UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária CAMILA CAVASSIN

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária CAMILA CAVASSIN DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS RELATO DE CASO E HÉRNIA PERINEAL EM GATO RELATO DE CASO CURITIBA 2017

2 CAMILA CAVASSIN DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS RELATO DE CASO E HÉRNIA PERINEAL EM FELINO RELATO DE CASO Relatório de Estágio Curricular apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário. Professor Orientador: Prof. Vinícius Ferreira Caron CURITIBA 2017

3 Reitor Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos Pró-Reitora Promoção Humana Prof. Ana Margarida de Leão Taborda Pró-Reitora Sra. Camille Rangel Pró-Reitor Acadêmico Prof. João Henrique Faryniuk Pró-Reitor de Planejamento Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos Diretor de Graduação Prof. João Henrique Faryniuk Secretário Geral Sr. Bruno Carneiro da Cunha Diniz Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Prof. Welington Hartmann Supervisora de Estágio Curricular Prof. Jesséa de Fátima França Campus Barigui Rua Sydnei A Rangel Santos, 238 CEP: Curitiba PR Fone: (41)

4 TERMO DE APROVAÇÃO CAMILA CAVASSIN DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS RELATO DE CASO E HÉRNIA PERINEAL EM GATO RELATO DE CASO Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do título de Médico Veterinário no Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de BANCA EXAMINADORA Orientador Prof. Vinícius Ferreira Caron

5 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, pelo esforço para que eu pudesse concluir essa fase da minha vida, e a seus incentivos e carinho durante todo esse período.

6 APRESENTAÇÃO O presente Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Médico Veterinário, é composto pelo Relatório de Estágio, onde são descritas as atividades realizadas durante o período de 20 de fevereiro a 11 de maio de 2017, na Clínica Veterinária Pró-Animal, localizado no município de Almirante Tamandaré, e relata dois casos acompanhados durante o estágio, um de doença do trato urinário inferior dos felinos e outro de hérnia perineal em felino macho.

7 RESUMO O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de relatar o estágio curricular supervisionado, realizado no período de 20 de fevereiro a 11 de maio de 2017, na Clínica Veterinária Pró-Animal onde foram realizados 156 atendimentos, incluindo consultas médicas, retornos e procedimentos cirúrgicos. Também faz parte deste trabalho, duas revisões de literatura e dois relatos de caso, um sobre doença do trato urinário inferior dos felinos, uma doença que afeta a vesícula urinaria e/ou a uretra dos gatos. O relato de caso aconteceu com um gato de um ano de idade, provocado por uma situação de estresse. O outro, sobre hérnia perineal, que é a separação e/ou ruptura dos músculos do períneo, o caso aconteceu em um felino e estava associada a uma fratura de cauda, provocada por um trauma. Palavras-chave: cistite idiopática; cristalúria; felinos

8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Recepção da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 2 Consultório da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 3 - Sala de imunização da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 4 Internamento da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 5 - Sala de pré e pós-operatório da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 6 - Centro cirúrgico da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 7 - Urólito de estruvita retirado do interior de uma vesícula urinária Figura 8 Urólito de oxalato de cálcio retirado do interior de uma vesícula urinária 26 Figura 9 - Cristais de Oxalato de cálcio na urina Figura 10 - Cristais de estruvita na urina Figura 11 Radiografia lateral de felino, onde se pode observar presença de urólitos na vesícula urinária Figura 12 - Massagem peniana em felino, para desobstrução uretral Figura 13 Desobstrução de um felino com cateterismo uretral Figura 14 - Ultrassonografia do paciente, onde é possível observar grande quantidade de sedimento no interior da vesícula urinária Figura 15 - Aumento perineal provocado por uma hérnia Figura 16 - Radiografia mostrando retroflexão de vesícula urinária Figura 17 - Colocação das suturas em padrão simples separado, entre os músculos que fazem parte da hérnia na técnica de herniorrafia clássica Figura 18 - Incorporação do ligamento sacrotuberal na sutura Figura 19 Aspecto final da Herniorrafia Clássica Figura 20 - Gato atendido na Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 21 - Radiografia do paciente mostrando a hérnia perineal associada a fratura de cauda Figura 22 - Preparo do gato para cirurgia Figura 23 - Retroflexão da vesícula urinária, observada durante o procedimento Figura 24 - Colocação de suturas entre os músculos coccígeo e elevador do ânus. 48 Figura 25 - Herniorrafia finalizada Figura 26 - Pós-operatório Figura 27 - Retorno do paciente... 50

9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Percentual dos 156 atendimentos realizados no período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na clínica veterinária Pró-Animal Gráfico 2 - Relação entre machos e fêmeas, de acordo com a espécies dos atendimentos realizados no período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na clínica veterinária Pró-Animal Gráfico 3 - Distribuição de consultas, de acordo com a idade dos animais atendidos na Clínica Veterinária Pró-Animal no período de 20 de fevereiro a 11 de maio Gráfico 4 - Distribuição de procedimentos cirúrgicos, de acordo com a idade dos animais atendidos na Clínica Veterinária Pró-Animal no período de 20 de fevereiro a 11 de maio Gráfico 5 - Percentual de sistemas afetados, diagnosticados durante o período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na Clínica Veterinária Pró-Animal Gráfico 6 - Percentual de procedimentos cirúrgicos realizados durante o período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na Clínica Veterinária Pró-Animal

10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS %: Porcentagem CI: Cistite idiopática DTUIF: Doença do trato urinário inferior dos felinos Et al.: e colaboradores Kg: Quilograma Mg: Miligrama Ml: Mililitro Ph: Potencial hidrogeniônico TCC: Trabalho de Conclusão de Curso

11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO LOCAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DESCRIÇÃO DA CLÍNICA ATIVIDADES REALIZADAS NA CLÍNICA CASUÍSTICA DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS EPIDEMIOLOGIA ETIOPATOGENIA CISTITE IDIOPÁTICA UROLITÍASE TAMPÕES URETRAIS AGENTES INFECCIOSOS SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO SEM OBSTRUÇÃO URETRAL COM OBSTRUÇÃO URETRAL PREVENÇÃO RELATO DE CASO DISCUSSÃO HERNIA PERINEAL INTRODUÇÃO SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Tratamento clínico Tratamento cirúrgico Herniorrafia com transposição do músculo obturador interno CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS RELATO DE CASO DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 53

12 13 1. INTRODUÇÃO Esse relatório de estágio tem como objetivo descrever as atividades realizadas durante o estágio curricular supervisionado, que foi realizado na Clínica Veterinária Pró-Animal, no período de 20 de fevereiro a 11 de maio de 2017, sendo supervisionado pelo médico veterinário Vinícius F. Tavares, totalizando 420 horas. No relatório é descrito o local de estágio, as atividades desenvolvidas durante esse período e a casuística observada na clínica. Além disso, consta o relato de dois casos clínicos atendidos nesse período. A realização do estágio na Clínica Veterinária Pró-Animal permitiu a ampliação do conhecimento nas áreas de clínica médica e clínica cirúrgica de pequenos animais, acrescentando tanto na vida profissional, quanto na pessoal. O objetivo do estágio curricular é inserir o acadêmico na rotina veterinária, fazendo com que o mesmo, possa colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante a graduação..

13 14 2. LOCAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2.1 DESCRIÇÃO DA CLÍNICA A Clínica Veterinária Pró-Animal fica localizada na Rua Rachel Cândido de Siqueira no centro do Município de Almirante Tamandaré. O horário de funcionamento é das 8 às 12 horas e das 13:30 às 18 horas de segunda-feira à sexta-feira e das 8 às 15 horas no sábado. A clínica presta serviços de consultas médicas, vacinas, internamento e cirurgias para cães e gatos. O atendimento funciona através do agendamento prévio de consultas, vacinas e cirurgias. Os casos emergenciais são prioridades. Também é oferecido o serviço de consultas e vacinas em domicílio. A clínica possui uma recepção (Figura 1), onde é realizado agendamento, pagamento dos serviços oferecidos e cadastro dos pacientes e tutores. Apresenta um consultório (Figura 2), sala de imunização (Figura 3), internamento (Figura 4), sala de pré e pós-operatório (Figura 5) e centro cirúrgico (Figura 6). No consultório há uma bancada de inox para a realização do exame físico dos pacientes, prateleira de madeira com materiais utilizados para a consulta, armário com alguns medicamentos, pia e mesa para realização da anamnese. A sala de imunização conta com bancada de inox, para avaliação do paciente, armário de madeira contendo os materiais para ser utilizados durante o exame e a vacina, geladeira contendo as vacinas para cães e gatos e pia, para higienização das mãos. O internamento conta com gaiolas de diversos tamanhos e possui um armário com os medicamentos além de outros materiais e alimentação para os pacientes que necessitam de internamento. O centro cirúrgico é composto por mesa de inox, onde são realizadas as cirurgias, aparelho de anestesia inalatória, bombas de infusão, bisturi elétrico e monitor multiparamétrico.

14 15 Figura 1 Recepção da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 2 Consultório da Clínica Veterinária Pró-Animal

15 16 Figura 3 - Sala de imunização da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 4 Internamento da Clínica Veterinária Pró-Animal

16 17 Figura 5 - Sala de pré e pós-operatório da Clínica Veterinária Pró-Animal Figura 6 - Centro cirúrgico da Clínica Veterinária Pró-Animal

17 ATIVIDADES REALIZADAS NA CLÍNICA As atividades desenvolvidas no estágio foram acompanhamento e auxílio em consultas médicas, procedimentos cirúrgicos e no internamento. As funções desenvolvidas durante as consultas médicas foram realização do exame físico geral dos pacientes, aferindo temperatura retal, frequência cardíaca e respiratória, palpação de linfonodos, coloração de mucosas, entre outras, auxílio durante a contenção dos animais para avaliação ou coleta de matérias para exames. No centro cirúrgico, a função desempenhada era auxílio durante o préoperatório e auxílio na anestesia e preparação do paciente. Também foi realizado auxílio ao cirurgião, além de avaliação dos parâmetros vitais no pós-operatório dos pacientes. No internamento, sob supervisão do médico veterinário responsável, foram realizados procedimentos de coleta de sangue, acesso venoso, aplicação de medicação, limpezas de feridas, curativos e colocação de talas nos animais internados.

18 CASUÍSTICA No período do estágio supervisionado, foram acompanhados 77 consultas, 19 retornos e 60 procedimentos cirúrgicos, totalizando 156 atendimentos (Gráfico 1). Gráfico 1 - Percentual dos 156 atendimentos realizados no período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na clínica veterinária Pró-Animal. ATENDIMENTOS 39% Consultas Retornos 49% Procedimentos Cirúrgicos 12%

19 20 Dos 156 atendimentos, 126 foram para cães, sendo que 73 eram machos e 53, fêmeas e 30 atendimentos foram de gatos, sendo 21 machos e 9 fêmeas (Gráfico 2). Gráfico 2 - Relação entre machos e fêmeas, de acordo com a espécies dos atendimentos realizados no período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na clínica veterinária Pró-Animal. Nº RELAÇÃO DE MACHOS E FÊMEAS Cães Gatos Machos Fêmeas Os pacientes atendidos nesse período foram divididos em grupo por faixas etárias de até 5 anos, de 6 a 10 anos e acima de 10 anos. Dos animais de até 5 anos, 42 passaram por consultas e 45 por cirurgias. Da faixa etária de 6 a 10 anos, 27 pacientes foram atendidos em consultas e 12 em cirurgias. Dos animais com mais de 11 anos, 8 pacientes passaram por consulta e apenas 3 por cirurgia (Gráficos 3 e 4).

20 21 Gráfico 3 - Distribuição de consultas, de acordo com a idade dos animais atendidos na Clínica Veterinária Pró-Animal no período de 20 de fevereiro a 11 de maio. IDADE 10% 0 a 5 anos 35% 55% 6 a 10 anos Acima de 10 anos Gráfico 4 - Distribuição de procedimentos cirúrgicos, de acordo com a idade dos animais atendidos na Clínica Veterinária Pró-Animal no período de 20 de fevereiro a 11 de maio. IDADE 5% 20% 0 a 5 anos 6 a 10 anos Acima de 10 anos 75% As consultas foram divididas de acordo com o sistema afetado. 24 pacientes apresentaram afecções gástricas, 16 dermatológicas, 8 reprodutivas, 5 hepáticas, 9

21 22 urinárias, 2 cardíacas e em 13 animais não foi possível definir um diagnóstico devido a não realização de exames solicitados ou não retorno com o paciente. Gráfico 5 - Percentual de sistemas afetados, diagnosticados durante o período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na Clínica Veterinária Pró-Animal. Nº DIAGNÓSTICOS Afecções Gástricas Afecções Dermatológicas 20 Afecções Reprodutivas Afecçoes Hepáticas Afecções Urinárias Afecções Cardíacas Sem diagnóstico 0

22 23 Das cirurgias acompanhadas, 39 foram castrações (Ovário Salpingo Histerectomias e Orquiectomias), sem que 31 foram eletivas e 8 com finalidade terapêutica. Também foram acompanhados 10 mastectomias, 2 uretrostomias, 1 correção de hérnia perineal e 8 profilaxias dentárias. Gráfico 6 - Percentual de procedimentos cirúrgicos realizados durante o período de 20 de fevereiro a 11 de maio, na Clínica Veterinária Pró-Animal. Nº PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS Castrações eletivas Castrações terapêuticas 20 Mastectomias 15 Uretrostomia Hérnia Perineal Profilaxias dentárias 0

23 24 3. DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS 3.1 INTRODUÇÃO É uma doença que afeta a vesícula urinária e a uretra dos gatos e possui várias etiologias. É muito comum de ser encontrada na clínica de felinos. O quadro clínico do paciente pode ser caracterizado por hematúria, disúria, polaciúria, estrangúria e pode ou não causar obstrução (SILVA, 2009). 3.2 EPIDEMIOLOGIA A doença do trato urinário inferior de felinos (DTUIF) é mais frequente em gatos de meia idade, machos, com peso elevado, que praticam pouco exercício físico e se alimentam de ração sólida (BOAVISTA, 2015). Fatores comportamentais podem contribuir para o surgimento da DTUIF, como pouca atividade física e estresse (PEREIRA, 2009). 3.3 ETIOPATOGENIA CISTITE IDIOPÁTICA A cistite idiopática (CI) é uma doença frequente em gatos, mas seu diagnóstico ainda é difícil, já que sua etiologia ainda não está bem definida O diagnóstico é feito por exclusão de outras causas de DTUIF, como a urolitíase, tampões uretrais e agentes infecciosos. O estresse tem sido apontado como um dos principais fatores predisponentes sendo o manejo ambiental uma indicação terapêutica bem eficiente (SILVA et al., 2013). A maioria dos felinos com DTUIF, apresentam a cistite idiopática (GUNN-MOORE, 2003). Os sinais clínicos são inespecíficos e comuns como polaciúria, estrangúria, disúria, hematúria, periúria (SILVA et al., 2013).

24 UROLITÍASE Urolitíase é a formação de urólitos no trato urinário. A composição mineral pode ser variada. Os urólitos mais observados são estruvita (Figura 7), geralmente associado a urina básica e oxalato de cálcio (Figura 8), geralmente associado a urina ácida. Dietas comercias são utilizadas para dissolver urólitos de estruvita (GUNN-MOORE, 2003). Os menos comuns são o de urato de amônio, o fosfato de cálcio, a cistina e a sílica (SILVA, 2016). Figura 7 - Urólito de estruvita retirado do interior de uma vesícula urinária Fonte: OneVet Nutrição Veterinária

25 26 Figura 8 Urólito de oxalato de cálcio retirado do interior de uma vesícula urinária Fonte: OneVet Nutrição Veterinária TAMPÕES URETRAIS Os tampões uretrais estão relacionados com processos obstrutivos. São constituídos por uma matriz coloide proteica (mucoproteínas, albumina, globulinas, células), e matriz cristalino (estruvita). Essa matriz proteica pode se soltar a partir de processos inflamatórios (GUNN-MOORE, 2003). Essa inflamação pode ser neurogênica, idiopática ou secundária a alterações neoplásicas. Tampões formados por colóide denso podem causar obstrução sem cristalúria (PEREIRA, 2009). A existência de uma cristalúria (Figura 9 e 10) poderá resultar em obstrução uretral sem matriz coloidal, mas em muitos felinos, se manifesta de forma silenciosa (GUNN-MOORE, 2003).

26 27 Figura 9 - Cristais de Oxalato de cálcio na urina Fonte: Rosa, 2010 Figura 10 - Cristais de estruvita na urina Fonte: Annunziata, 2009

27 AGENTES INFECCIOSOS Infecções bacteriana são raras nos gatos, quando ocorrem, geralmente aparecem em animais com o sistema imune debilitado devido a doenças ou tratamentos concomitantes (MARTINS, 2016). 3.4 SINAIS CLÍNICOS As manifestações clínicas variam de acordo com a presença ou a ausência de obstrução, seu grau e a duração da doença (ROSA, 2010). Em felinos não obstruídos os sinais geralmente são polaciúria, disúria, estrangúria, hematúria, vocalização ao urinar e lambeduras na genitália, também podem urinar em locais inapropriados (periúria) (KAUFMANN; NEVES; HABERRMANN, 2009). Quando ocorre obstrução, os sintomas dependem da duração da obstrução. Inicialmente, o gato irá fazer tentativas de urinar, andar de um lado para outro, se esconder, miar e lamber a genitália. Também podem demostrar ansiedade, sensibilidade abdominal, o pênis pode estar exposto e congesto. Dentro de 36 a 48 horas, a obstrução vai provocar o aparecimento de sintomas de azotemia pós renal, induzindo vômito, desidratação, depressão, fraqueza, colapso, estupor, hipotermia e morte súbita. Se a obstrução for parcial, as várias tentativas de urinar resultarão em pouca quantidade de urina, em gotas, com coloração avermelhada, permanecendo um longo período em posição de micção (ROSA, 2010). Na maioria das vezes o tutor demora para perceber essas alterações comportamentais no paciente, levando ao veterinário tardiamente, quando já aparecem sintomas de azotemia pós renal (ROSA, 2010). 3.5 DIAGNÓSTICO O diagnóstico é feito combinando dados do histórico do paciente, seus sinais clínicos, exames físico e exames laboratoriais, que incluem urinálise, cultura e antibiograma da urina e análise de urólitos, além de exames de imagem. Os exames de imagem realizados incluem radiografias simples e contrastadas, ultrassonografia abdominal e uroendoscopia (COSTA, 2009).

28 29 Geralmente exames de sangue como hemograma e perfil bioquímico renal não apresentam alterações em caso de animais não obstruídos, a não ser que exista uma insuficiência renal. Em casos de obstrução uretral prolongada, também se deve incluir nos exames dosagem de ureia e creatinina, glicose, cálcio, fósforo, sódio, potássio e proteínas totais (COSTA, 2009). No exame físico do paciente não obstruído, os parâmetros podem estar inalterados, exceto pela palpação abdominal desconfortável, com a bexiga pequena e de fácil compressão. Se o paciente estiver obstruído, será possível perceber dor evidente ao palpar a porção caudal do abdômen. A bexiga estará distendida e repleta e de difícil compressão. O pênis pode projetar-se do prepúcio (FONTE, 2010). A urinálise pode determinar a presença de tampões uretrais, urolitíases, e a provável composição dos urólitos. Cristais de estruvita geralmente não estão associados ao ph ácido. O oxalato de cálcio geralmente está associado a urina ácida. Deve ser considerada a dieta, medicações, densidade, ph urinário e conservação da amostra antes de interpretar os resultados (MARTINS, 2016). Em caso de cistite idiopática, a urinálise pode apresentar hematúria e proteinúria, mas sua ausência não exclui o diagnóstico de CI. Cristalúria pode aparecer, mas a cultura da urina terá resultado sempre negativo (HOSTUTLER; CHEW; DIBARTOLA, 2005). Na radiografia é possível determinar uma possível urolitíase (Figura 11) e também permite a avaliação da coluna vertebral para verificar algum trauma (GALVÃO et al., 2010). Quando não há obstrução ou presença de cálculos, os achados radiográficos não são específicos, mostrando apenas a vesícula urinária menor que o normal (FONTE, 2010). No exame ultrassonográfico é possível analisar a integridade de todo o trato urinário, e também detecta a presença de cálculos e tampões que estão na bexiga (PORTELA, 2016). Pequenas partículas hiperecóicas representam células brancas e cristais. A uretra distal não pode ser visualizada (PORTELA, 2016). Quando existe suspeita de alterações uretrais ou neoplasias uretrais ou vesicais, o exame de cistoscopia pode ser realizado. Também pode ser utilizado para acessar cálculos uretrais e confirmar o diagnóstico de cistite. Nesse caso será possível visualizar petéquias na vesícula (DOWERS, 2009).

29 30 Figura 11 Radiografia lateral de felino, onde se pode observar presença de urólitos na vesícula urinária Fonte: Daniel, TRATAMENTO SEM OBSTRUÇÃO URETRAL Animais que apresentam estrangúria, disúria e hematúria, geralmente deixarão de ser sintomáticos dentro de 5 a 7 dias, com ou sem iniciar algum tratamento (MARTINS, 2016). Em casos de cristais de estruvita, pode ser instituída uma alimentação calculolítica, altamente energética, baixo nível de magnésio e com teor proteico próximo de 40%, com intuito de diminuir o ph da urina. O cloreto de sódio pode ser introduzido na alimentação com o intuito de aumentar a ingestão de água e por consequência aumentar a diurese. Quando existe comprometimento sistêmico, os gatos devem receber o tratamento de suporte antes de iniciar a nova dieta. Acidificantes de urina podem ser inclusos, mas com cautela pois existe risco de desenvolver acidose metabólica, hipocalcemia, disfunção renal e formação de urólitos de cálcio (KAUFMANN, 2009). Quando a etiologia for cistite idiopática, ela é auto limitante e tende a desparecer em 2 a 3 dias. Nesses casos, deve ser fornecida apenas terapia analgésica, recomenda-se buprenorfina por via oral (0,01 mg/kg), butorfanal por via

30 31 subcutânea ou via oral (0,2 mg/kg) e se necessário, adesivo de fentanil. O uso de anti-inflamatórios não esteroidais também são prescritos, apresentando resultados variáveis (NELSON, COUTO, 2015) COM OBSTRUÇÃO URETRAL Assim que for confirmada a obstrução, o paciente deve ser imediatamente avaliado e estabilizado. Deve ser avaliada a presença de azotemia pós renal, hipercalcemia e distúrbios ácido básicos. Se houver hipercalemia deve ser instituída uma terapia a base de fluidoterapia, insulina regular (0,25 a 0,5 U/kg) e dextrose a 50%. A acidose geralmente é corrigida com a fluido intravenosa, mas, em casos severos, pode-se usar bicarbonato de sódio (1-2 mq/kg). Após a radiografia para identificar o cálculo, deve-se realizar uma cistocentese descompressiva. Uma agulha de calibre 22 é inserida no interior da vesícula urinaria com o bisel em direção ao trígono, então a agulha é acoplada em uma extensão, a uma torneira de 3 vias e seringa de 20 ou 35 ml. Assim é necessária apenas uma inserção da agulha na bexiga, então a urina é drenada. Deve ser administrado um analgésico, como a buprenorfina 0,01mg/kg, intravenoso a cada 8 ou 12 horas (NELSON, COUTO, 2015). Em poucos casos pode-se remover tampões uretrais com uma massagem na parte distal do pênis (Figura 12). O cateterismo uretral é a forma mais fácil e segura de aliviar a obstrução. Após a tricotomia e higienização da região peniana, o cateter é inserido na uretra distal (Figura 13), usando-se uma técnica estéril, com o paciente anestesiado. O cateter, então deve ser conectado a uma extensão e uma torneira de 3 vias, pois pode ser necessário uma lavagem da uretra com solução salina (NELSON, COUTO, 2015). Se a desobstrução não for possível ou ocorrer recidiva é necessário realizar o procedimento de uretrostomia (PEIXOTO, et al, 1997). O procedimento mais realizado é o de uretrostomia perineal, mas em casos de lesão permanente, a técnica pré-púbica e subpúbica podem ser indicadas (FOSSUM, 2005). A técnica de uretrostomia pré-púbica, faz o desvio urinário permanente, o estoma uretral cutâneo é colocado no abdômen ventrocaudal. É um procedimento de salvamento realizado quando os danos na uretra membranosa ou peniana são

31 32 irreparáveis (FOSSUM, 2005). A uretrostomia subpúbica apresenta menores riscos de complicações pós-operatórias (MENEZES et al, 2014). Figura 12 - Massagem peniana em felino, para desobstrução uretral Fonte: Souza, 2016 Figura 13 Desobstrução de um felino com cateterismo uretral Fonte: Souza, 2016

32 PREVENÇÃO Aumentar a ingestão de água (FERREIRA, 2013) e fornecer alimentação enlatada ao invés de ração seca, pode prevenir o aparecimento de DTUIF, pois facilita a ingestão de água. A redução do estresse também pode ajudar a diminuir os sinais clínicos (SENIOR, 2006).

33 RELATO DE CASO Gato macho, de 1 ano de idade, sem raça definida, 4,1 kg, foi atendido na Clínica veterinária Pró-Animal no dia 24 de fevereiro de O tutor relatou que o paciente parecia ter dor ao urinar e tinha percebido sangue na urina. Há duas semanas foi adotado outro gato e eles dividiam a mesma caixa de areia (Liteira). Durante o exame físico geral do paciente não foram encontradas alterações significativas, porém o paciente demonstrou sentir dor durante a palpação abdominal. Foram solicitados os seguintes exames: hemograma, ureia, creatinina, alanina de aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA), urinálise, radiografia e ultrassonografia abdominal. Os exames de sangue e a radiografia se apresentaram dentro dos padrões. Na ultrassonográfica foi possível observar uma grande quantidade de sedimento urinário e cristais na vesícula urinária (Figura 14). Na urinálise, foram encontrados cristais de estruvita. Figura 14 - Ultrassonografia do paciente, onde é possível observar grande quantidade de sedimento no interior da vesícula urinária Fonte: Pró-Animal

34 35 Foi realizado tratamento com tramadol 2 mg/kg/tid/vo por 5 dias e meloxicam 0,1 mg/kg/sid/vo por 5 dias. Foi prescrito, também, uma ração calculolítica, por 2 meses. Além de recomendado complementar a dieta com ração úmida e a aquisição de pelo menos mais uma caixa de areia (Liteira). A tutora retornou no dia 6 de março, 10 dias após a primeira consulta e relatou que o paciente já se sentia melhor, não apresentavam mais hematúria e nem estrangúria, apesar de não ter acrescentado outra caixa de areia na residência. No dia 26 de abril (61 dias após início do tratamento), uma nova ultrassonografia foi realizada e não foram detectados cristais, a dieta foi suspensa após esse dia.

35 DISCUSSÃO A doença do trato urinário inferior dos felinos é mais comum em gatos de meia idade, machos, com peso elevado (BOA VISTA, 2015), porém o gato atendido era novo e estava com escore corporal dentro dos padrões. O estresse é um dos fatores predisponentes para o surgimento de DTUIF (PEREIRA, 2009). No caso relatado, o paciente passou recentemente por vários episódios de estresse, após a tutora ter adquirido outro gato, o que pode ter levado ao aparecimento dos sinais clínicos. Em felinos não obstruídos os sinais clínicos são polaciúria, disúria, estrangúria, hematúria, vocalização ao urinar e periúria (KAUFMANN; NEVES; HABERRMANN, 2009). Nesse caso o tutor relatou apenas hematúria e estrangúria, mas comparando com o histórico do paciente e exames complementares foi possível diagnosticar DTUIF. Nos felinos, o cálculo de estruvita e de oxalato de cálcio são os mais incidentes (PEREIRA, 2009). No relato apresentado, o cristal encontrado foi estruvita, o que condiz com a literatura. Para o tratamento de cristais de estruvita, uma dieta calculolítica, altamente energética, com baixo teor de magnésio, com teor proteico de 40%, aproximadamente, pode ser instituída, com objetivo de diminuir o ph da urina e consequentemente, eliminar esses cristais. Para o paciente, foi indicado uma ração própria para cristais de estruvita, e o resultado foi satisfatório, o que comprova a eficácia da dieta calculolítica. Além da dissolução dos cristais o paciente provavelmente acabou se adaptando com a nova rotina e divisão da liteira, o que pode ter contribuído para sua melhora. A velocidade da dissolução de um cálculo de estruvita depende do tamanho e da área de superfície exposta a urina (ARIZA et al, 2016). Nesse caso ainda não havia a formação de cálculo, então os 2 meses com dieta calculolítica foram suficientes.

36 37 4. HERNIA PERINEAL 4.1 INTRODUÇÃO A hérnia perineal acontece quando os músculos perineais se separam permitindo o deslocamento do conteúdo abdominal, retal ou pélvico. Dependendo de sua localização pode ser classificado como hérnia caudal, hérnia isquiática, hérnia dorsal ou hérnia ventral (FOSSUM, 2008). O períneo é a musculatura que recobre caudalmente a pélvis, circundando o canal anal e os canais urogenitais. É constituído pelo músculo elevador do ânus, músculos coccígeos, músculo glúteo superficial, músculo obturador interno, esfíncter anal externo e ligamento sacrotuberal (FERREIRA; DELGADO, 2003). Essa doença é comum em cães machos não castrados e é rara em fêmeas e gatos. Ocorre geralmente entre os sete e nove anos de idade e pode ser uni ou bilateral (MONTARI, RAHAL, 2005). 97% dos animais acometidos são machos e desses, 95% não são castrados (FERREIRA, 2003). Nas fêmeas geralmente está associado a trauma (FOSSUM, 2003). Estudos mostram que o músculo elevador do ânus é mais forte nas fêmeas (DUPRÉ, 2012). É mais comum que aconteça a hérnia caudal, que é entre os músculos elevador do ânus, esfíncter anal e obturador interno. Mas também pode acontecer entre o ligamento sacrotuberoso e músculo coccígeo (hérnia isquiática), entre o músculo elevador do ânus e músculo coccígeo (hérnia dorsal) e entre o músculo isquiouretral, bulbocavernoso e isquiático (hérnia ventral) (FOSSUM, 2008). A causa dessa fraqueza muscular não é conhecida, mas alguns fatores têm sido propostos, como atrofia muscular neurogênica, miopatias, aumento do volume da próstata, alterações hormonais e constipação crônica. Algumas raças como o Boston Terrier, o Pequinês e o Boxer, apresentam predisposição. Podem ocorrer altos índices de recidivas e complicações pós-operatórias (MONTARI, RAHAL, 2005). Qualquer distúrbio que cause algum esforço crônico para defecar pode ter influência do aparecimento da hérnia perineal em cães e gatos (SEIM, 2009).

37 SINAIS CLÍNICOS O quadro sintomatológico do paciente pode ser muito variável (SOUZA. et al., 2012). Os sinais clínicos mais comuns são tenesmo, constipação e aumento de volume perineal (Figura 15) (MONTARI, RAHAL, 2005). Em caso de retroflexão da vesícula urinária, pode acontecer estrangúria, disúria e anúria. Podem ser encontradas diversas estruturas no saco herniário (MONTARI, RAHAL, 2005). Os conteúdos herniários que podem ser encontrados nessa região são a saculação retal, tecido adiposo retroperitonial, alça intestinal, partes do omento, vesícula urinária e próstata (RAISER, 1994). A saculação retal é uma condição patológica coexistente bastante observada (COSTA NETO et al, 2006). Figura 15 - Aumento perineal provocado por uma hérnia Fonte: Fossun, DIAGNÓSTICO O diagnóstico é feito através da anamnese, sinais clínicos, exame físico e exames radiográficos e ultrassonográficos (Figura 16). A palpação retal é muito importante, pois é possível determinar as estruturas que formam o aumento de volume (MORTARI, 2005).

38 39 Os diagnósticos diferencias para a hérnia perineal são neoplasia perineal, hiperplasia das glândulas perineais, inflamação ou neoplasia dos sacos anais (ASSUMPÇÃO; et al, 2016). Figura 16 - Radiografia mostrando retroflexão de vesícula urinária Fonte: Fossun, TRATAMENTO Tratamento clínico O objetivo do tratamento clínico é aliviar e prevenir constipação, disúria e estrangulamento de órgãos. Possíveis obstruções ou infecções no trato urinário, megacólon e prostatite devem ser corrigidas. A defecação normal pode ser mantida com o uso de laxantes, emolientes fecais, modificação da dieta, enemas frequentes ou até mesmo evacuação retal manual. A vesícula urinária pode ser descomprimida por cistocentese ou cateterização. No entanto, o uso dessas medidas por um longo período não é indicado, pois pode acontecer encarceramento ou estrangulamento visceral, que pode ser fatal (FOSSUM, 2008).

39 Tratamento cirúrgico Em casos de encarceramento visceral e retroflexão da vesícula urinária é necessário cirurgia de emergência. A orquiectomia durante a herniorrafia é indicada, pois há relatos de redução de recidivas. Cães não castrados apresentam taxa de recidiva 2,7 maior do que os castrados (FOSSUM, 2008). As duas técnicas mais utilizadas são de reposição anatômica tradicional e a da transposição do músculo obturador interno. A primeira é de fácil execução, porém apresenta uma maior dificuldade de finalização da porção ventral da hérnia, deformação anal temporária e por isso é frequente a ocorrência de prolapso retal e tenesmo. A segunda técnica origina uma menor tensão na suturas, menor deformação anal e cria um flap muscular ventral, encerrando a solução de continuidade do diafragma pélvico, porém é de maior dificuldade de execução (FERREIRA; DELGADO, 2003). Para realizar o procedimento cirúrgico é necessário antes, uma avaliação hematológica, bioquímica e urinálise para poder escolher o protocolo anestésico mais adequado para o paciente (ASSUMPÇÃO; et al, 2016). É aconselhável a administração de um antibiótico eficaz contra bactérias gram-negativas e anaeróbias, não se reduzindo a preocupação com a assepsia durante a cirurgia. Em caso de retroflexão da bexiga, pode ser realizada uma cistocentese (ASSUMPÇÃO; et al, 2016). A fezes do paciente devem ser removidas manualmente, a região perineal deve passar por uma tricotomia ampla e passar pelo processo de antissepsia. Em seguida deve-se suturar o ânus em bolsa de tabaco e cobrir com uma compressa. O paciente deve ficar em decúbito ventral e se necessário, elevar a pelve do paciente, em seguida faz-se antissepsia final (FERREIRA; DELGADO, 2003). Após a colocação dos campos cirúrgicos e tomando cuidado para não expor o ânus, realizar a incisão na pele, iniciando cranialmente aos músculos coccígeos e estendendo-se por toda a hérnia. Em seguida realizar a incisão no tecido subcutâneo e por dissecação, romper o saco herniário, em seguida deve-se identificar o conteúdo do saco herniário, remover fluidos e excesso de gorduras. Com a compressão por uma compressa úmida, presa a uma pinça de Alis, deve-se

40 41 reduzir o conteúdo da hérnia, depois disse deve-se identificar as estruturas envolvidas (FERRREIRA, 2003) Herniorrafia clássica Com um fio não reabsorvível monofilamentoso e uma agulha grande e curva, deve-se colocar suturas simples interrompidas (Figura 17) com aproximadamente 1 cm de distância, entre os músculos que rodeiam o anel herniário, que serão apertadas somente no final, pode-se incorporar o ligamento sacrotuberal (Figura 18), para conferir maior resistência a sutura (FERREIRA; DELGADO, 2003). Ventralmente, os fios devem ser passados entre o esfíncter anal externo e o músculo obturador interno, sempre cuidando com os nervos pudendos. Então as suturas são fechadas e a compressa é retirada. Um segundo plano de sutura pode ser aplicado, unindo a fáscia perineal à margem posterior do esfíncter anal externo. Então pode-se seguir o fechamento do tecido subcutâneo e da pele (Figura 19) (ASSUMPÇÃO; et al, 2016). Figura 17 - Colocação das suturas em padrão simples separado, entre os músculos que fazem parte da hérnia na técnica de herniorrafia clássica Fonte: Ferreira e Delgado, 2006

41 42 Figura 18 - Incorporação do ligamento sacrotuberal na sutura Fonte: Ferreira e Delgado, 2006 Figura 19 Aspecto final da Herniorrafia Clássica Fonte: Ferreira e Delgado, 2006

42 Herniorrafia com transposição do músculo obturador interno Para fortalecer a técnica da herniorrafia clássica, recomenda-se a transposição do músculo obturador interno. Para isso, é feita uma incisão da fáscia e do periósteo ao longo da borda caudal do ísquio, na origem do músculo obturador interno, então eleva-se o periósteo e o obturador interno. Suturas de aposição simples devem ser colocadas entre o esfíncter anal externo, o elevador do ânus e os músculos coccígeos dorsalmente, o ligamento sacrotuberal pode ser incluído. Em seguida, transpor o músculo obturador interno dorsoventralmente, cobrindo o anel herniário, possibilitando sua união ao esfíncter anal externo e aos músculos coccígeos e ao ligamento sacrotuberal (FERREIRA; DELGADO, 2003) Herniorrafia com transposição do músculo glúteo superficial Essa técnica é uma alternativa para a incorporação do ligamento sacrotuberal em uma herniorrafia clássica em casos em que o músculo coccígeo está muito atrofiado, ou para dar uma resistência maior a herniorrafia clássica. A incisão cutânea deve ser prolongada cranialmente sobre o músculo glúteo superficial, e a fáscia que o recobre deve ser rebatida e o músculo dissecado, a sua inserção ao terceiro trocanter é seccionada e suturado ao esfíncter anal caudalmente e ao tecido dorsal, ventralmente (FERREIRA, 2003). O tendão de inserção pode ser suturado no músculo obturador interno, a borda caudal do retalho muscular suturado ao músculo esfíncter anal externo e a borda cranial ao ligamento sacrotuberoso. Sem seguida realiza-se a sutura do tecido subcutâneo e da pele (ASSUMPÇÃO; et al, 2016) Outras técnicas Quando a técnica de transposição do músculo obturador interno falha, existem duas opções recomendadas. Uma delas é a reconstrução perineal pela transposição do músculo semitendinoso, a outra é a preservação de estruturas importantes através da colopexia por fixação do ducto deferente. A primeira opção é mais útil em casos em que a porção ventral do períneo encontra-se comprometida (BARBOSA, 2010).

43 CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS Imediatamente no pós-operatório deve ser retirada a sutura do ânus do paciente e verificar até que o paciente deambule pela sua gaiola (SEIM, 2009). Muitas complicações podem aparecer após a cirurgia, como lesão do nervo isquiático, incontinência fecal, infecção no local da incisão, deiscência de pontos, colocação de suturas no lúmen retal ou sacos anais, necrose da vesícula urinária, incontinência urinária, e também pode acontecer a recidiva da hérnia (POGGIANI, 2008). Todas as correções de hérnias requerem um pós-operatório cauteloso e o tutor é fundamental nesse processo (ACAUI; et al., 2010).

44 RELATO DE CASO Gato, filhote, de aproximadamente 4 meses, macho, sem raça definida, 1,3kg, foi atendido na Clínica Veterinária Pró-Animal no dia 30 de março de 2017 (Figura 20). O tutor disse que viu o paciente sendo jogado para fora da janela de um carro e então o resgatou. Foi relatado lesão na cauda do paciente e dificuldade para defecar. Já havia sido atendido em outra clínica veterinária, onde foi receitado aplicar uma pomada a base de antibiótico (Nebacetin ) na lesão, mas não obteve melhora. Figura 20 - Gato atendido na Clínica Veterinária Pró-Animal

45 46 Durante o exame físico do paciente, foi identificado um aumento na região perineal do paciente, então foi solicitado uma radiografia (Figura 21) e exames de hemograma, ureia, creatinina, alanina de aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA). Não houve alteração nos exames de sangue. Na radiografia foi constatado hérnia perineal associada a fratura de cauda. Figura 21 - Radiografia do paciente mostrando a hérnia perineal associada a fratura de cauda Fonte: Pró-Animal, 2017 O procedimento cirúrgico foi realizado no dia 05 de abril, no período da manhã, com duração de aproximadamente 40 minutos. A medicação pré anestésica utilizada foi 0,03 ml de dexmedetomidina e 0,02 ml de metadona, a indução e manutenção anestésica foi feita com propofol.

46 47 Após tricotomia da região foram retiradas as fezes presentes e realizada a antissepsia no paciente. Durante a antissepsia da cauda, ela se desprendeu do corpo do paciente. O paciente permaneceu em posição ventral (Figura 22). Figura 22 - Preparo do gato para cirurgia Após colocar os campos cirúrgicos, foi feita a primeira incisão na pele que se estendeu por todo o percurso da hérnia, em seguida foi incisado o tecido subcutâneo e depois realizada a dissecação da região até encontrar o conteúdo herniário. A vesícula urinária estava presente na hérnia (Figura 23). A técnica utilizada foi a herniorrafia tradicional. Depois de reduzir o conteúdo herniário, um fio polipropileno 4-0, foi colocado seguindo o padrão de sutura simples interrompida (Figura 24) entre os músculos que rodeavam o anel herniário, que por se tratar de uma hérnia dorsal eram os músculos coccígeo e elevador do ânus. Em seguida, com o fio ácido poliglicólico 3-0, o tecido subcutâneo foi aproximado com uma sutura simples contínua e depois a pele (Figura 25) foi finalizada com fio de náilon 3-0 (Figura 26).

47 48 Figura 23 - Retroflexão da vesícula urinária, observada durante o procedimento Figura 24 - Colocação de suturas entre os músculos coccígeo e elevador do ânus

48 49 Figura 25 - Herniorrafia finalizada Figura 26 - Pós-operatório

49 50 Após 15 dias o gato retornou a clínica para remoção dos pontos e estava em ótimo estado, não apresentava mais tenesmo e estava ativo (Figura 27). Figura 27 - Retorno do paciente

50 DISCUSSÃO A hérnia perineal é mais comum nos cães, machos e não castrados. A idade mais acometida é entre sete e nove anos (MONTARI, RAHAL, 2005). Nas fêmeas geralmente está associado a trauma (FOSSUM, 2003). O caso de hérnia perineal relatado, foge completamente à epidemiologia descrita na literatura, pois se trata de um caso de hérnia perineal em um gato filhote, causada por trauma. O tipo mais comum que acomete os animais, é a hérnia caudal, que ocorre entre os músculos elevador do ânus, esfíncter anal e obturador interno. Mas também pode acontecer entre o ligamento sacrotuberoso e músculo coccígeo (hérnia isquiática), entre o músculo elevador do ânus e músculo coccígeo (hérnia dorsal) e entre o músculo isquiouretral, bulbocavernoso e isquiático (hérnia ventral) (FOSSUM, 2008). A hérnia descrita no caso, foi a dorsal, em um dos locais menos acometidos. Existem diversas técnicas para a correção desse tipo de hérnia, a mais realizada é a herniorrafia clássica, uma técnica de fácil execução, porém apresenta altas taxas de recidivas (FERREIRA; DELGADO, 2003). A técnica utilizada no caso foi a de herniorrafia clássica, sua execução foi fácil, e o paciente se recuperou bem.

51 52 5. CONCLUSÃO A doença do trato urinário inferior dos felinos tem grande importância na clínica de felinos, pois é uma afecção que acomete grande parte dos gatos. Muitas vezes, o tutor demora para perceber as alterações no comportamento do paciente, que podem iniciar de maneira sútil mas evoluir de uma forma muita rápida e agressiva e quando o paciente chega na clínica pode ser tarde, principalmente em casos de obstrução. O tutor é fundamental para a melhora do paciente, pois em grande parte dos casos, apenas medicamentos não são suficientes para o tratamento. É importante que os tutores se atentem em qualquer alteração de comportamento do paciente, durante a micção. A hérnia perineal é bastante rara em felinos, mas quando diagnosticada é muito importante que o tratamento cirúrgico seja realizado o mais rápido possível, pois as complicações em casos de encarceramento de vísceras podem ser fatais. O tutor e os médicos veterinários devem sempre ficar atentos a qualquer alteração na rigidez na região perineal, não somente nos cães, mas também nos gatos, independente de sua idade.

52 53 REFERÊNCIAS ACAUI, A. et al. Avaliação do tratamento da hérnia perineal bilateral no cão por acesso dorsal ao ânus. Brazilian Journal of Veterinary Research and Paciente Science. v.47, n.6, São Paulo, 2010 ALHO, A. M; P. V. A.; O enriquecimento ambiental como estratégia de tratamento e prevenção da cistite idiopática felina. DIssertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária. Universidade técnica de Lisboa. Lisboa, 2012 ANNUNZIATA, L. F.; Tratamento fitoterápico experimental em ovino acometido por urolitíase obstrutiva. Agropecuária Técnica, v. 30, n. 2, 2009 ARIZA, P. C.; Tratamento da urolitíase em cães e gatos: abordagens não cirúrgicas. Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer. Goiania. v.13 n.23; 2016 ASSUMPÇÃO, T. C. A.; MATERA, J. M.; STOPIGLIA, A. Herniorrafia perineal 2 em cães revisão de literatura. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 14, n. 2, p , BOAVISTA. A. C. I. P.; A Obesidade Como Potencial Fator de Risco em 31 Casos de Doença do Trato Urinário Inferior Felino. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Lisboa, 2015 BORBOSA, P. M. L.; Análise cinética da locomoção aplicada a técnica de transposição do musculo semitendinoso na reparação da hérnia perineal bilateral em cães. Tese de doutorado apresentada a Universidade de São Paulo, 2007 COSTA NETO, J. M. et al; Tratamento cirúrgico para correção de hérnia perineal em cão com saculação retal coexistente. Revista brasileira de saúde e produção paciente. v.7, n.1, p , 2006 COSTA, F. V. A.; Contribuição ao estudo da doença do trato urinário inferior felino (DTUIF) Revisão de literatura. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);

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