HERMENÊUTICA: O PROBLEMA DA COMPREENSÃO HERMENEUTICS: THE PROBLEM OF UNDERSTANDING

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "HERMENÊUTICA: O PROBLEMA DA COMPREENSÃO HERMENEUTICS: THE PROBLEM OF UNDERSTANDING"

Transcrição

1 HERMENÊUTICA: O PROBLEMA DA COMPREENSÃO HERMENEUTICS: THE PROBLEM OF UNDERSTANDING Edimarcio Testa 1 Resumo: O problema central da hermenêutica é o da compreensão. Este artigo explicita os principais elementos constitutivos da noção de compreensão, através de uma descrição simplificada de sua estrutura, a partir das abordagens da hermenêutica tradicional e da hermenêutica de Schleiermacher, Dilthey, Heidegger e Gadamer. Neste universo histórico, a noção de compreensão hermenêutica desdobra-se em três momentos, cuja especificidade se determina pelo predomínio de preocupações de natureza técnica, científica e filosófica. Embora cada preocupação tenha sua devida importância no âmbito da hermenêutica, elas se apresentam, historicamente, como momentos complementares e necessários para a compreensão do fenômeno hermenêutico, em sua totalidade. Palavras-chave: Hermenêutica. Hermenêutica filosófica. Compreensão. Interpretação. Abstract: The central problem of Hermeneutics is it of the understanding. This article explores the main constitutive elements about the notion of understanding, through a simplified description of its structure, using for that the approaches of traditional Hermeneutics and the Hermeneutics of Schleiermacher, Dilthey, Heidegger and Gadamer. In this historical universe, the Hermeneutic understanding has three different moments, whose specificity is determined by the predominance of technical, scientific and philosophical concerns. Although each concern has its importance in the context of Hermeneutics, they present themselves, historically, as complementary and necessary moments to comprehend the Hermeneutic phenomenon in its totality. Keywords: Hermeneutics. Philosophical Hermeneutics. Understanding. Interpretation. 1. Introdução No cerne da hermenêutica está o problema da compreensão. Isso é bem exposto por Emerich Coreth (1973, p.45) quando afirma: O problema da hermenêutica é o problema da compreensão. Entretanto, o que significa propriamente compreensão? Significa, segundo ele, apreensão de sentido. Na compreensão daquilo que se ouve ou se lê, na compreensão de enunciados ou instituições, está envolvido uma apreensão de sentido, seja ela um 1 Doutorando em Filosofia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professor de Filosofia no IFRS. Bolsista CNPQ. edimarciotesta@yahoo.com.br

2 conteúdo, uma relação, uma estrutura ou um acontecimento de sentido. Assim sendo, sentido é algo que se manifesta à compreensão enquanto conteúdo. Contudo, para além de ser o conteúdo da compreensão, o sentido pode ser interrogado quanto ao próprio sentido qual é o sentido do sentido? Seja ele algo fixo, dado, original, passível de ser extraído, revelado, descoberto, no momento adequado, ou algo dinâmico, emergente, constituído, o sentido parece estar fundamentalmente envolto à questão da compreensão hermenêutica. Sob o ponto de vista histórico, o problema da compreensão emerge, primeiramente, no amplo contexto da hermenêutica tradicional, como sendo um problema de natureza técnica, na interpretação de textos religiosos, jurídicos e literários. Manifesta-se, em seguida, nas hermenêuticas de Schleiermacher e Dilthey, a partir de um caráter científico, voltado para a interpretação de todo tipo de texto e de toda e qualquer realidade históricocultural. Apresenta-se, também, mais recentemente, na hermenêutica de Heidegger e de Gadamer, como sendo um problema de natureza filosófica, orientado para a interpretação do mundo da vida (Lebenswelt). Por conseguinte, é com base neste triplo desdobramento histórico da temática, que se estrutura a presente investigação. O problema da compreensão diz respeito, antes e sobretudo, à nossa própria existência. Nela vivenciamos, em muitos momentos e circunstâncias, o fenômeno da incompreensão. Seja no sentido de não compreendermos um texto, uma obra de arte, um comportamento, a fala de alguém; seja no sentido de não nos explicarmos bem ou de não conseguirmos nos fazer entender. Não compreender e não ser compreendido designa, não só uma experiência irritante, mas uma experiência de caráter humano e social. Sendo o compreender uma atividade humana e social, [...] sentir-se incompreendido é o princípio de toda solidão, precisamente ali, onde alguém tem que desenvolver sua vida em companhia de outras pessoas (HERNÁNDEZ-PACHECO, 1995, p. 110). A experiência da incompreensão, especialmente de uma mensagem transmitida, além de pôr em jogo todo o âmbito da comunicação ou intersubjetividade, explicita que a compreensão deveria ocorrer imediatamente à audição ou leitura desta mensagem. Considerando que a leitura de um texto ou audição de uma mensagem não produz imediatamente uma compreensão, torna-se necessário realizar uma interpretação daquilo 2 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

3 que se transmite em toda comunicação. A compreensão não é, portanto, algo imediato, mas resultado daquilo que Gadamer denomina de esforço hermenêutico O problema técnico 3 É do esforço hermenêutico para se alcançar a compreensão adequada do sentido das mensagens divinas, que surge, na Antiguidade grega, a referência a Hermes, o mensageiro dos deuses. Embora não exista certeza filológica, mas somente probabilidade, a tradição atribui a ele a gênese da palavra hermenêutica. Hermes, ao levar anúncios, advertências e profecias aos humanos, exerce, após exercício de transformação e comunicação, uma atividade tipicamente prática. Será, então, este aspecto prático, contrapondo-se à teoria como contemplação de essências eternas, que marcará a origem e a trajetória histórica da hermenêutica, como evidencia Maurizio Ferraris (2000, p. 9): E é sobretudo a esta dimensão prática que a hermenêutica deve sua qualificação tradicional: hermeneutiké téchne, ars interpretationis, Kunst der Interpretation: arte da interpretação como transformação, e não como contemplação. Desse modo, são os problemas práticos, ligados à compreensão da linguagem, sobretudo a de natureza religiosa, que embasarão a consagrada denominação da hermenêutica como arte da interpretação. Neste contexto, a hermenêutica somente se torna imprescindível quando não mais compreende. Enquanto arte, ela se exerce por meio da interpretação. Toda interpretação, por sua vez, resulta do problema da falta de compreensão, da obscuridade de algo, tendo em vista a existência de um sentido, que não se revela de forma imediata. Quando se interpõe um véu (dificuldade) à compreensão de alguma coisa, faz-se necessário a interpretação. Recorre-se a ela, consequentemente, sempre que a clareza está ausente. O contrário, por seu turno, também é válido: [...] in claris non fit interpretatio (na clareza, não há 2 A interpretação se torna necessária onde o sentido de um texto não se deixa compreender imediatamente. Na medida em que não se contenta com as manifestações da vida, segundo o que tem em mente o sujeito, o psicólogo interpreta, retrocedendo e questionando o que ocorreu no inconsciente. E o historiador interpreta os dados da tradição para chegar ao verdadeiro sentido que, a um só tempo, se manifesta e se oculta neles. (2011, p. 441). 3 O termo técnico designa, aqui, um sentido prático. Ele é utilizado com o intuito de caracterizar essencialmente a tradição hermenêutica anterior a Schleiermacher, o qual eleva a hermenêutica de um patamar exclusivamente prático ao um patamar teórico-científico. 3 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

4 interpretação) (FERRARIS, 2000, p.10). Com isso, o trabalho prático da interpretação, via técnicas desenvolvidas para esta finalidade (ad hoc), objetiva sempre o alcance da compreensão. O processo de tornar algo compreensível está na raiz grega remota das atuais palavras hermenêutica e hermenêutico, principalmente porque este processo implica e se dá via linguagem. Daí os gregos conferirem a Hermes o descobrimento da linguagem e da escrita, pois são elas os instrumentos a partir dos quais é possível se alcançar o significado das coisas e, por conseguinte, transmiti-lo aos outros. Ademais, é considerável que a figura de Hermes esteja associada a uma função de transmutação, a saber: transformar tudo aquilo que ultrapassa a compreensão humana em algo que essa inteligência consiga compreender (PALMER, 1986, p. 24). Tal processo de tornar compreensível está implícito, segundo Richard Palmer, nas três orientações significativas oriundas do uso antigo das palavras gregas hermeneuein e hermeneia. Sob uma forma verbal, elas significam dizer, explicar e traduzir. Os três significados podem ser traduzidos como interpretar ou interpretação. Neles, todavia, sempre [...] há algo de diferente, de estranho e de separado no tempo, no espaço ou na experiência, que se torna familiar, presente e compreensível (PALMER, 1986, p.25). Desse modo, desde a referência mitológica grega, a hermenêutica envolve a linguagem no processo de tornar explícito o implícito, de descobrir uma mensagem e torná-la compreensível. Dos diversos domínios em que se intenta a compreensão, mediante o exercício interpretativo, a hermenêutica tradicional desdobrou-se notadamente no âmbito dos textos que tem valor canônico para uma comunidade histórica, isto é, os escritos religiosos, jurídicos e literários. O texto canônico é o elemento de unidade da teologia, do direito e da literatura. A partir deste viés, a hermenêutica pode ser definida, segundo Andrea Oppo, como [...] o processo através do qual se realiza a compreensão de um texto canônico. (2017, p. 03). Sob a forma de um cânon, ela fornece as regras necessárias para uma correta interpretação do sentido desses textos normativos, evitando, da melhor forma possível, uma interpretação arbitrária. A tentativa de se interpretar textos de caráter religioso, jurídico e literário, marca uma longa trajetória da hermenêutica a partir da qual sua identidade é definida. Pautada por intenção de natureza prevalentemente normativa e técnica, a hermenêutica tradicional 4 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

5 exibe, até o final do século XIX, [...] a forma de uma doutrina que prometia apresentar as regras de uma interpretação competente (GRONDIN, 1999, p. 22). Além disso, ela se configura como uma disciplina auxiliar nos âmbitos da teologia, direito e literatura, desfrutando, como resultado, de uma existência externa amplamente invisível. Por fim, a hermenêutica se caracteriza, do ponto de vista de seu objeto, por ser específica, no sentido de restringir-se aos âmbitos supramencionados. Contudo, a hermenêutica encontrase intimamente vinculada ao problema mais abrangente da compreensão, que se dá, de modo geral, no âmbito das ciências humanas e no âmbito histórico. 3. O problema científico Caberá a Friedrich Schleiermacher o mérito de transcender especificidade, com sua pretensão de construir uma hermenêutica geral (allgemeine Hermeneutik), cujos princípios possam servir de base a todos os tipos de interpretação de textos, como afirma Celso Braida (2003, p. 14): Não obstante ser já uma arte bem antiga, a hermenêutica ainda não tinha recebido um tratamento sistemático que a constituísse em ciência. Pois o que ele encontra na tradição hermenêutica é um amontoado de regras voltadas para objetos particulares, oriundas mais da prática do que de princípios, dispostas mais em função de objetos específicos (religioso, jurídico, filológico, etc.) do que pelo conceito de compreensão. Em sua obra Hermenêutica, Schleirmacher (2003, p.67) pergunta: Não têm os textos sagrados, em virtude de sua natureza particular, também uma hermenêutica particular? Com certeza. Mas o particular é compreendido apenas através do universal. Do contrário, ele é sempre apenas agregado. Disso surge, consequentemente, a [...] necessidade de uma hermenêutica geral. (SCHLEIERMACHER, 2003, p.67). Ademais, Schleiermacher não mais pergunta como se interpreta este ou aquele tipo de texto, passando a perguntar pelo o que significa em geral interpretar e compreender e como isto ocorre (BRAIDA, 2003, p. 15). Ao deslocar o foco dos textos para a compreensão em si mesma, ele a concebe, num sentido amplo, como um processo através do qual desenvolve-se um esforço em direção a um saber com valor universal. Com Schleirmacher, a hermenêutica não mais se efetua sobre passagens textuais isoladas, consideradas obscuras. Ela se configura, agora, como um processo direcionado 5 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

6 para a compreensão do texto em sua totalidade (FERRARIS, 2000, p. 126). Desta forma, uma mudança de status ocorre. O propósito da hermenêutica, até aquele momento, era a atividade pedagógica da subtilitas explicandi, isto é, a capacidade de explicar o texto para um público leigo. Schleiermacher recorre, agora, a subtilitas intelligendi, ou seja, a capacidade do intérprete de compreender, sobretudo para si mesmo, o conjunto do texto, relacionando-o geneticamente com a motivação psicológica que animou o autor a ser interpretado. Por considerar relevante os aspectos psíquicos e vitais do autor, no ato da interpretação, Schleiermacher é responsável por situar, pela primeira vez na história da hermenêutica, o problema do conceito da compreensão em um contexto filosófico, atribuindo a este um sentido psicológico. Com Schleirmacher, o conceito de hermenêutica se alarga. Ao deslocar o esforço hermenêutico, da explicação de passagens obscuras isoladas para a compreensão global de um texto, ele retira a hermenêutica de sua condição de técnica subsidiária, conduzindo-a em direção a uma universalidade. A hermenêutica, ao considerar o compreender como uma atividade de penetração do discurso na psicologia do autor, volta-se, agora, para a compreensão de todo tipo de discurso, seja ele antigo ou moderno, escrito ou oral. O voltarse da compreensão para a totalidade das categorias do discurso, constitui a primeira base para a universalização da hermenêutica. Surge, então, a hermenêutica como ciência genérica da interpretação que, enquanto teoria, procura fornecer orientações técnicas para a compreensão em geral. Este caráter de generalidade hermenêutica manifesta-se nas próprias palavras de Schleiermacher (2003, p. 64): [ ] antes que a hermenêutica alcance a forma que lhe cabe como doutrina e que, partindo do simples fato da compreensão, as suas regras sejam desenvolvidas em um conjunto coeso, a partir da natureza da linguagem e das condições fundamentais da relação entre o falante e o ouvinte. Outra base de universalidade da hermenêutica é a dimensão do mal-entendido. Para Schleirmacher (2003, p.26), o ponto de partida da interpretação é a incompreensão, a estranheza, a obscuridade do texto e do interlocutor. Isso se evidencia em suas próprias palavras: [ ] a interpretação, desde que subsumo esta expressão toda compreensão de discurso estranho. Tal ponto primordial, de natureza linguística, evidencia que o apelo a 6 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

7 hermenêutica faz-se necessário quando se apresenta algum obstáculo comunicativo, linguístico, seja ele oral ou escrito. Para Schleiermacher, sempre há esta estranheza inicial, que separa o intérprete e o interpretado. Partindo desta estranheza, desta incompreensão primordial, a interpretação deve estabelecer a compreensão. Nesta perspectiva, a incompreensão não deve ser evitada. Antes, ela deve ser considerada e superada. Além disso, a compreensão, ao se apresentar como resultado da interpretação, que supera uma incompreensão constitutiva, jamais chegará a um esclarecimento final, total, absoluto. Assim, interpretar significa a tentativa de se aproximar de uma totalidade de sentido que nunca será plenamente alcançada. A hermenêutica geral de Schleiermacher se bifurca em duas partes: a gramatical e a psicológica. A gramatical representa o aspecto objetivo de todo ato interpretativo. Conforme Schleiermacher (2003, p. 70), a interpretação gramatical é [...] a arte de encontrar o sentido determinado, pela linguagem e com o auxílio da linguagem, de um determinado discurso. Ela considera, ainda, a linguagem a partir da totalidade de seu uso linguístico, expressando uma estrutura circular formal, isto é, o círculo hermenêutico. Nele ocorre a necessidade de se atribuir o sentido do particular, dentro de sua integração como o todo e, simultaneamente, a necessidade de se encontrar o sentido do todo, a partir da composição dos elementos particulares. A parte psicológica, por seu turno, concebe a linguagem como a expressão de uma interioridade, representando o elemento subjetivo da interpretação. Schleiermacher (2003, p. 93) se refere a ela nos seguintes termos: Compreensão como exposição do pensamento. Composição pelo homem. Portanto, também a partir do homem. Desse modo, a compreensão de um texto exige que se aplique a arte da interpretação, isto é, o colocar-se na posição do autor, tanto do lado objetivo quanto do subjetivo. Ora, o lado objetivo é obtido através do conhecimento da língua tal como o autor a possuiu, e, subjetivamente, trata-se de se obter o conhecimento de sua vida interior e exterior. (ROHDEN, 2003, p.121). Desse modo, o intérprete deve colocar-se no lugar do autor para compreender o autor melhor do que ele compreendeu a si mesmo, pois o autor nunca consegue expressar, através da linguagem, o sentido total que pretende expor. Wilhelm Dilthey retoma a questão da compreensão tematizando-a no conjunto da problemática das ciências humanas (Geisteswissenschaften). Estas, por sua vez, se diferem 7 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

8 das ciências da natureza (Naturwissenschaften), como mostra Dilthey (2011, p. 29), a partir de um viés metodológico, em sua obra Introdução às ciências do espírito (1883), ao afirmar: Nós explicamos a natureza, enquanto compreendemos a vida psíquica. Tal distinção se fundamenta, além do aspecto metodológico, também sobre o objeto do conhecimento de cada área do saber. Com isso, as ciências da natureza estudam, por meio da observação, fenômenos externos ao ser humano. Tal observação, no que lhe concerne, encontra-se separada das propriedades específicas do fenômeno. Ademais, para o estudo dos fenômenos, as ciências da natureza se utilizam de explicações causais, que não os alteram substancialmente. Já as ciências humanas, investigam, via compreensão, fenômenos dos quais o ser humano faz parte, oriundos de sua própria vivência (Erlebnis). Neste contexto, o ato do conhecimento não é distinto do objeto conhecido. Assim sendo, a compreensão envolve e transforma o objeto investigado. Considerando a peculiaridade de que, no âmbito das ciências humanas, não há uma distinção entre sujeito e objeto, Dilthey encontra na hermenêutica, após incursão malograda na psicologia, a possibilidade de uma fundamentação. Neste feito, a noção de vivência se torna essencial, pois, conforme Dilthey (2010, p. 209): [...] a única realidade que podemos perceber imediatamente, e menos ainda de que toda a realidade só seria dada em nossa vivência. Qualquer um tem condições de saber, de forma imediata e por meio da própria vivência, que está inserido numa trajetória vital. Tal trajetória produz, nele, duas manifestações de mundo: uma, interior; e outra, exterior. As manifestações exteriores são, até certo ponto, objetivas, reflexos do espírito da cultura e da sociedade. Por conseguinte, viver significa propriamente realizar uma mediação entre o mundo interior e o espírito objetivado do mundo exterior. O modo adequado, para isso, é a interpretação: Viver é interpretar o próprio mundo interior e suas objetivações codificadas, ou seja, dar sentido às expressões do espírito (FERRARIS, 2000, p. 154). Enquanto fundamento das ciências humanas, a hermenêutica almeja, na perspectiva de Dilthey, apresentar métodos para o alcance de uma interpretação objetivamente válida das expressões da vida interior. Esta centralidade da interpretação da vida interior é claramente exposta, por Dilthey (1984, p. 150), em sua definição da compreensão: Chamamos compreensão (Verstehen) ao processo pelo qual, com a ajuda de signos percebidos do exterior através dos sentidos, conhecemos uma interioridade. Para isso, a 8 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

9 vivência que o ser humano realiza, do modo concreto e histórico, dever ser o ponto de partida e o ponto de chegada das ciências humanas. Nesse sentido, as ciências humanas constituem, conforme Dilthey (2010, p. 19), um reino próprio de experiências que possui o seu material e a sua origem autônoma na vivência interna, e que, por conseguinte, é naturalmente o objeto de uma ciência empírica particular. Para ele, as ciências humanas não devem compreender a vida a partir de categorias exteriores a ela, mas a partir de categorias intrínsecas a própria vida. Compreendida mediante experiência dela mesma, a vida se manifesta como sentido e realidade histórica. Por isso, a compreensão se caracteriza, nesta ótica, como um comportamento cognitivo voltado à apreensão das formas e das estruturas de sentido histórico. Dilthey (1984, p. 165), em sua hermenêutica, estende o objeto da compreensão, do texto em geral, para a realidade histórica. Para ele, além de possuir uma utilidade prática, [...] a hermenêutica desempenha um segundo papel que é o papel essencial: estabelecer, teoricamente, [...] a validade universal da interpretação, base de toda a certeza histórica. Com isso, ele vincula e incorpora, à problemática da interpretação, o conhecimento e a compreensão daquilo que é histórico. O texto que deve ser interpretado, agora, é a realidade sócio-histórica, definida como [...] o grande documento do ser humano e a experiência fundamental da vida (MARDONES, 2006, p. 467). Assim sendo, a hermenêutica torna-se uma esfera cuja amplitude se assemelha à vida mesma e à história universal. Cabe acrescentar, ainda, que a própria compreensão, para além de ser somente um procedimento típico das ciências humanas, constitui-se como um traço fundamental da existência histórica do ser humano. A compreensão do mundo da história ocorre, por sua vez, de forma circular. Aqui, Dilthey apela para a noção já existente de círculo hermenêutico, onde a compreensão do particular se dá a partir do todo, e, a compreensão do todo, ocorre a partir do particular. Ao abordar a temática da circularidade da compreensão, Dilthey transfere ao mundo histórico um conhecido princípio de interpretação: a ideia de que é preciso compreender um texto a partir dele mesmo. Nesse sentido, compreender um texto a partir dele mesmo significa compreendê-lo objetivamente. Dado que ele se constitui como uma manifestação individual de um contexto mais amplo, o intérprete deve se deslocar até esse contexto e, nele, 9 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

10 compreender o texto via relação parte e todo. Todavia, cabe mencionar que toda compreensão e interpretação, tanto no sentido teológico, jurídico e literário, como no sentido histórico ou das ciências humanas, reportam-se fundamentalmente a pressupostos, cuja pesquisa e esclarecimento é de incumbência da filosofia. 4. O problema filosófico Foi com Martin Heidegger, contudo, que o conceito de compreensão adquiriu um sentido mais original, antecedendo a dualidade de explicar e compreender, própria de uma preocupação epistemológica que determinou o foco principal do debate historicista, desde a segunda metade do século XIX. Situando-se para além das questões epistemológicas, Heidegger concentra sua atenção na condição do ser que interpreta, realizando, assim, um giro ontológico no seio da hermenêutica. Neste sentido, ele faz da compreensão um existencial na constituição ontológica da existência humana: Interpretando o compreender como um existencial fundamental, mostra-se que esse fenômeno é concebido como modo fundamental de ser da presença. No sentido, porém, de um modo possível de conhecimento entre outros, que se distingue, por exemplo, do esclarecer, o compreender deve ser interpretado juntamente com aquele, como um derivado existencial do compreender primordial, que também constitui o ser do pre da presença. (HEIDEGGER, 2012, p. 202). Ao inserir a compreensão entre as estruturas constitutivas do Dasein, Heidegger imprime a ela um papel central em sua analítica da existência humana. Esta centralidade é destacada por Gadamer (2011, p. 16), ao afirmar que a compreensão, em Heidegger, [...] não é um dentre outros modos de comportamento do sujeito, mas o modo de ser da própria pré-sença (Dasein). De acordo com a analítica existencial heideggeriana, o Dasein encontra-se sempre situado em algum lugar no mundo. Esta condição de situado, o torna um ser-no-mundo, num sentido sobretudo histórico. Mais do que isso, o Dasein é um ser que existe, no mundo, com-os-outros. Tal condição o lança para a compreensão (Verstehen). Compreensão que, sob a ótica de um saber prático, é [...] a condição de possibilidade da experiência do mundo. É a capacidade de ser alguém, de fazer algo e de lidar com os entes em geral (SILVA, 2000, p. 09). Esta posição hermenêutica de Heidegger não procura 10 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

11 indicar preceitos para aplicar na obra interpretativa concreta; o seu mérito repousa, antes, no fato de [...] ter examinado mais a fundo as estruturas e as características essenciais do fenômeno do compreender, problematizando, não este ou aquele aspecto, mas a sua possibilidade mesma (BIANCO, 1974, p. 75). É condição de possibilidade de toda compreensão, a existência de uma précompreensão. Tal pré-estrutura ou estrutura prévia da compreensão enraíza-se no contexto do mundo, especialmente no mundo da vida. Desse modo, [...] a compreensão humana se orienta a partir de uma pré-compreensão que emerge da eventual situação existencial e que demarca o enquadramento temático e o limite da validade de cada tentativa de interpretação (GRONDIN, 1999, p. 159). Além disso, a compreensão está determinada, permanentemente, pelo movimento antecipatório da pré-compreensão. Movimento, este, que caracteriza uma estrutura circular da compreensão, isto é, que caracteriza o processo do círculo hermenêutico. Não no sentido de uma circularidade viciosa, mas no sentido de uma circularidade virtuosa. Com sua hermenêutica existencial, Heidegger realiza um giro teleológico na relação conceitual entre compreensão e interpretação. Segundo Jean Grondin (1999, p.164), a interpretação, na hermenêutica tradicional, funcionava como meio para a compreensão: Quem não entendesse a passagem de um texto, tinha de recorrer a uma interpretação, cujo Telos natural era o de produzir compreensão. Assim, primeiramente ocorria a interpretação, para depois, e a partir dela, ocorrer a compreensão. Com Heidegger, [...] o primado será agora a compreensão, e a interpretação vai consistir exclusivamente na configuração ou elaboração da compreensão (GRONDIN, 1999, p. 164). Esta ideia é assim explicitada, por Heidegger (2012, p. 215), em Ser e Tempo: Toda interpretação funda-se no compreender. O sentido é o 0que se articula como tal na interpretação e que, no compreender, já se prelineou como possibilidade de articulação. Na perspectiva heideggeriana, a primazia da compreensão e da interpretação não repousa mais nos textos, nem na realidade histórica, mas sim, no mundo da vida, na própria existência humana. É [...] do (e para o) Lebenswelt, que esta hermenêutica, de cunho filosófico, se alimenta (ROHDEN, 2008, p. 51). É a realidade do mundo da vida, agora, que precisa ser interpretada. Não na esteira de se chegar à sua essência, mas na direção de apenas se interpretar o seu sentido. Tal postura caracteriza a hermenêutica como um modo 11 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

12 próprio de se fazer filosofia. Assim, filosofar significa interpretar, interpretar a realidade da vida, em seus mais diversos níveis e aspectos, mas não com o propósito de fazer o seu inventário, e sim, antes, atribuir um sentido (JUNGES; ADAMS, 2013, p. 43). Tem-se, neste caso, uma filosofia hermenêutica. Hans-Georg Gadamer recolhe as indicações de Schleiermacher, Dilthey e Heidegger, elaborando-as numa teoria filosófica da compreensão. Sua postura filosófica se evidencia, em Verdade e Método. Nela, Gadamer deixa claro que não pretende estabelecer uma preceptiva ou uma metodologia da compreensão e, sim, dar conta do que realmente acontece quando se compreende e se interpreta: Minha verdadeira intenção, porém, foi e continua sendo uma intenção filosófica: O que está em questão não é o que fazemos, o que deveríamos fazer, mas o que nos acontece além do nosso querer e fazer (GADAMER, 2011, p. 14). Diante disso, a consciência científica deve reconhecer os seus próprios limites e aceitar que é justamente fora de seus domínios que se encontram as formas primeiras de experiências da verdade ou do sentido. A esta experiência originária da verdade, que transcende a dimensão do método, Gadamer refere-se com o termo compreensão. Nesse sentido, ele afirma que sua investigação coloca uma questão filosófica. Ao perguntar, kantianamente, [...] como é possível a compreensão?, Gadamer (2011, p.16) indaga pelas condições de possibilidade do compreender e do interpretar, elevando, assim, a hermenêutica à condição de teoria filosófica. Cabe mencionar que tal questão não é posta tão somente às denominadas ciências humanas; nem é posta à ciência em geral e suas formas de experiência. O que ela realmente interpela, de acordo com Gadamer (2011, p.16), é [ ] o todo da experiência humana do mundo e da práxis da vida. Neste ponto, Gadamer se vincula de modo explícito à Heidegger e à sua definição de hermenêutica. Ela designa, conforme Gadamer (2011, p.16), [ ] a mobilidade fundamental da pré-sença, a qual perfaz sua finitude e historicidade, abrangendo assim o todo de sua experiência de mundo. Ao ampliar o objeto da compreensão para a totalidade da experiência de mundo, Gadamer anuncia e determina o caráter universal da hermenêutica. Tal universalidade, Gadamer (2011, p.16) assim a explicita: O fato de o movimento da compreensão ser abrangente e universal não é arbitrariedade nem extrapolação construtiva de um aspecto unilateral; reside na natureza da própria coisa. 12 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

13 A primeira condição de possibilidade da concepção gadameriana de compreensão é a historicidade (Geschichtlichkeit). Gadamer (2011, p. 354), contrapondo-se a Heidegger, a evidencia do seguinte modo: Heidegger só se interessa pela problemática da hermenêutica histórica e da crítica histórica com a finalidade ontológica de desenvolver, a partir delas, a estrutura prévia da compreensão. Nós, ao contrário, uma vez tendo liberado a ciência das inibições ontológicas do conceito de objetividade, buscamos compreender como a hermenêutica pôde fazer jus à historicidade da compreensão. Elevada, por Gadamer, à categoria de princípio hermenêutico, a historicidade evidencia que toda compreensão se mostra essencialmente determinada por pré-juízos, por pertencer e participar de uma tradição. Este reconhecimento do sentido da tradição, no processo compreensivo, representa um levante contra a posição de rompimento com a tradição, sustentada pelo Iluminismo e pelo Romantismo. Nessa situação, Gadamer afirma, por meio da noção de história-efeitual (Wirkungsgeschichte), que a tradição produz repercussões sobre a razão humana, uma vez que ela se constitui como uma realidade mediada continuamente. Disso resulta que toda razão está inevitavelmente vinculada à história, não tendo plenos poderes sobre si mesmo. Ademais, o intérprete, pelo fato de participar de uma tradição, sempre porta consigo uma compreensão prévia da realidade que pretende compreender e interpretar. Tal compreensão prévia é posta em jogo no processo do círculo hermenêutico. Outra condição de possibilidade da compreensão é a linguisticidade (Sprachlichkeit). Para Gadamer (2011, p. 512), [...] não é só o objeto preferencial da compreensão, a tradição, que possui a natureza da linguagem. A própria compreensão possui uma relação fundamental com o caráter da linguagem. Tal caráter linguístico constitui a natureza de tudo aquilo que pode ser compreendido. A linguisticidade é, então, o cerne da hermenêutica gadameriana. A experiência humana de mundo, que exige compreensão, é essencialmente linguística, diz Gadamer. O próprio mundo se manifesta, como tal, por meio da linguagem. Pautado pelo caráter linguístico do mundo e, principalmente, da experiência humana, Gadamer mostra que [...] nossa pertença a uma tradição, nossa interpretação de acontecimentos, objetos de arte, passa pela linguagem. (MARDONES, 2006, p. 468). Pela linguagem passa, também, a experiência do significado. 13 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

14 Para a hermenêutica filosófica, a experiência do significado é linguística, tomando forma na linguagem da fala (speech), isto é, na linguagem vivida. Neste sentido, a compreensão hermenêutica é, segundo James Risser (1997, p.14), [...] um evento comunicativo que se estrutura por meio da dinâmica do diálogo. Concebido sob a perspectiva ontológica, o diálogo hermenêutico se constitui no espaço onde a linguagem ganha existência, se vivifica, e a compreensão acontece, em seu modo mais autêntico. Além de ser condicionada pela história e pela linguagem, a compreensão hermenêutica apresenta-se como sendo, simultaneamente, teórica e prática, pois aquilo que Gadamer denomina compreensão inclui, em si e ao mesmo tempo, o compreender, o interpretar e o aplicar. Num sentido prático, [...] compreender é sempre também aplicar. (GADAMER, 2011, p. 408). Portanto, a aplicação constitui o momento concreto de toda compreensão. Neste ponto, Gadamer remonta a Aristóteles, referindo-se ao conceito de phrónesis, exposto na Ética a Nicômaco. Adaptando este conceito ao âmbito da hermenêutica, Gadamer o atualiza como um paradigma para o ato de compreensão. Assim sendo, a atividade compreensiva, para acontecer, requer um saber do tipo ético (phrónesis), dado que uma compreensão adequada de algo, sempre ocorre em uma situação concreta de um modo novo e distinto. A phrónesis, por não ser algo dado de antemão, é este saber que se reelabora diante de cada nova situação. Desse modo, a compreensão hermenêutica, além de incluir sempre uma aplicação (Anwendung) à situação presente, constitui-se, também, como uma possibilidade ética a ser explorada. Pois, nas palavras de Dennis Schmidt (2012, p. 4), [...] a compreensão não é, em primeira instância, uma questão cognitiva, mas se verifica na mudança que ela produz em quem compreende. No final, [ ] o caráter dessa mudança precisa ser entendido eticamente. Em suma, seja numa direção ética ou em outra direção acima mencionada, tudo o que foi exposto, aqui, resforça ainda mais a tarefa desafiadora que é apresentar, de modo adequado, a tradição hermenêutica a partir do problema da compreensão. 5. Considerações finais Pretendeu-se, neste trabalho, evidenciar, de forma geral e muito sucinta, três concepções de compreensão, consideradas essenciais no âmbito hermenêutico. Para 14 Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

15 satisfazer esta pretensão, optou-se por uma descrição dos principais aspectos constituintes da estrutura compreensiva. Disso resulta que a noção de compreensão se define, historicamente, pela natureza de suas preocupações hermenêuticas. Tais preocupações apresentam-se sob a forma de problemas predominantes. Tem-se, então, um problema de natureza técnica, na hermenêutica tradicional; um problema de natureza científica, na hermenêutica moderna de Schleirmacher e Dilthey; e um problema de natureza filosófica, na hermenêutica contemporânea de Heidegger e Gadamer. Tais problemas, além de se apresentarem sob o caráter da complementaridade, evidenciam traços de uma identidade hermenêutica. Transcendendo os limites desta investigação, faz-se notar, todavia, que o problema da compreensão é, hoje, objeto de permanente investigação, principalmente na ótica filosófica, com destaque para a hermenêutica de Gadamer e sua repercussão no domínio da ética. Referências BIANCO, F. Esperienza ermeneutica e storiografia filosofica. Padova: Archivio di Filosofia, BRAIDA, C. R. Prefácio. In: SCHLEIERMACHER, F. D. E. Hermenêutica: arte e técnica da interpretação. Trad. Celso Reni Braida. 4. ed. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, CORETH, E. Questões fundamentais de hermenêutica. Trad. de Carlos Lopes de Matos. São Paulo: E.P.U., DILTHEY, W. Introdução às ciências humanas: tentativa de uma fundamentação para o estudo da sociedade e da história. Trad. de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, As origens da hermenêutica. In: MAGALHÃES, Rui (org.). Textos de hermenêutica. Porto: RÉS -EDITORA, FERRARIS, M. Historia de la hermenéutica. Trad. de Jorge Pérez de Tudela. Madrid: Ediciones Akal, GADAMER, H-G. Verdade e método I. Trad. Flávio Paulo Meurer; revisão da tradução de Enio Paulo Giachini. 11. ed. Petrópolis, RJ: Vozes. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, GRONDIN, J. Introdução à hermenêutica filosófica. Trad. de Benno Dischinger. São Leopoldo: Ed. Unisinos, HEIDEGGER, M. Ser e tempo. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, HERNÁNDEZ-PACHECO, J. Los límites de la razón: estudios de filosofía alemana contemporânea. Madrid: Editorial Tecnos, Disponível em: < >. Acesso em: 12 ago Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

16 JUNGES, F. C.; ADAMS, A. Hermenêutica pela história da hermenêutica. Jundiaí, SP: Paco Editorial, MARDONES, J. M. Razón hermenéutica. In: DURAND, G.; GADAMER, H-G.; RICOUER, P. et al. Diccionario de hermenéutica: una obra interdisciplinar para las ciencias humanas. 5. ed. rev. e ampl. Bilbao: Universidad de Deusto, p OPPO, A. Che cos'é l'ermeneutica filosofica?: alcuni distintioni concettuali. Disponível em: < Acesso em: 20 set PALMER, R. E. Hermenêutica. Tradução de Maria Luisa Ribeiro Ferreira. Lisboa: Edições 70, RISSER, J. Philosophical hermeneutics and the voice of the other. In.: Hermeneutics and the voice of the other: re-reading Gadamer s philosophical hermeneutics. Albany: State University of New York Press, p ROHDEN, L. Hermenêutica metodológica e hermenêutica filosófica. Filosofia UNISINOS, São Leopoldo: Ed. Unisinos, v. 4, n. 6, p , Interfaces da hermenêutica. Caxias do Sul: EDUCS, SCHLEIERMACHER, Friedrich D. E. Hermenêutica: arte e técnica da interpretação. Trad. Celso Reni Braida. 4. ed. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, SCHMIDT, D. J. Hermeneutic as original ethics. In.: M. L. Portocarrero, L. A. Umbelino, & A. Wiercin ski (Eds.). Hermeneutics Rationality. Áustria: p SILVA, R. S. Gadamer e a herança heideggeriana. Revista Portuguesa de Filosofia, Braga, n. 56, p , Recebido em: 02/12/2018 Aprovado em: 10/01/ Kínesis, Vol. XI, n 27 (Ed. Especial), abril 2019, p.1-16

SEMINÁRIO FILOSÓFICO INTERDIOCESANO SANTO AGOSTINHO MATOLA

SEMINÁRIO FILOSÓFICO INTERDIOCESANO SANTO AGOSTINHO MATOLA SEMINÁRIO FILOSÓFICO INTERDIOCESANO SANTO AGOSTINHO MATOLA PLANO ANALÍTICO DE HERMENÊUTICA Docente 2º Ano, 2º Semestre de 2018 Carga horária total: 64. Carga horária semanal: 4 (Pedro Cebola Mazi) pedrocebola@ymail.com

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Hermenêutica jurídica Maria Luiza Quaresma Tonelli* Hermenêutica é um vocábulo derivado do grego hermeneuein, comumente tida como filosofia da interpretação. Muitos autores associam

Leia mais

Hermenêutica e Cuidado em Saúde

Hermenêutica e Cuidado em Saúde FLC 6214 - LITERATURA, NARRATIVA E MEDICINA - 2017 Hermenêutica e Cuidado em Saúde Hermes, Tiepolo José Ricardo C. M. Ayres Departamento de Medicina Preventiva FMUSP Definição de hermenêutica Definição

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, a ordem cronológica correta da sucessão dos paradigmas na história

Leia mais

Hermenêutica e humanização:

Hermenêutica e humanização: : Contribuições conceituais para a reconstrução das práticas de saúde Hermes, Tiepolo Salvador 23 de novembro de 2012 1. Qual humanização? Organização da atenção à saúde em diferentes aspectos e dimensões:

Leia mais

Anneliese Gobbes Faria Acadêmica do 7º período de Direito da Universidade Positivo.

Anneliese Gobbes Faria Acadêmica do 7º período de Direito da Universidade Positivo. Anneliese Gobbes Faria Acadêmica do 7º período de Direito da Universidade Positivo. O objetivo do trabalho é explicitar os principais aspectos da hermenêutica filosófica de GADAMER e demonstrar como a

Leia mais

ARTE: LINGUAGEM, ACONTECIMENTO E VERDADE 1. Maria Regina Johann 2, José Pedro Boufleuer 3.

ARTE: LINGUAGEM, ACONTECIMENTO E VERDADE 1. Maria Regina Johann 2, José Pedro Boufleuer 3. ARTE: LINGUAGEM, ACONTECIMENTO E VERDADE 1 Maria Regina Johann 2, José Pedro Boufleuer 3. 1 Pesquisa Institucional desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências da UNIJUÍ, pertencente

Leia mais

HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO

HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO Hermenêutica e Interpretação não são sinônimos: HERMENÊUTICA: teoria geral da interpretação (métodos, estratégias, instrumentos) INTERPRETAÇÃO: aplicação da teoria geral para

Leia mais

Hans-Georg Gadamer 1997: Verdade e método. Petrópolis, Vozes. ISBN: RÓBSON RAMOS DOS REIS Departamento de Filosofia da UFSM.

Hans-Georg Gadamer 1997: Verdade e método. Petrópolis, Vozes. ISBN: RÓBSON RAMOS DOS REIS Departamento de Filosofia da UFSM. Hans-Georg Gadamer 1997: Verdade e método. Petrópolis, Vozes. ISBN: 85-326-1787-5 RÓBSON RAMOS DOS REIS Departamento de Filosofia da UFSM. Ao final de 1997 foi lançada a tradução para o português do clássico

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcos Paulo A. de Jesus Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro

Leia mais

A Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer: algumas considerações sobre o saber. histórico

A Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer: algumas considerações sobre o saber. histórico A Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer: algumas considerações sobre o saber histórico Luísa Rauter Pereira A historiografia profissional, estabelecida como disciplina acadêmica no Ocidente no século XIX,

Leia mais

Trata sobre sua origem, significado, atuação e importância para o Direito.

Trata sobre sua origem, significado, atuação e importância para o Direito. Trata sobre sua origem, significado, atuação e importância para o Direito. Por Bianca Vieira Mello 1- Introdução De origem grega, a Hermenêutica (hermeneuein) é tida como filosofia da interpretação, sendo

Leia mais

Husserl, Heidegger e a

Husserl, Heidegger e a Husserl, Heidegger e a fenomenologia Mariângela Areal Guimarães, professora de Filosofia do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ, Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular CICLO PROFISSIONAL OU TRONCO COMUM FL237 - ETICA OBRIGATÓRIO 3 60 0 60 4.0 PRESSUPOSTOS ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA. A ESTRUTURA DO AGIR MORAL: ESTRUTURA OBJETIVA E SUBJETIVA; A CONSISTÊNCIA MORAL; A LIBERDADE;

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS EMENTAS DO CURSO DE FILOSOFIA Currículo Novo (a partir de 2010/1) NÍVEL I HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA Reflexão acerca da transição do pensamento mítico ao filosófico. Estudo de problemas, conceitos e

Leia mais

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Deu início a um novo modelo de hermenêutica Utilizou o método histórico-crítico e o conceito de razão histórica Trouxe para a hermenêutica o caráter científico,

Leia mais

Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Instituto Diocesano da Formação Cristã

Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Instituto Diocesano da Formação Cristã TEMA DA SESSÃO 1. INTRODUÇÃO 2. OUSAR FAZER TEOLOGIA 3. O MÉTODO TEOLÓGICO 3.1. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 3.2. RITMO BINÁRIO 3.3. MAGISTÉRIO 3.4. A COMPREENSÃO DA PALAVRA 3.5. O TEÓLOGO 3.6. TEOLOGIA,MAGISTÉRIO,

Leia mais

O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO

O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO UNIVERSIDAD AUTONOMA DEL SUR UNASUR MESTRADO EM EDUCAÇÃO O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO Altemária dos Santos Andrade Josinete Vieira Soares de Almeida

Leia mais

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Caroline Martins de Sousa Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro - DFIME / UFSJ (Tutora

Leia mais

Metodologia do Trabalho Científico

Metodologia do Trabalho Científico Metodologia do Trabalho Científico Teoria e Prática Científica Antônio Joaquim Severino Grupo de pesquisa: Educação e saúde /enfermagem: políticas, práticas, formação profissional e formação de professores

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Câmara dos Deputados CEFOR/DRH SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO Normas Constitucionais: classificação, aplicabilidade e interpretação Objetivos da aula Apresentar a classificação das normas

Leia mais

ABORDAGEM REFLEXIVA SOBRE HERMENÊUTICA E EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA GADAMERIANA

ABORDAGEM REFLEXIVA SOBRE HERMENÊUTICA E EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA GADAMERIANA ABORDAGEM REFLEXIVA SOBRE HERMENÊUTICA E EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA GADAMERIANA Francisco Roberto Diniz Araújo Universidade Estadual do Rio Grande Norte robertodinizaeemd@hotmail.com Antonio da Silva Fernandes

Leia mais

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA Greyce Kelly de Souza greycehp@gmail.com Jéferson Luís de Azeredo jeferson@unesc.net Resumo: Neste artigo pretende-se analisar a relação ontológica entre

Leia mais

HERMENÊUTICA FILOSÓFICA 2º / 2018 EMENTA: OBJETIVO GERAL: OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Prof. Marcos Aurélio Fernandes

HERMENÊUTICA FILOSÓFICA 2º / 2018 EMENTA: OBJETIVO GERAL: OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Prof. Marcos Aurélio Fernandes HERMENÊUTICA FILOSÓFICA 2º / 2018 Prof. Marcos Aurélio Fernandes EMENTA: ORIGENS DA HERMENEUTICA. HERMENEUTICA COMO METODO, COMO FILOSOFIA E COMO CRITICA. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA HERMENEUTICA. A HERMENEUTICA

Leia mais

A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO. Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO

A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO. Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO A natureza humana perpassa pelo campo da linguagem, quando é a partir da interação verbal

Leia mais

C & Q Claudio C. Conti

C & Q Claudio C. Conti C & Q "A pergunta decisiva para o ser humano é esta: tens o infinito como referência? Este é o critério de sua vida. Quando alguém entende e sente que está conectado ao ilimitado já nesta vida, modificam-se

Leia mais

Diálogo e praxis na hermenêutica filosófica de Gadamer Miranda Zabeu, Gabriela (UFSC)

Diálogo e praxis na hermenêutica filosófica de Gadamer Miranda Zabeu, Gabriela (UFSC) Diálogo e praxis na hermenêutica filosófica de Gadamer Miranda Zabeu, Gabriela (UFSC) Historicidade, finitude e a fusão de horizontes Apropriando-se da ontologia heideggeriana, a qual mostra um modo fundamental

Leia mais

A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger

A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação PUCRS A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger Marcos Fanton, Ernildo Stein (orientador) Programa de Pós-Graduação

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 PSICOLOGIA: O ESPÍRITO 440 ( ) O Espírito começa, pois, só a partir do seu

Leia mais

Escola Secundária 2-3 de Clara de Resende COD COD

Escola Secundária 2-3 de Clara de Resende COD COD CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO (Aprovados em Conselho Pedagógico de 27 de outubro de 2015) No caso específico da disciplina de FILOSOFIA, do 10º ano de escolaridade, a avaliação incidirá ao nível do

Leia mais

A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA

A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA Mariluze Ferreira de Andrade e Silva Laboratório de Lógica e Epistemologia DFIME - UFSJ Resumo: Propomos investigar

Leia mais

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar

Leia mais

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma.

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO 1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. II O valor jurídico

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VALIDAÇÃO NA ABORDAGEM HERMENÊUTICO-FENOMENOLÓGICA COMPLEXA

UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VALIDAÇÃO NA ABORDAGEM HERMENÊUTICO-FENOMENOLÓGICA COMPLEXA a) Outra: Linguística Aplicada UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VALIDAÇÃO NA ABORDAGEM HERMENÊUTICO-FENOMENOLÓGICA COMPLEXA Cristiane Freire de Sá; Daniela Vigné Ribeiro da Silva GPeAHFC-CNPq; GPeAHFC-CNPq crisfsah@gmail.com;

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 Sirlane de Jesus Damasceno Ramos Mestranda Programa de Pós-graduação Educação Cultura e Linguagem PPGEDUC/UFPA.

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Interpretação constitucional Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior * Como citar este artigo: JUNIOR, Luiz Carlos Saldanha Rodrigues. Interpretação constitucional. Disponível em http://www.iuspedia.com.br

Leia mais

Santomé (1998) explica que a denominação

Santomé (1998) explica que a denominação CURRÍCULO INTEGRADO Marise Nogueira Ramos Santomé (1998) explica que a denominação currículo integrado tem sido utilizada como tentativa de contemplar uma compreensão global do conhecimento e de promover

Leia mais

METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO 1

METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO 1 METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO 1 A Redação Quando se fala em redação, em geral se associa a uma composição literária ou a uma dissertação de tese. No primeiro caso, relaciona-se a um trabalho fantasioso;

Leia mais

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo

Leia mais

Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung)

Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung) Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung) Luis Eduardo Jardim Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Filosofia Clínica - Universidade São Camilo & Associação

Leia mais

Método fenomenológico de investigação psicológica

Método fenomenológico de investigação psicológica Método fenomenológico de investigação psicológica Método de investigação filosófico versus psicológico Teoria F Descrição Reduções Essência Intencionalidade P Descrição de outros sujeitos Redução fenomenológica

Leia mais

Gadamer e o caráter histórico da compreensão

Gadamer e o caráter histórico da compreensão Gadamer e o caráter histórico da compreensão Gustavo Silvano Batista 1 Resumo O presente texto pretende discutir a relação entre compreensão e consciência histórica, tal como Gadamer discute em Verdade

Leia mais

CONCEITOS BASILARES. Vejamos um caso de Interpretação Bíblica:

CONCEITOS BASILARES. Vejamos um caso de Interpretação Bíblica: CONCEITOS BASILARES Claro está que para início de nossos estudos precisaremos compreender alguns conceitos primários e entre eles está o da Hermenêutica. Entenda-se pois Hermenêutica como um viés da Filosofia

Leia mais

TEMA: Ética, Responsabilidade e Consumo Sustentável: uma aproximação necessária

TEMA: Ética, Responsabilidade e Consumo Sustentável: uma aproximação necessária TEMA: Ética, Responsabilidade e Consumo Sustentável: uma aproximação necessária No cenário dos debates e reflexões sobre a problemática ambiental hodierna, o consumo configura-se como uma perspectiva analítica

Leia mais

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO Kaio Bruno Alves Rabelo (Universidade Federal de Goiás) No quinto capítulo da segunda seção de Ser e Tempo Heidegger discute os fundamentos ontológicos

Leia mais

A PESQUISA FUNDAMENTADA NA FENOMENOLOGIA SOCIAL DE ALFRED SCHÜTZ

A PESQUISA FUNDAMENTADA NA FENOMENOLOGIA SOCIAL DE ALFRED SCHÜTZ A PESQUISA FUNDAMENTADA NA FENOMENOLOGIA SOCIAL DE ALFRED SCHÜTZ Maria Cristina Pinto de Jesus A fenomenologia se baseia no estudo das essências, as quais se referem ao sentido dado a algo, que confere

Leia mais

Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões

Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões Questão nº 1 - Resposta B Justificativa: O amante do mito é de certo modo também um filósofo, uma vez que o mito se compõe de maravilhas

Leia mais

Objetividade do conhecimento nas ciências sociais. - primeiro passo: evitar confusões entre juízos de fato e juízos de valor.

Objetividade do conhecimento nas ciências sociais. - primeiro passo: evitar confusões entre juízos de fato e juízos de valor. Objetividade do conhecimento nas ciências sociais Objetividade +> rejeição à posição positivista no que se refere à neutralidade valorativa: rígida separação entre fatos e valores; => demarcação entre

Leia mais

As soluções de Habermas e Apel à controvérsia entre compreender e elucidar

As soluções de Habermas e Apel à controvérsia entre compreender e elucidar As soluções de Habermas e Apel à controvérsia entre compreender e elucidar Josué Cândido da Silva * O presente trabalho pretende discutir as soluções propostas por Karl-Otto Apel e Jürgen Habermas para

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A Dúvida Metódica Em Descartes Antonio Wardison Canabrava da Silva* A busca pelo conhecimento é um atributo essencial do pensar filosófico. Desde o surgimento das investigações mitológicas,

Leia mais

Conceito de Moral. O conceito de moral está intimamente relacionado com a noção de valor

Conceito de Moral. O conceito de moral está intimamente relacionado com a noção de valor Ética e Moral Conceito de Moral Normas Morais e normas jurídicas Conceito de Ética Macroética e Ética aplicada Vídeo: Direitos e responsabilidades Teoria Exercícios Conceito de Moral A palavra Moral deriva

Leia mais

O QUE É A LINGÜÍSTICA TEXTUAL

O QUE É A LINGÜÍSTICA TEXTUAL O QUE É A LINGÜÍSTICA TEXTUAL O estudo da coesão textual tem sido predominantemente desenvolvido dentro do ramo da Lingüística a que se denomina Lingüística do Texto. Cabe, assim, inicialmente, dizer algumas

Leia mais

Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason

Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason Fernanda Leite Doutoranda em Filosofia pelo PPGF-UFRJ/Bolsista

Leia mais

Claudia Brandelero Rizzi Algumas concepções sobre a Teoria Piagetiana

Claudia Brandelero Rizzi Algumas concepções sobre a Teoria Piagetiana Inteligência Artificial Claudia Brandelero Rizzi Algumas concepções sobre a Teoria Piagetiana 1 Construção de conhecimento Epistemologia é uma disciplina da Filosofia que se ocupa em investigar a natureza

Leia mais

SENTIDO E NOVIDADE DAS NOÇÕES DE FENOMENOLOGIA E DE HERMENÊUTICA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER *

SENTIDO E NOVIDADE DAS NOÇÕES DE FENOMENOLOGIA E DE HERMENÊUTICA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER * Philo Artigo Pensar-Revista Eletrônica da FAJE v.5 n.2 (2014): 197-207 SENTIDO E NOVIDADE DAS NOÇÕES DE FENOMENOLOGIA E DE HERMENÊUTICA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER * MEANING AND NOVELTY OF THE NOTIONS OF

Leia mais

A Modernidade e o Direito

A Modernidade e o Direito A Modernidade e o Direito A Modernidade e o Direito 1. A proposta ética de Habermas não comporta conteúdos. Ela é formal. Ela apresenta um procedimento, fundamentado na racionalidade comunicativa, de resolução

Leia mais

Apresentação O que é fenomenologia?

Apresentação O que é fenomenologia? Apresentação O que é fenomenologia? Antonio Balbino Marçal Lima SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros LIMA, ABM., org. Apresentação O que é fenomenologia? In: Ensaios sobre fenomenologia: Husserl,

Leia mais

HANS-GEORG GADAMER E HERMENÊUTICA FILOSÓFICA

HANS-GEORG GADAMER E HERMENÊUTICA FILOSÓFICA HANS-GEORG GADAMER E HERMENÊUTICA FILOSÓFICA J. Francisco Saraiva de Sousa A filosofia de Gadamer completa a teoria ontológicoexistencial da compreensão (de Heidegger) e, simultaneamente, constitui a base

Leia mais

Agostinho e o Neoplatonismo

Agostinho e o Neoplatonismo Agostinho e o Neoplatonismo Apresentaremos aqui um breve levantamento das idéias principais do segundo capítulo do livro Fenomenologia da Vida Religiosa do filósofo Martin Heidegger, cujo título é Agostinho

Leia mais

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4 COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4 Índice 1. Significado...3 1.1. Contexto... 3 1.2. Intertextualidade... 3 1.2.1. Tipos de intertextualidade... 3 1.3. Sentido... 4 1.4. Tipos de Significado... 4 1.4.1. Significado

Leia mais

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca Psicologia da Educação I Profa. Elisabete Martins da Fonseca Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de

Leia mais

A hermenêutica de Hans-Georg Gadamer

A hermenêutica de Hans-Georg Gadamer A hermenêutica de Hans-Georg Gadamer Cleyson de Moraes Mello 1 Resumo A Constituição de 1988 representa uma mudança de paradigma no direito brasileiro. A partir dessa mudança de modelo, é necessário investigar

Leia mais

Prof. Chiara Pasqualin (pós-doutoranda do Departamento de Filosofia da USP)

Prof. Chiara Pasqualin (pós-doutoranda do Departamento de Filosofia da USP) Prof. Chiara Pasqualin (pós-doutoranda do Departamento de Filosofia da USP) Seminário para os alunos de Iniciação Científica do Departamento de Filosofia da USP - 2 semestre de 2016 Título: Uma leitura

Leia mais

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual Marly de Fátima Monitor de Oliveira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp Araraquara e-mail:

Leia mais

Ano Lectivo 2007/08. Agrupº. Escolas Padre Vítor Melícias

Ano Lectivo 2007/08. Agrupº. Escolas Padre Vítor Melícias Ano Lectivo 2007/08 Agrupº. Escolas Padre Vítor Melícias FR: Luísa Chedas Competências De acordo com os princípios do Decreto lei 6/2001, o Ministério da Educação define um conjunto de competências que

Leia mais

CONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO

CONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO CONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO Interpretação - livre exercício da razão - pensamento - pensar é interpretar Variadas formas de interpretação originaram vários conceitos de hermenêutica Não existem receitas

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO P á g i n a 1 Questão 1. Hans Kelsen em sua obra Teoria Pura do Direito : I. Define a Teoria Pura do Direito como uma teoria do Direito positivo

Leia mais

FLICKINGER, Hans-Georg. Gadamer & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, p.

FLICKINGER, Hans-Georg. Gadamer & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, p. FLICKINGER, Hans-Georg. Gadamer & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. 133 p. FLICKINGER, Hans-Georg. Gadamer and the Education. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. 133 p. Lineuza Leite MOREIRA 1

Leia mais

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da

Leia mais

CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS º PERÍODO

CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS º PERÍODO CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS - 2016.1 1º PERÍODO DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Estudo da história geral da Educação e da Pedagogia, enfatizando a educação brasileira. Políticas ao longo da história engendradas

Leia mais

Fil. Monitor: Leidiane Oliveira

Fil. Monitor: Leidiane Oliveira Fil. Professor: Larissa Rocha Monitor: Leidiane Oliveira Moral e ética 03 nov EXERCÍCIOS DE AULA 1. Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações?

Leia mais

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao 1 Introdução A presente dissertação tem como tema a aquisição do modo verbal no Português Brasileiro (PB). Tal pesquisa foi conduzida, primeiramente, por meio de um estudo dos dados da produção espontânea

Leia mais

O problema do conhecimento no círculo hermenêutico

O problema do conhecimento no círculo hermenêutico O problema do conhecimento no círculo hermenêutico Cristian Marques 1 Resumo: Alguns autores (como Richard Rorty, Hilary Putnam e Gianni Vattimo) sugeriram a possibilidade de que haja na hermenêutica filosófica

Leia mais

FORMAÇÃO INICIAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA E PEDAGOGIA: QUAL O SEU IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE UM BOM PROFESSOR?

FORMAÇÃO INICIAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA E PEDAGOGIA: QUAL O SEU IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE UM BOM PROFESSOR? 1 FORMAÇÃO INICIAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA E PEDAGOGIA: QUAL O SEU IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE UM BOM PROFESSOR? Elisa Gomes MAGALHÃES 1 RESUMO: O presente trabalho versa sobre a formação

Leia mais

Questão metodológica. Sobre o existente. Aula Extra: Filosofia Contemporânea. Prof. Daniel Pansarelli

Questão metodológica. Sobre o existente. Aula Extra: Filosofia Contemporânea. Prof. Daniel Pansarelli Aula Extra: Filosofia Contemporânea Prof. Daniel Pansarelli Fenomenologia, Hermenêutica e Existencialismo INTRODUÇÕES Questão metodológica A HERMENÊUTICA contemporânea é uma das correntes filosóficas derivadas

Leia mais

Nº Aulas: 8 aulas de 90 minutos

Nº Aulas: 8 aulas de 90 minutos Agrupamento de Escolas de Mira I- Iniciação à atividade filosófica Nº Aulas: 8 aulas de 90 minutos Contactar com alguns temas e /ou problemas da filosofia. I Abordagem introdutória à Filosofia e Realização

Leia mais

Março 2010 Filomena Lemos

Março 2010 Filomena Lemos Março 2010 Filomena Lemos Entende-se por leitura o processo interactivo que se estabelece entre o leitor e o texto, em que o primeiro apreende e reconstrói o significado ou os significados do segundo.

Leia mais

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga EMENTA FILOSOFIA DISCIPLINA: Iniciação filosófica EMENTA: Este curso pretende iniciar o aluno nos principais temas da filosofia, a partir da reflexão de seu núcleo histórico-sistemático, considerando seus

Leia mais

A HERMENÊUTICA DE HANS-GEORG GADAMER

A HERMENÊUTICA DE HANS-GEORG GADAMER 33 A HERMENÊUTICA DE HANS-GEORG GADAMER Cleyson de Moraes Mello Doutor em Direito (UGF-RJ) Professor de Direito Civil, Hermenêutica e Introdução ao Estudo do Direito (Pós- Graduação e Graduação) UNESA,

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO FIL02457 - FILOSOFIA POLÍTICA I (60 h, OBR) O homem e sua ação política. A noção de polis no pensamento grego antigo e seus desdobramentos

Leia mais

A ORIGEM DA FILOSOFIA

A ORIGEM DA FILOSOFIA A ORIGEM DA FILOSOFIA UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA DE SER VIVIDA. SÓCRATES. A IMPORTÂNCIA DOS GREGOS Sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção diferente da oriental. A filosofia

Leia mais

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES Guilherme Devequi Quintilhano Orientador: Prof. Dr. Eder Soares Santos RESUMO Nesta comunicação será apresentada uma crítica de Martin Heidegger, filósofo contemporâneo,

Leia mais

... a capacidade constante de voltar ao diálogo, isto é, de ouvir o outro, parece-me ser a verdadeira elevação do homem a sua humanidade.

... a capacidade constante de voltar ao diálogo, isto é, de ouvir o outro, parece-me ser a verdadeira elevação do homem a sua humanidade. Débora Aparecida Ataíde Ampessan Aluna da 3ª série do Curso de Direito da Universidade Positivo... a capacidade constante de voltar ao diálogo, isto é, de ouvir o outro, parece-me ser a verdadeira elevação

Leia mais

Revista Pandora Brasil Número 57, Agosto de 2013 ISSN Jandir Silva dos Santos A LINGUAGEM NA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA DE HANS-GEORG GADAMER

Revista Pandora Brasil Número 57, Agosto de 2013 ISSN Jandir Silva dos Santos A LINGUAGEM NA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA DE HANS-GEORG GADAMER A LINGUAGEM NA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA DE HANS-GEORG GADAMER RESUMO: No presente estudo, aborda-se a linguagem enquanto médium necessário da hermenêutica, conforme elaborado por Hans-Georg Gadamer em sua

Leia mais

HERMENÊUTICA E ENSINO DE LITERATURA

HERMENÊUTICA E ENSINO DE LITERATURA HERMENÊUTICA E ENSINO DE LITERATURA Tiane Reusch de Quadros Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tianequadros@yahoo.com.br Resumo Desde a referência mitológica grega a linguagem está envolvida

Leia mais

FUNDAMENTOS DA HERMENÊUTICA 1

FUNDAMENTOS DA HERMENÊUTICA 1 FUNDAMENTOS DA HERMENÊUTICA 1 Thiago Rodrigues Dedino 2 Universidade São Judas Tadeu São Paulo SP Resumo Com a seguinte investigação tenho por objetivo realizar uma metacrítica voltada para a filosofia

Leia mais

- [...] a perspectiva histórico-ontológica da formação humana se faz presente ao longo de toda a obra de Karl Marx. Nela, pode-se apreender a

- [...] a perspectiva histórico-ontológica da formação humana se faz presente ao longo de toda a obra de Karl Marx. Nela, pode-se apreender a QUESTÕES CESPE 1) A natureza humana não é dada ao homem mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente,

Leia mais

O LUGAR DA INTERPRETAÇÃO E DA REFLEXÃO NA ANTROPOLOGIA

O LUGAR DA INTERPRETAÇÃO E DA REFLEXÃO NA ANTROPOLOGIA Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia Disciplina: 135437 - Tópicos Especiais em Antropologia 5 (Perspectivas Interpretativas na Antropologia: uma disciplina

Leia mais

NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL

NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL. FORMAL LINGUÍSTICO EXPRESSÃO VERBAL NORMA JURÍDICA OBJETO CULTURAL MATERIAL SOCIOLÓGICO COMPORTAMENTO METAFÍSICO AXIOLÓGICO VALOR NORMA - VALOR - SENTIDO - INTERPRETAÇÃO.

Leia mais

H003 Compreender a importância de se sentir inserido na cultura escrita, possibilitando usufruir de seus benefícios.

H003 Compreender a importância de se sentir inserido na cultura escrita, possibilitando usufruir de seus benefícios. 2ª Língua Portuguesa 5º Ano E.F. Objeto de Estudo Usos e funções: código oral e código escrito Usos e funções: código oral e código escrito Usos e funções: norma-padrão e variedades linguísticas. Usos

Leia mais

Objetivos 05/09/2017. Ao nascermos... Psicologia aplicada à nutrição

Objetivos 05/09/2017. Ao nascermos... Psicologia aplicada à nutrição Psicologia aplicada à nutrição O indivíduo como sujeito social e sua relação com o seu ambiente Uma condição sócio-histórica Compreender a relação indissociável entre indivíduo e sociedade na subjetividade

Leia mais

MTA Aula 02. Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos

MTA Aula 02. Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos MTA Aula 02 Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos TIPOS DE CONHECIMENTO 1. Filosófico 2.Teológico 3. Empírico 4.Científico 1.1.1 Conhecimento filosófico A filosofia teve seu início na Jônia,

Leia mais

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca Psicologia da Educação I Profa. Elisabete Martins da Fonseca Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de

Leia mais

Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. Ementas 2016

Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. Ementas 2016 Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde Obrigatórias Ementas 2016 Disciplina: Divulgação científica: história, conceitos e modelos O objetivo da disciplina é fazer uma introdução

Leia mais

Resenha. Arte e Técnica em Heidegger. por Dra. Paula Renata de Campos Alves Irene Borges-Duarte. DOI: /ek.2016.

Resenha. Arte e Técnica em Heidegger. por Dra. Paula Renata de Campos Alves Irene Borges-Duarte. DOI: /ek.2016. Resenha Arte e Técnica em Heidegger DOI: 10.12957/ek.2016.19622 por paullare@gmail.com BORGES-DUARTE, Irene. Arte e Técnica em Heidegger. Documenta. Lisboa, 2014. O importante livro da especialista no

Leia mais

O MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA APROPRIAÇÃO CONCEITUAL EM DAVÝDOV

O MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA APROPRIAÇÃO CONCEITUAL EM DAVÝDOV 1 O MOVIMENTO DO PENSAMENTO PARA APROPRIAÇÃO CONCEITUAL EM DAVÝDOV Educação e Produção do Conhecimento nos Processos Pedagógicos Daiane de Freitas 1 Ademir Damazio 2 Introdução O presente trabalho tem

Leia mais

Instrumento. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, Mariângela Maia de Oliveira *

Instrumento. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, Mariângela Maia de Oliveira * Resenha Instrumento COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. Mariângela Maia de Oliveira * Tomando por base os novos conceitos subjacentes ao processo de

Leia mais