1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS
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3 Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental Diretoria de Mudanças Climáticas 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Sumário Executivo Brasília 2010
4 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministério do Meio Ambiente Ministro Carlos Minc Secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental Suzana Kahn Ribeiro Diretora do Departamento de Mudanças Climáticas Branca Bastos Americano Gerente de Qualidade do Ar Rudolf Noronha IBAMA Presidente Roberto Messias Franco Diretora de Qualidade Ambiental Sandra Regina Rodrigues Klosovski ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Diretor-Geral Haroldo Borges Rodrigues Lima Diretor Allan Kardec Duailibe Barros Superintendente de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos Rosangela Moreira de Araújo Diretora Magda Maria de Regina Chambriard Coordenadora de Meio Ambiente Lúcia Maria de Araújo L. Gaudêncio ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres Diretor Geral Bernardo Figueiredo Superintendente de Estudos e Pesquisas Fernando Regis dos Reis CETESB- Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Presidente Fernando Rei Diretora de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental Ana Cristina Pasini da Costa PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S/A Presidente José Sérgio Gabrielle Diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores Presidente Jackson Schneider IEMA - Instituto de Energia e Meio Ambiente Diretor-Presidente André Luis Ferreira Grupo Técnico criado pela Portaria Ministerial 336, de 22 de setembro de 2009 MMA Rudolf Noronha, Ademilson Zamboni (Cooperação MMA/IEMA), João Bosco Dias IBAMA Paulo Macedo, Flávia Lemos Xavier ANP Edson Montez, Rita de Cássia Pereira, Thiago Karashima, Cristina Nascimento, Jackson Albuquerque ANTT Paulo Henrique Marques Santos, Carlos Raphul, Leonardo H. de Oliveira CETESB Carlos Lacava, Vanderlei Borsari, Renato Linke, Olimpio de Melo Álvares Junior PETROBRAS Milton Lacerda, Nelson da Silva Alves, Pedro C. Vicentini, Sergio Guillermo H. Rodríguez ANFAVEA Henry Joseph, Mário Luz Teixeira IEMA André Luis Ferreira, Carmen Araújo, David Shiling Tsai, Kamyla Borges, Ana Carolina Alfinito Colaboradora Cláudia Carvalho (Ministério das Cidades DENATRAN) 4
5 Sumário Executivo Apresentação O 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTO- RES RODOVIÁRIOS representa um subsídio valioso para a atuação da esfera Federal, dos Estados, dos Municípios e da própria sociedade no planejamento, implantação e acompanhamento de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade ambiental e à mitigação das mudanças climáticas. Trata-se de um instrumento que, ao definir uma metodologia de referência nacional, restaura a missão contínua de cumprir as demandas do principal marco normativo da gestão da qualidade do ar no país, o PRONAR - Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, instituído pela Resolução CONAMA no 5 de 1989, o qual pressupõe a implantação, entre outros, do Programa Nacional de Inventários de Fontes Poluidoras do Ar. Aqui são apresentadas as emissões dos poluentes regulamentados pelo Programa de Controle da Poluição por Veículos Automotores PROCONVE - monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos não-metano (NMHC), aldeídos (RCHO), material particulado (MP) e emissões evaporativas, além dos gases de efeito estufa como dióxido de carbono (CO 2 ) e metano (CH 4 ). O inventário permite conhecer ainda as contribuições relativas das frotas de automóveis, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas, e como as diferentes fases do PROCONVE, responsáveis, desde 1986, pela introdução de combustíveis e tecnologias automotivas diferenciadas, influenciaram, e ainda poderão influenciar esse cenário. Como instrumento de gestão ambiental, a elaboração do Inventário é, portanto, uma iniciativa que extrapola em muito a compilação de informações geradas por diferentes instituições públicas e privadas, permitindo que, quando detalhado na escala local, entre seus inúmeros usos, contribua para a avaliação do impacto das emissões sobre a saúde humana, para o planejamento e a avaliação dos Planos de Controle de Poluição por Veículos em Uso PCPV. Constitui também informação valiosa para as decisões sobre o aprimoramento da tecnologia veicular e melhoria dos combustíveis, para o estabelecimento de novos limites de emissão e mesmo para subsidiar programas de eficiência energética de veículos, além de base para estudos, pesquisas e tecnologias orientadas para a redução de emissões dessa modalidade de transporte. Conceber e executar esse estudo, em especial sua proposta metodológica, só se fez viável em um ambiente de cooperação técnica entre diferentes setores e parceiros, pois impunha-se ao Ministério do Meio Ambiente o desafio de lidar com uma base de informações oficiais institucionalmente fragmentada, e por vezes incompleta ou inadequada para esse propósito. Assim a Portaria Ministerial MMA nº 336, de 22 de setembro de 2009, criou o grupo técnico composto, além do MMA, pelas seguintes instituições: IBAMA-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural 5
6 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS e Biocombustíveis, ANTT-Agência Nacional de Transportes Terrestres, CETESB-Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S/A, ANFAVEA-Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e IEMA-Instituto de Energia e Meio Ambiente. A esse grupo foi atribuída, e cumprida com sucesso, a tarefa de definir todo o escopo conceitual e metodológico do trabalho, identificar as melhores fontes de informação disponíveis e aferir a qualidade dos dados, propor uma metodologia que possa se desdobrar para outras escalas territoriais e indicar fragilidades, novos estudos e soluções para aperfeiçoamento de suas próximas edições, especialmente quanto ao fluxo sistemático de informações e mecanismos que garantam que essa atividade se dê de forma perene. Em um momento em que os cenários de crescimento trazem projeções otimistas para todos os setores da economia, o setor de produção de combustíveis e o de transportes, em todas suas modalidades, experimentarão novos rumos tecnológicos, disputarão territórios e fatias do mercado. O aumento da frota, das emissões e as necessárias soluções de mobilidade urbana serão peça-chave na qualidade de vida das grandes cidades brasileiras, e constituirão apenas alguns dos muitos desafios da gestão da qualidade do ar e da saúde ambiental a serem enfrentados no país. Ao lançar o 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS, o Ministério do Meio Ambiente reafirma sua pró-atividade na aproximação entre governos, setores e uma sociedade cada vez mais atenta à garantia de seu direito pleno à informação ambiental de qualidade, e segue no cumprimento de compromissos firmados para garantia e melhoria da qualidade do ar, corrigindo assimetrias temáticas na política ambiental brasileira. Carlos Minc Ministro do Meio Ambiente 6
7 Sumário Executivo Introdução Esse documento apresenta uma síntese dos resultados do primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários. Embora não tenha o propósito de esgotar o assunto, permite ainda ao leitor compreender a metodologia e as premissas adotadas no cálculo das emissões. O detalhamento dessa metodologia, as explicações associadas às premissas bem como a interpretação dos resultados obtidos serão objeto de outra publicação, brevemente disponível. 7
8 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS 8
9 Sumário Executivo Metodologia Definições das categorias de veículos inventariadas Cálculo de emissões de escapamento 9
10 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Diagrama de entradas e saídas do modelo Estimativa dos fatores de emissões 10
11 Sumário Executivo Metodologia Fatores de emissão: veículos pesados / ciclo Diesel Consumo específico de combustível em veículos do Ciclo Diesel: autonomia em km/l 11
12 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Fatores de emissão: veículos leves / ciclo Otto Estimativa da frota circulante: metodologia adotada 12
13 Sumário Executivo Metodologia Curvas de sucateamento Intensidade de uso preliminar para veículos ciclo Otto, em km/ano 13
14 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Intensidade de uso preliminar para veículos ciclo Diesel (km/ano) Consumo de combustível em veículos do Ciclo Otto - autonomia em km/l GT 14
15 Sumário Executivo Resultados Frotas Frota de automóveis Frota de comerciais leves 15
16 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Frota de automóveis e comerciais leves Otto Frota ciclo Diesel 16
17 Sumário Executivo Resultados Frotas Frota de veículos ciclo Diesel Frota de motocicletas 17
18 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Frota de motocicletas Projeções: premissas 18
19 Sumário Executivo Resultados Emissões Projeção das emissões totais de CO Projeção de emissões de CO por veículos leves Otto 19
20 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Projeção das emissões totais de Hidrocarbonetos Não Metano - NMHC Projeção das emissões de Hidrocarbonetos Não Metano (NMHC) por veículos leves ciclo Otto 20
21 Sumário Executivo Resultados Emissões Emissões evaporativas de Hidrocarbonetos Não Metano (NMHC) por automóveis e veículos comerciais leves ciclo Otto Emissões totais de NOx 21
22 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Projeção das emissões de NOx por veículos leves ciclo Otto Projeção das emissões de NOx por veículos ciclo Diesel 22
23 Sumário Executivo Resultados Emissões Projeção das emissões totais de Material Particulado - MP (para veículos Otto estão contabilizados apenas os sulfatos particulados) Projeção das emissões de Material Particulado MP por veículos ciclo Diesel 23
24 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Projeção das emissões de Material Particulado MP por veículos ciclo Diesel Projeção das emissões totais de Aldeídos (RCHO) 24
25 Sumário Executivo Resultados Emissões Emissões totais de metano - CH 4 Emissões totais de CO 2 25
26 1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES RODOVIÁRIOS Recomendações/ Próximos passos 1. Melhoria da qualidade das informações quanto à frota em circulação, fatores de emissões e intensidade de uso Devido à grande diversidade de tipos, idades e condições operacionais dos veículos, os dados básicos utilizados neste Inventário Nacional de Emissões - fatores de emissão, a intensidade de uso, a composição e o tamanho da frota, podem apresentar um elevado grau de incerteza. Essas incertezas refletem-se nos cálculos das emissões do Inventário. Desta forma, esforço considerável ainda será exigido para melhorar a qualidade das informações disponíveis no país. 2. Elaboração de inventários locais e regionais Dependendo de sua aplicação, os inventários podem ser desenvolvidos em escalas temporais e espaciais distintas. Os inventários desenvolvidos em escala nacional, como é o caso deste, são mais apropriados para avaliar os resultados em termos de reduções de emissões decorrentes de medidas adotadas em grande escala, como por exemplo, a incorporação de tecnologias de controle veiculares no Brasil. Para outras aplicações, em especial às relacionadas a ações locais ou à modelagem da qualidade do ar e, indiretamente, à avaliação de efeitos à saúde, será necessária, além da melhoria da qualidade da informação disponível, a elaboração de inventários com resoluções espaciais, e mesmo temporais, mais elevadas. A elaboração de inventários regionais e locais exigirá, portanto, esforços adicionais na coleta e sistematização de dados em um detalhamento maior. A harmonização desses inventários regionais e locais com o nacional também será importante para lidar efetivamente com muitos aspectos da gestão da qualidade do ar. 3. Desenvolvimento e implantação de um sistema de informações O desenvolvimento de sistemas de informação para gerenciar a base de dados e gerar os inventários, permitindo o acesso público a essas informações é fundamental para garantir no longo prazo a manutenção e atualização dos inventários de emissões. O aperfeiçoamento dos inventários de emissões aponta para volumes crescentes de dados que serão coletados, o que resultará na necessidade de capacidade de processamento e armazenamento de dados também crescentes. 4. Infraestrutura e arranjo institucional Grande parte do esforço de preparação e do aperfeiçoamento de inventários de emissões envolve o estabelecimento de infraestrutura e de um arranjo institucional que os suportem. A exemplo do esforço empreendido na elaboração desse Primeiro Inventário Nacional, isso inclui a colaboração entre as diversas esferas de governo, as agências públicas, a indústria e suas associações, a academia e organizações não governamentais. Essa colaboração deve se dar de forma permanente, com um arcabouço legal que garanta esse aspecto. 26
27 Sumário Executivo Resultados Emissões 27
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