Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politécnica. MBA em tecnologia da Informação Executivo (MBTI-e) Governança em TI

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1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politécnica MBA em tecnologia da Informação Executivo (MBTI-e) Governança em TI Verde Autor(es): Erika Silva Felipe Quintans Leonardo de Jesus Ricardo Villas-Boas Disciplina: Governança em TI Professor: Aldo Pires MBTI-e AGO2011 1

2 AGRADECIMENTO profissionais. Dedicamos este trabalho aos nossos pais, que sempre nos apoiaram em nossas decisões 2

3 RESUMO O crescimento contínuo da Tecnologia da informação (TI) e o alto índice de consumo envolvendo produtos de tecnologia; impulsionou a comunidade especializada em TI Verde uma discussão sobre o Meio Ambiente e Tecnologia da Informação. Baseando-se em melhores práticas de Governança apresentamos um modelo de gestão que equacione sustentabilidade e objetivos estratégicos, envolvendo os impactos ambientais causados pela fabricação, consumo, descarte e reuso de equipamentos elétrico-eletrônicos. 3

4 Sumário Introdução Tema Delimitação Justificativa Objetivos Metodologia... 8 Capítulo Propostas Tecnológicas Proposta Capítulo Resultados Obtidos Resultado Capítulo Conclusão e Trabalhos Futuros Conclusão Trabalhos Futuros Bibliografia

5 Capítulo 1 Introdução 1.1 Tema O tema sobre evolução do hardware e seus possíveis impactos sociais e ambientais sempre estiveram presentes na sociedade. Alan Turing, em 1950, foi um dos primeiros a propor uma teoria para evolução do hardware. Mais tarde, em 1965, Gordon E. Moore profetizou o que seria considerada uma lei da evolução tecnologia, segundo a qual, a capacidade de processamento dos computadores dobraria a cada 18 meses. A profecia tornou-se realidade. Em tal cenário de crescimento assustador do mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) nos últimos anos, o lixo eletrônico tem crescido consideravelmente e demandado dos Chief of Information Officer (CIOs) e gestores de tecnologia da informação profundas reflexões sobre como implementar medidas e controles em seus processos que efetivamente desonerem ou reduzam o impacto ao meio ambiente. Para isso recorremos aos frameworks de boas práticas em Governança de TI. 1.2 Delimitação Os desafios financeiros existentes nos processos de concepção de produtos e serviços verdes, mantendo a estratégia do negócio alinhada a sustentabilidade, baseando-se nas melhores práticas de Governança em TI para atender futuras regulamentações. 5

6 1.3 Justificativa Em tal cenário mundial de crescimento do mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação, o lixo eletrônico é o resultado mais custoso desse processo, que tem demandado dos gestores de tecnologia esforços para implantar medidas e controles de processos que efetivamente reduzam o impacto ao meio ambiente. Podemos observar no gráfico [Gráfico1], onde temos o Brasil como o país emergente líder em produção de lixo eletrônico. Gráfico [1] - Programa da ONU para o meio ambiente

7 Podemos observar na tabela [Tabela1] como desperdiçamos material reciclado Tabela [1] Não sei a fonte 7

8 1.4 Objetivos O objetivo maior é a tentativa de equacionar o desenvolvimento da tecnologia com o meio ambiente através do uso de melhores práticas em Governança de TI. Baseando-se em frameworks como COBIT e ITIL. 1.5 Metodologia A pesquisa foi realizada através de estudos feitos sobre Governança em TI Verde e o ewaste, lixo eletrônico em debates de sustentabilidade tendo como participantes países da Europa, Brasil, Ásia, Canadá entre outros. Utilizamos fontes como Greenpeace, USP Universidade de São Paulo, FGV-RJ, Eletros - Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletro Eletrônicos e fontes como wikipedia. 8

9 Capítulo 2 Propostas Tecnológicas 2.1 Proposta 1 Atualmente busca-se, em empresas contemporâneas, o conceito de Consciência Ambiental, cujo objetivo primordial, é oferecer soluções sustentáveis para redução do consumo de energia e o tratamento adequado dos resíduos tecnológicos e derivados da utilização de tecnologia. Nesse contexto de sustentabilidade nos processos de negócio, é notável a revisão do modelo estrutural de Governança de TI. Em tal proposta apresenta-se uma tabela [Tabela 2] contendo as diferenças entre os dois modelos de Governança. [Tabela 2]. Governança de TI em comparação com nova Governança de TI Verde Ao repensar os objetivos de controle nos templates do COBIT, framework de referencia em Governança Corporativa de TI, temos a adoção de novas métricas que afetarão diretamente seus domínios e processos. A figura [Figura 1] mostra os principais processos alterados pelo novo plano estratégico sustentável. 9

10 [Figura 1] Domínios COBIT A Governança em TI Verde não pode ter somente o objetivo de obter o selo Energy Star, deve refletir uma análise das fontes de risco e degradação ambiental em quatro macros áreas: Fabricação, Consumo, pós-consumo e Reciclagem. Como podemos visualizar na figura [Figura 2]. [Figura 2] Equilíbrio de Governança em TI Verde 10

11 Destacamos os itens mais importantes das macros áreas, para o gestor sustentável. - Fabricação: será dever do processo a seleção criteriosa dos fornecedores, o conhecimento da procedência e análise de impacto ambiental da matéria prima importada - Consumo: o fator que predomina nesta área é a redução do consumo de energia, logo o objeto de análise nas empresas são os DataCenters. Para essa análise foi criada uma métrica que mede a eficiência energética de um DataCenter, chamado de Power usage Efectiveness (PUE). Este indicador é a divisão do montante de energia que entra em um DataCenter dividido pelo montante de energia necessária para movimentar a estrutura computacional contida no mesmo. Existem mais dois indicadores que atuam nas estratégias de marketing das empresas, cujo objetivo é conscientizar as pessoas do seu papel poluidor. São eles: a) Ecological FootPrint: quanto espaço natural é requerido para industrializar um produto e o quanto de espaço natural é requerido para absorver as emissões geradas enquanto o produto é gerado; b) Personal Impact Mesuring: permite com que a empresa calcule o seu impacto ao meio ambiente. - Reciclagem: macro área que cuida do melhor aproveitamento do lixo eletrônico gerado. Esta deve estar focada em dois princípios: a) A reciclagem deve ser economicamente viável; b) A reciclagem deve ser ambientalmente correta. - Pós-Consumo: a preocupação desta área é com os processos que visam reduzir o impacto dos equipamentos ultrapassados, já descartados pelos consumidores. Essa gestão esta diretamente relacionada com a gestão de marketing, concebendo um processo de pós-venda, onde o cliente é direcionado ao descarte corretamente. O pós-consumo não é só a gestão do descarte do lixo, deve-se pensar também como estes componentes podem durar mais e como reduzir o consumo do mesmo, hoje já temos algumas soluções neste sentido como a Virtualização e o Cloud Computer. Após esse estudo alinhamos o novo planejamento estratégico da empresa com a gestão sustentável de TI. Devemos agora redesenhar os processos da nova Governança em TI Verde, utilizando o framework de gestão de processos ITIL. A figura [Figura 3] nos mostra os controles do framework ITIL. 11

12 [Figura 3] Controles ITIL Os controles mais atingidos com a nova Governança em TI Verde são: - Gerenciamento de Capacidade: garantir que a ampliação da capacidade dos recursos de TI seja menos prejudicial ao meio ambiente. Esta gerencia não buscará aumentar o desempenho a todo custo. Tal postura implica em uma nova medida a ser considerada na atividade de Gerenciamento de Nível de Serviço, o indicador Performance per Watt (PPW), onde o ganho de performance não esta mais associado ao aumento do consumo energético, o objetivo é produzir mais com menos impacto ao meio ambiente. Outro indicador importante é o Power usage Efectiveness (PUE), é o uso eficiente da energia, que deverá ser auditada com expedição de certificado de Eficiência energética. - Gerencia de Disponibilidade: passa a incrementar em sua função principal, a tarefa de assegurar o máximo aproveitamento dos recursos com o mínimo de gastos. - Gerencia de Incidentes: os incidentes envolvendo meio ambiente deverão ser considerados como Alto Impacto. - Service Desk: o escalonamento de incidente e requisições de serviço são específicas sobre impactos ambientais, coleta de resíduos e lixo eletrônico. A priorização de 12

13 incidentes se dará com base em novos Service Level Agreements (SLAs) sobre TI Verde, como nível mínimo de consumo de energia ou combustíveis fósseis. 13

14 Capítulo 3 Resultados Obtidos 3.1 Resultado 1 No panorama atual é impossível exercer a Governança de TI Verde sem a busca da conformidade com os principais frameworks nacionais e internacionais. A implementação das melhores práticas atua como um fator importante na Governança Verde, que passa a ser um diferencial competitivo e não mais como uma obrigação legal ou somente visando a redução de energia. Os órgãos governamentais necessitam incentivar as compras públicas sustentáveis, Compras Verdes, de maneira que a busca de selos verdes pelas empresas seja de notória credibilidade na comunidade científica. Tal atitude decorre da conscientização de que as compras Estaduais são meios eficazes para a promoção do desenvolvimento sustentável 14

15 Capítulo 4 Conclusão e Trabalhos Futuros 4.1 Conclusão Apresentamos um modelo de gestão, que aplica-se princípios ambientais aos frameworks de boas práticas de TI, onde o planejamento estratégico da empresa é totalmente voltado para atender requisitos sustentáveis entre os processos de fabricação, consumo, reciclagem e pós-consumo. Gerando assim novas métricas para seus gestores de TI, tendo a Governança em TI Verde um diferencial competitivo no mercado. 4.2 Trabalhos Futuros Evidenciar a necessidade de conformidade regulatória de empresas que utilizam ou fabricam tecnologia da informação com as principais normas nacionais e internacionais de sustentabilidade. 15

16 Bibliografia [01] [02] [03] [04] Desvendando o Cloud Computing (Computerword - Executive Briefing Computerworld) [05] InfoExame (Abril2010)-Cloud Computing (Computerword Dez2008) [06] [07] [08] [09] [10] [11] [12] produtos_usados_por_creditos_para_novas_compras 16