A co-participação e o direito à continuidade

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3 A Unimed-BH adquiriu em agosto 9% das cotas do hospital Lifecenter e, mesmo diante de um aumento da rede, os usuários do plano Unifácil chegam a esperar c e r c a d e t r ê s m e s e s p o r atendimento. Os rodoviários de BH e Região estão nessa situação e para piorar o quadro, os próprios postos credenciados pela Unimed se recusam a atender os usuários conveniados ao Unifácil. Quando a gente fala qual é o nosso plano, as atendentes já olham pra gente de cara feia ou então dão risadas irônicas, disse um usuário que pediu para não ser identificado. Esse tipo de constrangimento aliado à precariedade torna o serviço oferecido em alguns dos casos, pior ao que é hoje oferecido pelo SUS. O diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e Região (STTRBH) Ronaldo Batista afirma que o mal atendimento oferecido ao trabalhador se intensificou em agosto de 2010, época em que as empresas tiraram, de forma arbitrária, a gestão do plano de saúde da ASTROMIG e passaram a administrá-lo sem a 3 devida preocupação com os usuários. A qualidade caiu drasticamente de um ano pra cá. Eles compram um serviço barato que não atendem as necessidades dos usuários, já que a única preocupação dos patrões é a questão financeira, salientou o diretor. Ronaldo Batista explica que diante de tanto descaso da classe patronal, foi criada uma comissão que irá fiscalizar e acompanhar o atendimento oferecido aos trabalhadores como forma de cobrar melhorias imediatas, mas o trabalho só será eficaz se o trabalhador denunciar. Foi aprovada em assembleia da categoria a criação de uma Comissão de Saúde. Agora os trabalhadores precisam informar qualquer tipo de irregularidade para o sindicato para cobrarmos dos patrões um plano de saúde que atenda o trabalhador e sua família, conclui. A co-participação e o direito à continuidade Trabalhadores aguardam regulação da ANS para terem direito à continuar com plano de saúde ao se aposentarem A Lei 9.656/98, que veio realizar para exercer o seu direito C e z a r S i l v a A d v o g a d o s regularizar os planos de saúde no às coberturas dos planos de saúde. Associados, Júlio Cezar da Silva. B r a s i l, t r o u x e p a r a o s É válido lembrar que o plano de Enquanto os trabalhadores estão c o n s u m i d o r e s r e g r a s e saúde coletivo co-participativo tem saudáveis, estes contribuem para o padronização de coberturas, um preço reduzido em sua equilíbrio do plano de saúde direitos e obrigações entre as contratação em relação a um plano contratado pela empresa. Porém, partes. No caso dos rodoviários, de outra modalidade. Isso porque o quando adquirem as doenças e que também são abrangidos por trabalhador contribui diretamente dificuldades de saúde que esta Lei, a co-participação é um no valor mensal do plano pago pela deságuam na aposentadoria, por assunto que merece destaque. empresa que é reduzido e no exemplo, estes não podem exercer A co-participação é um valor reajuste anual, que também será seu direito de continuidade. Além definido em contrato e que é pago menor. de não ser razoável, é injusto e sempre que forem utilizadas as Se para o empregador o plano desproporcional, afirma Júlio coberturas dos planos de saúde em co-participativo é vantajoso, para o Silva. consultas, exames e, em alguns trabalhador esse benefício precisa A Agência Nacional de Saúde c a s o s, n a i n t e r n a ç ã o. O ter um caráter mais social. Isso Suplementar (ANS) vem discutindo trabalhador adere a um plano de porque caso fique desempregado sistematicamente a regulação dos saúde fornecido por sua empresa. ou se aposente, o assegurado artigos 30 e 31 da Lei 9.656/98, D i a n t e d i s s o, a s s u m e perde o direito ao plano no mas ainda não chegou a um obrigatoriamente a co-participação momento em que ele mais precisa, posicionamento sobre o tema. em todos os procedimentos que for conforme afirma o advogado da

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