O PAPEL DO INTÉRPRETE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ALUNO SURDO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PAPEL DO INTÉRPRETE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ALUNO SURDO DO ENSINO FUNDAMENTAL"

Transcrição

1 656 O PAPEL DO INTÉRPRETE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ALUNO SURDO DO ENSINO FUNDAMENTAL Laila Daiane LEMOS 1 RESUMO Nos últimos anos, o Brasil começou a implantar políticas de inclusão para os alunos com necessidades educacionais na rede regular de ensino. Por essa razão, a escola está vivenciando um grande desafio, que é incluir o aluno surdo. O objetivo desta pesquisa é apresentar o papel do intérprete no processo ensino-aprendizagem do aluno surdo que não domina LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais - além de destacar a forma de comunicação utilizada entre eles e os desafios enfrentados por ambos. Dessa forma, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica e aplicou-se um questionário com perguntas variadas para intérpretes que atuam em escolas regulares que atualmente atendem alunos surdos, para averiguar como esses profissionais lidam com as dificuldades que encontram. Observou-se que ainda existe grande rejeição aos surdos por parte de alguns alunos, por não terem conhecimento da língua natural dos surdos, a LIBRAS. O aluno surdo deve ter apoio pedagógico de um intérprete que o acompanhe em sala de aula; entretanto, somente alguns professores se interessam em aprender a LIBRAS e ter comunicação com o esse aluno. Concluiu-se, ainda, que a inclusão é uma questão de saber lidar com as diferenças e conviver com ela sem medo. Palavras-chave: Aluno-surdo; Intérprete; Língua de Sinais. INTRODUÇÃO Durante muito tempo, os surdos foram vistos como seres incapazes e deficientes, porque a ausência da fala fazia com que eles fossem considerados como imprestáveis, ou seja, não pensavam, portanto, não serviam para o trabalho. ¹Graduada em Pedagogia pela Faculdade Dom Bosco de Ubiratã. Pós-graduada em Libras pela Faculdade Itecne de Cascavel. Pós-graduada em Educação Especial pela Faculdade Iguaçu. Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto RHEMA. Cursando Bacharel em Letras/Libras pela Universidade do Oeste do Paraná. Atua como Professora/Intérprete de Libras nas redes Estadual e Municipal de educação, docente na Faculdade Dom Bosco de Ubiratã - PR. Contato: lailalemos.ld@gmail.com

2 657 Reconhecendo a importância desse contexto no aprendizado de uma nova língua, a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais - acredita-se que este estudo possa oferecer dados acerca da importância de um intérprete de LIBRAS em contato com o aluno surdo dentro da escola, permitindo o acesso à língua de sinais, à cultura e à identidade surda na aquisição e ampliação de conhecimentos. A maioria das crianças surdas não tem acesso à Língua de Sinais, esse mecanismo de desenvolvimento. Como então aprendem? Como se comunicam? Como se desenvolvem? Como se dá sua aprendizagem? Para tais reflexões e realização desta pesquisa, foram utilizadas, como aporte teórico, citações bibliográficas de autores como Carlos Skilar, Ronice Quadros, Paula Botelho, Sueli Fernandes, Vygotsky, entre outros, pois estes desenvolvem análises de grande importância para a compreensão do problema apresentado. Também foram analisados documentos legais que defendem meios adequados à educação dos surdos, sobretudo o uso da Língua de Sinais na educação desses sujeitos. Do ponto de vista metodológico, este trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica para construir a fundamentação teórica. 1.O PAPEL DO INTÉRPRETE NO PROCESSO ENSINO -APRENDIZAGEM DO ALUNO SURDO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1.1 Surdez Audição é o sentido responsável por captar as informações sonoras que rodeiam os indivíduos, sejam elas sons de palavras ou não. Se o indivíduo tem uma perda auditiva, ou conhece alguém que tenha, não está sozinho, uma vez que pelo menos 20 milhões de brasileiros têm diminuição de audição. Nesta pesquisa, o enfoque principal é a surdez, sobre a qual existe uma diversidade de conhecimentos. Assim, os graus de surdez são caracterizados por diferentes formas e por diferentes autores. Segundo Edler (1997, p.23), a surdez é a perda total ou parcial do sentido da audição. Pode ser de nascença ou causada por doenças. A deficiência auditiva pode ser congênita ou adquirida. As principais causas da deficiência congênita são: hereditariedade, viroses maternas (rubéola, sarampo), doenças tóxicas da gestante

3 658 (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose) ou ainda ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez. Já a adquirida surge quando existe uma predisposição genética (otosclerose), ou pode ocorrer em consequência de meningite, ingestão de remédios ototóxicos, exposição a sons impactantes (explosão) ou viroses (GIL, 2001). De acordo com Strobel e Dias (1995. p.7-8), existem vários tipos de surdez, que podem ser: Deficiência auditiva condutiva: qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). Nesse caso, a orelha interna tem capacidade de funcionamento normal, mas não é estimulada pela vibração sonora. Essa estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estimulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida mediante tratamento clínico ou cirúrgico. Deficiência auditiva sensório-neural: ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais da avaliação auditiva. Esse tipo de deficiência auditiva é irreversível. Deficiência auditiva mista: ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra, geralmente, limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea. Deficiência auditiva central, disfunção auditiva central ou surdez central: esse tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre das alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral, o Sistema Nervoso Central. Assim: Surdo é o indivíduo que tem a perda total ou parcial, congênita ou adquirida da capacidade de compreender a fala através do ouvido. De acordo com o grau de perda auditiva, avaliada em decibéis (db), a surdez manifesta-se como leve (perda entre 20 e 40 db), moderada (entre 40 e 70 db), severa (entre 70 e 90 db) e profunda (acima de 90 db de perda) impede o indivíduo de ouvir a voz humana e de adquirir, espontaneamente, o código da modalidade oral da língua, mesmo com o uso de prótese auditiva. (CARVALHO, 1997, p.23)

4 659 A escala da audição tem diferentes graus; por essa razão, há pessoas que escutam pouco, sendo incapazes de ouvir um avião passando; outras conseguem ouvir a voz humana, mas não conseguem distingui-la. Considerando-se que a audição é essencial para a aquisição da linguagem falada, sua deficiência influi no relacionamento com os outros e cria lacunas nos processos psicológicos de integração de experiências, afetando o equilíbrio e a capacidade normal de desenvolvimento da pessoa. Segundo Davis e Silvermann (apud Russo e Santos, 1993), as perdas auditivas podem ser classificadas quanto ao grau, alterando a qualidade do indivíduo relacionar-se com o meio. São elas: SURDEZ LEVE: o indivíduo é capaz de perceber os sons da fala; adquire e desenvolve a linguagem oral espontaneamente; o problema, geralmente, é tardiamente descoberto; dificilmente se coloca o aparelho de ampliação porque a audição é muito próxima da normal. SURDEZ MODERADA: o indivíduo pode demorar um pouco para desenvolver a fala e a linguagem; apresenta alterações articulatórias (trocas na fala) por não perceber todos os sons com clareza; tem dificuldade em perceber a fala em ambientes ruidosos; no caso dos alunos, são desatentos e têm dificuldade no aprendizado da leitura e da escrita. SURDEZ SEVERA: o indivíduo terá dificuldade em adquirir a fala e a linguagem espontaneamente; poderá adquirir vocabulário do contexto familiar; existe a necessidade do uso do aparelho de amplificação e acompanhamento especializado. SURDEZ PROFUNDA: o indivíduo dificilmente desenvolverá a linguagem oral espontaneamente; só responde auditivamente a sons muitos intensos, como: bombas, trovão, motor de carro e avião; frequentemente, utiliza a leitura oral-facial; necessita fazer uso de aparelho de amplificação e, mesmo assim, tem dificuldade de audição. O aluno com esse grau de surdez não consegue falar, a forma de linguagem é diferente, e ele necessita da linguagem de sinais. Na escola, o professor pode suspeitar de casos de surdez entre seus alunos quando observar, segundo Brasil (2002): - Que a criança apresenta dificuldade na pronúncia das palavras; - Excessiva distração; - Frequentes dores de ouvido ou ouvido purgante; - Dificuldade de compreensão; - Intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa; - Se o educando é vergonhoso, retraído e desconfiado; - Se não atende aos chamados.

5 660 O professor deve focar sua atenção a esses comportamentos e, caso perceba esses sintomas com frequência, pode desconfiar de perda auditiva. Nesse caso, deve encaminhar esse aluno aos profissionais mais indicados para realizar a intervenção (FERNANDES, 2005). 1.2 Libras Rego (1995), Góes (1996) e Goldfeld (2001), baseando-se nos estudos de Vygotsky, afirmam que a linguagem humana é entendida como um sistema de signos sociais que são observados na medida em que o indivíduo vai interagindo com o outro, aprendendo a usar a linguagem para expressar ideias, pensamentos e intenções verbais ou não verbais. É pela linguagem que o indivíduo irá estabelecer relações interpessoais, para possibilitar um meio de comunicação que deve ser compreendido pelo grupo social. Conforme Brito (1993, p.116), a Língua de Sinais é classificada como uma língua materna das comunidades surdas, porque pelo canal visual - espacial os surdos conseguem naturalmente comunicar-se entre si e recebem a herança cultural das comunidades surdas. Trata-se de uma língua, porque ela possui estruturas gramaticais próprias, com regras em níveis linguísticos, fonológicos, sintáticos, morfológicos e semânticos como qualquer outra língua, possibilitando o desenvolvimento cognitivo da pessoa surda, o qual permite seu acesso aos conceitos e aos conhecimentos existentes na sociedade ouvinte (QUADROS, 1997). A Declaração de Salamanca (1994, p. 06) prevê uma educação inclusiva onde todas as crianças podem aprender juntas, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, raciais, linguísticas ou outras. No caso do surdo, sua educação é prevista em sua língua nacional de signos, a Língua de Sinais. Esta é uma linguagem visual e gestual, emitida através de gestos e como já se disse, com estrutura sintática própria. Considerando-se que a criança, mesmo não sendo exposta a nenhuma língua de sinais, já desenvolve espontaneamente um sistema de gesticulação manual, no que se refere à Língua de Sinais, sendo ela organização do pensamento. oral-auditiva ou espaço-visual, proporciona a comunicação e favorece a A surdez afeta o principal meio de comunicação entre as pessoas, inviabilizando o acesso à língua oral-auditiva. Logo, também Fernandes (1998) reitera que a linguagem do surdo tem-se estruturado por meio da Língua de Sinais, que é natural e que possui estruturas próprias diferentes das línguas oralizáveis (FERNANDES, 1998).

6 661 No ano de 1579, em uma gravura de madeira, surgiu a língua de sinais. Segundo historiadores, foi no século XVII, na Espanha, que as pessoas surdas passaram a fazer uso do alfabeto manual durante as aulas. Entretanto, cada país possui a sua própria Língua de Sinais. No Brasil, a língua oficial dos surdos é a LIBRAS Língua Brasileira de Sinais. Em território nacional, a LIBRAS foi oficializada pela Lei Federal nº /2002 e regulamentada, em dezembro de 2005, pelo Decreto Federal nº 5626, o que beneficiou a vida dos surdos em sociedade, fundamentalmente no espaço escolar. O artigo 3º dessa mesma lei diz que a LIBRAS deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, de instituições de ensino públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal. Essa língua é o canal que os surdos dispõem para receber a herança cultural. No caso da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS ela é utilizada pela comunidade surda brasileira e se torna diferente das línguas orais, pois utiliza o canal visual-espacial. É adquirida como língua materna pelas crianças surdas e o simples contato com a comunidade de surdos adultos propicia a sua aquisição naturalmente (BRITO, 1993, p. 116). De acordo com o Ministério da Educação, As garantias individuais do surdo e o pleno exercício da cidadania alcançaram respaldo institucional decisivo com a Lei Federal nº , de 24 de abril de 2002, em que é reconhecido o estatuto da Língua Brasileira de Sinais como língua oficial da comunidade surda, com implicações para sua divulgação e ensino, para o acesso bilíngue à informação em ambientes institucionais e para a capacitação dos profissionais que trabalham com os surdos (BRASIL, 2002, p. 62). Na educação de surdos, o que pode constituir uma barreira em relação ao seu desempenho na aprendizagem está relacionado a questões referentes à sua linguagem. Não basta somente que os surdos sejam incluídos no ensino fundamental, mas, principalmente, que sejam atendidos nas suas necessidades linguísticas. Portanto, os surdos precisam de uma educação que os respeite nas suas diferenças. Para Carvalho (2004, p.23), não basta colocar as pessoas com deficiência em classes regulares, faz-se necessário assegurar-lhes garantias e práticas pedagógicas que rompam as barreiras de aprendizagem a fim de não se fazer uma educação excludente.

7 662 Diferentemente dos ouvintes, grande parte das crianças surdas entra na escola sem aquisição de língua, uma vez que a maioria delas vem de famílias ouvintes, que não sabem a Língua de Sinais. Por isso, existe a necessidade de que a LIBRAS seja, no contexto escolar, não só língua de instrução, mas disciplina a ser ensinada. Por essa razão, é imprescindível que o ensino de LIBRAS seja incluído nas séries iniciais do ensino fundamental para que o surdo possa adquirir uma língua e, posteriormente, receber informações escolares por meio dela. Assim, o papel da Língua de Sinais na escola vai além da sua importância para o desenvolvimento do surdo. O seu uso, por toda a comunidade escolar (surdos e ouvintes), promove a comunicação e a interação entre os sujeitos; por isso, o ensino da LIBRAS pode ser estendido aos alunos ouvintes. Entende-se, dessa forma, que não basta à escola somente colocar duas línguas coexistindo nas suas classes; antes, é preciso que haja subsídios e adequações curriculares, de forma a favorecer surdos e ouvintes, a fim de tornar o ensino apropriado às peculiaridades de cada aluno. 1.3 Intérprete de Libras LIBRAS. No contexto educacional de inclusão dos surdos, surge o importante papel do intérprete de Ser Intérprete de Língua de Sinais é muito mais do que ser identificado pela língua que fala, muito mais do que estar presente nas comunidades surdas ou ainda estabelecer um elo entre mundos linguísticos diferentes. Ser Intérprete é conflitar sua subjetividade de não surdo e surdo, é moldar seu corpo a partir da sua intencionalidade, reaprender o universo do sentir e do perceber, é uma mudança radical onde a cultura não é mais o único destaque do ser. (MARQUES; OLIVEIRA, 2009 p ). A figura do profissional tradutor e intérprete de LIBRAS está ganhando mais espaço no cenário educacional brasileiro, principalmente depois da Lei nº , de 24 de abril de 2002, e do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regularizaram a Língua Brasileira de Sinais como a segunda língua oficial do país, impulsionando, assim, as políticas de inclusão de surdos e o uso e difusão da LIBRAS em todas as esferas sociais e, no âmbito da educação, em todos os níveis e modalidades de ensino. Essas leis também, especialmente o Decreto nº 5.626,12/05, deram ênfase

8 663 ao papel do profissional intérprete de LIBRAS como meio legal de garantir as propostas de inclusão do surdo previstas nas leis. Esse profissional é quem domina a Língua de Sinais falada no país e que é qualificado para desempenhar a função de intérprete. No Brasil, ele deve dominar, além da LIBRAS, a Língua Portuguesa. Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a Língua Brasileira de Sinais ou vice-versa (por exemplo, em conferências internacionais). Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e de interpretação, o profissional precisa ter qualificação específica para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. O profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua atuação (por exemplo, na área da educação). O papel do intérprete, segundo Quadros (2002), é realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa, observando os seguintes preceitos éticos: a) confiabilidade (sigilo profissional); b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões próprias); c) discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação); d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são separados); e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto; o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito). Além disso, para atuar junto ao professor, esse profissional deve ter um conhecimento prévio do que vai ser ensinado, como vai ser ensinado e como se dará a avaliação da aprendizagem. O roteiro e os caminhos de atuação em sala de aula devem ser interativos não apenas no que se refere ao aluno e ao professor, mas incluir o intérprete, visto que ele não é apenas um elemento facilitador de comunicação, mas a chave para que a comunicação se estabeleça. Desse modo, é necessário que sua parceria com o professor seja amigável o suficiente para que os objetivos sejam alcançados. O intérprete que está atuando em sala de aula ainda está em um processo de formação de identidade, já que sua organização enquanto profissional e formação acadêmica ainda não se consolidaram e que ao assumir essa função, segundo o código de ética deverá: manter uma atitude imparcial durante a interpretação, evitando interferências e opiniões próprias. (QUADROS, 2002)

9 664 Em suma, o profissional intérprete, durante sua atuação, necessita agir com neutralidade, não expondo sua opinião, mas mantendo a fidelidade do que está transmitindo ao aluno surdo. 1.4 Ensino Fundamental A LDB 9394/96 prevê, como finalidade da educação básica, desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Ainda, de acordo com a mesma lei, art. 32, o ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. A mesma lei no 2º orienta que os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. 5 o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado. Por isso, de acordo com a LDB, é importante que os sistemas de ensino se organizem de forma que haja escolas em condições de oferecer aos alunos surdos o ensino em Língua de Sinais e em Língua Portuguesa. A legislação do Brasil (Constituição Federal, 1988; LDB 9394/ 96) prevê a integração do educando com necessidades especiais no sistema regular de ensino. Assim: A normalização é o princípio que representa a base filosófico-ideológica da integração. Não se trata de normalizar as pessoas, mas sim o contexto em que se desenvolvem. Normalização significa, portanto, oferecer aos educandos com necessidades especiais modos e condições de vida diária os mais semelhantes possíveis às formas e condições de vida da sociedade (BRASIL, 1997, p. 295).

10 665 Considera-se que o aluno surdo é um indivíduo que necessita de processo educativo para que compreenda a linguagem oral da Língua de Sinais e da Língua Portuguesa escrita; assim, ele terá mais facilidade de incluir-se em espaços como a escola. Outro documento que assegura a educação do aluno surdo é a Declaração de Salamanca, em seu artigo 19, embora este não esteja incorporado aos documentos que regulam a inclusão desse aluno no sistema regular em nosso país. Já no documento de 2002, o aluno surdo não é identificado por grau de surdez, mas, sim, por pertencer a uma minoria linguística, usuária de um sistema linguístico de natureza visual-motora, denominando-o de aprendiz surdo de Português como segunda língua. De acordo com Góes (1999, p.1), as pessoas surdas, mesmo depois de terem passado por longo período de escolarização, apresentam dificuldades na língua escrita. As dificuldades encontradas por eles são produto de vários fatores; dentre eles, a formação docente, a qual está baseada na tradição oralista, que considera os surdos como portadores de uma patologia. Apesar da imagem de que a aprendizagem do aluno surdo é normal, muitos professores acabam admitindo que seu aluno com necessidades especiais não está aprendendo. Professores de rede regular de ensino consideram que seus alunos apresentam condições de ter uma aprendizagem normal, alguns afirmam que a aprendizagem no aluno surdo é normal ilimitada, mas acontece de maneira diferente e outros afirmam que a aprendizagem dos alunos surdos é normal porque há alunos ouvintes com mais dificuldades que eles. (DORZIAT, 2004, p. 34) Para justificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos, algumas professoras mencionam o despreparo dos educadores, a quantidade de alunos na sala, a falta de assessoria, a necessidade de o aluno surdo ter um acompanhamento à parte (intérprete), os problemas do sistema educacional, inclusive a maneira como está acontecendo a inclusão, os problemas de comportamento dos alunos ouvintes e o fato de o aluno surdo não ouvir e não falar. 1.5 Metodologia Realizar estudos sobre o papel do intérprete no processo ensino-aprendizagem do aluno surdo que não domina LIBRAS é de vital importância para a compreensão desse contexto, o que justifica a realização de uma investigação sobre o tema.

11 666 A pesquisa tem um caráter pragmático, é um processo formal e sistemático de desenvolvimento de método cientifico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos (GIL, 1999 p. 36). Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, este estudo enquadra-se como pesquisa bibliográfica, porque foi elaborada a partir de um conjunto de materiais publicados, constituído principalmente de livros, artigos, revistas e material disponibilizado na Internet. Diante do tema apresentado, optou-se por uma metodologia de estudo de campo, a fim de analisar os elementos fundamentais na educação do sujeito surdo. O trabalho realizou-se dentro do enfoque qualitativo, pelo qual se realizou pesquisa de campo, por meio de questionário direcionado aos intérpretes que lidam com surdos no ensino fundamental do ensino regular, com perguntas relativas ao papel desse profissional quando o aluno surdo não domina a LIBRAS. Na visão de Cervo e Bervian (1996, p.138), o questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche. Procurou-se elaborar instrumentos metodológicos direcionados ao foco do estudo: o papel do intérprete, o que é surdez e as causas, Língua Brasileira de sinais LIBRAS -, e a inclusão do aluno surdo no ensino fundamental. A partir dessas sugestões, a comunidade escolar poderá organizar as atividades escolares do aluno surdo, que permitam o enriquecimento, o aprofundamento e a complementação das temáticas abordadas, considerando o nível de aprendizagem desse aluno. 1.6 Análise dos dados Considerando-se o contexto do estudo aqui apresentado, é importante destacar as informações recebidas por meio de um questionário com os intérpretes. Inicialmente, perguntou-se a respeito da importância da Língua de Sinais para o surdo. A resposta foi que a Língua de Sinais é a língua oficial dos surdos, como é a Língua Portuguesa para outros. É através dela que eles se expressam e que têm compreensão do mundo. Dessa maneira, a Língua de Sinais é um elemento essencial para comunicação e fortalecimento para a identidade surda e, por isso, a escola não pode ignorá-la no processo de ensino-aprendizagem.

12 667 Em seguida, questionou-se aos intérpretes quais as dificuldades enfrentadas pelo aluno surdo, quando não domina a LIBRAS. Segundo elas, esse aluno não tem uma língua, não tem comunicação, não se vê como um sujeito, parte de um grupo e nem tem compreensão do mundo real em que vive. Sua imaginação é limitada, tendendo a desenvolver uma segunda deficiência, a social. Dessa forma, Quadros (2006, p.18), defende que a escola deveria apresentar alternativas voltadas às necessidades linguísticas dos surdos, promovendo estratégias que permitam a aquisição e o desenvolvimento da Língua de Sinais como primeira língua. De acordo com as respostas do questionário, não há relação entre surdo que não domina Língua de Sinais com os demais surdos dominantes dessa língua, pois a maioria dos surdos que não sabem LIBRAS não é bem aceita pelos surdos que possuem a Língua de Sinais, e há pouco esforço pelos surdos já desenvolvidos em ajudar os que ainda estão à margem da sociedade e que anseiam pelo contato dos surdos que sabem a Língua de Sinais. Também de acordo com os entrevistados, a relação entre surdo e intérprete é difícil, pois o aluno não compreende o intérprete, e este, muitas vezes, acredita que o aluno compreendeu. Isso prejudica o aluno, pois os conteúdos são ensinados, porém, ele não se apropria deles. Outra situação é que, eventualmente, o intérprete, em vez de passar os conteúdos, apenas ensina LIBRAS. Ao serem indagados sobre o papel do intérprete quando o surdo não domina LIBRAS, os entrevistados responderam que o intérprete não deve pensar que é sua obrigação alfabetizar o surdo. A escola é um sistema e o intérprete deve passar sua dificuldade para os professores regentes para, juntos, solicitarem à coordenação que tome alguma providência, como o atendimento no CAES (Centro de Atendimento Especializado na área da Surdez), no caso do estado do Paraná, para o aluno aprender LIBRAS e ter um reforço escolar. E, no município, existe o CAS (Centro de Atendimento ao Surdo), que também tem a função de ensinar LIBRAS e a Língua Portuguesa escrita como segunda língua. O intérprete se sente mal ao perceber que o aluno não é alfabetizado e nem sabe LIBRAS, mas deve ter claro que não é ele que salvará esse aprendiz, pois sabe-se que quatro horas de aula para um aluno que não tem uma língua não é suficiente para lhe ensinar os conteúdos e/ou a LIBRAS. Por isso, deve-se procurar ajuda em instâncias maiores, sendo dever delas oferecer o devido atendimento e apoio ao aluno.

13 668 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista o objetivo do trabalho, descreveu-se a importância de resgatar a identidade surda por meio da sua forma de comunicação, a fim de possibilitar uma aprendizagem inclusiva. Por meio de análise dos dados, verificou-se que os surdos que não dominam LIBRAS apresentam dificuldades em se integrar com o mundo a sua volta, o que dificulta o trabalho do intérprete, porque não é sua responsabilidade ensinar sinais. De acordo com a maioria dos autores, os alunos surdos têm potencialidades para tornar possível a aprendizagem da língua materna, desde que conheça os padrões e a estrutura que a Língua de Sinais possui; porém, há surdos que emitem sinais próprios, que não chegam a ser a LIBRAS, pois eles não tiveram a oportunidade de ter atendimento de instituições e profissionais qualificados para ensinar essa língua. A legislação do Brasil prevê a integração do educando com necessidades especiais no sistema regular de ensino. Entretanto, a grande maioria das escolas não está preparada para receber o diferente, pois enfrenta dificuldades de adaptações; então, o papel do intérprete é ser o mediador entre surdo e ouvinte, e não ensinar LIBRAS, no entanto, o intérprete, observando a dificuldade do surdo, acaba ensinado a língua, o que possibilita ao surdo a integração com o mundo ao seu redor. Infelizmente, são inúmeros os fatores que dificultam o contato entre surdo e Língua de Sinais, a qual a sociedade pouco conhece ou não dá a devida importância. A maioria das crianças surdas tem pais ouvintes ignorando a importância dessa língua para seus filhos, que dificulta seu contato com a comunidade surda; além disso, nas escolas são poucos os professores preparados ou há falta de um intérprete como apoio na transmissão dos conteúdos. Assim, com base no levantamento bibliográfico e nos objetivos propostos, foi possível perceber que a Língua de Sinais é de grande importância para o desenvolvimento cognitivo e para o processo de aprendizagem do sujeito surdo. A questão da surdez está intimamente relacionada ao uso efetivo da língua; entretanto, o que normalmente acontece, no contexto pedagógico, é que o aluno surdo, sobretudo na escolarização inicial, não domina a língua oral, e o professor, por sua vez, não é usuário efetivo da Língua de Sinais. Todavia, fica evidente que a criança surda, quando aprende através da LIBRAS, tem um maior desenvolvimento intelectual do que quando aprende sem o uso dela. Espera-se que, num futuro próximo, o valor das pessoas surdas seja realmente reconhecido e o que está sendo ofertado a elas no presente seja efetivado de forma global e irrestrita. As

14 669 conquistas não podem ficar somente nas legislações, posto que os surdos já perderam muito do seu tempo, pois ficaram segregados durante anos a fio em escolas especializadas, que só serviram de paliativo para a discriminação que eles sofreram e ainda sofrem, principalmente no contexto educacional. Há que se lutar para que os surdos sejam incluídos de fato e que seja propiciado o seu desenvolvimento integral enquanto pessoas e cidadãos. REFERÊNCIAS BOTELHO, P. Linguagem e Letramento na Educação de Surdos Ideologias e Práticas Pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.17. BRASIL. Constituição de Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394, 20 de dezembro de Brasília, Ministério da Educação, Ministério da Educação e Cultura. Ensino de língua portuguesa para surdos, v. 2. Brasília, 2002 BRITO. L. F. Integração Social & Educação de Surdos. Rio de Janeiro: Babel, p.116. CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva com os Pingos nos Is. Porto Alegre: Mediação, 2004, p.23. CAVALCANTE, M. A Sociedade em Busca de Mais Tolerância. Revista Nova Escola. São Paulo: abril, out p.36. CERVO, A. P.; BERVIAN, A. L. Metodologia Cientifica. 4 ed. São Paulo: Makron Books, DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, Espanha, Disponível em: http: //portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 30 de set DORZIAT, A. Educação de surdos no ensino regular: inclusão ou segregação? Revista do Centro de Educação, v. 24, p. 1-7, FERNANDES, S. Surdez e Linguagens: é possível o diálogo entre as diferenças? Dissertação de Mestrado em Linguística de Língua Portuguesa. UFPR, Práticas de letramento na educação bilíngue para surdos. Curitiba: SEED, GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

15 670 GIL, V. Currículo e Avaliação: A Diferença Surda na Escola. São Paulo: Imprensa oficial GÓES, M. C. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas, SP: Autores Associados, 1999, p.1. GOFFREDO, V. L.F. Caderno de Estudos Educação especial. Rio de Janeiro. FESP, GOLDFELD, M. A. Criança Surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. São Paulo: Plexus Editora, LAFON, J. C. A Deficiência Auditiva na Criança. Incapacidade e Readaptação. São Paulo: Manole, p.152. LOPES, M. C. Relações de Poderes no Espaço Multicultural da Escola para surdos. Porto Alegre: Mediação, MOURA, M. C. História e Educação do Surdo A Oralidade e o Uso de Sinais. São Paulo: Roca, QUADROS, R. Educação de Surdos: Aquisição da Linguagem, Porto Alegre, O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Brasília: MEC/SEESP/FNDE Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos, Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006, p.18. REILY, L. Escola Inclusiva: linguagem e mediação, Campinas, Papirus, p.114. SOARES, M. A. L. A educação do surdo no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados/Bragança Paulista, STROBEL, K e DIAS, M. S. Surdez: abordagem geral. Rio de Janeiro, FENEIS, SKLIAR, C. A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, p.15 a 57. STROBEL, K. As Imagens do outro Sobre a Cultura Surda. Florianópolis: UFSC, p.112. VAYER, P. Integração da Criança Deficiente na Classe. São Paulo: Manole, 1987, p.158. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas Objetivos desta aula: 1. Conceituar as DA s sob diferentes perspectivas; 2. Conhecer as diferentes

Leia mais

DEFICIÊNCIA AUDITIVA: VAMOS FALAR SOBRE ISSO

DEFICIÊNCIA AUDITIVA: VAMOS FALAR SOBRE ISSO DEFICIÊNCIA AUDITIVA: VAMOS FALAR SOBRE ISSO Leticia dos reis de Oliveira¹ Alaides de Lima Gomes² Jéssica Jaíne Marques de Oliveira³ 1 Curso de Graduação em Psicologia. Faculdade Integrada de Santa Maria

Leia mais

A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E A SUA IMPORTÂNCIA NO ÂMBITO EDUCACIONAL E SOCIAL: A Prática De Educacional e Social.

A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E A SUA IMPORTÂNCIA NO ÂMBITO EDUCACIONAL E SOCIAL: A Prática De Educacional e Social. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E A SUA IMPORTÂNCIA NO ÂMBITO EDUCACIONAL E SOCIAL: A Prática De Educacional e Social. Autor Elma Felipe de Araujo Ferreira da Silva Pedagogia Faculdade De Ensino Superior

Leia mais

Ouvir não é apenas escutar; implica uma interpretação ótima de sons levando à produção de pensamento e linguagem.

Ouvir não é apenas escutar; implica uma interpretação ótima de sons levando à produção de pensamento e linguagem. ASPECTOS CLÍNICOS DA SURDEZ A audição é essencial para o desenvolvimento da fala, da linguagem, da socialização e de outras formas de comportamento. Sem a audição a criança tende a se afastar do seu meio

Leia mais

NÍVEL DE INTERESSE NO APRENDIZADO EM LIBRAS NO CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DO IFMA CAMPUS-ZD

NÍVEL DE INTERESSE NO APRENDIZADO EM LIBRAS NO CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DO IFMA CAMPUS-ZD NÍVEL DE INTERESSE NO APRENDIZADO EM LIBRAS NO CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DO IFMA CAMPUS-ZD Autor (1); Welma Lima Ribeiro (1); Edilberto Campelo (1); Márcio Arthur Moura Machado Pinheiro (3) Instituto

Leia mais

PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE ALUNOS COM SURDEZ NA PERSPECTIVA BILÍNGUE EM ESPAÇOS DE AEE MINICURSO

PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE ALUNOS COM SURDEZ NA PERSPECTIVA BILÍNGUE EM ESPAÇOS DE AEE MINICURSO PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE ALUNOS COM SURDEZ NA PERSPECTIVA BILÍNGUE EM ESPAÇOS DE AEE MINICURSO Francisca Maria Cerqueira da Silva 1 Eixo Temático: Práticas pedagógicas com alunos público-alvo da Educação

Leia mais

Disciplina de LIBRAS. Professora: Edileuza de A. Cardoso

Disciplina de LIBRAS. Professora: Edileuza de A. Cardoso Disciplina de LIBRAS Professora: Edileuza de A. Cardoso Apresentação Língua Brasileira de Sinais é uma Língua que tem ganhado espaço na sociedade por conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos,

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS EM FACE À FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DOCENTES NA CONTEMPORENEIDADE

EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS EM FACE À FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DOCENTES NA CONTEMPORENEIDADE EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS EM FACE À FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DOCENTES NA CONTEMPORENEIDADE Maria de Fátima Gadelha Andrade Estudante de Pedagogia. Faculdade Maurício de Nassau Campina Grande, PB.

Leia mais

LIBRAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CURRÍCULO, APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO DE SURDOS

LIBRAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CURRÍCULO, APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO DE SURDOS LIBRAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CURRÍCULO, APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO DE SURDOS Área Temática: Formação de Professores HOVERDIANO CÉSAR PEREIRA CAETANO (UFPB) hoverdiano@gmail.com LUCAS ROMÁRIO DA SILVA

Leia mais

PNAIC PIOS. UNIDADE 1, ANO 1. Equipe do PNAIC-CEAD

PNAIC PIOS. UNIDADE 1, ANO 1. Equipe do PNAIC-CEAD PNAIC CURRÍCULO CULO NA ALFABETIZAÇÃO: CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS. PIOS. UNIDADE 1, ANO 1 Equipe do PNAIC-CEAD CEAD-UFOP Coordenadora Geral: Profa. Dra. Gláucia Jorge Coordenador Adjunto: Prof. Dr. Hércules

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE EDUCAÇÃO EMENTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE EDUCAÇÃO EMENTA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE EDUCAÇÃO Disciplina: Educação e Comunicação II Libras. Código: EDD636. Carga Horária: 60 horas. Número de Créditos: 3 (três). EMENTA Estudo da língua

Leia mais

Girleane Rodrigues Florentino, Bruno Lopes Oliveira da Silva

Girleane Rodrigues Florentino, Bruno Lopes Oliveira da Silva O ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: UMA CHAMADA Á REFLEXÃO NA ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO CARLOS RIOS EM ARCOVERDE/PE Girleane Rodrigues Florentino, Bruno Lopes Oliveira

Leia mais

COMUNICAÇÃO: UM DESAFIO ENFRENTADO POR ALUNOS SURDOS NO ENSINO REGULAR

COMUNICAÇÃO: UM DESAFIO ENFRENTADO POR ALUNOS SURDOS NO ENSINO REGULAR COMUNICAÇÃO: UM DESAFIO ENFRENTADO POR ALUNOS SURDOS NO ENSINO REGULAR Isabela França da Silva 1 ; Deysiane Alves Lima dos Santos 1 ; Estefany Karla Lourenço da Cunha 2 ; Neila da Silva Paschoal 3 ; Anderson

Leia mais

Disciplina: Fundamentos da Educação dos Surdos Professora: Karin Lilian Strobel

Disciplina: Fundamentos da Educação dos Surdos Professora: Karin Lilian Strobel Disciplina: Fundamentos da Educação dos Surdos Professora: Karin Lilian Strobel Graduandos: Ananda, Antonia, Jéssica, João, Kamilla, Michel, Rayana, Rodrigo e Valéria. PEDAGOGIA SURDA Definição e Surgimento

Leia mais

A MATEMÁTICA E O ALUNO SURDO: INCLUSÃO, DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NO CAMINHO DA APRENDIZAGEM

A MATEMÁTICA E O ALUNO SURDO: INCLUSÃO, DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NO CAMINHO DA APRENDIZAGEM XVIII Encontro Baiano de Educação Matemática A sala de aula de Matemática e suas vertentes UESC, Ilhéus, Bahia de 03 a 06 de julho de 2019 A MATEMÁTICA E O ALUNO SURDO: INCLUSÃO, DESAFIOS E ESTRATÉGIAS

Leia mais

LIBRAS: UMA PROPOSTA BILINGUE PARA A INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS

LIBRAS: UMA PROPOSTA BILINGUE PARA A INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS Patrocínio, MG, outubro de 2016 ENCONTRO DE PESQUISA & EXTENSÃO, 3., 2016, Patrocínio. Anais... Patrocínio: IFTM, 2016. LIBRAS: UMA PROPOSTA BILINGUE PARA A INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS Vania Abadia

Leia mais

DIFICULDADES DE ALUNOS SURDOS NO APRENDIZADO DE MATEMÁTICA

DIFICULDADES DE ALUNOS SURDOS NO APRENDIZADO DE MATEMÁTICA DIFICULDADES DE ALUNOS SURDOS NO APRENDIZADO DE MATEMÁTICA Gleidson Vilhena da Silva - Marcela Vieira Corrêa - Aldenize Ruela Xavier - Anselmo Alencar Colares gleidson.ufpa@gmail.com - marcela.ufpa@hotmail.com

Leia mais

A PERCEPÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES ACERCA DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 1

A PERCEPÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES ACERCA DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 1 A PERCEPÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES ACERCA DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 1 Mannoella de Araújo Neves Especialista em Libras Universidade Federal do Pará mannuneves24@gmail.com Resumo O presente trabalho

Leia mais

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS F U T U R O T E N D Ê N C I A S I N O V A Ç Ã O Uma instituição do grupo CURSO 2 OBJETIVOS Discutir e fomentar conhecimentos sobre a compreensão das potencialidades,

Leia mais

Apresentação. Tem um aluno surdo em minha turma! E agora? Camila Francisco Módulo1 Vídeo 1

Apresentação. Tem um aluno surdo em minha turma! E agora? Camila Francisco Módulo1 Vídeo 1 Universidade do Vale do Itajaí Campus Itajaí Tem um aluno surdo em minha turma! E agora? Camila Francisco Módulo1 Vídeo 1 Apresentação Camila Francisco Bacharel em Letras Libras - UFSC Tradutora e intérprete

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Departamento de Administração Escolar

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Departamento de Administração Escolar Documentação: Objetivo: Titulação: Diplomado em: Resolução 002/CUn/2007, de 02 de março de 2007 O Curso de Licenciatura em Letras/LIBRAS é uma iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina, com

Leia mais

Libras (Língua Brasileira de Sinais) Professora Esp. Renata Rossi

Libras (Língua Brasileira de Sinais) Professora Esp. Renata Rossi Libras (Língua Brasileira de Sinais) Professora Esp. Renata Rossi Dinâmica : Facóquero Desenho Programado Realizar um desenho de acordo com as instruções de leitura do professor. Objetivo: se colocar no

Leia mais

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS: DEFINIÇÃO DE ETAPAS PARA A PRODUÇÃO DE TEXTO ARGUMENTATIVO

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS: DEFINIÇÃO DE ETAPAS PARA A PRODUÇÃO DE TEXTO ARGUMENTATIVO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS: DEFINIÇÃO DE ETAPAS PARA A PRODUÇÃO DE TEXTO ARGUMENTATIVO Vivian Cristina Jacomite de Souza 1 Luis Mateus da Silva Souza 2 Universidade do Sagrado Coração - USC

Leia mais

AS DIFICUDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS NA EREM MACIEL MONTEIRO NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, PE

AS DIFICUDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS NA EREM MACIEL MONTEIRO NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, PE AS DIFICUDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS NA EREM MACIEL MONTEIRO NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, PE Suzana Ferreira da Silva Universidade de Pernambuco, suzanasilva.sf@gmail.com Introdução

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VIRTUAIS NO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA SURDOS: APLICATIVO PRODEAF

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VIRTUAIS NO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA SURDOS: APLICATIVO PRODEAF UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VIRTUAIS NO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA SURDOS: APLICATIVO PRODEAF RESUMO O presente texto objetiva apresentar uma discussão acerca do uso de tecnologias na educação de surdos. Trazendo

Leia mais

Secretaria Municipal de Educação

Secretaria Municipal de Educação Secretaria Municipal de Educação Processo Seletivo (edital 002/2006) Caderno de Prova Educação Especial na Rede Municipal de Ensino e Entidades Conveniadas Instrutor da Língua Brasileira de Sinais (9973)

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA Michel Henrique Queiroz Magalhães Lorena Cristina Dias Macedo Marcia Cristina da Silva RESUMO Este estudo busca

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Regulamenta a Lei n o 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira

Leia mais

DEFICIÊNCIA AUDITIVA. Luciana Andrade Rodrigues Professor das Faculdades COC

DEFICIÊNCIA AUDITIVA. Luciana Andrade Rodrigues Professor das Faculdades COC DEFICIÊNCIA AUDITIVA Luciana Andrade Rodrigues Professor das Faculdades COC CONTEUDO - Conceitos; - Filosofias de Comunicação; - Atendimentos Educacionais especializados; - Surdez e L2; - Legislação. OBJETIVOS

Leia mais

Palavras-chave: Educação de surdo; Educação Matemática; Linguagem de Sinais

Palavras-chave: Educação de surdo; Educação Matemática; Linguagem de Sinais 03928 UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO DE SURDOS Armando Traldi Júnior - IFSP Resumo O estudo apresentado neste artigo é parte de um projeto de pesquisa que tem como objetivo compreender os conhecimentos matemáticos

Leia mais

AEE PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ

AEE PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ AEE PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ Aluno: Matrícula: Curso: Unidade de Estudo: Data Prova: / / AEE PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ 1 A B C D 2 A B C D 3 A B C D 4 A B C D 5 A B C D 6 A B C D 7 A

Leia mais

SETEMBRO AZUL: INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS

SETEMBRO AZUL: INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS Patrocínio, MG, outubro de 2016 ENCONTRO DE PESQUISA & EXTENSÃO, 3., 2016, Patrocínio. Anais... Patrocínio: IFTM, 2016. SETEMBRO AZUL: INCLUSÃO EDUCACIONAL DOS SURDOS Vania Abadia de Souza Ferreira (IFTM

Leia mais

Desafios na formação de profissionais na área da surdez

Desafios na formação de profissionais na área da surdez Desafios na formação de profissionais na área da surdez Ronice Muller de Quadros - UFSC Licenciada em Pedagogia, Doutora em Linguística e Letras, Coordenadora do curso de graduação em Letras/Libras a Distância,

Leia mais

Aula 03 ETIOLOGIA, DIAGNOSTICO, CA- RACTERIZAÇÃO DA SURDEZ:

Aula 03 ETIOLOGIA, DIAGNOSTICO, CA- RACTERIZAÇÃO DA SURDEZ: Aula 03 ETIOLOGIA, DIAGNOSTICO, CA- RACTERIZAÇÃO DA SURDEZ: aspectos anatômicos e fisiológicos do ouvido humano, diagnóstico precoce e tipos e graus de perda auditiva O tema e sub temas desta aula diz

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UFU DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA I CONALIBRAS-UFU ISSN SANTARÉM.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UFU DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA I CONALIBRAS-UFU ISSN SANTARÉM. O PAPEL DO INTÉRPRETE: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SURDOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PÁRA NO MUNÍCIPIO DE SANTARÉM. EIXO 3 : Tradução e Interpretação de Libras Neliane, RABELO, UFOPA 1 Fabiane, RABELO,

Leia mais

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA A Educação Especial é a modalidade de ensino disciplinada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e é dever do Estado ofertar um atendimento

Leia mais

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA OBJETIVOS: - Discutir e fomentar conhecimentos sobre a compreensão das potencialidades, das barreiras e das diferenças das pessoas, criando condições para que o egresso proponha ações interativas com a

Leia mais

A ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL CONGÊNITA E ADQUIRIDA ATRAVÉS DE JOGOS PEDAGÓGICOS.

A ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL CONGÊNITA E ADQUIRIDA ATRAVÉS DE JOGOS PEDAGÓGICOS. A ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL CONGÊNITA E ADQUIRIDA ATRAVÉS DE JOGOS PEDAGÓGICOS. Luciana Barros Farias Lima Instituto Benjamin Constant Práticas Pedagógicas Inclusivas

Leia mais

Caderno de Prova 2 PR08. Educação Especial. ( ) prova de questões Objetivas. Professor de

Caderno de Prova 2 PR08. Educação Especial. ( ) prova de questões Objetivas. Professor de Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Educação Edital n o 001/2009 Caderno de Prova 2 PR08 ( ) prova de questões Objetivas Professor de Educação Especial Dia: 8 de novembro de 2009

Leia mais

Área Audi*va Aula 2 Surdez no contexto da inclusão

Área Audi*va Aula 2 Surdez no contexto da inclusão Área Audi*va Aula 2 Surdez no contexto da inclusão Profa. Ms. Simone Schemberg simoneschemberg@gmail.com Ú Obje*vos: Ø Compreender os aspectos relacionados à inclusão dos surdos na rede regular de ensino.

Leia mais

ALUNOS SURDOS NA SALA DE AULA REGULAR E AS DIFICULDADES DOS PROFESSORES

ALUNOS SURDOS NA SALA DE AULA REGULAR E AS DIFICULDADES DOS PROFESSORES ALUNOS SURDOS NA SALA DE AULA REGULAR E AS DIFICULDADES DOS PROFESSORES Antonio Caubí Marcolino Torres 1 ; Rusiane da Silva Torres 2 ; Tília Galgane de Oliveira Freire 3 ; Maria Adriana de Souza 4 ; Maria

Leia mais

PROJETO DE EXTENSÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE ESTUDANTES SURDOS

PROJETO DE EXTENSÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE ESTUDANTES SURDOS PROJETO DE EXTENSÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE ESTUDANTES SURDOS Reis, Joab Grana. Universidade do Estado do Amazonas Santos, Marcos Roberto. Universidade do Estado do Amazonas Palavras chave:

Leia mais

SURDOS SINALIZANTES: ACESSO AO CURRÍCULO. Profª Mcs Gisele Maciel Monteiro Rangel Professora Libras IFRS Campus Alvorada Doutoranda PPGE/UFPEL

SURDOS SINALIZANTES: ACESSO AO CURRÍCULO. Profª Mcs Gisele Maciel Monteiro Rangel Professora Libras IFRS Campus Alvorada Doutoranda PPGE/UFPEL SURDOS SINALIZANTES: ACESSO AO CURRÍCULO Profª Mcs Gisele Maciel Monteiro Rangel Professora Libras IFRS Campus Alvorada Doutoranda PPGE/UFPEL Tem-se poucas publicações sobre o ensino profissionalizante,

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Julho de 2018

EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Julho de 2018 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Julho de 2018 Alguns aspectos legais Constituição Federal de 1988: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III- atendimento educacional especializado

Leia mais

Agrupamento de Escolas D. Dinis Escola Secundária Afonso Lopes Vieira Educação Bilingue de Alunos Surdos

Agrupamento de Escolas D. Dinis Escola Secundária Afonso Lopes Vieira Educação Bilingue de Alunos Surdos Agrupamento de Escolas D. Dinis Escola Secundária Afonso Lopes Vieira Educação Bilingue de Alunos Surdos DL 3/2008 Capítulo V Modalidades específicas de educação Artigo 23.º Educação bilingue de alunos

Leia mais

ESCOLA BILÍNGUE (LIBRAS/PORTUGUÊS): RESPEITO À CONSTITUIÇÃO E AO CIDADÃO SURDO. Cleide da Luz Andrade 1 Lucas Santos Campos 2 INTRODUÇÃO

ESCOLA BILÍNGUE (LIBRAS/PORTUGUÊS): RESPEITO À CONSTITUIÇÃO E AO CIDADÃO SURDO. Cleide da Luz Andrade 1 Lucas Santos Campos 2 INTRODUÇÃO ESCOLA BILÍNGUE (LIBRAS/PORTUGUÊS): RESPEITO À CONSTITUIÇÃO E AO CIDADÃO SURDO Cleide da Luz Andrade 1 Lucas Santos Campos 2 INTRODUÇÃO Este projeto consiste em uma leitura prospectiva sobre a inserção

Leia mais

DECRETO 7611/2011 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências

DECRETO 7611/2011 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências DECRETO 7611/2011 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências Art. 1 o O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial

Leia mais

RELATO DE EXPERIÊNCIA. Políticas públicas de educação de surdos em Santa Catarina. Breve histórico da educação de surdos em SC

RELATO DE EXPERIÊNCIA. Políticas públicas de educação de surdos em Santa Catarina. Breve histórico da educação de surdos em SC RELATO DE EXPERIÊNCIA Políticas públicas de educação de surdos em Santa Catarina Breve histórico da educação de surdos em SC Deonisio Schmitt* Flávia Joenck da Silva** Rosani Casanova*** Historicamente,

Leia mais

Base Nacional Comum. ANDIFES Brasília, abril de 2016 José Fernandes de Lima Conselheiro do CNE

Base Nacional Comum. ANDIFES Brasília, abril de 2016 José Fernandes de Lima Conselheiro do CNE Base Nacional Comum ANDIFES Brasília, abril de 2016 José Fernandes de Lima Conselheiro do CNE Uma Agenda Educacional Para quem? Para que? O que deve ser ensinado? (BNCC) Como ensinar? A construção de uma

Leia mais

Gilmara Teixeira Costa Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB )

Gilmara Teixeira Costa Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB ) GT 4 LINGUAGENS, LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO. Gilmara Teixeira Costa (gilmara-teixeira-01@hotmail.com/ Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB ) Juliana Maria Soares dos Santos (PPGFP UEPB)¹

Leia mais

PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DE REMÍGIO.

PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DE REMÍGIO. PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DE REMÍGIO. Lidiane Rodrigues Diniz; Universidade Federal da Paraíba lidiany-rd@hotmail.com Ana Cristina

Leia mais

RE(PENSANDO) AS PRÁTICAS INCLUSIVAS NO PROEJA 1

RE(PENSANDO) AS PRÁTICAS INCLUSIVAS NO PROEJA 1 RE(PENSANDO) AS PRÁTICAS INCLUSIVAS NO PROEJA 1 Ana Lucia Moreira Mohr 2, Carina Vallejos De Moura 3, Juliane Martins Moreira 4. 1 PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL E SURDEZ

Leia mais

DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA ALIADO AO USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NO ATENDIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL.

DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA ALIADO AO USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NO ATENDIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL. DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA ALIADO AO USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NO ATENDIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL. Autor(1): Flávio Jonnathan Gaia Nogueira; (Co)autor(2):

Leia mais

LEGISLAÇÃO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO. Sócia-Proprietária do Instituto Inclusão Brasil. Consultora em Educação

LEGISLAÇÃO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO. Sócia-Proprietária do Instituto Inclusão Brasil. Consultora em Educação LEGISLAÇÃO PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO Marina da Silveira Rodrigues Almeida Sócia-Proprietária do Instituto Inclusão Brasil. Consultora em Educação Psicóloga Clínica e Educacional,

Leia mais

CURSO: Medicina INFORMAÇÕES BÁSICAS. Língua Brasileira de Sinais II LIBRAS II

CURSO: Medicina INFORMAÇÕES BÁSICAS. Língua Brasileira de Sinais II LIBRAS II UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI UFSJ INSTITUÍDA PELA LEI N O 10.425, DE 19/04/2002 D.O.U. DE 22/04/2002 PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PROEN Turno: Integral Currículo CURSO: Medicina INFORMAÇÕES

Leia mais

A IMPORTANCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO DESENVOLVIMENTO DAS PRÁXIS EDUCACIONAIS DO DEFICIENTE AUDITIVO

A IMPORTANCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO DESENVOLVIMENTO DAS PRÁXIS EDUCACIONAIS DO DEFICIENTE AUDITIVO A IMPORTANCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO DESENVOLVIMENTO DAS PRÁXIS EDUCACIONAIS DO DEFICIENTE AUDITIVO Frank Wedja Albertina de Souza Kátia Cristina dos Santos Matos Vanessa Góes Santos RESUMO

Leia mais

A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS COMO DISCIPLINA NO ENSINO FUNDAMENTAL : UM OLHAR EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE PARNAÍBA.

A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS COMO DISCIPLINA NO ENSINO FUNDAMENTAL : UM OLHAR EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE PARNAÍBA. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS COMO DISCIPLINA NO ENSINO FUNDAMENTAL : UM OLHAR EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE PARNAÍBA. Fracivane Pinho de Souza 1 Elisangela Maria de Olivveira 2 (Universidade

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE DISCIPLINA. Língua Brasileira de Sinais - Libras CCINAT/SRN CIEN

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE DISCIPLINA. Língua Brasileira de Sinais - Libras CCINAT/SRN CIEN PROGRAMA DE DISCIPLINA NOME COLEGIADO CÓDIGO SEMESTRE Língua Brasileira de Sinais - Libras CCINAT/SRN CIEN0093 2018.2 CARGA HORÁRIA CURSOS ATENDIDOS TEÓRICA: 20 PRÁTICA:40 HORÁRIOS: Quintas e Sextas 18:50

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA Ellen Raquel Furtado Borges¹ Acadêmica de Pedagogia Universidade Estadual do Maranhão fborgesraquel@gmail.com

Leia mais

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Alfabetização bilíngüe para surdos:uma prática a ser investigada

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Alfabetização bilíngüe para surdos:uma prática a ser investigada 3 SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Alfabetização bilíngüe para surdos:uma prática a ser investigada Luana Duarte de Macedo Aluna do curso de Pedagogia Unaerp - Universidade

Leia mais

Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Itaberaí-Goiás. Fabiana dos Santos Santana Flávia Cristina da Silva

Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Itaberaí-Goiás. Fabiana dos Santos Santana Flávia Cristina da Silva Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Itaberaí-Goiás Fabiana dos Santos Santana Flávia Cristina da Silva Educação Especial: Formação dos Professores na Cidade de Itaberaí Itaberaí-GO

Leia mais

ENSINANDO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS: SABERES E PRÁTICAS

ENSINANDO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS: SABERES E PRÁTICAS 1 ENSINANDO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS: SABERES E PRÁTICAS Resumo Karina Ávila Pereira Universidade Federal de Pelotas Este artigo refere se a um recorte de uma tese de Doutorado em Educação

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DOS ALUNOS SURDOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTRIBUIÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DOS ALUNOS SURDOS NO ENSINO FUNDAMENTAL CONTRIBUIÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DOS ALUNOS SURDOS NO ENSINO FUNDAMENTAL Francieli Dias da Silva 1 ; Edson Eudes Eliábde Silva Nascimento

Leia mais

TÍTULO: A EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA- SURDOCEGUEIRA: UM DESAFIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO.

TÍTULO: A EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA- SURDOCEGUEIRA: UM DESAFIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO. TÍTULO: A EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA- SURDOCEGUEIRA: UM DESAFIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO. Meire Aparecida Barbosa Marisa Aparecida Pereira Santos Universidade Estadual Paulista-

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR: A VISÃO DOS PROFESSORES ESPECIALISTAS

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR: A VISÃO DOS PROFESSORES ESPECIALISTAS ISBN 978-85-7846-516-2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR: A VISÃO DOS PROFESSORES ESPECIALISTAS Vanessa Aparecida Palermo UNESP/Marília Email: va_palermo@hotmail.com Eixo 1: Didática e formação de professores

Leia mais

PNAIC Uma síntese Nilcéa Lemos Pelandré Coordenadora Geral PNAIC/UFSC Portaria No.816/GR/UFSC/2016

PNAIC Uma síntese Nilcéa Lemos Pelandré Coordenadora Geral PNAIC/UFSC Portaria No.816/GR/UFSC/2016 PNAIC Uma síntese Nilcéa Lemos Pelandré Coordenadora Geral PNAIC/UFSC Portaria No.816/GR/UFSC/2016 O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assumido pelos governos federal,

Leia mais

Algumas discussões relacionadas à educação inclusiva no contexto social e principalmente o escolar

Algumas discussões relacionadas à educação inclusiva no contexto social e principalmente o escolar 1 Introdução Sabe-se que a educação inclusiva é uma modalidade extremamente relevante para o processo de educação do Brasil, já que, deve oferecer muitos benefícios relacionados ao ensino aprendizagem

Leia mais

O AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL O AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Carmen Lucia Lopes Galvão Universidade Estadual do Rio de Janeiro - lumiar13@yahoo.com.br INTRODUÇÃO Este estudo buscará refletir sobre o autismo e o papel do educador na

Leia mais

Oficina para Comunicação Assistiva em Deficiência Auditiva

Oficina para Comunicação Assistiva em Deficiência Auditiva Oficina para Comunicação Assistiva em Deficiência Auditiva Aula 19 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

Leia mais

Presidência da República

Presidência da República Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 10.436 1, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. O PRESIDENTE

Leia mais

EDITAL Nº 208/2016 (*) 1.4. Remuneração: Vencimento Básico 4.234,77 Retribuição por Titulação (doutor) 4.879,90 Remuneração Inicial (doutor) 9.

EDITAL Nº 208/2016 (*) 1.4. Remuneração: Vencimento Básico 4.234,77 Retribuição por Titulação (doutor) 4.879,90 Remuneração Inicial (doutor) 9. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Fundação Universidade Federal do ABC Reitoria Av. dos Estados, 5001 Bairro Santa Terezinha Santo André - SP CEP 09210-580 concursos@ufabc.edu.br EDITAL Nº 208/2016 (*) Abertura de

Leia mais

(CESGRANRIO)Segundo a LDB, o regime de progressão continuada nas escolas é: A) ( ) obrigatório em todas as redes de ensino. B) ( ) obrigatório na

(CESGRANRIO)Segundo a LDB, o regime de progressão continuada nas escolas é: A) ( ) obrigatório em todas as redes de ensino. B) ( ) obrigatório na (CESGRANRIO)Segundo a LDB, o regime de progressão continuada nas escolas é: A) ( ) obrigatório em todas as redes de ensino. B) ( ) obrigatório na educação mantida pelos estados. C) ( ) optativo, desde

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Licenciatura em Matemática. Ênfase. Disciplina A - Conteúdo e Didática de Libras

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Licenciatura em Matemática. Ênfase. Disciplina A - Conteúdo e Didática de Libras Curso 1504 - Licenciatura em Matemática Ênfase Identificação Disciplina 0004984A - Conteúdo e Didática de Libras Docente(s) Ivete Maria Baraldi Unidade Faculdade de Ciências Departamento Departamento de

Leia mais

POLÍTICAS E PRÁTICAS INCLUSIVAS: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE PARA INCLUIR O ESTUDANTE SURDO

POLÍTICAS E PRÁTICAS INCLUSIVAS: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE PARA INCLUIR O ESTUDANTE SURDO POLÍTICAS E PRÁTICAS INCLUSIVAS: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE PARA INCLUIR O ESTUDANTE SURDO MARTINS 1, Huynara Barbosa F, SANTIAGO, 2 Sandra Alves da. SILVA 3, Lorena Rangel G. Centro de

Leia mais

O TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: ANALISE, REFLEXÃO E FORMAÇÃO EM FOCO.

O TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: ANALISE, REFLEXÃO E FORMAÇÃO EM FOCO. O TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: ANALISE, REFLEXÃO E FORMAÇÃO EM FOCO. João Diego da Silva Ferreira; Lúcia Monteiro Padilha; Genylton Odilon Rêgo da Rocha Universidade

Leia mais

CARTILHA DE ORIENTAÇÕES

CARTILHA DE ORIENTAÇÕES CARTILHA DE ORIENTAÇÕES APRESENTAÇÃO Esta cartilha tem o objetivo de contribuir com os alunos, pais e professores, a fim de superar uma visão simplificada a respeito das necessidades educacionais especiais,

Leia mais

Pp Elaine Laranjeira Souza

Pp Elaine Laranjeira Souza Pp Elaine Laranjeira Souza CBO 2394-25 Pedagoga UEFS Psicopedagoga Clínica, Institucional e Hospitalar - FACCEBA Neuropsicopedagoga em formação - UCAMPROMINAS CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 CAPÍTULO III Seção

Leia mais

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA/IRATI (Currículo iniciado em 2009)

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA/IRATI (Currículo iniciado em 2009) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA/IRATI (Currículo iniciado em 2009) COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA 0993/I C/H 68 Informação e conhecimento no processo educativo. Recursos de ensino:

Leia mais

PROJETO APRENDIZ Curso de Libras. WHARLLEY MARTINS Intérprete e Instrutor de Libras - FMPB Prolibras 2008

PROJETO APRENDIZ Curso de Libras. WHARLLEY MARTINS Intérprete e Instrutor de Libras - FMPB Prolibras 2008 PROJETO APRENDIZ Curso de Libras WHARLLEY MARTINS Intérprete e Instrutor de Libras - FMPB Prolibras 2008 TEMA DE HOJE CONCEPÇÕES DE SURDEZ SURDEZ x SURDO Surdez : surdez (ê) - (surdo + -ez) s. f.privação

Leia mais

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONCEPÇÃO DOS DISCENTES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DOS LICENCIANDO EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONCEPÇÃO DOS DISCENTES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DOS LICENCIANDO EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONCEPÇÃO DOS DISCENTES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DOS LICENCIANDO EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA Maria Eloiza Nenen dos Santos 1 ; Lucicleide Maria de Andrade Silva

Leia mais

BNCC e a Educação Infantil

BNCC e a Educação Infantil BNCC e a Educação Infantil Departamento Pedagógico Educação Básica Fevereiro de 2018 Departamento Pedagógico Educação Básica 1 Educação é a Base Estrutura Regionalidade BNCC e o RCN Qualidade da Aprendizagem

Leia mais

PROJETO DO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LIBRAS LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

PROJETO DO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LIBRAS LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS PROJETO DO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LIBRAS LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Augustinópolis 2018.1 1 - NOME DO CURSO Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em LIBRAS Língua Brasileira de Sinais, com carga

Leia mais

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL RESUMO MENEGUCE, Beatriz 1 bmeneguce@hotmail.com PAULINO, Paulo César 2 paulino@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Cornélio Procópio

Leia mais

ENSINAR CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPENSAR O CURRÍCULO. Andreia Cristina Santos Freitas 1 Roziane Aguiar dos Santos 2 Thalita Pacini 3 INTRODUÇÃO

ENSINAR CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPENSAR O CURRÍCULO. Andreia Cristina Santos Freitas 1 Roziane Aguiar dos Santos 2 Thalita Pacini 3 INTRODUÇÃO ENSINAR CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPENSAR O CURRÍCULO Andreia Cristina Santos Freitas 1 Roziane Aguiar dos Santos 2 Thalita Pacini 3 INTRODUÇÃO O ensino de ciências na Educação Infantil (EI) tem

Leia mais

Anais ISSN online:

Anais ISSN online: Anais ISSN online:2326-9435 XXIII SEMANA DE PEDAGOGIA-UEM XI Encontro de Pesquisa em Educação II Seminário de Integração Graduação e Pós-Graduação LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E JOGOS ADAPTADOS Nerli Nonato

Leia mais

Desse modo, sugiro a realização do evento Ciclo de Palestras na escola, com enfoque na inclusão escolar dos surdos.

Desse modo, sugiro a realização do evento Ciclo de Palestras na escola, com enfoque na inclusão escolar dos surdos. APÊNDICE A - Produto Elaborado a Partir da Pesquisa INTRODUÇÃO A pesquisa realizada indicou que a inclusão escolar dos surdos que vem ocorrendo na escola necessita de ajustes, e o principal deles é a formação

Leia mais

Capítulo V. Apresentação inclusiva do COGSENTIDOS

Capítulo V. Apresentação inclusiva do COGSENTIDOS Capítulo V Apresentação inclusiva do COGSENTIDOS Neste capítulo, abordaremos o real significado da inclusão e o que é a ferramenta pedagógica inclusiva COGSENTIDOS e a sua contribuição para o surdo e o

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA (OS) AS PROFESSORES (AS) DA EJA

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA (OS) AS PROFESSORES (AS) DA EJA A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA (OS) AS PROFESSORES (AS) DA EJA Carlos Kleber Sobral Corlett (1), Inácia Érica de Farias Sobral Corlett (1), Iuziane Azevedo Oliveira (2), Elma de Souza Cruz (3).

Leia mais

Renata Costa pereira. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte;

Renata Costa pereira. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte; PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INCLUSIVA NO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA: UMA MANEIRA DE SIGNIFICAR O MUNDO DA MATEMÁTICA PARA OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA MENTAL Renata Costa pereira Instituto

Leia mais

O PAPEL DAS INTERAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

O PAPEL DAS INTERAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA O PAPEL DAS INTERAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Autor: Almir Lando Gomes da Silva (1); Co-autor: Antonio Fabio do Nascimento Torres (2); Coautor: Francisco Jucivanio

Leia mais

1ª Série. 6EDU082 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS Introdução à filosofia. Relação entre filosofia e educação: Enfoque antropológico.

1ª Série. 6EDU082 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS Introdução à filosofia. Relação entre filosofia e educação: Enfoque antropológico. 1ª Série 6EDU081 DIDÁTICA: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO A O planejamento de ensino como requisito essencial na organização do trabalho docente. Planejamento: Tipos, elementos constitutivos e planos

Leia mais

Palavras-chave: Deficiência Intelectual, aluno, inclusão. Introdução

Palavras-chave: Deficiência Intelectual, aluno, inclusão. Introdução ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DE ALAGOAS Priscilla Ferreira de Castro (Escola Estadual

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO DOS SURDOS SANTOS, A. A.¹; SANTOS, L. F.¹ ; MENEGHIN, E. M.¹; PEDERSOLI, G. R. R.¹; MOYA,P.T.²

ALFABETIZAÇÃO DOS SURDOS SANTOS, A. A.¹; SANTOS, L. F.¹ ; MENEGHIN, E. M.¹; PEDERSOLI, G. R. R.¹; MOYA,P.T.² ALFABETIZAÇÃO DOS SURDOS SANTOS, A. A.¹; SANTOS, L. F.¹ ; MENEGHIN, E. M.¹; PEDERSOLI, G. R. R.¹; MOYA,P.T.² ¹ Discentes do Curso de Ciências Biológicas FA ² Mestre docente da Faculdade de Apucarana RESUMO

Leia mais

A biblioteca escolar na visão dos estudantes do Curso de Pedagogia UFAL

A biblioteca escolar na visão dos estudantes do Curso de Pedagogia UFAL Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) A biblioteca escolar na visão dos estudantes do Curso de Pedagogia UFAL Maria Rejane Silva Barros (FAVENI) - rejaneufal@gmail.com Resumo: Este trabalho é uma pesquisa sobre

Leia mais

SEMED São Luis-Ma.

SEMED São Luis-Ma. A LINGUAGEM MUSICAL E O DESENVOLVIMENTO DAS MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS: UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL¹ Kátia Regina dos Santos Castro Coordenadora Pedagógica em Educação Infantil SEMED São Luis-Ma Katia.castro4@gmail.com.br

Leia mais

A ATUAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A ATUAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA A ATUAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Cremilda da Silva Monteiro Centro Universitário Geraldo Di Biase cremonteiro@bol.com.br Resumo Com o objetivo de refletir sobre a atuação e os desafios

Leia mais

PEDAGOGIA. Currículo (Teoria e Prática) Componentes Curriculares Parte 2. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Currículo (Teoria e Prática) Componentes Curriculares Parte 2. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Currículo (Teoria e Prática) Parte 2 Professora: Nathália Bastos III da interdisciplinaridade e da contextualização, que devem ser constantes em todo o currículo, propiciando a interlocução entre

Leia mais

ESCOLAS ATENDIDAS POR INTÉRPRETES DE LIBRAS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB

ESCOLAS ATENDIDAS POR INTÉRPRETES DE LIBRAS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB ESCOLAS ATENDIDAS POR INTÉRPRETES DE LIBRAS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB Anna Clara Targino Moreira Spinelli 1 ; Adrielly Ferreira da Silva 1 ; Pietra Rolim Alencar Marques Costa 1 1 Licenciandas em Ciências

Leia mais