NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL
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- Maria de Belem Azambuja
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1 NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL OE 2014 AS POLÍTICAS DE CRESCIMENTO, O IDE E AS RESTRIÇÕES ORÇAMENTAIS Auditório da AESE November 12 Cristina Casalinho Lisboa 18 Setembro 2013
2 Índice NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL Pág. 1) Evolução recente das contas públicas 2) Comparação internacional (AE) 3) Enquadramento institucional 4) A meta justifica-se? 5) Desafios estruturais 6) E a Europa move-se
3 1) EVOLUÇÃO RECENTE DAS CONTAS PÚBLICAS 3
4 1) Evolução recente das contas públicas Após uma década de défices estáveis (3.5%-4%), o desequílibrio agravou-se após 2007 no seguimento da crise financeira internacional Contas públicas principais indicadores 60 % do PIB % do PIB Fonte: BdPortugal. Despesa Receita Défice público (ELD) Défice ajustado do ciclo (ELD) -12 4
5 1) Evolução recente das contas públicas Forte aceleração da dívida após 2007 por fluxos défice-dívida e abrandamento do crescimento económico Dívida pública vs défice % do PIB % do PIB Acréscimo de dívida pública (exc. depósitos) = 45.3 p.p. Somatório dos défices ( ) = 34.5 p.p Fonte: BdPortugal. Dívida pública Défice público 5
6 1) Evolução recente das contas públicas Forte aceleração da dívida após 2007 também por fim do ciclo do crédito e expansão imobiliária Ciclos de construção e expansão financeira 6
7 1) Evolução recente das contas públicas Deterioração do saldo primário comportamento semelhante ao do défice estrutural Saldo primário vs saldo estrutural -10 % do PIB Fonte: BdPortugal Défice ajustado do ciclo Saldo primário Défice estrutural (Exc. medidas não recorrentes) 7
8 1) Evolução recente das contas públicas Acentuado crescimento das despesas com prestações sociais e queda dos encargos com juros Despesa pública: por classificação económica - composição 60 % do PIB Formação bruta de capital Transferências de capital Outras despesas correntes Juros Subsídios Prestações sociais Consumo intermédio Remunerações dos empregados Fonte: BdPortugal. 8% do PIB em % do PIB em 22,6% do PIB 2000 em
9 1) Evolução recente das contas públicas Prestações sociais, serviços gerais e educação aumentam o contributo para a despesa pública Despesa pública por classificação funcional - composição % do PIB Outros Proteção social Educação Saúde Assuntos económicos Defesa, segurança e ordem pública Serviços gerais das Adm. Públicas Fonte: BdPortugal. 9
10 1) Evolução recente das contas públicas Tributação directa deve forte incremento face à estabilização do contributo da tributação indireta Receita pública - composição 50 % do PIB Transferência de capital Outras receitas correntes Receitas correntes - Vendas Rendimentos de propriedades Contribuições sociais Impostos s/produção e a importação Impostos s/rendimento e o património Fonte: BdPortugal. 5,1% do PIB em ,3% do PIB em % do PIB em ,3% do PIB em
11 2) COMPARAÇÃO INTERNACIONAL (AE) 11
12 2) Comparação internacional Elevada despesa em % do PIB, mas baixa despesa per capita Despesa pública total - comparação 60 % do PIB Euros por habitante AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França 35 Itália Portugal 7000 Itália Portugal Fonte: Eurostat Fonte: Eurostat. 12
13 2) Comparação internacional Elevada despesa em % do PIB, mas baixa despesa per capita Despesa pública total ( ) - comparação 55 % do PIB Euros por habitante 50 AE Alemanha AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Fonte: Eurostat Fonte: Eurostat. 13
14 2) Comparação internacional Mais despesa em educação e menos em proteção social em Portugal que na área do euro Despesa pública: classificação funcional Portugal Proteção social 34% Outros 5% Serviços gerais AP 16% Defesa, segurança e ordem pública 7% Assuntos económicos 9% Área do Euro Proteção social 40% Outros 6% Serviços gerais AP 14% Defesa, segurança e ordem pública 6% Assuntos económicos 9% Educação 14% Saúde 15% Fonte: Eurostat. Educação 10% Saúde 15% Fonte: Eurostat. 14
15 2) Comparação internacional Proteção social aumenta em Portugal, mas inferior a AE e educação sempre superior Despesa pública: classificação funcional - evolução % despesa Variação em % do PIB total Portugal Serviços gerais das Adm. Públicas 8,7 5,9 6,6 7,0 6,3 7,3 8,4 8,4 17% -2,1 1,8 Defesa, segurança e ordem pública 3,3 3,2 3,2 3,0 3,2 3,6 4,0 3,3 7% -0,1 0,1 Assuntos económicos 5,0 5,1 4,3 4,0 4,3 4,4 4,9 4,0 8% -0,7-0,3 Saúde 5,4 6,2 6,7 6,6 6,6 7,3 6,7 6,8 14% 1,3 0,1 Educação 5,6 6,4 6,6 6,1 6,2 6,8 7,1 6,3 13% 1,0-0,3 Proteção social 11,7 12,0 15,4 15,3 15,7 17,9 18,0 18,1 37% 3,7 2,7 Outros(a) 2,6 3,1 2,6 2,5 2,8 3,0 2,4 2,2 4% 0,0-0,4 Área do euro Serviços gerais das Adm. Públicas 8,7 7,3 6,4 6,4 6,5 6,7 6,6 6,7 14% -2,3 0,3 Defesa, segurança e ordem pública 3,3 2,9 3,0 2,9 3,0 3,2 3,2 3,1 6% -0,3 0,1 Assuntos económicos 7,1 3,2 4,1 3,9 4,1 4,6 5,0 4,2 8% -3,0 0,1 Saúde 6,2 6,4 6,9 6,8 7,0 7,6 7,5 7,4 15% 0,7 0,5 Educação 5,0 4,8 4,8 4,7 4,8 5,2 5,1 5,0 10% -0,2 0,2 Proteção social 19,7 18,6 18,7 18,3 18,7 20,6 20,5 20,3 41% -1,0 1,6 Outros(a) 3,1 2,9 2,9 2,9 3,0 3,3 3,0 2,9 6% -0,2 0,0 Diferença Portugal-AE Serviços gerais das Adm. Públicas 0,0-1,4 0,2 0,6-0,2 0,6 1,8 1,7 0,2 1,5 Defesa, segurança e ordem pública 0,0 0,3 0,2 0,1 0,2 0,4 0,8 0,2 0,2 0,0 Assuntos económicos -2,1 1,9 0,2 0,1 0,2-0,2-0,1-0,2 2,3-0,4 Saúde -0,8-0,2-0,2-0,2-0,4-0,3-0,8-0,6 0,6-0,4 Educação 0,6 1,6 1,8 1,4 1,4 1,6 2,0 1,3 1,2-0,5 Proteção social -8,0-6,6-3,3-3,0-3,0-2,7-2,5-2,2 4,7 1,1 Outros(a) -0,5 0,2-0,3-0,4-0,2-0,3-0,6-0,7 0,2-0,4 (a) Inclui despesa com proteção do ambiente, serviços de habitação e desenvolvimento colectivo e serviços recreativos, culturais e religiosos. 15
16 2) Comparação internacional Mais prestações sociais e mais remunerações dos empregados em Portugal Despesa pública: classificação económica Transferência de capital 1% Outras despesas correntes 5% Juros 6% Subsídios 2% Investimento 6% Prestações sociais 41% Portugal Remuneração dos empregados 29% Consumo intermédio 10% Fonte: Eurostat. Transferência de capital 3% Investimento 6% Outras despesas correntes 6% Juros 7% Subsídios 3% Prestações sociais 37% Área do Euro Remuneração dos empregados 26% Consumo intermédio 12% Fonte: Eurostat. 16
17 2) Comparação internacional Mais prestações sociais em Portugal que na área do euro Despesa pública: classificação económica - evolução % do Variação em % do PIB total Portugal Despesa Remunerações dos empregados 9,1 12,5 13,1 11,4 23% 0,5-1,7 Consumo intermédio 2,8 4,2 4,3 4,7 9% 0,2 0,3 Prestações sociais 8,0 12,4 18,2 22,0 45% 5,9 3,8 Subsídios 3,1 1,0 0,9 0,7 1% -0,1-0,2 Juros 1,4 5,6 2,8 4,0 8% -2,8 1,2 Outras despesas correntes 1,1 1,3 2,4 2,6 5% 1,1 0,2 Transferências de capital 1,3 0,8 0,6 1,4 3% -0,2 0,8 Formação bruta de capital 2,7 4,2 2,8 2,6 5% -1,3-0,2 Despesa total 29,5 41,9 45,2 49,4-3,3 4,2 Área do euro Despesa Remunerações dos empregados 11,1 10,7 11,0 22% -0,4 0,2 Consumo intermédio 4,8 5,0 5,5 11% 0,1 0,5 Prestações sociais 16,7 15,3 16,9 34% -1,4 1,6 Subsídios 1,6 1,1 1,2 2% -0,5 0,1 Juros 5,2 2,7 2,8 6% -2,5 0,1 Outras despesas correntes 1,7 2,2 2,5 5% 0,6 0,2 Transferências de capital 4,2 1,4 1,2 2% -2,8-0,2 Formação bruta de capital 2,6 2,5 2,5 5% -0,1 0,0 Despesa total 53,1 47,5 49,6 - -5,6 2,1 Área do euro Portugal-Área do euro Remunerações dos empregados 1,4 2,3 0,4 0,9-1,9 Consumo intermédio -0,6-0,6-0,8 0,0-0,2 Prestações sociais -4,3 2,9 5,1 7,2 2,2 Subsídios -0,6-0,2-0,5 0,3-0,3 Juros 0,4 0,1 1,3-0,3 1,2 Outras despesas correntes -0,4 0,2 0,1 0,6-0,1 Transferências de capital -3,4-0,8 0,3 2,6 1,0 Formação bruta de capital 1,6 0,3 0,1-1,2-0,2 Despesa total -11,2-2,3-0,2 8,9 2,1 Fonte: Eurostat. 17
18 2) Comparação internacional Elevada receita em % do PIB, mas baixa receita per capita Receita pública total - comparação 55 % do PIB Euros por habitante 50 AE Alemanha AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Fonte: Eurostat Fonte: Eurostat. 18
19 2) Comparação internacional Mais impostos indirectos e menos tributação sobre o factor trabalho Receita pública total - comparação Portugal Outras receitas 16% Impostos sobre produção e importações 33% Área do euro Outras receitas 11% Impostos sobre produção e importações 28% Contribuições sociais 28% Fonte: Eurostat. Impostos sobre rendimento e riqueza 23% Contribuições sociais 34% Fonte: Eurostat. Impostos sobre rendimento e riqueza 27% 19
20 2) Comparação internacional Forte incremento da receita: em média abaixo da área do euro, mas superior às economias periféricas Receita pública total - comparação % do total EU-27 AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Portugal EU Receita total 44,9 n.d. 45,4 38,8 41,1 37,2 48,9 44,8 36,5 Impostos sobre produção e importações 12,1 n.d. 9,9 13,2 13,5 9,9 15,2 11,7 12,6 34,5 26,9 Impostos sobre rendimento e riqueza 12,4 n.d. 12,0 13,3 7,4 10,0 8,1 14,4 8,2 22,5 27,6 Contribuições sociais 15,2 n.d. 18,5 6,6 12,6 12,7 20,3 14,2 10,0 27,4 33, Receita total 44,2 44,9 43,6 35,5 39,0 39,7 50,6 43,4 40,1 Impostos sobre produção e importações 13,1 13,0 10,5 13,4 11,8 12,4 15,4 14,1 14,5 39,7 29,6 Impostos sobre rendimento e riqueza 12,8 11,8 10,9 12,1 8,6 11,0 11,3 13,2 8,2 22,5 29,0 Contribuições sociais 13,7 15,4 17,9 6,0 13,5 12,9 18,2 12,6 11,9 32,6 31, Receita total 45,4 46,2 44,8 34,5 44,7 37,1 51,8 47,7 41,0 Impostos sobre produção e importações 13,3 13,0 11,2 11,0 12,6 10,4 15,4 14,9 13,6 37,3 29,3 Impostos sobre rendimento e riqueza 13,0 12,4 12,0 12,8 10,2 10,3 12,0 15,1 9,3 25,5 28,6 Contribuições sociais 14,0 15,9 16,8 5,8 13,7 13,1 19,0 13,8 11,6 31,8 30,8 Fonte: Eurostat. 20
21 2) Comparação internacional Receita total sobe mais que na área do euro, sendo o acréscimo resultante de aumento da tributação indireta e contribuições sociais Receita pública total - evolução % do total EU-27 AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Portugal EU-27 Variação Receita total 0,5 1,3-0,6-4,3 3,6-0,1 2,9 2,9 4,5 Impostos sobre produção e importações 1,2 0,0 1,3-2,2-0,9 0,5 0,2 3,2 1,0 2,7 2,3 Impostos sobre rendimento e riqueza 0,6 0,6 0,0-0,5 2,8 0,3 3,9 0,7 1,1 3,0 1,0 Contribuições sociais -1,2 0,5-1,7-0,8 1,1 0,4-1,3-0,4 1,6 4,4-3,0 Fonte: Eurostat. 21
22 2) Comparação internacional 22
23 2) Comparação internacional 23
24 2) Comparação internacional 24
25 2) Comparação internacional 25
26 2) Comparação internacional 26
27 2) Comparação internacional 27
28 2) Comparação internacional 28
29 2) Comparação internacional 29
30 2) Comparação internacional 30
31 3) ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL 31
32 3) Enquadramento institucional Novas instituições, exigências e mecanismos de controlo e apoio na UE 32
33 3) Enquadramento institucional Vigilância sobre os orçamentos regras do Two pack vão ser cumpridas pela primeira vez até final de
34 3) Enquadramento institucional A regra de ouro: dúvidas sobre o critério e poucos já cumpriram 34
35 3) Enquadramento institucional A regra de ouro: dúvidas sobre o critério e poucos cumpriram no passado Cumprimento da Golden rule saldo estrutural não inferior a -0.5% do PIB Saldo ajustado do ciclo (PIB potencial) Saldo estrutural como saldo ajustado pelo PIB potencial 4,0 2,0 0,0-2,0-4,0-6,0-8,0-10,0-12,0 % do PIB AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Golden rule Fonte: Eurostat. 4,0 2,0 0,0-2,0-4,0-6,0-8,0-10,0 % do PIB EU-27 AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Golden rule Fonte: Eurostat. Dado o historial observado de saldos estruturais em Portugal, o cumprimento da regra dourada implica uma redução definitiva de despesa pública no montante de cerca de 8,5 mme. 35
36 3) Enquadramento institucional As metas acordadas com a troika já refletem o compromisso com a regra de ouro Cumprimento da Golden rule saldo estrutural não inferior a -0.5% do PIB 36
37 4) A META JUSTIFICA-SE? 37
38 4) A meta justifica-se? Se não se cumprir este objetivo, o que poderá acontecer? Evolução da dívida pública no cenário do FMI Cenário macroeconómico base PIB real -3,6% -2,3% 0,6% 1,5% 1,8% 2,0% 2,0% 2,0% Inflação -0,1% 1,8% 1,3% 1,1% 1,7% 2,0% 2,0% 2,0% Taxa de juro 3,9% 3,5% 3,6% 3,6% 3,7% 4,2% 4,7% 4,7% Défice primário 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% -3,4% -3,3% -2,8% Privatizações -1,3% -2,2% Outros fluxos 6,4% -4,7% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Dívida 123,9% 123,2% 124,4% 123,4% 120,9% 109,2% 94,4% 82,4% Variação de dívida 15,6% -0,8% 1,2% -1,0% -2,5% -3,2% -2,1% -2,1% Défice primário 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% -3,4% -3,3% -2,8% Efeito de taxas de juro 8,5% 5,0% 2,0% 1,2% 0,2% 0,2% 0,6% 0,5% Efeito de taxas de juro 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,5% 4,4% 3,8% Efeito do PIB 4,2% 0,7% -2,3% -3,2% -4,2% -4,4% -3,7% -3,3% Outros fluxos 5,1% -6,9% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Necessidades líquidas (mme) 25,8-1,3 2,0-1,7-4,3-6,4-5,1-6,1 Fonte: FMI. 38
39 4) A meta justifica-se? Crescimento é suficiente para estabilizar a dívida sem corrigir o défice primário? Crescimento económico real necessário para manter défice primário da última década ( a partir de 2017) = 6,0% Cenário alternativo: défice primário (histórico da última década = -2,6%) ajustado do maior crescimento implica crescimento real do PIB = 6,0% para mesma trajectória de dívida que FMI PIB real -3,6% -2,3% 0,6% 1,5% 1,8% 6,0% 6,0% 6,0% Inflação -0,1% 1,8% 1,3% 1,1% 1,7% 2,0% 2,0% 2,0% Taxa de juro 3,9% 3,5% 3,6% 3,6% 3,7% 4,2% 4,7% 4,7% Défice primário 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 0,7% 0,7% 0,7% Privatizações -1,3% -2,2% Outros fluxos 6,4% -4,7% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Dívida 123,9% 123,2% 124,4% 123,4% 120,9% 106,5% 92,7% 82,2% Variação de dívida 15,6% -0,8% 1,2% -1,0% -2,5% -3,3% -1,7% -1,8% Défice 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 0,7% 0,7% 0,7% Efeito de taxas de juro 8,5% 5,0% 2,0% 1,2% 0,2% -4,0% -3,0% -2,7% Efeito de taxas de juro 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,3% 4,1% 3,7% Efeito do PIB 4,2% 0,7% -2,3% -3,2% -4,2% -8,3% -7,1% -6,3% Outros fluxos 5,1% -6,9% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Necessidades líquidas (mme) 25,8-1,2 2,0-1,7-4,2-7,0-4,9-6,8 39
40 4) A meta justifica-se? Saldo primário equilibrado é suficiente para reduzir dívida? Evolução da dívida pública: cenário macroeconómico mantém-se, mas apenas se equilibra o saldo primário (a partir de 2019) Cenário alternativo: défice primário nulo a partir de PIB real -3,6% -2,3% 0,6% 1,5% 1,8% 2,0% 2,0% 2,0% Inflação -0,1% 1,8% 1,3% 1,1% 1,7% 2,0% 2,0% 2,0% Taxa de juro 3,9% 3,5% 3,6% 3,6% 3,7% 4,2% 4,7% 4,7% Défice primário 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 0,0% 0,0% 0,0% Privatizações -1,3% -2,2% Outros fluxos 6,4% -4,7% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Dívida 123,9% 123,2% 124,4% 123,4% 120,9% 117,3% 119,1% 122,9% Variação de dívida 15,6% -0,8% 1,2% -1,0% -2,5% 0,1% 1,3% 1,0% Défice 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 0,0% 0,0% 0,0% Efeito de taxas de juro 8,5% 5,0% 2,0% 1,2% 0,2% 0,2% 0,7% 0,8% Efeito de taxas de juro 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,7% 5,3% 5,5% Efeito do PIB 4,2% 0,7% -2,3% -3,2% -4,2% -4,5% -4,6% -4,7% Outros fluxos 5,1% -6,9% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Necessidades líquidas (mme) 25,8-1,3 2,1-1,7-4,4 0,3 3,3 3,0 40
41 4) A meta justifica-se? Redução de taxas de juro nos créditos oficiais é suficiente para reduzir dívida? Evolução da dívida pública: cenário macroeconómico mantém-se, mas taxas de juro nos crédito oficiais nula e défice igual a 50% da média dos últimos dez anos ( a partir de 2019) Cenário alternativo: taxa de juro nula nos créditos oficiais e défice primário metade do valor da última década (-2,6%) a partir de PIB real -3,6% -2,3% 0,6% 1,5% 1,8% 2,0% 2,0% 2,0% Inflação -0,1% 1,8% 1,3% 1,1% 1,7% 2,0% 2,0% 2,0% Taxa de juro 3,9% 3,5% 3,6% 2,4% 2,4% 2,8% 3,1% 3,1% Défice primário 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 1,3% 1,3% 1,3% Privatizações -1,3% -2,2% Outros fluxos 6,4% -4,7% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Dívida 123,9% 123,2% 124,4% 121,9% 118,0% 110,7% 111,4% 113,1% Variação de dívida 15,6% -0,8% 1,2% -2,5% -4,0% -0,1% 0,9% 0,5% Défice 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 1,3% 1,3% 1,3% Efeito de taxas de juro 8,5% 5,0% 2,0% -0,3% -1,3% -1,4% -1,0% -1,0% Efeito de taxas de juro 4,4% 4,4% 4,4% 2,9% 2,9% 3,0% 3,3% 3,4% Efeito do PIB 4,2% 0,7% -2,3% -3,2% -4,2% -4,3% -4,3% -4,4% Outros fluxos 5,1% -6,9% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Necessidades líquidas (mme) 25,8-1,2 2,0-4,1-6,7-0,1 1,8 1,1 41
42 4) A meta justifica-se? Redução de dívida sem correção de défice primário histórico permite estabilizar a dívida? Evolução da dívida pública: dívida reduz-se em metade, mas défice primário (da última década) mantém-se a partir de 2019 Cenário alternativo: dívida cai para metade e défice histórico PIB real -3,6% -2,3% 0,6% 1,5% 1,8% 2,0% 2,0% 2,0% Inflação -0,1% 1,8% 1,3% 1,1% 1,7% 2,0% 2,0% 2,0% Taxa de juro 3,9% 3,5% 3,6% 3,6% 3,7% 4,2% 4,7% 4,7% Défice primário 2,0% 1,1% -0,4% -1,8% -2,4% 2,6% 2,6% 2,6% Privatizações -1,3% -2,2% Outros fluxos 6,4% -4,7% -0,4% -0,4% -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% Dívida 62,0% 58,7% 58,9% 57,2% 54,6% 55,8% 70,0% 85,4% Variação de dívida 15,6% -3,3% 0,2% -1,6% -2,6% 2,6% 3,6% 3,3% Apenas o cenário de Défice 2,0% 1,1% -0,4% superávite -1,8% primário -2,4% na 2,6% 2,6% 2,6% Efeito de taxas de juro 8,5% 2,5% 1,0% vizinhança 0,6% de 3% e 0,1% 0,1% 0,4% 0,5% crescimento nominal de Efeito de taxas de juro 4,4% 2,2% 2,1% 2,1% 2,0% 2,1% 3,0% 3,7% 4% assegura queda da Efeito do PIB 4,2% 0,3% -1,1% dívida -1,5% pública. Os -2,0% -2,1% -2,6% -3,2% Outros fluxos 5,1% -6,9% -0,4% restantes -0,4% cenários -0,3% 0,0% 0,6% 0,2% alternativos apenas Necessidades líquidas (mme) 25,8-5,4 0,3-2,8-4,6 5,5 9,1 10,2 permitem estabilizar a dívida em patamares próximos de 100% do PIB - uma conclusão mais restritiva que a aplicação da Golden rule. 42
43 4) A meta justifica-se? Se não se cumprir este objetivo, o desafio do financiamento intensificase A despeito da extensão de maturidades e redução do défice o programa de financiamento nos próximos anos é exigente 43
44 4) A meta justifica-se? O universo dos investidores alterou-se estruturalmente; havendo maior dependência de poupanças internas (que estão a crescer). 44
45 5) DESAFIOS ESTRUTURAIS 45
46 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Redução de despesas associadas a prestações sociais, mas: desemprego vai manter-se estruturalmente elevado neste processo corretivo Taxa de desemprego no contexto europeu % EU-27 AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Fonte: Eurostat. 46
47 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Esperança de vida aos 65 anos aumenta, mas idade média de reforma de novos pensionistas por velhice desce Esperança de vida vs idade média de reforma 19,0 18,5 Esperança de vida aos 65 anos 64,5 64,0 Idade média de reforma dos novos pensionistas por velhice 18,0 63,5 17,5 63,0 17,0 62,5 16,5 16, ,0 61,5 61, Fonte: Pordata. 47
48 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Incremento dos números e despesa com pensões na CGA e RGSS Despesa com pensões e pensionistas Número de beneficiários Despesa total Número de beneficiários Despesa total em milhares em milhões de euros taxa de variação CGA SS CGA RGSS CGA SS CGA RGSS ,9 1221,9 24,3 120, ,7 1656,1 62,3 305, ,2 1940,9 252,1 895,9 55% 17% 305% 194% ,6 2202,3 598,4 2511,1 31% 13% 137% 180% ,8 2364,3 2127,8 4655,6 43% 7% 256% 85% ,4 2480,3 3449,9 6875,1 17% 5% 62% 48% ,3 2697,0 5507,0 9410,4 19% 9% 60% 37% ,3 2896,1 7489, ,5 14% 7% 36% 29% ,8 2943,6 7891, , ,6 Variação ,9 1721,8 7867, , ,6 1002,7 7639, , ,0 579,4 5764,1 7830, ,4 463,4 4441,9 5610,8 Fonte: Pordata. 48
49 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Alemanha e Itália ainda têm maior peso de população com mais de 65 anos que Portugal, mas a tendência é de aumento Envelhecimento da população acelerado EU-27 AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Proporção da população com mais de 59 anos ,1 15,0 17,5 14,8 17,8 17,4 15, ,2 14,8 17,5 15,0 17,0 16,8 15, ,0 18,4 19,9 14,8 17,9 16,8 18,1 18,6 16, ,0 19,5 20,3 15,2 19,7 18,7 19,0 20,4 18, ,9 20,6 20,7 15,2 21,1 20,6 20,1 22,3 20, ,9 21,9 23,0 15,2 22,4 21,6 20,6 24,1 21, ,8 22,8 24,9 15,3 23,2 21,6 20,9 25,1 22, ,2 24,1 25,9 16,1 24,8 22,1 22,8 26,3 23, ,6 24,4 26,3 16,3 25,2 22,4 23,3 26,6 25, ,9 24,8 26,6 16,7 25,6 22,7 23,7 26,8 25, ,9 6,4 6,5 1,7 8,1 7,9 5,9 9,4 10,3 Proporção da população com mais de 84 anos ,8 0,7 0,9 0,6 1,0 0,7 0, ,9 0,7 0,9 0,6 1,1 0,8 0, ,1 0,7 0,9 0,8 1,2 0,9 0, ,4 0,8 1,2 1,1 1,5 1,2 0, ,4 1,6 1,7 0,9 1,3 1,4 1,9 1,6 1, ,7 1,9 2,0 1,0 1,3 1,7 2,2 2,1 1, ,6 1,7 1,7 1,1 1,2 1,8 1,8 2,0 1, ,1 2,3 2,3 1,3 1,7 2,2 2,5 2,6 1, ,2 2,4 2,4 1,3 1,8 2,3 2,6 2,8 2, ,3 2,5 2,5 1,3 2,0 2,4 2,7 2,9 2, ,3 2,5 1,7 0,6 1,1 1,8 1,7 2,2 1,9 Fonte: Eurostat. 49
50 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Dependência de menor número contribuintes para suportar população envelhecida crescente Dependência de jovens e crescimento da população EU-27 AE Alemanha Irlanda Grécia Espanha França Itália Portugal Rácio de dependência (população com mais de 65 anos relativa a população com entre 15 e 64 anos) ,6 18,5 19,7 16,8 21,7 19,4 17, ,9 18,2 20,6 17,1 22,1 20,3 17, ,2 19,5 20,9 18,0 20,3 18,5 19,4 19,1 18, ,6 21,0 21,6 18,6 20,4 20,2 21,1 21,5 20, ,9 22,6 22,5 17,8 22,2 22,2 23,0 24,0 21, ,2 24,2 23,9 16,8 24,2 24,5 24,6 26,8 23, ,7 26,1 27,8 16,3 26,8 24,4 25,4 29,3 25, ,9 27,7 31,4 16,8 28,4 24,7 25,9 30,8 26, ,2 28,0 31,2 17,2 29,0 25,2 26,1 30,9 28, ,7 28,5 31,2 17,9 29,9 25,8 26,9 31,6 29, ,5 9,0 7,6-0,6 10,2 9,0 5,2 12,2 12,6 Taxa de crescimento da população ,3 4,1-1,3 13,0 8,4 11,8 4,8 3,9 11, ,7 5,0 2,8 11,7 12,1 10,5 5,5 1,6 10, ,5 1,7-0,6-2,2 3,0 3,4 4,6 0,2 1, ,4 4,5 8,1 4,0 7,1 1,2 4,6 0,9-2, ,8 2,7 3,4 6,2 7,4 2,2 3,2 0,0 2, ,9 4,3 1,2 14,5 2,5 10,6 6,9 0,7 6, ,2 5,6-0,8 23,2 3,8 16,6 7,1 4,9 3, ,9 3,2-0,6 2,9 0,4 3,6 5,1 4,7-0, ,6 2,8 1,1 2,6-1,8 0,9 5,1 3,2-2, ,2 3,4-4,1 4,6-5, ,5-1,7 3,5-9,6-8,4-15,9-0,2-3,9-16,2 Fonte: Eurostat. 50
51 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Contudo, nem tudo poderá ser mau Impacto de envelhecimento populacional 51
52 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Contudo, nem tudo poderá ser mau Dependência de jovens e crescimento da população 52
53 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Contudo, nem tudo poderá ser mau Menos responsabilidades no futuro, mas maior risco de pobreza para >65 anos 53
54 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Historicamente, o ajustamento estrutural privilegia redução da despesa pública 54
55 5) Desafios estruturais ao cumprimento da meta Perspectiva histórica de ajustamento orçamental 55
56 6) E A EUROPA MOVE-SE 56
57 6) E a Europa move-se Autoridades europeias têm favorecido a resolução da crise da dívida soberana através de intervenção expressas ou implícitas no mercado PGB s secondary market yields [%] 25 EBC announces LTRO Draghi states ECB will take the necessary steps to secure the euro Bernanke: QE tapering speech EBC announces OMT Need of a backstop to address volatility and liquidity? Nov-11 Feb-12 May-12 Aug-12 Nov-12 Feb-13 May-13 2Y 5Y 10Y Fonte: IGCP. 57
58 6) E a Europa move-se Dívida a credores oficiais europeus (EFSF e EFSM) foi estendida por mais sete anos, tendo agora maturidade média de 19,5 anos Fonte: IGCP. 58
59 6) E a Europa move-se A extensão de maturidades inseriu-se numa lógica de facilitação do processo de transição para a saída do programa de apoio financeiro Fonte: IGCP. 59
60 6) E a Europa move-se Outras formas de suporte financeiro aos estados membros foram já consagradas na regulação comunitária Formas de apoio proporcionadas pelo ESM: The ESM may provide stability support by: - providing loans to countries in financial difficulties, - purchasing bonds of an ESM Member State in primary and secondary debt markets, - providing precautionary financial assistance in the form of a credit line, - financing recapitalisations of financial institutions through loans to governments including in non-programme countries. All financial assistance to Member States is linked to appropriate conditionality. Precautionary conditioned credit line (PCCL) available to a euro area Member State whose economic and financial situation is fundamentally sound, as determined by respecting eligibility criteria (sustainable public debt, respect of commitments under excessive deficit procedure (EIP), track record of access to capital markets on reasonable terms, sustainable external position, and the absence of bank solvency problems that would pose systemic threats to the stability of the euro area banking system). The beneficiary country will be obliged to respect the eligibility criteria after the PCCL is granted. Enhanced conditions credit line (ECCL) Access open to all euro area Member States whose general economic and financial situation remains sound but do not comply with some of the eligibility criteria for accessing a PCCL. The beneficiary ESM Member will be obliged to adopt corrective measures aimed at addressing such weaknesses and avoiding any future problems in respect of access to market financing, while ensuring a continuous respect of the eligibility criteria which were considered met when the credit line was granted. Fonte: ESM. 60
61 Muito obrigada 61
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