Relato de caso soropositivo

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1 Relato de caso LNS, 34 anos, masculino, natural de Cruz das Almas, BA, casado e soropositivo. Foi encaminhado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, por causa do desconforto respiratório progressivo nas últimas duas semanas, diarréia crônica e perda de consciência devido à desidratação e desequilíbrio eletrolítico. A contagem de células T CD4 + foi de 7 células / µl, e a carga viral foi de cópias de RNA viral / ml de plasma. A biópsia de íleo mostrou infecção por citomegalovírus, tratada com sucesso com Biovir e Efavirenz, duas vezes ao dia por seis dias, enquanto a contagem de células T CD4 + foi de 90 células / µl. Ele recebeu alta do hospital e retornou um ano depois com diarréia crônica e perda de peso. Oito análises de parasitas em amostras de fezes foram realizadas por sedimentação e concentração de flotação, todas com resultados negativos. A biópsia do íleo foi realizada com detecção de microsporídios. O tratamento com 400 mg de albendazol (um frasco a cada dois dias durante seis semanas) não demonstrou melhora. A contagem de células T CD4 + foi de 65 células / µl. Um mês depois, amostras de fezes foram processadas por métodos de concentração para a identificação de helmintos e protozoários e corados por Gram - cromótropo. O parasita foi detectado por microscopia de luz em 10 amostras de fezes coradas com Gram - chromotropo. Esporos de 1 a 1,5 µm, corados em violeta ao vinho, com uma linha distinta diagonal ou equatorial que representa o tubo polar foram encontrados. O paciente foi tratado com sucesso com 400 mg de albendazol, associado a 1 g de ciprofloxacina e vancomicina, duas vezes ao dia por seis dias, recebendo alta hospitalar. A contagem de células T CD4 + foi de 123 células / µl.

2 Microsporidíase Lívia Oliveira Rosa Isabella Teixeira Gustavo Medeiros Lucas L. de Mattos Thamires Clair R. P. da Silva Acessado em

3 Agente etiológico A doença é causada por fungos unicelulares que conseguem sobreviver no meio intracelular e no ambiente. São parasitas intracelulares O estágio infeccioso é o esporo e em todas as espécies que infectam mamíferos ele são pequenos de forma oval ou piriforme. Morfologia: Os microsporídios são eucariotos primitivos com núcleos bem definidos e membrana plasmática. Todos têm um tubo polar, um túbulo ou um filamento em espiral, um vacúolo posterior (pensado para funcionar como golgi) e um exósporo protetor feito de proteínas e quitina. A quitina é responsável pela alta resistência ambiental dos esporos. Acessado em

4 Eles não possuem mitocôndria Sua classificação feita a partir da morfologia e tamanho nos diferentes estágios do ciclo de vida, na configuração nuclear e no número de espirais do túbulo polar As principais espécies com registro de infecção humana são: Enterocytozoon bieneusi (intestino delgado, bexiga, fígado e pulmão), Encephalitozoon intestinalis (disseminado), Encephalitozoon hellem (disseminado), Nosema connori (disseminado), Nosema ocularum (cómea), Pleistophora sp. (músculoesquelético), Trachipleistophora hominis (músculo esquelético e tecido nasal), Vittaforma cornea (córnea). Acessado em

5 Hospedeiros Os hospedeiros são animais vertebrados ou invertebrados ex.: humanos, ratos, camarões, peixes, insetos Os hospedeiros mais comuns são artrópodes. A taxa de mortalidade em algumas espécies de abelhas pode chegar a 94% podendo matar uma população infectada em 8 dias. Não há a confirmação de hospedeiros intermediários

6 Epidemiologia Os microsporídios são extremamente difundidos, assim, infectam quase todos os organismos vivos da Terra. São oportunistas, isto é, afetam principalmente imunossuprimidos, especialmente aqueles com a redução de células TCD4. Map made by Lily Cheng, May 21th, 2006

7 Ciclo de vida Varia de acordo com a espécie Contêm três fases: 1) Infectiva: nos mamíferos geralmente ocorre a infecção pela ingestão ou inalação dos esporos. No hospedeiro, o esporo projeta o filamento polar que penetra na membrana da célula e inocula o esporoplasma diretamente no citoplasma 2) Proliferativa vegetativa: o esporoplasma se desenvolve em merontes inicia a multiplicação intracelular que pode ocorrer no interior de vacúolo parasitário ou no citoplasma da célula. Taken from

8 Ciclo de vida 3) Esporogônica: Os merontes se tornam esporontes, que se dividem e se desenvolvem em esporoblastos, os quais maturam formando os esporos no interior das células infectadas. As células se rompem, liberando os esporos e estágios imaturos que infectam as células adjacentes ou são eliminados juntamente com a urina ou fezes. A resposta inflamatória é desencadeada com esse rompimento.

9 Modo de transmissão A forma de transmissão mais comum envolve: inalação, ingestão ou contração de esporos (como por exemplo oculares ou sexualmente transmissíveis). Esporos também podem ser transmitidos através da ingestão de água ou alimentos contaminados Em casos mais raros, animais infectados também podem transmitir a doença

10 Aspectos clínicos As manifestações dependem da espécie do agente etiológico causador de microsporídiase e de seu local de infecção. Sinais intra-intestinais: diarreia crônica, náusea, má absorção e perda de peso significativa. Sinais extra-intestinais: ceratoconjuntivite, infecção no trato respiratório, hepatite, peritonite, sinusite, nefrite, prostatite e encefalite. Indivíduos sadios podem ser infectados, porém a doença geralmente é assintomática. Quando a infecção se dá no trato respiratório, o quadro pode evoluir para uma traqueobronquite necrotizante. Infecção ocular causando ceratoconjuntivite tem sido descrito em pacientes imunocompetentes não usuários de lentes de contato

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13 Diagnóstico Depende da demonstração morfológica do parasita por microscopia óptica (MO) ou eletrônica (ME). O MO utiliza o corante Gram-Chromotrope 2R. Pode-se utilizar amostras fecais recém-coletadas ou fixadas em formalina. Essa investigação, entretanto, não permite a diferenciação em nível de espécie. A ME e a PCR podem ser utilizadas para identificar espécies, mas são técnicas dispendiosas e demoradas. Biópsia de tecido afetado ou amostras de urinas, fezes e muco - imagem Testes sorológicos não têm sido utilizados pela dificuldade de produzir antígenos e por apresentarem baixa especificidade e sensibilidade Acessado em em 25/02/2019.

14 Tratamento Ainda não existe uma droga específica para esse tipo de parasita, já que a droga e sua forma de administração varia conforme a espécie e o tecido atingido. Para as opções terapêuticas temos principalmente duas drogas para tratamentos em humanos e animais: albendazol: inibe a polimerização em microtúbulos fumagillina: redução dos achados clínicos com recorrência dos sintomas após a interrupção do tratamento Terapia antirretroviral (TAR) para pacientes com AIDS

15 Profilaxia A melhoria da regulação das fontes de água, bem como o monitoramento dos excrementos no solo e na água, são importantes para diminuir a transmissão de doenças transmitidas pela água. O procedimento rigoroso de regulação e melhoria de higiene na produção ou indústria de cadeia alimentar, incluindo criação, processamento, armazenamento e embalagem para controlar a contaminação de alimentos e disseminação de patógenos, é crucial. Melhora da higiene pessoal da população Lavar bem os alimentos e consumir apenas água filtrada ou fervida

16 Aspectos relevantes O primeiro relato de caso foi em 1959 no Japão. Depois disso apenas dez casos não associados ao HIV foram descritos. Atualmente, pelo menos 14 espécies em 8 gêneros são conhecidas por infectar seres humanos No Brasil foram relatados, até hoje, 48 casos de microsporidiose, sendo a grande maioria de microsporidiose intestinal e no estado do RJ. Todos os afetados eram portadores de HIV. Os microsporídios são patógenos bem adaptados e importantes parasitas agrícolas que infectam abelhas, bichos da seda e outros insetos. O filo Microspora, do qual pertencem os microsporídeos, era considerado do reino Protista, mas estudos recentes mostram que filo se assemelha mais reino Fungi. A disseminação da AIDS em todo o mundo aumenta a necessidade de entender e gerenciar os microsporídios para o futuro próximo. À medida que mais pesquisas são feitas sobre essa classe de organismos, descobrimos que sua prevalência aumenta em pacientes humanos. Esta é de fato uma doença infecciosa emergente.

17 Perguntas Por que no caso relatado é importante considerar microsporidíase? Pelo fato do paciente ser HIV+ os sintomas dessas e outras doenças são mais graves, sendo assim, é importante considerar diversos casos de infecções por protozoários como microsporidiase e criptosporidiase. Assim, essas parasitoses podem ser tratadas antes que sejam agravadas

18 perguntas Por que essa é uma doença de difícil detecção? O organismo precisa ser visualizado usando técnicas especiais que envolvem instalações laboratoriais especiais e pessoal treinado para caracterizar a infecção. A detecção de Microsporidia baseia-se no exame de fezes por observação microscópica. Os microsporídios podem ser corados com coloração de Gram, corante de carbol-fucsina e com colorações de prata.

19 perguntas Por que não fizeram ELISA ou outros testes sorológicos no relato de caso? Outros exames seriam indicados? A grande maioria dos casos de microsporidiose ocorre em pessoas HIV+. Sendo assim, esses testes não são muito confiáveis nessas pessoas devido à falência imunológica

20 Referências FOCACCIA, Roberto; VERONESI, Ricardo - Tratado de Infectologia - Volume 2 5ª edição, Editora Atheneu, São Paulo, Gonçalves, E. M. N., Uemura, I. H., Orban, M., Castilho, V. L. P., Corbett, C. E. P. Microsporidíase em Hospital Universitário no Brasil. Relato de caso. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo vol.48 no.6 São Paulo Nov./Dec P. Brasil, D. Bonfim de Lima, H. Moura. Microsporidiose humana na síndrome de imunodeficiência adquirida.rev. Assoc. Med. Bras. vol.43 n.3 São Paulo Julho/Setembro Microsporidiose. msdmanuals; [acesso em 19 fev 2019]. Disponivel em: Parasites and Pestilence: Infectious Public Health Challenges. Web.stenford; [acesso em 19 fev 2019]. Disponivel em: microsporidium. ncbi; [acesso em 19 fev 2019]. Disponivel em:

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