Dispositivos Mobile como Ferramentas de Inclusão Digital e Social

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1 Dispositivos Mobile como Ferramentas de Inclusão Digital e Social Darlan Ferreira de Jesus 1, Welington dos Santos Silva 2, Joselice Ferreira Lima 3 1,2,3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Norte De Minas Gerais- IFNMG Campus Januária Minas Gerais Brasil {darlanfj,welington.silva}@hotmail.com,josylima80@gmail.com Abstract. This article addresses the issue of social inclusion / digital provided by the integration of mobile devices for people with special needs and their application within the IFNMG-campus Januária, considering them as tools to support the inclusion of the individual with hearing impairment. The method used was a literature review that supported the construction of the text and the construction of the data collection tool, the questionnaire sought to identify students with hearing impairment, using the mobile devices to their academic tasks. The results point to difficulties in conducting surveys. Resumo: O presente artigo aborda a temática de inclusão social/digital proporcionada pela inserção dos dispositivos mobile para pessoas com necessidades especiais e a sua aplicação dentro do IFNMG-campus Januária, considerando-os como instrumentos de apoio a inclusão do indivíduo portador de deficiência auditiva. O método adotado foi a revisão de literatura que subsidiou a construção do texto e a construção da ferramenta de coleta de dados, o questionário buscou identificar os alunos com deficiência auditiva, que utilizam dos dispositivos mobile para suas tarefas acadêmicas. Os resultados apontam para dificuldade em realizar pesquisas. 1. Introdução Nos últimos anos, tem-se observado a crescente preocupação de instituições filantrópicas e privadas a respeito da inclusão digital e social, oferecendo melhores condições sociais. O governo que desde 2005 oferecia subsídio para a inclusão digital. Diante da situação econômica pela qual passa o país, acabou com o programa, aumentando os impostos PIS e COFINS sobre computadores, smartphones e os vários itens tecnológicos, afetando o pilar da inclusão digital, Martello (2015). Silva (2003) destaca que três pilares formam um tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC s), renda e educação. Já Nielsen (2015) desta que o número de pessoas que usam o smartphone para ter acesso à internet cresceu no Brasil chegando a 72,4 milhões no segundo trimestre de O aumento foi de 4%, ou cerca de 4 milhões de pessoas a mais em relação aos 68,4 milhões do primeiro trimestre. 1 Cursando 3º período do Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Campus Januária. ² Especialista em Redes de Computadores, professor do IFNMG - Campus Januária. ³ Doutora em Engenharia Elétrica, professora do IFNMG - Campus Januária. Anais do IX Simpósio de Informática IFNMG Campus Januária

2 Mais que uma inclusão digital, uma responsabilidade, como afirmado por Rocha et. al (2012) A acessibilidade na Web deve possibilitar que qualquer usuário, assistido por agentes de software ou hardware, possa entender e interagir com determinado conteúdo, tendo garantido seu direito de inclusão na sociedade, não obstante suas limitações e particularidades. Por outro lado não estão sendo respeitados os padrões de desenvolvimento web, em especial, responsividade, conforme cita Oliveira et al. (2014). Na visão de Rocha et. al (2012), as ferramentas de inclusão digital devem fornecer aos indivíduos uma extensão que possa suprir a sua deficiência de forma clara e objetiva. Segundo Lima, (2014) a inclusão digital perpassa pela apropriação do conhecimento adquirido, uma vez que é necessário um tempo para absorverem-se as técnicas e praticá-las. A variedade de soluções criadas, para facilitar a vida e incluir digital e socialmente os usuários com algum tipo de deficiência na sociedade, em sua maior parte surgiram da necessidade de se comunicar com algum ente próximo que possui alguma deficiência, ou simplesmente pelo investimento de instituições que financiam e incentivam a pesquisa, o desenvolvimento e estudo de soluções práticas que possam incluir a pessoa com deficiência de maneira eficaz no meio em que vivem. Ainda são pouco utilizados os recursos tecnológicos, como uma forma de auxilio no processo de ensino aprendizagem nas instituições públicas de ensino. Diante desta lacuna perguntase: - Como identificar o uso de dispositivos mobile no IFNMG Campus Januária pelos alunos com deficiência auditiva de modo a contribuir no processo de ensino aprendizagem? A relevância do artigo está em abordar a temática a partir da visão dos alunos que estão inseridos no processo de ensino e aprendizagem relatando as expectativas e dificuldades na sua formação profissional no IFNMG Campus Januária. O artigo está estruturado a partir desta Introdução, os Pressupostos Teóricos em que aborda questões de acessibilidade na web e as ferramentas disponíveis. 2. Pressupostos teóricos O dispositivo mobile e a expansão do uso da internet propiciaram à população facilidade no uso de aplicações on-line e melhorias na comunicação. Segundo o Google (2012) o número de usuários conectados à internet pelo smartphone ultrapassou os acessos pelo computador. O Google mudou em 2015 seu algoritmo de ranqueamento nos resultados de busca. Sites responsivos que se adaptam ao tamanho da tela e/ou mobile têm maior prioridade do que os ainda não são Sites responsivo Para atender as demandas por sites e aplicações web acessíveis aos vários dispositivos existentes surgiu o conceito de sites responsivos ou layout responsivo que possibilita a leitura tanto em uma tela de computador quanto em tela menor de um celular, pois o layout se adapta ao dispositivo. As imagens e textos serão ajustados na tela sem comprometer a navegação do usuário. Google Developers (2016). Diante dos fatos, podemos analisar o grande potencial que os smartphones tem perante a sociedade. O computador está ficando em segundo plano no que tange navegação na internet. Um site com usabilidade e navegabilidade garante mais acessos e mais retenção de público. Manter mais de uma aplicação para os diversos dispositivos disponíveis torna-se inviável devido ao grande trabalho de manutenção exigido caso uma nova funcionalidade fosse implementada.

3 2.2. Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) Segundo Prado (2012) a pessoa portadora de alguma deficiência convive socialmente com sua família, porém este convívio não se estende a escola, no clube, a igreja e a outras áreas da sociedade porque é colocada como um ser diferente. Portadores de deficiência são estigmatizadas, o estigma cria preconceitos que, por si, gera medo, e o medo provoca ignorância e afastamento; Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem, Maciel (2000) Ferramentas de auxílio para as pessoas com deficiência auditiva Hand talk -Segundo Hand Talk (2016) são mais de 300 milhões de surdos no mundo e a maioria não compreende a língua escrita do seu país e depende exclusivamente da língua de sinais para se comunicar e obter informação. O aplicativo está disponível na App Store e Google play, realiza tradução de voz e texto para a língua de sinais; o desenvolvedor ainda disponibiliza uma ferramenta para tradução de sites para língua dos sinais que pode ser anexado ao site atingindo assim um maior número de usuários. Ubi libras- O aplicativo está disponível para Android e IOS e realiza a tradução de texto em e voz em libras através de bibliotecas disponível para download no aplicativo. Web libras- Plug-in para web sites que traduz texto em libras facilitando o acesso a informação pelos deficientes auditivos E-Libras- É um aplicativo de auxílio na aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais libras. Esse aplicativo tem a função de converter voz ou texto para Libras, de forma que o dispositivo esteja conectado à internet, pois os vídeos das traduções são buscados na base de dados pela internet, onde possui cerca de 450 traduções. A Tabela 1 a seguir, organiza a apresentação das ferramentas, acima citadas, de auxilio para tradução de texto e voz na língua brasileira dos sinais. Destaca-se o nome do aplicativo, sua função e qual empresa desenvolvedora. Tabela 1. Ferramentas de auxílio para deficiente auditivo Aplicativo Função Empresa Desenvolvedora Hand Talk Tradutor de voz e texto em sinais de libras Hand Talk Web libras E-Libras Plug-in pago que traduz páginas web para língua de sinais. Tem a função de converter voz ou texto para Libras Pro deaf E Lima Sistemas 3. Metodologia A metodologia adotada neste trabalho foi a discussão bibliográfica que utilizou de artigos publicados em periódicos e uma pesquisa quantitativa realizada através de questionário social aplicado a alunos dos cursos técnicos subsequentes do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais IFNMG, campus Januária-MG, Jung, 2004 Instrumento de coleta é um questionário que está apresentado no Quadro 1. O mesmo buscou investigar o uso dos dispositivos mobile por parte dos entrevistados e os

4 aspectos referentes ao acesso da informação nos sites e a tais recursos, além de conhecer as dificuldades e necessidades apontada pelos participantes referentes à busca e acesso a informação a ser pesquisada. Quadro 1: perguntas Perguntas Sim Não Compreende o que é ensinado em sala de aula com clareza? Necessita que repitam o que explicado ou leiam o que está escrito no quadro? Utiliza algum dispositivo mobile para auxiliar nas atividades acadêmicas? Faz uso da biblioteca ou laboratórios de informática da instituição? O ferecem os recursos necessários para um bom aprendizado? Já teve experiência de trabalho? 3.1. Coleta e análise de dados A pesquisa foi realizada entre os dias 23/11/2015 e 10/04/2016, foram entrevistados, os alunos matriculado e frequente nos cursos acima citados, que apresentavam alguma deficiência. Os mesmos têm idades entre 18 e 30 anos. O questionário foi aplicado individualmente e a forma de quantificação foi de estatística experimental de maneira que, os dados coletados foram tabulados. A partir da entrevista foram obtidos dados importantes que nos ajudam a entender a segurança da informação em redes sociais através da forma de visualização e interação dos usuários dessas redes. O Gráfico 1, apresenta a quantidade de alunos por deficiência e percebe-se que a uma baixa quantidade de alunos deficientes devido a pouca oferta de vagas reservados a estes discentes e pela evasão desses alunos devido as dificuldades encontradas no decorrer do curso. Já na Tabela 2, são apresentados os cursos com alunos deficientes matriculados. Gráfico 1 Quantidade de alunos por deficiência

5 Tabela 2 cursos com alunos deficientes Nome do Curso Curso Técnico em Informática Educação de Jovens e Adultos Proeja Comércio Curso Técnico em Meio Ambiente Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio Curso Técnico de Libras ( Educação à Distância) 4. Analise dos resultados e conclusão Pode-se perceber a partir da análise dos dados coletados que os alunos possuem acesso e habilidade com o meio tecnológico, percebe-se a preocupação do campus em oferecer suporte pedagógico para estes alunos, além de oferecer espaço reservado com apoio psicológico onde apenas um aluno com deficiência faz acompanhamento. Embora estes alunos estejam incluídos digitalmente e socialmente, percebe-se dificuldade no aprendizado e em se expressarem utilizando a escrita o indivíduo transcreve a simplicidade dos gestos, esta pesquisa pretende aprofundar os estudos na busca de uma solução que traga uma ferramenta que os auxilie transcrever suas emoções da sua linguagem de sinais para a linguagem formal da língua portuguesa. 5.Bibliografia Almeida.(2011). Deficiência visual entrevista, Demo, Pedro. (2005)."Inclusão digital: cada vez mais no centro da inclusão social.". (hand talk 2016) Com o aplicativo Hand Talk você traduz automaticamente texto e áudio para Língua de Sinais, de graça Istoe. (2013). As tecnologias de inclusão para tablets, smartphones e computadores, Livox.(2015). Acesso a nossa necessidade mais básica Livox, Martello. (2015). Tributos sobre computadores sobem a partir de dezembro Google Developers. (2016),NP, Mota, Felipe Augusto Oliveira, et al. (2014). "Acessibilidade WEB dos sites oficiais dos Institutos Federais presentes no Estado de Minas Gerais." Anais dos Simpósios de Informática do IFNMG-Câmpus Januária.

6 Rocha, Janicy Aparecida Pereira and Duarte, Adriana B. S. (2013). "Diretrizes de acessibilidade web: um estudo comparativo entre as WCAG 2.0 e o e-mag 3.0." Inclusão Social 5.2. Silva, Antônio F. M. (2003). "Os três pilares da inclusão digital." Revista Espaço Acadêmico 3.24: 5.