Prefeitura Municipal de Araci publica:

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1 Prefeitura Municipal de 1 Ano Nº 3203 Prefeitura Municipal de publica: Parecer Acerca de Interposição de Recurso Chamada Publica nº001/2018. Gestor - Antonio Carvalho Da Silva Neto / Secretário - Governo / Editor - Ass. Comunicações Praça da Conceição, 04

2 2 - Ano - Nº 3203 Licitações SETOR DE LICITAÇÃO E CONTRATOS COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - COPEL CHAMADA PUBLICA Nº 001/2018 PARECER ACERCA DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO I - RELATÓRIO Trata-se de interposição de recursos por parte da ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DO MUNICÍPIO DE ARACI APAEB e a COOPERATIVA DE JOVENS PRODUTORES RURAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR-COOJOPRAF, devidamente tempestivo, em que foram apresentadas as competentes razões e, consequentemente, requerendo o que segue: II DA APAEB Solicitamos que a Comissão Permanente de Licitação cumpra o que consta no Edital de Chamada Pública 001/2018 em seu artigo e Desclassifique a Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Tingui, bem como a Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato uma vez que ambas apresentam irregularidade na DAP Jurídica, documento este que comprova que a organização é da agricultura familiar, bem como por possuírem Servidores Públicos Municipais em suas Dap Jurídicas ferindo a Lei de Licitação 8666/93, bem como ferindo o edital da Chamada Pública. Solicitamos que conforme consta no artigo seja concedido o prazo de 5 dias úteis para a APAEB possa apresentar a documentação considerada irregular na ocasião da Sessão de Recebimento e Abertura de Documentos da Chamada Pública 001/2018. Por fim, requeremos que a APAEB seja considerada Classificada e que seja reconhecida sua DAP Jurídica como a que possui maior número de agricultores e agricultoras familiares aptas a concorrer a referida chamada pública. REQUER-SE: Seja Interpor Recurso Administrativo ao resultado da Chamada Pública 001/2018 que considerou APAEB Inabilitada; Interpor Recurso Administrativo requerendo desclassificação de entidades que apresentam documentação irregular na DAP Jurídica e que possuem Servires Públicos Municípios no quadro de agricultores sendo também uma

3 3 - Ano - Nº 3203 irregularidade contra a Lei de Licitações e contra o próprio edital da Chamada Pública 001/2018; Seja Declarada a Apaeb como Classificada e como vencedora considerando o critério de desempate o número de agricultores e agricultoras familiares presentes na DAP Jurídica; Seja acatada, em todos os seus termos, o presente RECURSO ADMINISTRATIVO, caso contrário, seja remetida à autoridade superior competente para julgá-lo, conforme determina a Constituição Federal e a Lei 8.666/93. Com isso, passa-se à fundamentação. II - MÉRITO a) Da Alegação de Inabilitação Indevida da APAEP O aludido recurso tem, como razões inicias, a informação de que a APAEB foi inabilitada, equivocadamente, por não cumprir com o determinado na alínea c, do item 5.2.2, do Edital de nº 001/2018, do Processo Administrativo de nº 0293/2018, aduzindo ainda que o item que consta os documentos de habilitação para Pessoa Jurídica é o e não o item mencionado na ATA que inabilitou a instituição. Assiste razão a Recorrente, uma vez que o item regula, em sede de HABILITAÇÃO, as diretrizes Para os Grupos Informais de Agricultores Familiares, ou seja, pessoas inscritas do Cadastro de Pessoas Físicas no Ministério da Fazenda CPF/MF, o que, de fato, não é o caso da APAEB. Por outro lado, o item 5.2.3, em sua alínea e do edital supracitado, também tem como requisito o teor idêntico da alínea c, do item 5.2.2, senão vejamos: (...) (...)

4 4 - Ano - Nº 3203 Com isso, diante de tal fato, conclui-se que houve um erro material no momento da confecção da ata da sessão de recebimento e abertura dos documentos de habilitação e propostas de preço da Chamada Pública nº 001/2018, na data de 08 de Maio de Erro material é meramente um erro de digitação, em que este não tem o condão de anular o julgado, esse é o entendimento, unânime, nos tribunais, em que: TST - EMBARGOS DECLARATORIOS RECURSO DE REVISTA ED-RR (TST) Jurisprudência Data de publicação: 22/11/2013 Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL. ERRO DE DIGITAÇÃO. Embargos de declaração acolhidos para corrigir o erro material de digitação, a fim de que conste nos títulos e na -TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA-, sem imprimir efeito modificativo ao julgado. TRT-3 - AGRAVO DE PETICAO AP (TRT-3) Jurisprudência Data de publicação: 11/06/2014 Ementa: DESPACHO CONTENDO ERRO MATERIAL. ERRO DE DIGITAÇÃO. Considerando-se o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, ocorrendo apenas equívoco na transcrição de um numeral do artigo do CPC, inábil a caracterização de erro grosseiro, configura-se mero erromaterial que pode ser sanado a qualquer tempo. TJ-MA - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ED MA (TJ-MA) Jurisprudência Data de publicação: 09/08/2002 Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL. DIGITAÇÃO. Constatado ocorrência de erro material no resumo do acórdão identificando o recurso como Apelação quando na realidade trata-se de Agravo, impõe-se o acolhimento dos declaratórios para conserto do equívoco e subseqüente republicação. Isto posto, a constatação de ERRO MATERIAL não configura efeito modificativo da decisão. b) Do Requerimento de Concessão de Prazo para Apresentação de Certidão Neste tópico, importante informar a diferença entre CERTIDÃO e DECLARAÇÃO:

5 5 - Ano - Nº CERTIDÃO: Afirmação feita por escrito, objetivando comprovar ato ou assentamento constante de processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas. Podem ser de inteiro teor - transcrição integral, também chamada traslado - ou resumidas, desde que exprimam fielmente o conteúdo do original. A Certidão difere do atestado e da declaração por comprovar fatos ou atos permanentes, enquanto os últimos dizem respeito a fatos e atos transitórios. Observação: Certidões autenticadas têm o mesmo valor probatório do original e seu fornecimento, gratuito por parte da repartição pública, é obrigação constitucional (Constituição Federal 1988, art. 5º, XXXIV, b), e servem de prova de ato jurídico. Por outro lado, o Código Penal estabelece pena a quem fornecer certidão falsa ou alterar seu conteúdo, valendo o mesmo para o atestado e a declaração. Suas partes componentes são: 1. Título (a palavra CERTIDÃO), em letras maiúsculas, à esquerda, sobre o texto, com numeração. 2. Texto constante de um parágrafo, com o teor da Certidão. 3. Local e data, por extenso, em sequência ao texto. 4. Assinaturas: do datilógrafo ou digitador da Certidão e do funcionário que a confere, confirmadas pelo visto da chefia maior; - DECLARAÇÃO: Declaração é a afirmação verbal ou escrita, declaratória da existência ou não de um direito ou de um fato em relação a algo ou alguém, não importando se é favorável ou não. É redigida da mesma forma que o atestado. Fonte: Outrossim, o item , do Edital nº 001/2018, do Processo Administrativo de nº 0293/2018, aduz que: Constatada a irregularidade na emissão de qualquer certidão, será aberto o prazo de 05 dias uteis, prorrogáveis por mais 05, para que a associação/cooperativa possa regulariza-la. (grifo nosso) Assim, o item acima transcrito se refere, unicamente, a CERTIDÃO, não mencionando, como se pode observar, qualquer tipo de declaração. Ademais, a própria Recorrente informa que cometeu equívoco no momento da apresentação dos envelopes, requerendo tal prazo para regularização dos vícios indicados. Neste diapasão, bem como no toda aqui fundamentado no presente tópico, não há o que se falar em concessão de prazo para sanar tal falha, vez que as medidas necessárias e legais foram realizadas durante o certame, não havendo autorização legal para o deferimento do aludido requerimento.

6 6 - Ano - Nº 3203 c) Da Alegação de Presença de Servidores Públicos Municipais na DAP Jurídica das Associações A Recorrente alega a presença de servidores públicos municipais na Declaração de Aptidão ao Programa DAP emitidas pela Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Tingui e pela Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato, senão vejamos: Observando a DAP Jurídica da instituição constata-se a irregularidade de existência de funcionários públicos, como exemplo a senhora Edilene Pinheiro de Oliveira, Matrícula , fato este que fere a lei /2006 que caracteriza o perfil de quem pode possuir DAP. Este é apenas um exemplo de tantos outros casos de pessoas que constam na DAP de forma fraudulenta. (...) Existência de Funcionários Públicos detendor de Dap individual, fator que contraria o que regulamenta a Lei /2006 Lei da Agricultura Familiar; Fato comprovado com as portarias de nomeação dos funcionários públicos Gilnei Silva dos Santos cadastro ; As associações Recorridas apresentaram Contrarrazões, em que: Ocorre que, diante da quantidade de sócios da associação a mesma não tinha qualquer conhecimento que (apenas) uma associada se encontrava exercendo atividade no quadro Municipal. Diante do ocorrido, vem informar a esta respeitável comissão, que será feita uma atualização na lista de associados com a DAP, sanando assim qualquer vinculo de seus associados com o quadro de funcionário do Município de - Bahia. (Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Tingui) E: EMPRESA: ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMETO DA COMUNIDADE DE PAU DE RATO CNPJ: / , com sede no Povoado Pau de Rato de n s/n Zona Rural de -BA, vem por meio desta informar que diante do recurso Administrativo apresentado pela Associação dos Pequenos Agricultores do Município de APAEB CNPJ: / , que pede a inabilitação da Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato, uma vez que apresentam irregularidade na DAP Jurídica onde menciona a existência de um funcionário publico detentor da DAP individual o Sr. Gilnei Silva dos Santos cadastro , onde o mesmo não se encontra associado nem no corpo Jurídico da Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato e nem no extrato de DAP de

7 7 - Ano - Nº 3203 pessoa Jurídica e segue em anexo á relação dos associados com DAP Jurídica e Ata de eleição e Posse da Diretoria e Associados, comprovando que o mesmo não se encontra no corpo Jurídico da Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato. Ainda nessa linha, o artigo 9º, da Lei nº 8.666/1993, aduz que: Art. 9 o. Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado; III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. 1 o. É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada. 2 o. O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração. 3 o. Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários. 4 o. O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos membros da comissão de licitação. (grifo nosso) Portanto, diante da afirmação da Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Tingui, acerca da confirmação de presença de servidor do Município de no DAP daquela, assiste razão a Recorrente, merecendo, portanto, que a associação aqui descrita seja desclassificada, uma vez que tal fato ofende o disposto no inciso III, do artigo 9º, da Lei nº 8.666/1993.

8 8 - Ano - Nº 3203 No que se refere à Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato, nas contrarrazões apresentadas, colacionou documentos que comprovam que não há qualquer servidor público do Município de no respectivo DAP da associação. Assim, diante de tal fato, não há o que se falar em desclassificação da Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato, visto que restou devidamente comprovada a ausência de servidor público municipal no quadro de associados da mesma, com isso, não houve ofensa ao disposto no artigo 9º, da Lei nº 8.666/1993 ou outro dispositivo legal que ensejasse uma decisão pela desclassificação. III- Da COOJOPRAF A COOPERATIVA DE JOVENS PRODUTORES RURAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR-COOJOPRAF interpusera recurso tempestivo ante a desclassificação da Cooperativa no item 40 (polpa de frutas) em decorrência de parecer emitido pela Equipe Técnica de Nutricionistas, no qual as emitentes, declarara que as amostras apresentadas pela Recorrente são de natureza industrial. Destarte, a Cooperativa em questão descumpre o previsto no item 5.2.3, e que diz: Para os Grupos Formais de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais constituídos em Cooperativas e Associações: (...) e) Declaração de que os gêneros alimentícios a serem entregues são oriundos de produção própria, relacionado no projeto de venda; Destarte, descumprindo as condições Editalícias e as declarações apresentadas pela participante. IV - CONCLUSÃO Diante do aqui exposto, conclui e opina esta Comissão Permanente de Licitação COPEL, que se deve CONHECER PARCIALMENTE do Recurso interposto pela ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DO MUNICÍPIO DE ARACI APAEB, para que desclassifique a Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Tingui. Ainda, opina pela manutenção da situação da Associação dos Pequenos Agricultores do Município de APAEB, bem como da Associação de Desenvolvimento da Comunidade de Pau de Rato e NÃO DÁ PROVIMENTO ao recurso interposto pela COOPERATIVA DE JOVENS PRODUTORES RURAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR-COOJOPRAF, mantendo a sua desclassificação no item 40. Opina também pela continuidade do presente processo administrativo, qual seja, Processo Administrativo de nº 0293/2018.

9 9 - Ano - Nº 3203 É o parecer. S.M.J. BA,. Maria Verena Matos Moura Presidente da COPEL