CAESP Filosofia 2A e B 14/08/2015 FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844 A 1900)
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1 CAESP Filosofia 2A e B 14/08/2015 FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844 A 1900)
2 Objetivo metodológico e filosófico: na crítica da Filosofia realizada até a sua época, ele busca atacar o primado/excesso da Razão na metodologia filosófica e científica e buscar um retorno aos aspectos essenciais da vida humana.
3 Espírito Apolíneo (Apolo): representa o primado da Razão. É a cosmovisão orientada pela lógica, racionalidade, austeridade e equilíbrio. Uma construção do conhecimento da Natureza e dos seres humanos orientada exclusivamente pela razão e pela lógica. Essa é a visão da Filosofia e das ciências que é engendrada pelos gregos na passagem do pensamento mitológico para o filosófico. É a forma de ver o mundo eleita (por essa forma de pensar) como a única capaz de atingir a Verdade e o Absoluto.
4 Espírito Dionisíaco (Dionísio): representa o primado dos Sentimentos, da Subjetividade. É a cosmovisão orientada pela intuição (irracionalidade), descoberta através dos sentidos físicos e excesso nas ações e pensamentos. Essa é a cosmovisão que é preterida pelo pensamento filosófico e científico desde o seu nascimento. A Filosofia nasce justamente em oposição a esse pensamento.
5 Mitologia e Filosofia: quando ainda imperava o conhecimento mitológico como forma de explicação do cosmos, o Espírito Dionisíaco e Apolíneo estava em uma relação de equilíbrio dinâmico, ou seja, eles se opunham, confrontavam, desequilibravam e equilibravam. Era uma dinâmica de alternância de prevalências e arranjos de composição constante através de uma complementariedade cuja finalidade era equilibrar a psique humana e sua relação com a Natureza.
6 Conceitos de moral e verdade : para Nietzsche, esses conceitos, dentre outros, não possuem uma existência por si mesmos, mas são criações humanas que variam no tempo, no espaço e para cada realidade social. Elas possuem a função de acomodamento das mentalidades ( espíritos, termo hegeliano) em situações de conforto covarde, alienação (Marx) e inércia para a vida e a superação das dificuldades. Acabam sendo instrumentos de dominação ideológica (Marx).
7 Crítica à religião: Nietzsche vai se opor à religião, especialmente à cristã, pois é a principal em sua época e realidade social, como um pensamento filosófico que mantém as pessoas confortavelmente acomodadas na covardia e na alienação.
8 Filosofia do Martelo: persistindo em seu objetivo de crítica (revisão e contestação) da Filosofia, Nietzsche busca a origem (gênese, genealogia) dos valores, das normas morais, dos conceitos e das metodologias utilizadas para se buscar esses objetivos filosóficos-científicos. O argumento principal dele é que todos esses conceitos e axiomas não possuem existência por si mesmo e foram (ou podem ser) descobertos através do método filosófico-científico racional, mas, ele estabelece que todos esses conceitos são criações humanas anteriores à própria busca filosófica.
9 Filosofia do Martelo: Martelo: é a metáfora do instrumento necessário para quebrar, derrubar com os conceitos erguidos em pedestais de verdades absolutas. Para Nietzsche, essas características de absoluto e verdade não são verdadeiros, mas construções locais e temporais.
10 Filosofia do Martelo: Instrumentos falhos da Filosofia e Ciência: para Nietzsche, a lógica, os métodos filosóficoscientíficos, não são infalíveis, nem muito menos, absolutos. São, em verdade, uma ficção criada pelo pensamento racional para atingir seus próprios objetivos de construção do seu saber específico e das suas utilidades sociais e históricas.
11 Filosofia do Martelo: Vontade de verdade : é conceituado por Nietzsche como um natural e constante anseio humano de um porto seguro para o pensamento e a subjetividade. É a necessidade humana de viver em uma segurança, nem que seja ilusória de que o universo tende a um equilíbrio, de que ele é previsível e controlável através do engenho da razão humana. Para conquistar esse objetivo, criamos diversos conceitos que são convenientes para o entendimento do mundo e esquecemos que eles não são descobertos através da razão, mas criações através dessa, sem uma existência real por si mesmos.
12 Niilismo (do latim nihil, nada): Niilismo Incompleto: é a quando se procede à destruição dos antigos valores, porém, os novos vão apenas ocupar os mesmos pedestais de verdades absolutas, ideais. A necessidade de verdade ainda não foi superada, permanece o desejo de criar e ter para si algo que forneça aquele porto seguro garantidor da verdade e da moral eleitas como verdadeiras, absolutas e universais.
13 Niilismo (do latim nihil, nada): Niilismo Completo: não só os valores são martelados e destruídos, mas os pedestais onde eles foram colocados. Ou seja, os critérios de verdade, absoluto e ideal são demolidos e não substituídos por nada do mesmo caráter.
14 Niilismo (do latim nihil, nada): Niilismo Completo: Niilismo Completo Passivo (pessimismo e Budismo, declínio e retrocesso do espírito ): a subjetividade se vê incapaz de lidar com a ausência de verdades e se comporta de duas maneiras, ou pela negação da possibilidade de futuro (pessimismo) ou pela complacência (Budismo). Niilismo Completo Ativo ( maior poder do espírito ): está para além da destruição dos valores tradicionais e dos seus lugares no imaginário humano, mas na incessante busca de valores que equilibrem os dois espíritos o Apolíneo e o Dionisíaco.
15 Muito obrigado! TENHAM UM BOM DIA! Prof. Heleno Licurgo do Amaral
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