Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Instituto Diocesano da Formação Cristã

Transcrição

1 TEMA DA SESSÃO 1. INTRODUÇÃO 2. OUSAR FAZER TEOLOGIA 3. O MÉTODO TEOLÓGICO 3.1. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 3.2. RITMO BINÁRIO 3.3. MAGISTÉRIO 3.4. A COMPREENSÃO DA PALAVRA 3.5. O TEÓLOGO 3.6. TEOLOGIA,MAGISTÉRIO, FILOSOFIA 3.7. LINGUAGEM ANALÓGICA 4. A MODO DE CONCLUSÃO 5. TPC JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Patriarcado de Lisboa Instituto Diocesano da Formação Cristã

2 Ousar fazer Teologia Se o ser humano pode ousar dizer Deus, Que é o totalmente Outro O absoluto e Infinito Isso só pode ser possível por duas ordens de motivos: Ou porque inventou Deus; Ou porque Deus se lhe revelou. Acreditamos e sabemos que Deus se revelou ao ser humano, por isso: Não é mais possível ficar calado; Não basta o silêncio adorador; É preciso ousar dizê-lo e proclamá-lo.

3 Ousar fazer Teologia Mas como fazer teologia?

4 A teologia é hoje uma realidade marcadamente plural. É constituída por uma variedade de disciplinas. Faz-se numa pluralidade de contextos culturais. Foi dando origem a várias escolas. Apesar desta pluralidade, tem de haver um método com traços comuns de modo a podermos qualificar um trabalho/reflexão de teológico. Distinguindo-o de outros saberes.

5 A teologia está organizada, enquanto ciência da fé, à luz dum duplo princípio metodológico: auditus fidei e intellectus fidei. Com o primeiro recolhe os conteúdos da Revelação tal como se foram explicitando progressivamente na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura e no Magistério vivo da Igreja. Pelo segundo, a teologia quer responder às exigências próprias do pensamento através da reflexão especulativa. (FR 65)

6 Temos então 2 momentos: Auditus fidei. Intellectus fidei. Constituídos por vários elementos: Revelação Sagrada Escritura. Sagrada Tradição. Magistério da Igreja. Inteligência.

7 A teologia tem um ritmo binário Na verdade, se na teologia encontramos a fé que reflete de maneira científica sobre si mesma, de modo a apresentar aos contemporâneos a vida crente como realidade cheia de significado, então a teologia deve assumir da fé não só os conteúdos sobre os quais refletir, como também o próprio método. Nuno Brás, Introdução à teologia, 89 JUAN AMBROSIO FERNANDO CATARINO

8 Magistério da Igreja. Autoridade. Função e missão de ensinar. O conteúdo que é ensinado. É um dos lugares onde a Tradição viva da Igreja se encontra plasmada. Isto porque a revelação divina é uma realidade eclesial As tarefas do Magistério e da teologia são diferentes, mas intimamente relacionadas.

9 Magistério da Igreja. A função e o carisma de ensinar começam por ser afirmados de toda a Igreja. A intervenção dos bispos é entendida nessa linha. Só muito mais tarde (meados do séc. XVIII) surge a distinção formal «Igreja docente» e «Igreja discente». A partir de então «magistério» passou a designar «o corpo de pastores que exerce com autoridade a função do ensino».

10 «Magistério pastoral» Ensino realizado pelo Colégio Episcopal em união com o sucessor de Pedro e sob sua condução. É parte integrante da Tradição Eclesial assumindo nela o encargo de interpretar autenticamente a Sagrada Escritura. Mas este magistério não está acima da Palavra de Deus, nem acima da Tradição, mas está ao seu serviço.

11 A compreensão da Palavra Começa por aceitar seriamente as interpelações que Aquela coloca hoje: à vida da fé das comunidades, dos crentes e do mundo. Tenta mostrar como as grandes questões do sentido da existência encontram solução na revelação cristã. Realiza a sua missão a partir da revelação acolhida na fé.

12 O teólogo A denominação de teólogo aplica-se aos membros da Igreja a quem os estudos e a sua comunhão de vida na fé qualificam para promover, segundo um modo científico próprio, uma inteligência mais profunda da Palavra de Deus e, assim, em virtude da missão canônica, para a ensinar.» Comissão Teológica Internacional, «Magistério e Teologia»

13 O teólogo O seu trabalho é fruto: Do seu esforço e inteligência; Da sua preparação e competências científicas; Da ação do Espírito Santo. O seu trabalho é feito: Em comunhão com a comunidade crente; Para a comunidade crente; Requer o reconhecimento do Magistério.

14 Diálogo teologia Magistério [ ] por um lado o teólogo deve assumir uma atitude que ultrapasse a mera obediência exterior ao magistério, por outro deve assumir a sua função como realidade «relativamente autónoma na Igreja», o que significa também sempre o sentire ecclesiam, quer dizer, a sua real integração numa comunidade concreta: tendo um necessário grau de autonomia, a teologia não pode deixar de se perceber dentro da própria Igreja, dos seus carismas e serviços. Nuno Brás, Introdução à teologia, 148.

15 Distinção Teologia Filosofia Deste modo a teologia distingue-se da filosofia pelo seu objeto: a revelação acolhida na fé; mas também pelo seu instrumento, cuja especificidade lhe é fornecida pela qualificação de «crente» dada à razão, ainda que coincida no seu objetivo: a procura do sentido da existência. Nuno Brás, Introdução à teologia, 149.

16 Linguagem Analógica A linguagem da analogia tem um papel muito importante no trabalho teológico. Com ela pretende-se sublinhar a semelhança, deixando bem clara a diferença. A analogia permite considerar a semelhança dentro da diferença.

17 A Modo de Conclusão A reflexão teológica é sempre um ousar dizer. O Mistério de Deus nunca poder ser reduzido ao dizer Dai a necessidade do silêncio contemplativo Mas o Mistério de Deus tem de ser dito. Daí a necessidade da teologia.

18 Indicações Bibliográficas Nuno Brás, Introdução à Teologia = Coleção de Estudos Teológicos I, Universidade Católica Editora, Lisboa AAVV, O que é a teologia, Communio, Revista Internacional católica, 3 (2005).

19 TPC

20 TEMA DA SESSÃO 1. INTRODUÇÃO 2. OUSAR FAZER TEOLOGIA 3. O MÉTODO TEOLÓGICO 3.1. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 3.2. RITMO BINÁRIO 3.3. MAGISTÉRIO 3.4. A COMPREENSÃO DA PALAVRA 3.5. O TEÓLOGO 3.6. TEOLOGIA,MAGISTÉRIO, FILOSOFIA 3.7. LINGUAGEM ANALÓGICA 4. A MODO DE CONCLUSÃO 5. TPC JUAN AMBROSIO 1º SEMESTRE ANO LETIVO Patriarcado de Lisboa Instituto Diocesano da Formação Cristã