CENÁRIO INTERNACIONAL - I Lenta recuperação da demanda pós crise. Excesso de oferta comprimirá margens até pelo menos 2013; Atraso na implantação de n
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- Aline Bugalho Sabala
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1 PETROQUÍMICA BRASILEIRA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO Michel Hartveld Buenos Aires Maio/2010
2 CENÁRIO INTERNACIONAL - I Lenta recuperação da demanda pós crise. Excesso de oferta comprimirá margens até pelo menos 2013; Atraso na implantação de novas unidades (particularmente Iran) não evitará excesso de capacidade pois problemas técnicos serão gradativamente superados e nível de operação continuará baixo, afetando preços e rentabilidade; China e Oriente Médio apenas, têm programados entre 2009 e 2019, 44 milhões de t/a de novas capacidades em etileno; Significativa reorganização geográfica da produção mundial. Com baixa rentabilidade, unidades antigas (particularmente Europa), serão desativadas com a operação de novas e mais eficientes capacidades do Oriente Médio e China; Crescente aquisição de produtores ocidentais por empresas do Oriente Médio (DSM,Nova, GE Plastics) e aparecimento de novos players (Reliance) Matéria prima : gradativa mudança para frações mais leves de petróleo, pelo crescimento da demanda por olefinas;
3 CENÁRIO INTERNACIONAL - II Revolução no cenário petroquímico mundial, com produtores norte americanos beneficiados pela significativa queda no preço do gás (Shale Gas); Em pouco mais de 1 ano o preço do gás como matéria prima nos EUA caiu de US$9-10 / MM Btu para US$ 3-4/MM Btu, valores que não guardam relação com o do óleo cru (na faixa de US$ 80/bbl); A indústria norte americana, há pouco considerada como fora do mercado, tornou-se novamente competitiva, particularmente com relação à Europa e mesmo alguns projetos do Oriente Médio; A petroquímica, a partir de frações mais pesadas, torna-se menos competitiva pelo que a Braskem foi buscar novas oportunidades de crescimento no exterior (Venezuela e México) onde encontra matérias primas mais competitivas para seu crescimento.
4 CENÁRIO INTERNACIONAL - III DEMANDA GLOBAL PLÁSTICOS E QUÍMICOS BÁSICOS Fonte: CMAI
5 CENÁRIO INTERNACIONAL IV DEMANDA AMÉRICA LATINA PLÁSTICOS E QUÍMICOS BÁSICOS Fonte: CMAI
6 CENÁRIO INTERNACIONAL - V PERSPECTIVAS E BRASIL Fortes investimentos no setor principalmente Médio; Asia Pacific e Oriente Sobre-capacidade de produção de eteno e propeno no mundo,com crescimento de oferta de petroquímicos e margens comprimidas pelo menos até 2013; Significativa vantagem para os produtores baseados em Gás Natural (Oriente Médio e agora EUA); No Brasil a entrada em produção dos campos do pré-sal, com ampla disponibilidade de gas natural poderá ampliar a competitividade da petroquimica brasileira; Não deve ser desconsiderada maior oferta de nafta, a longo prazo, com óleo proveniente do pré-sal bem mais leve (da ordem de 28º API em Tupi).
7 PROVÍNCIA DO PRÉ-SAL ÁREA AZUL
8 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO MILHARES BOPD Marinha Funda e Ultraprofunda Autosuficiência virtual Marinha Rasa Terrestre Fontes: ANP e Petrobras Monopólio Petrobras Mercado Aberto
9 PRODUÇÃO PETROBRAS ÓLEO E GÁS (MIL BOED) 7,5% a.a ,8% a.a ,6% a.a Produção de Óleo - Brasil Produção Internacional (óleo + gás) Produção de Gás - Brasil Fonte: PETROBRAS
10 O QUE MUDA NO BRASIL COM ESSA NOVA DESCOBERTA? A partir de 2015, a produção de petróleo deverá ultrapassar em muito a meta dos 2, bpd; O país poderá se tornar num grande exportador de óleo e/ou derivados; A oferta de gá natural de origem nacional se espera ser mais do que triplicada em relação a atual ( hoje 0,8 tcf ); Segundo a PETROBRAS, o óleo do campo de Tupi seria leve (28 API) e menos naftênico que os da Bacia de Campos.
11 FATURAMENTO DA INDÚSTRIA QUÍMICA MUNDIAL 2008 PAÍS FATURAMENTO (U$S Bilhões) ESTADOS UNIDOS 689 CHINA 549 JAPÃO 298 ALEMANHA 263 FRANÇA 159 CORÉIA 133 REINO UNIDO 123 9ª Posição ITÁLIA 123 BRASIL 122 ÍNDIA 98 HOLANDA 82 RÚSSIA 78 ESPANHA 75 Fontes: American Chemistry Couuncil - ACC, European Chemical Industry Council -CEFIC e Associação Brasileira da Indústria Química - ABIQUIM
12 PETROQUIMICA NO BRASIL PRIMEIRAS DECADAS Primórdios : RPBC (1958), Fabor (1960) Década de 60 - Definição do caráter privado do Setor; -Criação do Geiquim (1964), Petroquisa (1967) e papel do CNP (matérias primas); - Significativa dependencia de importações; - Primeiro polo petroquimico : PQU (grupos privados e Petroquisa). Década de 70 - Forte crescimento da economia (7% aa) e amplo mercado consumidor; - Disponibilidade de matéria-prima (nafta) vinda do refino; -Incentivos fiscais (Geiquim) e financeiros (BNDES) à implantação de indústrias; - Modelo tripartite : Petrobras/Petroquisa, multinacionais e grupos nacionais; -Desenvolvem-se os Grupos nacionais(reserva de Mercado e BNDES); -Partida de PQU (1972) e Copene (1978).
13 PETROQUÍMICA BRASILEIRA EVOLUÇÃO Década de 80 - Menor crescimento da economia brasileira (crise do México e da Dívida); - Capacidade ociosa leva ao desenvolvimento do modelo exportador (Interbras); - Consolidação da indústria, entrada de novos grupos nacionais (Odebrecht, Suzano); - Modelo tripartite, empecilho à consolidação e maior competitvidade. Década de 90 - Privatização: politica de Governo, com apoio BNDES; - Desestatização não foi total: Petroquisa permanece minoritária nas Centrais; - Início de fusões, incorporações e aquisições locais; -Fim da prévia aprovação pelo CDI; -Fim da Reserva de Mercado; -Fim do controle de preços (CIP).
14 ESTRUTURA DA PETROQUÍMICA BRASILEIRA
15 ESTRUTURA DA PETROQUÍMICA BRASILEIRA
16 PETROQUIMICA BRASILEIRA EVOLUÇÃO De 2000 em adiante - Reestruturação do setor e consolidação dos Polos; -Formação da Braskem e reestruturação Polo da Bahia (Braskem/Odebrecht) (2000); - Pólo Gás-Químico: Rio Polímeros (Unipar/Suzano/BNDES (2005)); - Suzano : aquisição da Basell; - Fusão Copene Copesul (Braskem) 2007; - Retorno da Petroquisa/Petrobras ao setor; - Fusão Unipar, Suzano, Petrobras (QUATTOR) 2008; - Aquisição da QUATTOR pela Braskem/Petrobras (Nova Braskem) (2009) -
17 CONSOLIDAÇÃO DA PETROQUÍMICA BRASILEIRA: BRASKEM E PETROBRAS Fonte: Braskem
18 CENTRAIS PETROQUÍMICAS BRASILEIRA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE ETENO Em mil toneladas base 2009 BRASKEM CAMAÇARI ARI - BA BRASIL QUATTOR DUQUE DE CAXIAS - RJ 520 BRASKEM: QUATTOR: TOTAL BRASIL: QUATTOR SANTO ANDRÉ - SP 700 BRASKEM TRIUNFO - RS Fonte: ABIQUIM
19 PETROCHEMICAL BUSSINESS ARGENTINA E BRASIL ,280,000 Etileno (Camacari/BA) Matéria-prima: Nafta 520,000 Etileno (Rio de Janeiro/RJ) Matéria-prima: Etano/propano 700,000 Etileno (Santo Andre/SP) Matéria-prima: Nafta e gás de refinaria 1,252,000 Etileno (Triunfo/RS) Matéria-prima: Nafta 52,000 Etileno (San Lorenzo/SF - Argentina) Matéria-prima: Nafta 700,000 Etileno (Bahia Blanca/BA - Argentina) Matéria-prima: Etano Fonte: Intellichem
20 CONSUMO APARENTE PE E PP Fonte: ABIQUIM
21 RESINAS TERMOPLÁSTICAS CONSUMO PER CAPITA NO BRASIL Kg por habitante/ano Fonte: ABIQUIM
22 RESINAS TERMOPLÁSTICAS COMPORTAMENTO DA DEMANDA Consumo Per Capita Termopláticos 2005 (Kg/hab.ano) 106,13 68,73 23,20 29,41 39,05 Brasil Argentina México França EUA
23 PROJEÇÃO DEMANDA DOMÉSTICA: PE, PP E PVC
24 NOVOS INVESTIMENTOS PETROQUÍMICOS BRASIL Projeto Capacidade Investimento Partida (previsão) Participação Societária Complexo Acrílico (MG) t/ano U$S 360 MM - Complexo Petroquímico do SUAPE (PE) t/ano PET U$S 950 MM Março/2011 Petrobras/ Petroquisa COMPERJ 1,3 milhão t/ano eteno a partir de petróleo (150 mil bpd de capacidade) 1ª fase: 2013 Petrobras/ Petroquisa e Braskem PVC Alagoas t/ano U$S 500 MM Dez/2012 Braskem Polietileno Verde t/ano a partir de etanol U$S 488 MM 2010 Braskem
25 COMPERJ UMA NOVA VISÃO Originalmente novo conceito tecnológico; Produção de eteno e propeno, a partir de óleo cru, não parece competitiva com opções do Oriente Médio Projeto será mais voltado para atendimento à demanda interna; Investimento muito elevado com muitos participantes na 2ª geração e entendimentos complexos na parte societária; Altos riscos envolvidos, preocupam capitais privados, daí demora na definição do quadro societário; Petrobras iniciará com um trem com capacidade de refino de 150 mil bpd
26 Admitindo que gás do campo de Tupi (pré-sal) seja semelhante ao do campo de Garoupa, se chegaria a uma disponibilidade da ordem de 0,9 tcf/d, suficiente para produzir 1,3 milhão t/ano de eteno
27 CENÁRIOS FUTUROS Situação Brasileira: Nafta: Situação difícil, com o consumo atendido em 40% por importações. Cenário pode mudar, em 5 a 10 anos com a entrada em produção do petróleo de Tupi e adjacentes, bem mais leves que os atuais (maior produção de nafta). Eteno: Pequenas expansões das Centrais (nafta). Possíveis joint ventures internacionais (Bolívia e Venezuela). Propeno: Pouca disponibilidade nas refinarias da Petrobras e novas tecnologias. Gás Natural: Grandes perspectivas futuras com a produção na área do pré-sal. O Brasil se tornará grande produtor de gás natural. Indicações de potencial de 5 MM t/a de etileno a partir de gás natural.
28 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PROJETOS PREVISTOS NO BRASIL Considerando o panorama mundial e a nova realidade brasileira... As prioridades dos investimentos devem ser muito bem pensadas sob o ponto de vista econômico e estratégico com a prioridade, certamente orientada para desenvolvimento da produção de petróleo A abundância de petroquímicos no mundo para a próxima década não pressionará os atuais projetos para o setor, no Brasil Novo modelo de negócios com associação de empresas privadas (Odebrecht) com Petrobras, sob controle privado (Nova Braskem); Internacionalização da Petroquimica Brasileira, explorando oportunidades de matérias primas no exterior
29 PROJETOS INTERNACIONAIS: BRASKEM Projeto Capacidade Investimento Partida (previsão) Localização Etileno 21 1 milhão t/ano U$S 2,5 Bi 2015 México Projeto Polipropileno 450 mil t/ano U$S 1,2 Bi 2013 Venezuela Polimerica Polietilenos de America Etileno: 1,3 milhão t/ano Polietileno: 1,1 milhão t/ano U$S 3,25 Bi 2014 Venezuela SUNOCO 950 mil t/ano polipropileno U$S 350 MM 2010 EUA Fonte: BRASKEM
30 PROJETOS INTERNACIONAIS: OXITENO Projeto Capacidade Investimento Partida (previsão) Localização Ésteres Graxos 13 kt/ano 2009 México Sulfatados e Sufonados 8 kt/ano 2009 México Especialidades Químicas 11 kt/ano 2009 México Etoxilatos 73 kta/ano 2009 México Etoxilatos 70 kta/ano 2009 Venezuela Fonte: Oxiteno
31 PROJETOS INTERNACIONAIS: UNIGEL Projeto Capacidade Investimento Partida (previsão) Localização Chapas Acrílicas 15 mil t/ano 2006 México Metil Metacrilato 25 mil t/ano 2009 México Ácido Sulfúrico 65 mil t/ano 2008 México Sulfato de Amônia 100 mil t/ano 2008 México Acrilonitrila 60 mil t/ano 2009 México Acetocianidrina 2,4 mil t/ano 2010 México Resinas Acrílicas 5 mil t/ano 2012 México Chapas Acrílicas 5 mil t/ano 2012 México Cumeno 60 mil t/ano 2012 México Fenol 40 mil t/ano 2012 México Acetona 24 mil t/ano 2012 México Fonte: Unigel
32 CENÁRIO MERCOSUL Previsão de forte redução do ritmo de crescimento do comércio mundial nos próximos 10 anos, devido: - fracasso de Doha; - saída dos EUA como importador de 'ultima instância : entre o deficit comercial norte americano representava 8% do comércio mundial situação não mais sustentavel Deve ser interesse do Mercosul - BRASIIL e ARGENTINA - a realização de acordos bilaterais que supram a perda do mercado americano e Europeu.
33 CENÁRIO MERCOSUL - II Isto não é percebido pelas empresas dos dois países devido ao seu curto horizonte, e simplesmente não interessa à Venezuela e ainda ao Uruguai, que ainda tem o CAUCE e o PEC, que substituiriam com vantagem o MERCOSUL; Proposta : uma zona efetiva de Livre Comércio que nos dê as vantagens das trocas comerciais, sem eliminar a flexibilidade de nossas negociações externas. This is a Tall Order, but an indispensable one
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