldbaum M. Consumo abusivo e dependência de álcool em população adulta no Estado de São Paulo, Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2010;13(2): Hajjar I, Kotchen JM, Kotchen TA. Hypertension: trends in prevalence, incidence, and control. Annu Rev Public Health. 2006;27: Hu G, Jousilahti P, Antikainen R, Tuomilehto J. Occupational, Commuting, and Leisure-Time Physical Activity in Relation to Cardiovascular Mortality Among Finnish Subjects With Hypertension. Am J Hypertens. 2007;20: IBGE. Censo Demográfico, IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, v.29, [acesso em 27 Jan. 2013]

68 67 Disponível em: rasilpnad2008.pdf IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares : Análise da disponibilidade de alimentos e do estado nutricional no Brasil. Rio de Janeiro; IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2008/2009. [publicado na internet]. Brasília; [acesso em 16 nov 2012]. Disponível em: Jardim PCBV, Gondim MRP, Monego ET, Moreira HG, Vitorino PVO, Souza WKSB, Scala LCN. Hipertensão arterial e alguns fatores de risco em uma capital brasileira. Arq Bras Card. 2007;88(4): JNC 7- Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. Pan American Health Organization [acesso em 22 jan 2013]. Disponível em: gid=13813&itemid= Kim KH, Won Oh S, Kwon H, Ho Park J, Choi H, Cho B. Alcohol Consumption and Its Relation to Visceral and Subcutaneous Adipose Tissues in Healthy Male Koreans. Ann Nutr Metab. 2012;60: Kirchenchtenj C, Chatkin JM. Dependência da nicotina. J Bras Pneumol. 30(2), Lessa I. Epidemiologia da insuficiência cardíaca e da hipertensão arterial sistêmica no Brasil. Rev Bras de Hipertens. 2001;8: Lino MZR, Muniz PT, Siqueira KS. Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adultos: inquérito populacional em Rio Branco, Acre, Brasil Cad.Saúde Pública.2011;27(4): Louzada JCA, Amaral SL. Outros benefícios do exercício físico para o hipertenso. Rev Hipertens. 2010;13(04): Magnabosco P. Qualidade de vida relacionada à saúde do indivíduo com hipertensão arterial integrante de um grupo de convivência [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP; Malta DC, Morais Neto OL, Barbosa da Silva Jr J. Apresentação do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011 a Epidemiol Serv Saúde (4):

69 68 Mapa dos municípios de Mato Grosso. [acesso em 22 ago 2012]. Disponível em: Marcopito LF, Rodríguez SSF, Pacheco MA, Shirassu MM, Goldfeder AJ, Moraes MA. Prevalência de alguns fatores de risco para doenças crônicas na cidade de São Paulo, Rev Saúde Pública. 2008; 42(6): Marie Ng, Tom F, Margaret R, Blake T, Nicholas G, Christopher M. Global, regional, and national prevalence of overweight and obesity in children and adults during : a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study Lancet. 2014;1-16. [acesso em 22 abril 2014]. Disponível em: Martins MSAS, Ferreira MG, Guimarães LV, Vianna LAC. Hipertensão Arterial e Estilo de Vida em Sinop, Município da Amazônia Legal. Arq Bras Cardiol. 2009; 94(5): Ministério da Integração Nacional. Plano de desenvolvimento regional sustentável da área de influência da rodovia BR-163. Brasília, DF; [acesso em 20 nov 2012]. Disponível em: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília DF 2012 b. [acesso em 02 nov 2012]. Disponível em: pdf 41 Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, Cadernos de Atenção Básica; 15:58. Ministério da Saúde Portal da Saúde. Dados estatísticos no Brasil: VIGITEL, a. [acesso em 03 maio 2012]. Disponível em: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Informações de saúde, demográficas e socioeconômicas - DATASUS Ministério da Saúde.Tabagismo: Dados e Números.Tabagismo no mundo Disponível em: Acesso : 03/02/2014

70 69 Mittal BV, Singh AK. Hipertensão no mundo em desenvolvimento: desafios e oportunidades. Am J Kidney Dis. 2010;55(3): Moraes AAL, Avezum Junior A. O Impacto da Hipertensão Arterial no Mundo. In: Brandão AA, Amodeo C, Nobre F. Hipertensão. Rio de Janeiro. 2ª edição; Elsevier, 2012, p Naguettini AV, Belem JMF, Salgado CM, Vasconcelos Jr HM, Seronni EMX, Junqueira AL et al. Avaliação dos fatores de risco e proteção associados à elevação da pressão arterial em crianças. São Paulo.Arq Bras Cardiol. 2010;94(4). Oliveira MAM, Fagundes RLM, Moreira AM, Trindade EBSM, Carvalho T. Relação de indicadores antropométricos com fatores de risco para doença cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2010;94(4): Organização Mundial da Saúde. Portal da saúde Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. [acesso em 09 jun 2012]. Disponível em: &janela=1 Organização Mundial da Saúde. Portal da Saúde [acesso em 10 fev 2013]. Disponível em: 42 Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial sobre doenças não transmissíveis Genebra: OMS; ONU- United Nations New York. World Economic and Social Survey. Development in an Ageing World. 2007;50(1):314. Peña MSB, Abdala CVM, Silva LC, Ordúñez P. Usefulness for surveillance of hypertension prevalence studies in Latin America and the Caribbean: the past 10 years. Rev Panam Salud Publica. Washington, July 2012;32(1). Pereira MR, Coutinho MSSA, Freitas PF, D'Orsi E, Bernardi A, Hass R. Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle de hipertensão arterial Sistêmica na População adulta urbana de Tubarão, Santa Catarina, Brasil. Cad.Saúde Pública. 2007;23(10): Rosário TM, Scala LCNS, Franca GVA, Pereira MRG, Jardim PCBV. Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres, MT. Arq Bras Card 2009; 93(6):

71 70 Sabry MOD, Sampaio HAC, Silva MGC. Tabagismo e etilismo em funcionários da Universidade Estadual do Ceará. J Pneumol. 1999;25(6):1-8. Santos JV, Gigante DP, Domingues MR. Prevalência de insegurança alimentar em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, e estado nutricional de indivíduos que vivem nessa condição. Cad Saúde Pública. 2010;26p. SBH, SBC, SBN - Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2006; 89(3): SBH, SBC, SBN - Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2010;13(1):6-66. Schmidt MI, Duncan BB, Azevedo e Silva G, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM, Chor D, Menezes PR. The Lancet. Saúde no Brasil 4 - Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. Saúde no Brasil.2011: Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Instituto Nacional do Câncer. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis Brasil:15 capitais e Distrito Federal, 2002/2003. Rio de Janeiro: Inca; Senicato C e Barros MBA.A desigualdade social em saúde entre as mulheres em Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública. RJ, 28(10): , out, 2012 Souza ARA, Costa A, Nakamura D, Mocheti LN, Stevanato Filho PR, Ovando LA. Um estudo sobre Hipertensão Arterial Sistêmica na Cidade de Campo Grande, MS. Arq Bras Cardiol. 2007;88(4): Spinella C, Lamas JLT. Factores asociados a la hipertensión arterial y niveles presóricos encontrados entre adolescentes trabajadores. Rev Esc Enferm. SP 2007;41(2): Stipp MAC, Leite JL, Cunha NM, Assis LS, Andrade MP, Simões RD. The consumption of alcohol and the cardiovascular diseases an analysis under the nursing view. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2007;11(4): Szmitko PE, Verma S. Antiatherogenic potential of red wine: clinician update. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2005;288(5): Ulbrich AZ, Bertin RL, Stabelini Neto A, Bozza R, Piola TS & Campos W. Associação do estado nutricional com a hipertensão arterial de adultos. Motriz, Rio Claro. 2011;17(3):

72 71 Ulbrich AZ, Bertin RL, Bozza R, Stabelini Neto A, Santos Lima GZ, Carvalho T, Campos W. Probabilidade de hipertensão arterial a partir de indicadores antropométricos em adultos. Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56/6 Vargas D, Oliveira MAF, Araújo EC. Prevalência de dependência alcoólica em serviços de atenção primária à saúde de Bebedouro, São Paulo, Brasil. Cad.Saúde Pública, RJ, 2009;25(8): Vendrame A, Pinsky I, Faria R, Silva R. Apreciação de propagandas de cerveja por adolescentes: relações com a exposição prévia às mesmas e o consumo de álcool. Cad Saúde Pública. 2009;25(2): Whelton PK, He J, Appel LJ et al. Primary prevention of hypertension: Clinical and public health advisory from the National High Blood Pressure Education Program. JAMA. 2002;288(15): WHO - World Health Organization. Population aging; a public health challenge. Geneva: WHO - World Health Organization - International guide for monitoring alcohol consumption and related harm. Geneva: WHO - World Health Organization [homepage on the Internet]. Geneva: World Health Organization.World Health Report Reducing risks, promoting healthy life. (acesso jun 2013) Disponível em: WHO World Health Organization. National Institute on Aging. National Institute of Health. October 2011;11(7737):1-32. WHO - World Health Organization. New data highlight increases in hypertension, diabetes incidence. The World health statistics [acesso em 09 nov 2012]. Disponível em: 16/en/index.html WHO - World Health Organization. Obesity and overweight [acesso em Jan/2014]. Disponível em: Winnicki M, Bonso E, Dorigatti F, Longo D, Zaetta V, Mattarei M et al. Effect of body weight loss on blood pressure after 6 years of follow-up in stage 1 hypertension. Am J Hypertens. 2006;19(11):

73 72 8 ANEXOS: 8.1Identificação

74 8.2 Identificação e caracterização dos moradores domicílio. 73

75 8.3 Informações sobre a família e características da unidade domiciliar. 74

76 8.4 Informações sobre estilo de vida (para maiores de 14 anos) 75

Prevalência de Hipertensão Arterial em População Adulta de uma Região do Centro-Oeste Brasileiro

Prevalência de Hipertensão Arterial em População Adulta de uma Região do Centro-Oeste Brasileiro Prevalência de Hipertensão Arterial em População Adulta de uma Região do Centro-Oeste Brasileiro Júnior Braga, Francelino 1 Nóbrega Toledo, Juliana 1 Monteiro Zaranza, Luciana 1 1 Centro Universitário

Leia mais

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY RESUMO PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY FERREIRA 1,Camila da Silva GUIMARÃES, Keyth 2, Sulamitta de Lima

Leia mais

EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS

EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS Eduardo Emanuel Sátiro Vieira UFPI/eduardo-satiro@hotmail.com Profª Dra. Ana Roberta Vilarouca da Silva UFPI/robertavilarouca@yahoo.com.br

Leia mais

PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Ciclos de vida, Brasil e grandes regiões Volume 3

PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Ciclos de vida, Brasil e grandes regiões Volume 3 PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Ciclos de vida, Brasil e grandes regiões Volume 3 ABRANGÊNCIA A Pesquisa Nacional de Saúde 2013 foi planejada para a estimação de vários indicadores com a precisão desejada

Leia mais

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB Maria Rozimar Dias dos Santos Nóbrega José Maurício de Figueiredo Júnior Faculdades Integradas de Patos FIP

Leia mais

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Resumo: As complicações crônicas do diabetes são as principais responsáveis pela

Leia mais

INQUÉRITOS NACIONAIS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO. Profa Milena Bueno

INQUÉRITOS NACIONAIS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO. Profa Milena Bueno INQUÉRITOS NACIONAIS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO Vale a pena gastar tanto recurso financeiro para a realização de pesquisas para diagnóstico populacional? Evidências para mudanças políticas Desafios Definição

Leia mais

PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE

PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE Felipe Matheus Neves Silva(1); Thiago Assis Ferreira Santiago (2) ; Larissa Nóbrega Rodrigues (3); Matheus

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 26 Profª. Lívia Bahia Estratégias para o cuidado ao paciente com doença crônica na atenção básica Hipertensão A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é

Leia mais

Inquérito de Saúde no Município de São Paulo

Inquérito de Saúde no Município de São Paulo Inquérito de Saúde no Município de São Paulo ISA-Capital 2008 Primeiros resultados (comentados) Neuber J. Segri Inquérito de Saúde do Município de São Paulo ISA-Capital ANÁLISE DOS DADOS: STATA módulo

Leia mais

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO Viviane Mukim de Moraes Michele Furtado RESUMO Os estudos de avaliação nutricional de policiais militares

Leia mais

AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes

AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes Sumário Ver Livro Didático: pág. 37 à 45 e 65 à 71. Lipídeos e Lipoproteínas Sanguíneas Quando pedir ao responsável a análise do perfil lipídico? Pais

Leia mais

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN Ana Paula Araujo de Souza 1 ; Luciana Karla Miranda Lins 2 1 Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência

Leia mais

Comitê de Gestão de Indicadores de Fatores de Risco e Proteção

Comitê de Gestão de Indicadores de Fatores de Risco e Proteção Comitê de Gestão de Indicadores de Fatores de Risco e Proteção Comitê de Gestão de Indicadores de Fatores de Risco e Proteção Coordenação: Deborah Carvalho Malta Coordenação de Doenças e Agravos Não Transmissíveis

Leia mais

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. JOSÉ MÁRIO FERNANDES MATTOS¹ -UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO- UNIVASF, e-mail: zemabio@gmail.com RESUMO

Leia mais

Determinantes comportamentais do excesso de peso e obesidade em adolescentes de 17 anos estudo EPITeen

Determinantes comportamentais do excesso de peso e obesidade em adolescentes de 17 anos estudo EPITeen Ana Sofia Pereira Azevedo Determinantes comportamentais do excesso de peso e obesidade em adolescentes de 17 anos estudo EPITeen Porto 2011 Resumo Introdução: A prevalência de obesidade tem vindo a aumentar,

Leia mais

Multimorbidade e medidas antropométricas em residentes de um condomínio exclusivo para idosos

Multimorbidade e medidas antropométricas em residentes de um condomínio exclusivo para idosos Multimorbidade e medidas antropométricas em residentes de um condomínio exclusivo para idosos Januse Nogueira de Carvalho 1* ; Samuel de Sousa Nantes 2# ; Paolla Jessica da Cunha 3# ;Larissa Guerra Oliveira

Leia mais

Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.

Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006. O Boletim de Novembro/2018 apresentou dados referentes ao capítulo IV do CID-10 (Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas), no tocante à obesidade por excesso de calorias, na região de saúde de Ribeirão

Leia mais

VIGITEL BRASIL Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão

VIGITEL BRASIL Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão VIGITEL BRASIL 2016 Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão VIGITEL BRASIL 2016 Em uma década: DOENÇAS CRÔNICAS AVANÇAM Aumento de 61,8%

Leia mais

LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE

LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE Gutemberg dos Santos Chaves 1, Vivian Saraiva Veras 2 Resumo: A obesidade

Leia mais

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR BON, A. D; CECERE, P. F. F. P. RESUMO: Objetivou-se realizar avaliação antropométrica de estudantes de uma escola municipal de Cambira PR.

Leia mais

Abrasco Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico VIGITEL

Abrasco Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico VIGITEL Abrasco 2008 Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico VIGITEL Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis Departamento de Análise de Situação

Leia mais

FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS.

FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS. FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS. Daniela Wenzel Introdução Estudos da prática da amamentação no Brasil: Estudo Nacional

Leia mais

Planejamento do Inquérito Nacional de Saúde (INS)

Planejamento do Inquérito Nacional de Saúde (INS) Planejamento do Inquérito Nacional de Saúde (INS) Resultados da Consulta aos Pesquisadores e aos Representantes das Áreas Técnicas do Ministério da Saúde (MS) No processo de consulta, foram obtidas 81

Leia mais

ABRANGÊNCIA METODOLOGIA

ABRANGÊNCIA METODOLOGIA PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas, Brasil, grandes regiões e unidades da federação Volume 1 ABRANGÊNCIA A Pesquisa Nacional de Saúde 2013

Leia mais

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico Avaliação Dados de 2013 Periodicidade: anual desde 2006 Público: maiores de 18 anos e residentes nas 26

Leia mais

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA.   2 IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Simone Angélica Meneses Torres Rocha 1, Eliene da Silva Martins Viana

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RELAÇÃO ENTRE INATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS DA REDE MUNICIPAL DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO PE.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RELAÇÃO ENTRE INATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS DA REDE MUNICIPAL DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO PE. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RELAÇÃO ENTRE INATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS DA REDE MUNICIPAL DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO PE. RAMON WAGNER BARBOSA DE HOLANDA PABLO RUDÁ FERREIRA BARROS

Leia mais

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS SOUZA, J. P.; MARIN, T. Resumo O diabetes vem sendo considerado um grave problema de saúde pública. O objetivo do estudo foi

Leia mais

Comparação e Avaliação da Concordância entre Pressão Arterial Periférica (Casual e Ambulatorial) em Idosas Fisicamente Ativas

Comparação e Avaliação da Concordância entre Pressão Arterial Periférica (Casual e Ambulatorial) em Idosas Fisicamente Ativas Comparação e Avaliação da Concordância entre Pressão Arterial Periférica (Casual e Ambulatorial) em Idosas Fisicamente Ativas Andressa Moura Costa 1 (IC)*, Christoffer Novais de Farias Silva 2 (IC), Camilla

Leia mais

VIGITEL Periodicidade: anual 2006 a 2011

VIGITEL Periodicidade: anual 2006 a 2011 VIGITEL 11 Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por meio de Inquérito Telefônico Objetivos: Medir a prevalência de fatores de risco e proteção

Leia mais

ATIVIDADES EDUCATIVAS SOBRE SAÚDE CARDIOVASCULAR PARA IDOSOS RESIDENTES NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO.

ATIVIDADES EDUCATIVAS SOBRE SAÚDE CARDIOVASCULAR PARA IDOSOS RESIDENTES NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO. ATIVIDADES EDUCATIVAS SOBRE SAÚDE CARDIOVASCULAR PARA IDOSOS RESIDENTES NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO. Paula Alves de Lima 1, Rafaella Pessoa Moreira 2, Jerry Deyvid Freires Ferreira 3, Paula

Leia mais

Estudo avalia beneficiários de planos de saúde

Estudo avalia beneficiários de planos de saúde Estudo avalia beneficiários de planos de saúde Os beneficiários de planos de saúde estão fumando menos, consumindo mais frutas e hortaliças e se exercitando mais, mas ainda sofrem com o excesso de peso

Leia mais

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE Área Temática: Ciências da Saúde - Nutrição Autor(es): Brenda Alana Ribas 1 (UNICENTRO), Paula Chuproski Saldan 2 (Orientador).

Leia mais

ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA

ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA Larissa Paula da Silva de Souza 1, Jordana Lara de Miranda Camargo 2, Isabelle Zanquetta Carvalho

Leia mais

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES HIPERTENSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DE APUCARANA- PR

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES HIPERTENSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DE APUCARANA- PR PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES HIPERTENSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DE APUCARANA- PR MARYANE DOS SANTOS MATIAS ¹; ANA HELENA GOMES ANDRADE ² RESUMO Objetivo: Avaliar o perfil nutricional

Leia mais

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO RESUMO: O consumo e o comportamento alimentar do brasileiro apresentam constantes mudanças que são determinadas

Leia mais

DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO ATENDIDA DURANTE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO ATENDIDA DURANTE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO ATENDIDA DURANTE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO Mariana Melenchon Lopes1 Adriellen Duarte de Moraes2 Jéssica

Leia mais

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS Jayne Ramos Araujo Moura (jayne_moura@hotmail.com) Universidade Federal do Piauí/ Campus Senador Helvidio Nunes De Barros (UFPI/CSHNB);

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA DE PESCOÇO E OUTRAS MEDIDAS INDICADORAS DE ADIPOSIDADE CORPORAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE.

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA DE PESCOÇO E OUTRAS MEDIDAS INDICADORAS DE ADIPOSIDADE CORPORAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE. 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA

Leia mais

Hipertensão Arterial. Educação em saúde. Profa Telma L. Souza

Hipertensão Arterial. Educação em saúde. Profa Telma L. Souza Hipertensão Arterial Educação em saúde Profa Telma L. Souza Introdução Conceito Importância HAS DHEG Metas Estratégica Classificação de pressão Fatores de risco Tratamento Introdução Conceito Pressão arterial

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016 Secretaria de Saúde Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Doenças e Agravos Não transmissíveis e Promoção da Saúde SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE

Leia mais

DOENÇAS CRÔNICAS: Câncer de Mama e Colo do Útero, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus.

DOENÇAS CRÔNICAS: Câncer de Mama e Colo do Útero, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. DOENÇAS CRÔNICAS: Câncer de Mama e Colo do Útero, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Recife 2016 e 2017 Prefeitura do Recife Secretaria de Saúde Diretoria de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância

Leia mais

TÍTULO: ÍNDICE DE CONICIDADE EM ADULTOS SEDENTÁRIOS DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS

TÍTULO: ÍNDICE DE CONICIDADE EM ADULTOS SEDENTÁRIOS DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ÍNDICE DE CONICIDADE EM ADULTOS SEDENTÁRIOS DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS CATEGORIA: EM ANDAMENTO

Leia mais

Índice. Desempenho dos planos de saúde 2. Painel da população 5. Cobertura ambulatorial 6. Cobertura hospitalar 7. Alimentação 8. Atividade física 12

Índice. Desempenho dos planos de saúde 2. Painel da população 5. Cobertura ambulatorial 6. Cobertura hospitalar 7. Alimentação 8. Atividade física 12 Índice Desempenho dos planos de saúde 2 Painel da população 5 Cobertura ambulatorial 6 Cobertura hospitalar 7 Alimentação 8 Atividade física 12 Excesso de peso 18 Obesidade 20 Consumo abusivo de álcool

Leia mais

6º Simposio de Ensino de Graduação PERFIL DE POPULAÇÃO HIPERTENSA ATENDIDA EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, TIETÊ-SP, 2008.

6º Simposio de Ensino de Graduação PERFIL DE POPULAÇÃO HIPERTENSA ATENDIDA EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, TIETÊ-SP, 2008. 6º Simposio de Ensino de Graduação PERFIL DE POPULAÇÃO HIPERTENSA ATENDIDA EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, TIETÊ-SP, 2008. Autor(es) DAIANE CAROLINA SANTAROSSA Orientador(es) CLÁUDIA FEGADOLI 1.

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO

DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO Eduardo Silva Pinheiro Neves (PIBIC-Jr/Fundação Araucária), Paulo César Paulino (Orientador),

Leia mais

Os escolares das Escolas Municipais de Ensino Fundamental

Os escolares das Escolas Municipais de Ensino Fundamental 16 Estado nutricional das crianças de 7 a 10 anos de idade do Município de Vinhedo (SP) em 2005 e 2008, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (2007) Estela Marina Alves Boccaletto Doutoranda

Leia mais

Projeto de Extensão: Clínica Escola: atendimento ambulatorial de nutrição à comunidade

Projeto de Extensão: Clínica Escola: atendimento ambulatorial de nutrição à comunidade FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ARCHIMEDES THEODORO Projeto de Extensão: Clínica Escola: atendimento ambulatorial de nutrição à comunidade Além Paraíba, 2011 INTRODUÇÃO A alimentação e nutrição são requisitos

Leia mais

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO ENTRE POLICIAIS MILITARES

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO ENTRE POLICIAIS MILITARES 1476 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO ENTRE POLICIAIS MILITARES Nayara Melo Mota¹; Gilmar Mercês de Jesus², Evalnilson Ferreira dos Santos³ 1. Bolsista FAPESB, Graduada em Licenciatura

Leia mais

PERFIL CLÍNICO E BIOQUÍMICO DOS HIPERTENSOS DE MACEIÓ (AL) de Nutrição em Cardiologia (Ufal/Fanut/NUTRICARDIO )

PERFIL CLÍNICO E BIOQUÍMICO DOS HIPERTENSOS DE MACEIÓ (AL) de Nutrição em Cardiologia (Ufal/Fanut/NUTRICARDIO ) PERFIL CLÍNICO E BIOQUÍMICO DOS HIPERTENSOS DE MACEIÓ (AL) Andreza Ferreira da Silva 1 andrezaaferreira1@hotmail.com Juliana Bittencourt Duarte dos Santos 1 julianabittencourt71@gmail.com Isadora Bianco

Leia mais

IV Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica do Cesumar 20 a 24 de outubro de 2008

IV Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica do Cesumar 20 a 24 de outubro de 2008 20 a 24 de outubro de 2008 PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E SUA RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM CUIDADORES DE PACIENTES DE CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO DA CIDADE DE MARINGÁ Juliana Barbosa

Leia mais

RECORTE DOS INQUÉRITOS EPIDEMIOLÓGICOS DE ABRANGÊNCIA NACIONAL - 001/2017

RECORTE DOS INQUÉRITOS EPIDEMIOLÓGICOS DE ABRANGÊNCIA NACIONAL - 001/2017 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL RECORTE DOS INQUÉRITOS EPIDEMIOLÓGICOS DE ABRANGÊNCIA NACIONAL

Leia mais

Intervenção nutricional em indivíduos com sobrepeso e obesidade

Intervenção nutricional em indivíduos com sobrepeso e obesidade Intervenção nutricional em indivíduos com sobrepeso e obesidade Maria Cecília F. Assunção Iná da Silva dos Santos Denise Petrucci Gigante Marly Augusto Cardoso Daniela Saes Sartorelli Apoio: CNPq e FAPERGS

Leia mais

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE Diretoria de Pesquisas Coordenação de População e Indicadores Sociais Gerência de Estudos e Pesquisas Sociais Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE Data 26/08/2016 Introdução Adolescência Transição

Leia mais

VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico Rafael Moreira Claro rclaro@usp.br Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde NUPENS/USP Ministério

Leia mais

Determinantes Sociais da Saúde. Professor: Dr. Eduardo Arruda

Determinantes Sociais da Saúde. Professor: Dr. Eduardo Arruda Determinantes Sociais da Saúde Professor: Dr. Eduardo Arruda Conteúdo Programático desta aula Epidemiologia social e os Determinantes Sociais da Saúde (DSS); Principais Iniquidades em Saúde no Brasil;

Leia mais

FATORES DE RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES NO BRASIL

FATORES DE RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES NO BRASIL Patrocínio, MG, outubro de 2016 ENCONTRO DE PESQUISA & EXTENSÃO, 3., 2016, Patrocínio. Anais... Patrocínio: IFTM, 2016. FATORES DE RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES NO BRASIL Naiany Gonçalves

Leia mais

Causas de morte em idosos no Brasil *

Causas de morte em idosos no Brasil * Causas de morte em idosos no Brasil * Ana Maria Nogales Vasconcelos Palavras-chave: mortalidade, causas de morte, envelhecimento, transição demográfica e epidemiológica. Resumo Até muito recentemente,

Leia mais

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN Ana Paula Araujo de Souza 1 ; Luciana Karla Miranda Lins 2 1 Secretaria Municipal do

Leia mais

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Resumo GORZONI, J. H.; BRANDÃO, N. Estudos têm demonstrado o crescimento da síndrome metabólica. No entanto, esta pesquisa tem por objetivo

Leia mais

SOBREPESO E OBESIDADE

SOBREPESO E OBESIDADE ATENÇÃO ÀS MULHERES A promoção da alimentação saudável e a manutenção do peso adequado são fundamentais para promover a saúde e o bem-estar durante toda a vida da mulher e principalmente no período do

Leia mais

IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL

IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL CONGRESSO PORTUGUÊS DE CARDIOLOGIA IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL Susana Martins, Nuno Cortez-Dias, Adriana

Leia mais

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA ENTENDENDO a doença metabólica A doença metabólica, também chamada de síndrome metabólica ou ainda de plurimetabólica, em geral faz parte de um conjunto de

Leia mais

O IMPACTO DE CONDIÇÕES CRÔNICAS NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE (SF-36) DE IDOSOS EM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISA-SP.

O IMPACTO DE CONDIÇÕES CRÔNICAS NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE (SF-36) DE IDOSOS EM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISA-SP. O IMPACTO DE CONDIÇÕES CRÔNICAS NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE (SF-36) DE IDOSOS EM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISA-SP. Margareth Guimarães Lima (DMPS FCM-UNICAMP); Marilisa Berti de Azevedo

Leia mais

Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011

Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011 Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011 Promover o monitoramento Gerar medições que: Informem os formuladores de políticas Avaliem a implementação

Leia mais

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES Dra Fabrícia de Oliveira Assis Cantadori Cardiologista do HUJM Cuiabá, maio de 2015 UFMT PREVENÇÃO É procurar e utilizar métodos para prevenir doenças e/ou suas complicações,

Leia mais

PERFIL CLÍNICO, ANTROPOMÉTRICO E AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ-RN

PERFIL CLÍNICO, ANTROPOMÉTRICO E AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ-RN PERFIL CLÍNICO, ANTROPOMÉTRICO E AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ-RN Muriele Marques Job Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Faculdade

Leia mais

FATORES DE RISCOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE TRATAMENTO EM RIO VERDE/GO.

FATORES DE RISCOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE TRATAMENTO EM RIO VERDE/GO. FATORES DE RISCOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE TRATAMENTO EM RIO VERDE/GO. Área temática: Saúde RESUMO Coordenador da ação: Lidiane Bernardes Faria Vilela¹

Leia mais

Tópicos. Cenário Atual. Estratégias e custo efetividade. Metas para redução de Doenças Crônicas Não- Transmissíveis (DCNT) 2011

Tópicos. Cenário Atual. Estratégias e custo efetividade. Metas para redução de Doenças Crônicas Não- Transmissíveis (DCNT) 2011 Tópicos Cenário Atual Metas para redução de Doenças Crônicas Não- Transmissíveis (DCNT) 2011 Estratégias e custo efetividade Envelhecimento Populacional Mais Idade Mais DCNT Mortalidade DCNT = 63% dos

Leia mais

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos ESTUDOS SECCIONAIS ESTUDOS SECCIONAIS Doentes Expostos Doentes Não Expostos Não Doentes Expostos Não Doentes Não Expostos Frequencias de doença e exposição observadas em um estudo seccional Frequencias

Leia mais

ÍNDICE. CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO Introdução Pertinência do trabalho Objectivos e Hipóteses de Estudo...

ÍNDICE. CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO Introdução Pertinência do trabalho Objectivos e Hipóteses de Estudo... ÍNDICE CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO... 1 1.1. Introdução... 1 1.2. Pertinência do trabalho... 2 1.3. Objectivos e Hipóteses de Estudo... 2 CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA... 5 2.1. Obesidade Infantil... 5

Leia mais

Vigilância de Fatores de Risco: Obesidade

Vigilância de Fatores de Risco: Obesidade Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde da Comunidade MEB Epidemiologia IV Vigilância de Fatores de Risco: Obesidade Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia e Bioestatística

Leia mais

AULA 3 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes. Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO CREF /G 1

AULA 3 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes. Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO CREF /G 1 AULA 3 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO CREF 1 2124/G 1 AULA 3 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes SUMÁRIO Anamnese / PAR-Q

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO Karoline de Lima Alves UFPB/ e-mail: krol_lima_17@hotmail.com 1 Anna Cláudia Freire

Leia mais

FATORES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS HIPERTENSOS. Nilda Maria de Medeiros Brito Farias. Contexto. População mundial envelhece

FATORES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS HIPERTENSOS. Nilda Maria de Medeiros Brito Farias. Contexto. População mundial envelhece Ministério da Saúde Programa de Saúde da Família II Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família FATORES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS HIPERTENSOS Nilda Maria de Medeiros Brito Farias Campina Grande

Leia mais

Inquéritos de Saúde - ISA

Inquéritos de Saúde - ISA Inquéritos de Saúde - ISA ISA-SP em 4 áreas do ESP (Campinas, Botucatu, MSP, GSP) em 2001 ISA-Capital 2003 ISACamp 2007 (Município de Campinas) ISA-Capital 2008 Em campo: ISACamp 2013 Em planejamento:

Leia mais

Questão 1 Sabe-se que o consumo mensal per capita de um determinado produto tem distribuição normal com desvio padrão σ = 2kg

Questão 1 Sabe-se que o consumo mensal per capita de um determinado produto tem distribuição normal com desvio padrão σ = 2kg Lista suplementar Teste de uma média populacional Questão 1 Sabe-se que o consumo mensal per capita de um determinado produto tem distribuição normal com desvio padrão σ = kg. A diretoria da indústria

Leia mais

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE GERÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA RECIFE DEZEMBRO DE 218 MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE Secretaria de Saúde

Leia mais

INDICADORES SOCIAIS (AULA 3 EXTRA)

INDICADORES SOCIAIS (AULA 3 EXTRA) INDICADORES SOCIAIS (AULA 3 EXTRA) Ernesto Friedrich de Lima Amaral Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia 1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE INDICADORES

Leia mais

PREVALÊNCIA DE PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA EM ADOLESCENTES DE ACORDO COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

PREVALÊNCIA DE PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA EM ADOLESCENTES DE ACORDO COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA PREVALÊNCIA DE PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA EM ADOLESCENTES DE ACORDO COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA Caroline de Lima Malosti (PIBIC/Fundação Araucária), Regiane de Souza Antonio,

Leia mais

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS Alex Gomes da Silva 1 ; Larissa Laila Cassarotti 2,Jaqueline Benatto Cardoso 3,Josylene Rodrigues de Souza Pinheiro 4,

Leia mais

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA DOS SERVIDORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA DOS SERVIDORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA DOS SERVIDORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ Natália Ribeiro (PIBIC/CNPq/FA-UEM), Ana Paula Vilcinski

Leia mais

Brasília, 18 de agosto de Jarbas Barbosa Secretário de Vigilância em Saúde

Brasília, 18 de agosto de Jarbas Barbosa Secretário de Vigilância em Saúde Brasília, 18 de agosto de 2011 Jarbas Barbosa Secretário de Vigilância em Saúde Impacto econômico das DCNT Círculo vicioso com a pobreza (OMS, 2011) Redução de 2% ao ano no PIB da América Latina Afetam

Leia mais

PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO E MEDICAÇÕES UTILIZADAS PELOS IDOSOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO E MEDICAÇÕES UTILIZADAS PELOS IDOSOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO E MEDICAÇÕES UTILIZADAS PELOS IDOSOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Tatianne da Costa Sabino 1 ; Rosângela Vidal de Negreiros 2 ; Lidiany Galdino Felix 3 ; Cristiana Barbosa

Leia mais

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS, PORTO ALEGRE, 2006 A 2008

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS, PORTO ALEGRE, 2006 A 2008 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Secretaria Municipal de Saúde Coordenadoria Geral de Vigilância da Saúde Equipe de Vigilância de Eventos Vitais, Agravos e Doenças não Transmissíveis FATORES DE RISCO

Leia mais

Prevalência de sedentarismo e fatores associados em adolescentes. Juliano Peixoto Bastos Cora Luiza Araújo Pedro Curi Hallal

Prevalência de sedentarismo e fatores associados em adolescentes. Juliano Peixoto Bastos Cora Luiza Araújo Pedro Curi Hallal Prevalência de sedentarismo e fatores associados em adolescentes Juliano Peixoto Bastos Cora Luiza Araújo Pedro Curi Hallal Introdução O sedentarismo está associado com um risco aumentado de várias doenças

Leia mais

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA OBESIDADE O QUE É? Doença crônica, definida como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios

Leia mais

III Jornadas do Potencial Técnico e Científico do IPCB

III Jornadas do Potencial Técnico e Científico do IPCB Instituto Politécnico de Castelo Branco III Jornadas do Potencial Técnico e Científico do Painel 9 Saúde e bem-estar, alimentação segura, desporto e lazer Fatores de Risco e Patologia Cardiovascular na

Leia mais

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4 PERFIL ANTROPOMÉTRICO E PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PROFISSIONAIS CAMINHONEIROS E MOTORISTAS ATENDIDOS EM AÇÃO EDUCATIVA Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2

Leia mais

POLÍTICA DAS DANT Doenças e Agravos Não Transmissíveis Coordenação Geral das Políticas Públicas em Saúde - SMS/PMPA

POLÍTICA DAS DANT Doenças e Agravos Não Transmissíveis Coordenação Geral das Políticas Públicas em Saúde - SMS/PMPA POLÍTICA DAS DANT Doenças e Agravos Não Transmissíveis Coordenação Geral das Políticas Públicas em Saúde - SMS/PMPA POLÍTICA DAS DANT Doenças e Agravos Não Transmissíveis Histórico: Em outubro de 2014,

Leia mais

CÂNCER DE PULMÃO EM IDOSOS NO BRASIL: É POSSÍVEL VENCER ESTA BATALHA?

CÂNCER DE PULMÃO EM IDOSOS NO BRASIL: É POSSÍVEL VENCER ESTA BATALHA? CÂNCER DE PULMÃO EM IDOSOS NO BRASIL: É POSSÍVEL VENCER ESTA BATALHA? PIRES, M.H.P.A.B 1 ; DANTAS, P.M.A.B 2.; DANTAS, I.K.A.B 3 ; SOUZA, D.L.B 4. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. mariahelenapab@hotmail.com

Leia mais

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica Registro Brasileiros Cardiovasculares REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Julho de 2011 Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Agosto

Leia mais

TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO ESTADO DO PARANÁ E FOZ DO IGUAÇU, 1980 A 2013.

TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO ESTADO DO PARANÁ E FOZ DO IGUAÇU, 1980 A 2013. CIÊNCIAS DA SAÚDE TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO ESTADO DO PARANÁ E FOZ DO IGUAÇU, 1980 A 2013. GRADELLA, Matheus Henrique Fontes Estudante do Curso de Saúde Coletiva-

Leia mais

8. DETERMINANTES DA SAÚDE

8. DETERMINANTES DA SAÚDE 8. DETERMINANTES DA SAÚDE 8.1. Introdução Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as doenças crónicas não transmissíveis constituem hoje a principal causa de morbilidade e mortalidade calculando-se,

Leia mais

PREVALÊNCIA DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA EM IDOSOS PERTENCENTES AO GRUPO DE CONVÍVIO DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SECA-PB.

PREVALÊNCIA DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA EM IDOSOS PERTENCENTES AO GRUPO DE CONVÍVIO DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SECA-PB. PREVALÊNCIA DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA EM IDOSOS PERTENCENTES AO GRUPO DE CONVÍVIO DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SECA-PB. Maiyara Gomes de Sousa¹; Jonábia Alves Demetrio²; Bruna Rafaela

Leia mais

FATORES ASSOCIADOS À DESISTÊNCIA DE PROGRAMAS MULTIPROFISSIONAIS DE TRATAMENTO DA OBESIDADE EM ADOLESCENTES

FATORES ASSOCIADOS À DESISTÊNCIA DE PROGRAMAS MULTIPROFISSIONAIS DE TRATAMENTO DA OBESIDADE EM ADOLESCENTES FATORES ASSOCIADOS À DESISTÊNCIA DE PROGRAMAS MULTIPROFISSIONAIS DE TRATAMENTO DA OBESIDADE EM ADOLESCENTES Natália Carlone Baldino Garcia (PIBIC/CNPq/UEM), Josiane Aparecida Alves Bianchini, Danilo Fernandes

Leia mais

RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MATO GROSSO

RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MATO GROSSO RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MATO GROSSO Camila Cimadon CABRAL¹ Jackeline C. F. Arruda B. MASSAD² Maria Satie TAKI ³ Mariany Pinheiro COSTA¹ Yasmin Ourives DOMINGUES¹

Leia mais