PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO RUBENS KINDLMANN - Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO RUBENS KINDLMANN - Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário"

Transcrição

1 PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO - AULA RUBENS KINDLMANN - Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário O planejamento tributário é sempre um exercício de identificar qual a melhor opção legal que o contribuinte pode fazer para reduzir a carga tributária (Planejamento tributário na prática: gestão tributária aplicada / Francisco Coutinho Chaves. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017 pg. 65). 1) Estudo das imunidades no caso de criação de PJ para não pagamento do ITBI: demonstrar os requisitos na criação, extinção e desincorporação. Detalhar as operações societárias. Relatar o requisito da Receita Operacional para novas empresas e empresas já existentes Imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI) Imposto inicialmente de competência dos Estados, com o advento da Constituição de 1988, a tributação das transmissões de bens imóveis inter vivos e de forma onerosa passou a ser de competência dos Municípios e do Distrito Federal. Previsto na Constituição de 1988, especificamente em seus arts. 156, II, e 147, bem como nos arts. 35 e seguintes do CTN, tratar-se de um tributo municipal, cabendo à lei ordinária de cada Município ou do Distrito Federal, regulamentar a matéria. O nome indicado no título não denuncia todos os aspectos relevantes deste imposto. Para tal, imprescindível se faz ler a letra constitucional: imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.

2 - a) transmissão de bens imóveis urbanos ou rurais, por natureza ou acessão física. É o caso, por exemplo, da compra e venda, da permuta e da dação em pagamento. - b) cessão de direitos à sua aquisição. É o caso dos direitos hereditários, da promessa de cessão etc. - c) transmissão de direitos reais sobre imóveis, excetuando-se os de garantia. É o caso, por exemplo, do uso, do usufruto, da enfiteuse, da superfície, da habitação etc. Imunidades Tributárias Quando falamos em imunidade fiscal, é o mais elevado benefício fiscal que existe no ordenamento jurídico, e decorre sempre da Constituição Federal. Este comando proíbe o exercício da competência tributária vedando que certo ente utilize determinado tributo de sua titularidade em alguma situação específica. São limitações constitucionais ao poder de tributar, ou seja, uma dispensa constitucional ao pagamento do tributo. Mesmo que na Constituição Federal diga que é isenção, interpretamos como uma atecnia do legislador. Segue um paralelo de distinção entre Isenção e Imunidade: As imunidades se dividem em: 1) Imunidades Específicas Específica de algum tributo. Pode atingir qualquer espécie tributária, desde que esteja na Constituição Federal. Alguns exemplos:

3 Taxas: Artigo 5, XXXIV, CF são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Artigo 5º, LXXVI, CF são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito. Artigo 5º, LXXVII, CF são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. Contribuições: Artigo 195, II, CF Não incide Contribuição Social sobre a aposentadoria e pensão concedida pelo regime de previdência social. Artigo 195, 7, CF - Entidades Beneficentes de assistência social não pagam contribuição social. Artigo 149, 2, I, CF Não incide a CIDE e as Contribuições Sociais sobre as receitas decorrentes da exportação. 2) Imunidade Genéricas Alcança unicamente a espécie tributária Imposto. Apesar da Constituição Federal determinar as espécies de impostos, sendo, patrimônio, renda e serviços, o STF em diversas decisões entende que são para todos os impostos. Para se ter imunidade genérica, basta ter SORTE:

4 Imunidades do ITBI Os sócios, ao integralizarem o patrimônio da sociedade, não precisam necessariamente utilizar-se de dinheiro, podendo efetuar tal integralização com imóveis. SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, O ITBI NÃO É DEVIDO NA INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL OU NA CISÃO, FUSÃO OU INCORPORAÇÃO DE EMPRESAS. A exceção fica para as empresas que possuem receita preponderante com imóveis. Geralmente considera-se como preponderante a receita superior a 50% do total. Caso as receitas com imóveis não sejam preponderantes em comparação com outros recebimentos da empresa, o aumento de capital fica livre de ITBI. O ITBI não incide sobre os direitos reais de garantia, como a hipoteca, o penhor, a anticrese e a alienação fiduciária em garantia. IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS. INCORPORAÇÃO DE BENS IMÓVEIS AO PATRIMÔNIO DE PESSOA JURÍDICA. ATIVIDADE PREPONDERANTE DA SOCIEDADE. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ISENÇÃO NÃO RECONHECIDA. MULTA. Imposto de transmissão de bens imobiliários. Incorporação de empresa. A isenção não abrange empresa que exerça compra e venda de imóvel como atividade preponderante. Hipótese de apuração e cobrança posteriores. Multa aplicada nos termos da legislação de regência. Admissão pela empresa de realizar compra e venda de imóveis como sua atividade preponderante. Alegação de

5 violação do princípio da irretroatividade da lei tributária porque o Município reconheceu a não incidência do tributo à época da aquisição imobiliária. Não há isenção de ITBI em caso de incorporação de imóveis ao capital de empresa se esta tem como atividade preponderante a compra e venda ou locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil como é o caso da recorrente. A atividade preponderante somente seria apurada pela Administração Tributária posteriormente, já que a empresa foi constituída em março de 2001 e a operação imobiliária de incorporação foi realizada no mês de junho do mesmo ano. Forma de apuração de incidência de ITBI prevista no Código Tributário Nacional como lançamento tardio e cobrança com base no valor do bem na data da aquisição. Não existência de impedimento de cobrança de tributo mesmo após uma declaração de isenção equivocada, pois em direito tributário também vige o princípio da indisponibilidade, não podendo existir convalescência de erro da Administração Tributária, de maneira que somente a prescrição pode atuar como sanatória de omissão administrativa, que no caso não existiu. O valor da multa pelo recolhimento tardio foi fixado de acordo com dispositivo legal mais benéfico ao contribuinte, o que fez em consonância com as disposições do art. 106 do Código Tributário Nacional (ApCv 2006, , rel. Des. Edson Vasconcelos, j. em ). Reorganizações Empresariais Com atual cenário econômico, algumas empresas estão adotando modelos societários diferentes daqueles definidos em seus planos organizacionais originais. Adoção de formas societárias permite a economia significativa de tributos, como exemplo a: abertura de empresa nova e dissolução de empresa existente; compra e venda de participações societárias, de ativos, de estabelecimentos, de fundo de comércio; subscrição (aumento) e redução de capital social; transformação, fusão, incorporação e cisão; incorporação de ações; participação em grupo de sociedades; consórcio. 2) O Alcance retroativo da Imunidade Tributária após a inconstitucionalidade das Leis 9.732/98 e Lei 8.212/91. Como resgatar os tributos pagos -Aplicação da Sumula 612 do STJ. Súmula 612-STJ: O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade.

6 Imunidade para entidades beneficentes de assistência social A Constituição Federal conferiu imunidade para as entidades beneficentes de assistência social afirmando que elas estão dispensadas de pagar contribuições para a seguridade social. Veja: Art. 195 (...) 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei (Obs.: apesar de a redação do parágrafo falar em isentas, conforme já exposto, trata-se de uma hipótese de imunidade). O dispositivo citado traz dois requisitos para o gozo desta imunidade: 1) que se trate de pessoa jurídica que desempenhe atividades beneficentes de assistência social e 2) que esta entidade atenda a parâmetros previstos na lei (Obs.: a assistência social é tratada no art. 203 da CF/88. O STF, contudo, confere um sentido mais amplo ao e afirma que os objetivos da assistência social elencados nos incisos do art. 203 podem ser conseguidos também por meio de serviços de saúde e educação. Assim, se a entidade prestar serviços de saúde ou educação também poderá, em tese, ser classificada como de assistência social ). Certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS) O CEBAS é um certificado concedido pelo Governo Federal, por intermédio dos Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e Agrário e da Saúde, às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social que prestem serviços nas áreas de educação, assistência social ou saúde. Têm direito ao CEBAS as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social e que prestem serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação e que atendam às regras previstas na Lei nº /2009. A lei a que se refere o 7º é lei complementar ou ordinária?

7 Lei complementar. Essa foi a conclusão do STF: Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar. STF. Plenário. RE , Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/02/2017 (repercussão geral) (Info 855). Conforme já exposto, as imunidades tributárias são classificadas juridicamente como limitações constitucionais ao poder de tributar e a CF/88 exige que este tema seja tratado por meio de lei complementar ( art Cabe à lei complementar: (...) II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; ). Existe alguma lei que preveja os requisitos que deverão ser atendidos pela entidade para gozar da imunidade de que trata o 7º do art. 195 da CF/88? SIM. Os requisitos legais exigidos na parte final do 7º, enquanto não editada nova lei complementar sobre a matéria, são somente aqueles previstos no art. 14 do CTN. Assim, para gozarem da imunidade, as entidades devem obedecer às seguintes condições: a) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; b) aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; c) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Mas o CTN (Lei nº 5.172/66) é uma lei ordinária ou complementar? O CTN foi editado em 1966 como sendo uma lei ordinária. No entanto, ele foi "recepcionado com força de lei complementar pela Constituição Federal de 1967, e mantido tal status com o advento da Constituição Federal de 1988, visto que, tanto esta quanto aquela Magna Carta reservavam à lei complementar a veiculação das normas gerais em matéria tributária, a regulação das limitações ao poder de tributar e as disposições sobre conflitos de competência." (ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 249). Em suma, atualmente, o CTN possui status de lei complementar e, portanto, atende o requisito do art. 146, II, da CF/88. Efeito ex tunc do CEBAS

8 O certificado que reconhece a entidade como filantrópica, de utilidade pública, tem efeito ex tunc, por se tratar de ato declaratório. Assim, as entidades beneficentes possuem direito à imunidade desde quando preencheram os requisitos previstos na lei complementar (e não desde a data em que foi conferido o CEBAS). Ex: se o CEBAS só foi concedido em março de 2018, mas desde agosto de 2017 a entidade já havia preenchido os requisitos previstos na lei, a imunidade deve ser reconhecida desde agosto de Isso porque, como já dito, o CEBAS tem natureza declaratória (e não constitutiva). O STJ possui precedentes afirmando, inclusive, que o fato de a entidade não possuir o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), não é suficiente a impedir o reconhecimento da imunidade tributária no caso concreto pois, a teor da jurisprudência desta Corte, referido certificado tratase de ato declaratório. (STJ. 1ª Turma. REsp SC, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 17/09/2015). PORTANTO AS ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL TÊM DIREITO A RESTITUIÇÃO DO TRIBUTO PAGO A PARTIR DO MOMENTO EM QUE PREENCHIDOS OS REQUISITOS LEGAIS, RESPEITADO O PRAZO PRESCRICIONAL. Restituição de pagamento indevido ou a maior e o prazo prescricional O pagamento indevido ou a maior será restituído (administrativa ou judicialmente). O CTN dispõe que é de cinco anos o prazo para a repetição (devolução) do valor pago indevidamente, contados da data de extinção do crédito tributário pelo pagamento nos termos do inc. I do art Com relação ao prazo de anulação da decisão administrativa denegatória do pleito, vejamos o que preceitua o art. 169 do CTN: Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.

9 3) A responsabilidade tributária nas Operações Societárias Art.132, CTN - sucessão empresarial pela extinção de pessoa jurídica A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Ocorrerá o mesmo com a cisão (Lei n /1976). Processual. Tributário. Citação de sócios de sociedade anônima incorporada a outra, e penhora de bens de tais sócios. Art. 135 do CTN. Tendo sido requerida a citação da sociedade incorporadora em razão de débitos da sociedade incorporada, além de só responderem os sócios no caso de diretores, gerentes ou representantes de pessoa jurídica de direito privado, pelos atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei ou contrato social (art. 135 do CTN), a sociedade incorporadora ou aquela que resultar da fusão, quando tal ocorre, é que responde pelos débitos fiscais da primitiva sociedade (art. 132 do CTN). Recurso extraordinário não conhecido (STF, 2.ª T., RE /RJ, Rel. Min. Aldir Passarinho, j , DJ ). (...) 2. Embora não conste expressamente do rol do art. 132 do CTN, a cisão da sociedade modalidade de mutação empresarial sujeita, para efeito de responsabilidade tributária, ao mesmo tratamento jurídico conferido às demais espécies de sucessão (REsp /RS, 1.ª T., Min. José Delgado, DJe ). (...) (STJ, 1.ª T., REsp /PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, j , DJe ).

10 Art.133, CTN - sucessão comercial (...) 2. A operação de cisão, com transferência patrimonial, implica na responsabilidade tributária das empresas constituídas em razão do disposto no art. 132 do CTN. (...) (TRF-3.ª Reg., 1.ª T., AgIn , Rel. Juiz conv. Hélio Nogueira, j , DJF ). (...) 5. Nos termos do art. 132 do CTN, a empresa resultante da fusão, transformação ou incorporação de outra sociedade é responsável pelos tributos devidos até a data da operação. Embora não conste expressamente do dispositivo, doutrina e jurisprudência têm entendido que a cisão configura modalidade de transformação empresarial sujeita, para efeito de responsabilidade tributária, ao mesmo tratamento jurídico conferido às demais espécies de sucessão. (...) (TRF-3.ª Reg., 6.ª T., ApCív , Rel. Juiz conv. Herbert de Bruyn, j , DJF ). (...) IV A teor do art. 132, caput, do CTN a pessoa jurídica incorporadora é a responsável pelas dívidas tributárias da pessoa jurídica incorporada. (...) (TRF-3.ª Reg., 4.ª T., AgIn , Rel. Des. Federal Alda Basto, j , DJF ). (...) 1. Consoante o art. 132, do CTN, a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. (...) 3. A sociedade incorporadora é responsável pelos débitos tributários existentes até a concretização do ato, pelo que deve figurar no polo passivo da demanda fiscal (CTN, art. 132). (...) (TRF- 3.ª Reg., AgIn , Rel. Des. Federal Consuelo Yoshida, j , DJF ). Quando a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual, responderá integralmente pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento de comércio adquirido. Responderá subsidiariamente o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

11 ICM. Multa fiscal. Sucessor. O adquirente do fundo de comércio, nos termos do art. 133 do CTN, responde pelos tributos devidos pelo antecessor, mas não pelas multas, mormente se estas não foram impostas antes da transferência do estabelecimento. Recurso extraordinário provido em parte (STF, 1.ª T., RE /RJ, Rel. Min. Cunha Peixoto, j , DJ ). Tributário. Embargos à execução. Responsabilidade por sucessão. Art. 133 do CTN. Contrato de locação. Subsunção à hipótese legal. Não ocorrência. 1. A responsabilidade do art. 133 do CTN ocorre pela aquisição do fundo de comércio ou estabelecimento, ou seja, pressupõe a aquisição da propriedade com todos os poderes inerentes ao domínio, o que não se caracteriza pela celebração de contrato de locação, ainda que mantida a mesma atividade exercida pelo locador (REsp /PR, Rel. Min. Eliana Calmon, 2.ª T., j , DJe ). 2. Recurso especial provido (STJ, 2.ª T., REsp /RS, Rel. Min. Castro Meira, j , DJe ). (...) 1. Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, havendo sucessão, nos termos do art. 133, I, do CTN, fica o cessionário responsável integralmente pelas dívidas da sociedade, devendo ser excluído da CDA o nome do sócio-gerente que se retirou da sociedade. (...) (STJ, 1.ª T., EDcl no AgRg no REsp /DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j , DJe ). (...) 2. A responsabilidade tributária dos sucessores de pessoa natural ou jurídica (CTN, art. 133) estende-se às multas devidas pelo sucedido, sejam elas de caráter moratório ou punitivo. Precedentes. (REsp /CE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 1.ª T., j , DJ , p. 110) (...) (STJ, 2.ª T., AgRg no REsp /RS, Rel. Min. Humberto Martins, j , DJe ). (...) 3. O art. 133 do CTN trata da responsabilidade tributária caracterizada pela sucessão da atividade empresarial, ou seja, com a aquisição do fundo de comércio ou do estabelecimento, por qualquer título, sendo que o adquirente continua o negócio antes explorado, beneficiando-se da estrutura organizacional anterior, inclusive com a manutenção da clientela até então formada. (...) (TRF-3.ª Reg., 6.ª T., ApCív , Rel. Des. Federal Consuelo Yoshida, j , DJF ). (...) 3. Comprovada a aquisição e a continuidade de exploração do mesmo ramo de atividade do estabelecimento industrial pela apelante, e consequente sucessão, nos termos do art. 133, do CTN, não se mostra razoável a sua responsabilização tributária pelo passivo do estabelecimento sucedido, sem que tenha direito à utilização dos correspondentes créditos. 4. Não há que se falar, assim, na hipótese, de transferência de crédito a terceiros, mas sim de legítima sucessão empresarial, que confere, por isso mesmo, à empresa sucessora, tanto

12 os diretos, quanto os deveres preexistentes à aludida transferência. (...) (TRF-3.ª Reg., 6.ª T., ApCív , Rel. Des. Federal Consuelo Yoshida, j , DJF ). (...) 1. A inclusão de empresa no polo passivo da execução fiscal na qualidade de sucessora tributária da executada está disciplinada no art. 133 do CTN. 2. Haverá sucessão de empresas se uma pessoa jurídica adquirir o fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional de outra e continuar com o mesmo ramo de negócio da anterior, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual. 3. A sucessora responde pelos tributos devidos pela sucedida, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido. 4. O redirecionamento da execução à empresa apontada como sucessora exige fortes indícios dos pressupostos de responsabilização estabelecidos na lei, não verificados na espécie. 5. Empresas que possuem quadros societários distintos, tendo em comum apenas o objeto social, e a indicada como sucessora mudou-se para o mesmo endereço da executada, após ter firmado contrato de locação de imóvel comercial, para uso exclusivo de supermercado, com o proprietário do imóvel. 6. A locação de imóvel outrora ocupado por empresa do mesmo ramo não configura sucessão nos moldes do art. 133 do CTN, sequer é indicativo de que houve aquisição de fundo de comércio ou do estabelecimento comercial da executada e de transação comercial entre as empresas. (...) (TRF-3.ª Reg., 4.ª T., AgIn , Rel. Juiz conv. Paulo Sarno, j , DJF ). Pelo 1.º, depreende-se que não haverá responsabilização do adquirente de uma empresa em processo de falência ou em recuperação judicial, no tocante a tributos devidos anteriormente à aquisição. Tal modificação tem como objetivo dar estímulo à realização de negócios, ofertando garantia ao adquirente, uma vez afastada a responsabilidade por sucessão. O 2.º, visando evitar fraudes, apresenta ressalvas ao parágrafo anterior, no caso de haver envolvimento do alienante com o devedor (parente, sócio etc.). Urge ressaltar que, havendo a utilização indevida dos institutos da recuperação, o adquirente responderá pelas dívidas. PLANJEMANETO ANÁLISE DE CASO A CASO entender o contexto onde a empresa está inserida, para entendo fazer valer, sugerir e orientar sobre a aquisição ou não da empresa, seja na falência ou aquisição original. Importante para isto é realizar o levantamento completo na receita federal, estadual, municipal, levantamento de ações judiciais além da análise de TODA a documentação contábil da empresa que você quer adquirir (receita declarada / recebida possível passivo oculto).

13 Súmula 554, STJ Denúncia Espontânea Artigo 138, CTN Um determinado contribuinte que não realiza o pagamento do tributo, poderá ter a responsabilidade excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo depende de apuração. Para que seja considerada uma denúncia espontânea, esta deve vir acompanhada do pagamento do tributo e juros e ANTES de qualquer procedimento administrativo, conforme determina o parágrafo único do artigo 138 do CTN.

14 O STJ determina que a Denúncia Espontânea somente poderá ser requerida se o pagamento da respectiva obrigação for a vista, ou seja, caso o contribuinte necessite do parcelamento da dívida, neste caso a multa pelo atraso não será excluída. O instituto da denúncia espontânea poderá ser utilizado para qualquer espécie de lançamento. A sumula 360 do STJ, determinada tão somente que tributos por homologação regularmente declarados, mas pagos fora do prazo, neste caso não poderão se valer da aplicação do instituto da Denúncia Espontânea. 4) O planejamento tributário e a aplicação da Tese da substituição tributária para frente e para trás após julgamento do STF Tema 201 com repercussão geral. contribuintes. Tem o objetivo de concentrar a arrecadação nas mãos de poucos Como regra geral, a substituição tributária faz com que o ICMS seja cobrado apenas uma vez ao longo da cadeia para facilitar a arrecadação do imposto.

15 BONS ESTUDOS!!!!

Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário

Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário RUBENS KINDLMANN Os efeitos da tributação no Planejamento Tributário 1) Estudo das imunidades no caso de criação de PJ para não pagamento do ITBI: demonstrar

Leia mais

ITBI e o Alcance da Imunidade no Caso de Imóveis Integralizados ao Capital Social da Empresa (RE RG - SC)

ITBI e o Alcance da Imunidade no Caso de Imóveis Integralizados ao Capital Social da Empresa (RE RG - SC) ITBI e o Alcance da Imunidade no Caso de Imóveis Integralizados ao Capital Social da Empresa (RE 796.376-RG - SC) José Eduardo Soares de Melo Doutor e Livre Docente em Direito São Paulo 15.12.2017 I. ITBI

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Responsabilidade Tributária Caso... Caso... Caso... Fernando sócio da empresa Xtudo Ltda, foi surpreendido recentemente pela cobrança de contribuição previdenciária

Leia mais

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI RUBENS KINDLMANN Previsão Constitucional Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) II - transmissão "inter vivos", a qualquer título,

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem Prof. Marcello Leal 1 Termo inicial da prescrição Tributos lançados por homologação STJ, Súmula 436 - A entrega

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Responsabilidade Tributária Art. 133 A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento

Leia mais

Módulo 19 Imposto sobre a Transmissão de bens imóveis por ato oneroso ITBI. Incidência e imunidade na integralização de capital social das empresas.

Módulo 19 Imposto sobre a Transmissão de bens imóveis por ato oneroso ITBI. Incidência e imunidade na integralização de capital social das empresas. Módulo 19 Imposto sobre a Transmissão de bens imóveis por ato oneroso ITBI. Incidência e imunidade na integralização de capital social das empresas. Incidência na meação (divórcio). Incidência na arrematação

Leia mais

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI RUBENS KINDLMANN Contatos Professor Rubens Kindlmann @kindlmann rubens@kindlmann.com.br Previsão Constitucional Art. 156. Compete aos Municípios instituir

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Municipais ITBI Parte II. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Municipais ITBI Parte II. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Municipais ITBI Parte II Progressividade no ITBI STF, Súmula 656. É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de

Leia mais

O CENÁRIO DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL 6º ENCONTRO GAÚCHO DO TERCEIRO SETOR

O CENÁRIO DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL 6º ENCONTRO GAÚCHO DO TERCEIRO SETOR IMUNIDADES E ISENÇÕES DE TRIBUTOS PARA O TERCEIRO SETOR O CENÁRIO DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL 6º ENCONTRO GAÚCHO DO TERCEIRO SETOR TRIBUTOS (art. 145 CF). IMUNIDADES E ISENÇÕES IMUNIDADE VEDAÇÃO - PROIBIÇÃO

Leia mais

1) Em relação a Tributos, é correto afirmar: a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das

1) Em relação a Tributos, é correto afirmar: a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das DIREITO TRIBUTÁRIO 1) Em relação a Tributos, é correto afirmar: a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço

Leia mais

Imunidades Específicas

Imunidades Específicas Imunidades Específicas RUBENS KINDLMANN Contatos Professor Rubens Kindlmann @kindlmann rubens@kindlmann.com.br Imunidade nas Taxas Petição e Certidão - Art. 5º, XXXIV, CF XXXIV - são a todos assegurados,

Leia mais

Quadros Resumo. Quadro Resumo: Matérias reservadas à Lei Complementar

Quadros Resumo. Quadro Resumo: Matérias reservadas à Lei Complementar Quadros Resumo Quadro Resumo: Matérias reservadas à Lei Complementar Tributo(s) Hipótese(s) CF88 (artigo) Todos Dispor sobre conflitos de competência 146, I Todos Regular as limitações ao Poder de Tributar

Leia mais

ALESSANDRO SPILBORGHS PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO

ALESSANDRO SPILBORGHS PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO ALESSANDRO SPILBORGHS PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO CONTATOS @alessandrospilborghs @alespilborghs alessandro spilborghs PRIMEIRO CAPÍTULO PROCEDIMENTO DE COBRANÇA TRIBUTÁRIA 1ª PARTE Fato Gerador

Leia mais

SUMÁRIO 1 O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS 2 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E O ITBI 3 DISCRIMINAÇÃO CONSTITUCIONAL DE IMPOSTOS

SUMÁRIO 1 O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS 2 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E O ITBI 3 DISCRIMINAÇÃO CONSTITUCIONAL DE IMPOSTOS SUMÁRIO 1 O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS 1.1 Evolução histórica 1.2 Na Constituição Federal de 1988: arts. 155, I, e 156, II 2 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E O ITBI 3 DISCRIMINAÇÃO CONSTITUCIONAL

Leia mais

Sumário. Capítulo I Direito Tributário, tributo e suas espécies... 17

Sumário. Capítulo I Direito Tributário, tributo e suas espécies... 17 Sumário Capítulo I Direito Tributário, tributo e suas espécies... 17 1. Breve introdução ao Direito Tributário... 17 2. Tributo... 18 3. Espécies tributárias... 20 3.1. Impostos... 21 3.2. Taxas... 23

Leia mais

SUMÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 23

SUMÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 23 SUMÁRIO CAPÍTULO I DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 23 1. Breve introdução ao Direito Tributário... 23 2. Tributo... 25 3. Espécies tributárias... 27 3.1. Impostos... 28 3.2. Taxas... 30

Leia mais

SUMÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 23

SUMÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 23 SUMÁRIO CAPÍTULO I DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 23 1. Breve introdução ao Direito Tributário... 23 2. Tributo... 24 3. Espécies tributárias... 26 3.1. Impostos... 28 3.2. Taxas... 29

Leia mais

Sujeição Passiva na Relação Jurídico- Tributária

Sujeição Passiva na Relação Jurídico- Tributária Sujeição Passiva na Relação Jurídico- Tributária RUBENS KINDLMANN Sujeição Passiva Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 21/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 21/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 21/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 22 Responsabilidade Tributária O município poderia isentar

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL PEÇA PROFISSIONAL Há possibilidade de redação de duas peças processuais: Opção 1: mandado de segurança contra ato do agente fiscal estadual, perante a Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Opção

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/05/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/05/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 05 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/05/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 21 SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA Responsabilidade Sucessão B.

Leia mais

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARA O TERCEIRO SETOR

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARA O TERCEIRO SETOR IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARA O TERCEIRO SETOR Compreendê-la e usá-la é um Direito seu DIFERENÇA ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO IMUNIDADE Norma disposta em sede Constitucional. Tem à União, Estados, Distrito Federal

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Obrigação Tributária Previsão legal CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido E dos

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte IV Interrupção da prescrição. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte IV Interrupção da prescrição. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Parte IV Interrupção da prescrição Prof. Marcello Leal 1 Interrupção da CTN, Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco

Leia mais

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI RUBENS KINDLMANN Contatos Professor Rubens Kindlmann @kindlmann rubens@kindlmann.com.br Previsão Constitucional Art. 156. Compete aos Municípios instituir

Leia mais

Direito Tributário. Sucessão Empresarial, Responsabilidade Tributária e Responsabilidade de Terceiro. Professora Giuliane Torres

Direito Tributário. Sucessão Empresarial, Responsabilidade Tributária e Responsabilidade de Terceiro. Professora Giuliane Torres Direito Tributário Sucessão Empresarial, Responsabilidade Tributária e Responsabilidade de Terceiro Professora Giuliane Torres www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Tributário SUCESSÃO EMPRESARIAL, RESPONSABILIDADE

Leia mais

OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR PROFISSIONALIZAR PARA TRANSFORMAR O TERCEIRO SETOR

OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR PROFISSIONALIZAR PARA TRANSFORMAR O TERCEIRO SETOR OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR PROFISSIONALIZAR PARA TRANSFORMAR O TERCEIRO SETOR Direito no Terceiro Setor: imunidade e isenção José Eduardo Sabo Paes São Paulo, 25 de outubro de 2018 Estado, Sociedade

Leia mais

ISENÇÃO. Rubens Kindlmann

ISENÇÃO. Rubens Kindlmann ISENÇÃO Rubens Kindlmann Conceito A isenção é uma das causas de exclusão do crédito tributário que faz com que seja excluída a incidência do tributo em situações e condições especificadas em lei. Conforme

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Agosto/2019 EDcl nore838.284/rs (RG) Tema 829 Relator(a):Ministro Dias Toffoli Assunto: Discute-se a modulação dos efeitos do julgamento que tratou sobre a validade

Leia mais

Prof. Antonio Carlos Barragan

Prof. Antonio Carlos Barragan Prof. Antonio Carlos Barragan ISS OU ISSQN IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA Competência Normas Gerais = LC nº 116/2003 e DL nº 406/68 Características: Fiscal, Indireto/Direto e Real Fato Gerador

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rafael Matthes 22/02/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rafael Matthes 22/02/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Rafael Matthes 22/02/2018 E-mail: tributario@legale.com.br rafael.matthes@hotmail.com AULA 31 TRIBUTOS EM ESPÉCIE - ITBI - Inicialmente

Leia mais

IMPOSTOS (SÃO CASAIS) ITCMD (Móveis)(Imóveis)(Títulos)(Créditos) ICMS (Mercadorias)(Transp. Interestaduais e Intermunicipais)(Comunicação)

IMPOSTOS (SÃO CASAIS) ITCMD (Móveis)(Imóveis)(Títulos)(Créditos) ICMS (Mercadorias)(Transp. Interestaduais e Intermunicipais)(Comunicação) REVISÃO DA NP2 DE TRIBUTOS EM ESPÉCIES (ORIENTADOR: TIAGO OLIVEIRA) 25/05/2019 IMPOSTOS (SÃO CASAIS) Estaduais e DF ITCMD (Móveis)(Imóveis)(Títulos)(Créditos) ICMS (Mercadorias)(Transp. Interestaduais

Leia mais

sumário 1 Histórico, 1 1 Introdução, 1 2 Histórico, 1 2 O Direito, 7 1 Etimologia, 7 2 Denominação, 7 3 Conceito, 7

sumário 1 Histórico, 1 1 Introdução, 1 2 Histórico, 1 2 O Direito, 7 1 Etimologia, 7 2 Denominação, 7 3 Conceito, 7 STJ00088638 sumário Nota do autor, xxi 1 Histórico, 1 1 Introdução, 1 2 Histórico, 1 Verificação de aprendizagem, 6 2 O Direito, 7 1 Etimologia, 7 2 Denominação, 7 3 Conceito, 7 Verificação de aprendizagem,

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. MULTA MORATÓRIA. REDUÇÃO. INAPLICABILIDADE DO CDC. 1. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor

Leia mais

05ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) EMENTA

05ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) EMENTA Apelação Cível - Turma Espec. II - Tributário Nº CNJ : 0045951-57.2014.4.02.5101 (2014.51.01.045951-8) RELATOR : Desembargador Federal FERREIRA NEVES APELANTE : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROCURADOR :

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 25 Responsabilidade Tributária RESPONSABILIDADES Sucessão Pessoal

Leia mais

Súmula 554-STJ. Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO TRIBUTÁRIO

Súmula 554-STJ. Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO TRIBUTÁRIO Súmula 554-STJ Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO TRIBUTÁRIO RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA Responsabilidade tributária por sucessão empresarial abrange não apenas os tributos, como também as multas moratórias

Leia mais

Recife, 19 de julho de Armando Moutinho Perin Advogado

Recife, 19 de julho de Armando Moutinho Perin Advogado Recife, 19 de julho de 2016 Armando Moutinho Perin Advogado Constituição Federal de 1988 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I direito tributário,

Leia mais

Responsabilidade Tributária

Responsabilidade Tributária Responsabilidade Tributária RUBENS KINDLMANN Sujeição Passiva Art. 121 Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária Paragrafo Único. O sujeito

Leia mais

Questão 01 ESAF/AFRFB/2012

Questão 01 ESAF/AFRFB/2012 Questão 01 ESAF/AFRFB/2012 Sobre o instituto da responsabilidade no Código Tributário Nacional, assinale a opção incorreta. a) A obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do contribuinte,

Leia mais

Sumário Capítulo 1 Direito tributário Capítulo 2 Espécies de tributo Capítulo 3 Empréstimos compulsórios e contribuições especiais

Sumário Capítulo 1 Direito tributário Capítulo 2 Espécies de tributo Capítulo 3 Empréstimos compulsórios e contribuições especiais Sumário Capítulo 1 Direito tributário... 1 1.1. Direito... 1 1.2. Direito público e direito privado... 1 1.3. Direito tributário... 2 1.4. Direito tributário e os demais ramos do Direito... 4 1.5. Estado...

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO TRIBUTÁRIO... 1

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO TRIBUTÁRIO... 1 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO TRIBUTÁRIO... 1 1.1 Noções inaugurais... 1 1.2 Espécies de receitas financeiras... 2 1.3 A importância das receitas tributárias... 5 1.4 A relação tributária

Leia mais

MANUAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO

MANUAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO MARCELO ALEXANDRINO Auditor Fiscal da Receita Federal desde 1997, exerce suas atribuições na Divisão de Tributação da Superintendência da Receita Federal, no Rio Grande do Sul. Professor de Direito Tributário

Leia mais

IPTU. Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana.

IPTU. Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana. IPTU Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana. IPTU Previsão legal: Art. 156, I, e 1º, CF; Art. 182, 4º, CF; Arts. 32 a 34, CTN; Lei 10.257/01; Leis municipais; IPTU Fato Gerador Art. 156,

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Definição... 21

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Definição... 21 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 11 Capítulo I Direito Tributário... 13 1. Definição... 13 2. Relação com outros ramos do direito... 13 3. Fontes do direito tributário... 14 4. Legislação tributária... 20 Capítulo

Leia mais

Obrigação Tributária e Sujeitos. Professor Ramiru Louzada

Obrigação Tributária e Sujeitos. Professor Ramiru Louzada Obrigação Tributária e Sujeitos Professor Ramiru Louzada Critérios da Regra Matriz: Material Espacial Temporal Pessoal Quantitativo Antecedente/Descritor Consequente/Prescritor Antecedente: elementos da

Leia mais

Imunidade e Isenção Tributária. Professor Ramiru Louzada

Imunidade e Isenção Tributária. Professor Ramiru Louzada Imunidade e Isenção Tributária Professor Ramiru Louzada Imunidade - Conceito As regras constitucionais que proíbem a tributação de determinadas pessoas, operações, objetos ou de outras demonstrações de

Leia mais

1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.

1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. Questionário Especial Turma Magistratura Federal/2012 Prof. Mauro Luís Rocha Lopes 1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. STJ, Súmula 498. Não incide imposto de renda sobre a

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 20/02/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 20/02/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 20/02/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 30 TRIBUTOS EM ESPÉCIE IMPOSTOS Os impostos diferem de outras

Leia mais

Obrigação Tributária Elementos da Obrigação Tributária

Obrigação Tributária Elementos da Obrigação Tributária Obrigação Tributária Elementos da Obrigação Tributária Lei (principal) e Legislação (acessória) Fato Jurídico Sujeito Ativo Sujeito Passivo Objeto = BC x Alíquota Obrigação Tributária Pode ser (art. 113,

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1. Introdução ao estudo do Direito Tributário, 21

SUMÁRIO. Capítulo 1. Introdução ao estudo do Direito Tributário, 21 SUMÁRIO Capítulo 1. Introdução ao estudo do Direito Tributário, 21 1.1. NOÇÕES INAUGURAIS, 21 1.2. ESPÉCIES DE RECEITAS FINANCEIRAS, 23 1.3. A IMPORTÂNCIA DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS, 26 1.4. A RELAÇÃO TRIBUTÁRIA

Leia mais

CURSO JURÍDICO FMB CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS MÓDULOS

CURSO JURÍDICO FMB CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS MÓDULOS CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS MÓDULOS Sumário DIREITO TRIBUTÁRIO... DIREITO TRIBUTÁRIO PROFS. GUILHERME ADOLFO DOS SANTOS MENDES E DIMAS MONTEIRO DE BARROS MÓDULO I Direito Tributário - Conceito; Tributo -

Leia mais

Garantias e Privilégios do CréditoTributário. Rubens Kindlmann

Garantias e Privilégios do CréditoTributário. Rubens Kindlmann Garantias e Privilégios do CréditoTributário Rubens Kindlmann Garantias e Privilégios Por garantias devemos entender os meios jurídicos assecuratórios que cercam o direito subjetivo do estado de receber

Leia mais

Sumário. Parte 1 QUESTÕES ESAF. Apresentação... 25

Sumário. Parte 1 QUESTÕES ESAF. Apresentação... 25 Sumário Apresentação... 25 Parte 1 QUESTÕES ESAF Direito Administrativo... 29 1. Agências Reguladoras... 29 2. Atos Administrativos... 31 3. Bens Públicos... 37 4. Concurso Público... 38 5. Contratos Administrativos...

Leia mais

SUMÁRIO ANÁLISE DE CONTEÚDO...

SUMÁRIO ANÁLISE DE CONTEÚDO... ANÁLISE DE CONTEÚDO... 21 1. Tabelas de Conteúdo das Respostas... 21 2. Gráfico-Resumo... 24 1. DIREITO ADMINISTRATIVO... 27 1. Agentes Públicos... 27 1.1. Disposições Gerais... 27 1.2. Cargo em Comissão...

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 19 Responsabilidade Tributária Fenômeno que permite que pessoa

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 03/10/2017 PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRAFEGO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 03/10/2017 PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRAFEGO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 03/10/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 10 Princípios Tributários PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRAFEGO

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Aulas presenciais ou online Segunda e Quarta. Material de Apoio Resumo de leitura obrigatória Avaliação Final Artigo / Monografia Módulo exclusivo de Empresarial

Leia mais

CAPÍTULO. Competência Tributária. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar IMUNIDADE TRIBUTÁRIA Introdução

CAPÍTULO. Competência Tributária. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar IMUNIDADE TRIBUTÁRIA Introdução CAPÍTULO Competência Tributária Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar IMUNIDADE TRIBUTÁRIA Introdução IMUNIDADE TRIBUTÁRIA (Introdução) Diferença entre imunidade, isenção, notação N/T e alíquota

Leia mais

SUMÁRIO. PARTE I Finanças Públicas no Sistema Tributário... 1

SUMÁRIO. PARTE I Finanças Públicas no Sistema Tributário... 1 SUMÁRIO PARTE I Finanças Públicas no Sistema Tributário... 1 Capítulo 1 Finanças Públicas e Tributação... 3 1.1. Estado, atividade financeira, Direito Financeiro e Tributário... 3 1.2. Evolução das finanças

Leia mais

SUMÁRIO Direito Tributário...2 O Direito Tributário e as demais ciências jurídicas...5 O Direito Tributário e os Limites ao Poder de Tributar...

SUMÁRIO Direito Tributário...2 O Direito Tributário e as demais ciências jurídicas...5 O Direito Tributário e os Limites ao Poder de Tributar... SUMÁRIO Direito Tributário...2 Conceito...2 Polos...2 Receitas públicas...2 Natureza...3 Exemplos de receitas derivadas...3 Exemplos de receitas originárias...4 O Direito Tributário e o Direito Público...4

Leia mais

A responsabilidade pessoal dos sócios nas sociedades empresárias. Michele Schwan Advogada OAB/RS

A responsabilidade pessoal dos sócios nas sociedades empresárias. Michele Schwan Advogada OAB/RS A responsabilidade pessoal dos sócios nas sociedades empresárias Michele Schwan Advogada OAB/RS 86.749 As três modalidades de constituição de empresa mais utilizadas no Rio Grande do Sul, conforme a Junta

Leia mais

CAPÍTULO 1 Tributo: Conceito e Classificações... 17

CAPÍTULO 1 Tributo: Conceito e Classificações... 17 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 Tributo: Conceito e Classificações... 17 1. Receitas originárias e receitas derivadas... 17 2. O conceito constitucional de tributo... 18 3. Análise do conceito do art. 3º do CTN...

Leia mais

: AÇÃO ORDINÁRIA/TRIBUTÁRIA DO BRASIL - ANABB : UNIÃO (FAZENDA NACIONAL)

: AÇÃO ORDINÁRIA/TRIBUTÁRIA DO BRASIL - ANABB : UNIÃO (FAZENDA NACIONAL) DECISÃO : Nº - A/2010 CLASSE : AÇÃO ORDINÁRIA/TRIBUTÁRIA PROCESSO : Nº 14460-60.2010.4.01.3400 AUTORA : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - ANABB RÉ JUÍZO: : UNIÃO (FAZENDA NACIONAL)

Leia mais

CIRCULAR N 14/2005 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL ALTERÇÃO AJUSTE À LEI DE FALÊNCIA PENHORA ON-LINE

CIRCULAR N 14/2005 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL ALTERÇÃO AJUSTE À LEI DE FALÊNCIA PENHORA ON-LINE São Paulo, 16 de Fevereiro de 2.005 DE: PARA: ASSESSORIA JURÍDICA ASSOCIADOS CIRCULAR N 14/2005 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL ALTERÇÃO AJUSTE À LEI DE FALÊNCIA PENHORA ON-LINE Anexamos, para conhecimento,

Leia mais

Sumário. Apresentação... 15

Sumário. Apresentação... 15 Sumário Apresentação... 15 Capítulo 1 Considerações iniciais... 17 1. Breves considerações sobre o direito financeiro... 17 2. Direito tributário. Noção conceptual... 20 2.1. Autonomia do direito tributário...

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br tatiana.saranello@gmail.com AULA 24 DECADÊNCIA - Decadência é

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Pagamento indevido. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Pagamento indevido. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Prof. Marcello Leal 1 CTN, Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros

Leia mais

Direito Previdenciário. Prof. Gláucio Diniz de Souza

Direito Previdenciário. Prof. Gláucio Diniz de Souza Direito Previdenciário Prof. Gláucio Diniz de Souza Imunidade de Contribuições Imunidade ou Isenção? CF/88 Art. 195 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 869.572 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADV.(A/S) : ROGÉRIO ALTOBELLI ANTUNES E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CAMPINAS PROC.(A/S)(ES)

Leia mais

Princípio da Legalidade

Princípio da Legalidade Princípio da Legalidade RUBENS KINDLMANN Princípio da Legalidade Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

Leia mais

Sumário. Capítulo 1. Considerações Iniciais Capítulo 2. Conceito de Fazenda Pública Capítulo 3

Sumário. Capítulo 1. Considerações Iniciais Capítulo 2. Conceito de Fazenda Pública Capítulo 3 Sumário Capítulo 1 Considerações Iniciais... 19 Capítulo 2 Conceito de Fazenda Pública... 21 Capítulo 3 O tratamento diferenciado para a atuação da Fazenda Pública em juízo no CPC/2015... 27 Capítulo 4

Leia mais

SumáriO Direito tributário...2 O Direito tributário e as demais Ciências Jurídicas...5 O Direito tributário e os Limites ao poder de tributar...

SumáriO Direito tributário...2 O Direito tributário e as demais Ciências Jurídicas...5 O Direito tributário e os Limites ao poder de tributar... sumário Direito Tributário...2 Conceito...2 Polos...2 Receitas Públicas...2 Natureza...3 Exemplos de receitas derivadas...3 Exemplos de receitas originárias...4 O Direito Tributário e o Direito Público...4

Leia mais

TRIBUTO CONCEITO E NATUREZA ESPECÍFICA

TRIBUTO CONCEITO E NATUREZA ESPECÍFICA TURMA ESPECÍFICA MAGISTRATURA ESTADUAL/2012 Prof. Mauro Luís Rocha Lopes TEMAS (CTN): TRIBUTO CONCEITO E NATUREZA ESPECÍFICA Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a investimento público urgente e de relevante interesse nacional, instituiu, por meio da

Leia mais

Responsabilidade Tributária

Responsabilidade Tributária Responsabilidade Tributária RUBENS KINDLMANN Responsabilidade por Infrações Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIO E PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR. TRIBUTAÇÃO COM BASE EM DECLARAÇÃO DO CONTRIBUINTE. PRAZO PRESCRICIONAL NÃO CONSUMADO. JULGAMENTO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI PROCURADOR : CESAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(S) EMENTA TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. MASSA FALIDA. JUROS MORATÓRIOS. ATIVO SUFICIENTE PARA PAGAMENTO DO PRINCIPAL.

Leia mais

Revisão de Direito Tributário Prof. Fábio Dutra XXI EXAME DA OAB

Revisão de Direito Tributário Prof. Fábio Dutra XXI EXAME DA OAB Revisão de Direito Tributário Prof. Fábio Dutra XXI EXAME DA OAB CF/88: Arts. 145 a 162 Estudo para Reta Final XXI Exame da OAB CTN: Arts. 3º, 4º, 7º, 16, 19, 23, 29, 32, 43, 46 e 63; Arts. 77, 81, 96,

Leia mais

Sumário. Apresentação... 15

Sumário. Apresentação... 15 Sumário Apresentação... 15 Capítulo 1 Considerações iniciais... 17 1. Breves considerações sobre o direito financeiro... 17 2. Direito tributário. Noção conceptual... 20 2.1. Autonomia do Direito Tributário...

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.064.528 - RN (2008/0123592-4) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : NATAL COMBUSTÍVEIS LTDA ADVOGADO : RODRIGO DANTAS DO NASCIMENTO AGRAVADO : ESTADO DO

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Certificado digitalmente por: SILVIO VERICUNDO FERNANDES DIAS PODER JUDICIÁRIO Reexame Necessário nº 1.594.775-6 Origem: Vara Cível e anexos da Comarca de Palotina Autor: Poliana Migliavaca Réu: Município

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 13 INTRODUÇÃO... 15 1. A organização do Estado... 15 1.1. As necessidades coletivas... 15 1.2. A atividade financeira do Estado... 16 1.2.1. Atividades financeira e econômica

Leia mais

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR MARCUS OLIVEIRA Mestre em Direito Tributário Questão problema Pode haver aplicação

Leia mais

Rubens Kindlmann. Responsabilidade Tributária

Rubens Kindlmann. Responsabilidade Tributária Rubens Kindlmann Responsabilidade Tributária A responsabilidade faz com que haja uma mudança na sujeição passiva da obrigação tributária transferindo do contribuinte para o responsável a responsabilidade

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 142 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim

Leia mais

Elementos do 12ª edição 2015

Elementos do 12ª edição 2015 Eduardo Sabbag Elementos do 12ª edição 2015 Elementos do direito tributário_iniciais_cap.1_001_098.indd 3 05/08/2015 08:09:16 SUMÁRIO Apresentação... 21 1. Direito Tributário... 23 1.1. Introdução... 23

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL Em janeiro de 2007, a Fazenda Nacional lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica ABC, visando à cobrança de contribuições previdenciárias dos anos de 2005

Leia mais

Sumário. Apresentação da coleção Capítulo 2. Introdução... 15

Sumário. Apresentação da coleção Capítulo 2. Introdução... 15 Apresentação da coleção... 13 Capítulo 1 Introdução... 15 Capítulo 2 Sistema Tributário Nacional... 17 2.1. Poder de Tributar... 17 2.1.1. Poder de tributar e competência tributária... 18 2.1.2. Modalidades

Leia mais

Interpretação e Integração da Legislação Tributária

Interpretação e Integração da Legislação Tributária Interpretação e Integração da Legislação Tributária RUBENS KINDLMANN Contatos Professor Rubens Kindlmann @kindlmann rubens@kindlmann.com.br Interpretação x Integração Interpretação: visa a solução de controvérsia,

Leia mais

Direito Tributário Lançamento e Extinção do Crédito Tributário

Direito Tributário Lançamento e Extinção do Crédito Tributário CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Lançamento e Extinção do Crédito Tributário Analista Judiciário TRF Período: 2007-2016 1) FCC - AJ TRF3/TRF 3/Judiciária/Execução de Mandados/2007 O lançamento tributário

Leia mais

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E O CÓDIGO CIVIL DE

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E O CÓDIGO CIVIL DE MARIA RITA FERRAGUT RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E O CÓDIGO CIVIL DE 2002 Editora Noeses CIP- BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. F42r Ferragut, Maria Rita, 1971-

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 151 Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral;

Leia mais

Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes

Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes IPVA Prescrição Termo Inicial REsp 1320825 / RJ Relator(a) Ministro GURGEL DE FARIA (1160) Data do Julgamento: 10/08/2016

Leia mais

Revisão de casos práticos

Revisão de casos práticos Revisão de casos práticos RUBENS KINDLMANN Em janeiro de 2018, a pessoa jurídica Decoramais Ltda., com sede no Município de São Paulo, prestou serviço de decoração e jardinagem no Município Diadema e não

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 06/03/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 06/03/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 06/03/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 33 TRIBUTOS EM ESPÉCIE Continuação aula 30... IMPOSTOS - Desde

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 174, parágrafo único. A prescrição se interrompe: I pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.396.488 - SC (2013/0252134-1) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS EMBARGANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMBARGADO : MARCELO BIGOLIN

Leia mais

Exceção de Pré-Executividade

Exceção de Pré-Executividade Exceção de Pré-Executividade RUBENS KINDLMANN Conceito e Histórico A Exceção de pré-executividade é um meio oposição do executado contra a execução. É uma forma franqueada ao executado para que ele intervenha

Leia mais