O CÂNONE LITERÁRIO: ESPAÇO DE DISPUTA PARA A LITERATURA NEGRO-BRASILEIRA E PARA A LITERATURA CABO-VERDIANA AFRO-CRIOULA

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1 O CÂNONE LITERÁRIO: ESPAÇO DE DISPUTA PARA A LITERATURA NEGRO-BRASILEIRA E PARA A LITERATURA CABO-VERDIANA AFRO-CRIOULA SOUZA, RICARDO SILVA RAMOS DE SOUZA (1). 1. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ). Programa de Pós-Graduação em Relações Etnicorraciais (PPRER). Rua Teodoro da Silva, 445 apt 404 Vila Isabel Rio de Janeiro RJ CEP risoatelie@gmail.com RESUMO Discutir o cânone literário é uma maneira de verificar se há pluralidade de gênero, raça, classe, geográfica, etária, entre outros critérios. Entretanto, o cânone representa um princípio de seleção, logo, de poder e de representação, que está vinculado aos critérios hegemônicos de identidade e memória de uma nação. No caso da literatura, integrar o cânone representa a inserção nos padrões hegemônicos estabelecidos pela sociedade. Esses padrões enquadram-se nos territórios disputados por diferentes grupos sociais e políticos. O presente artigo procurará demonstrar como essas disputas acontecem nas literaturas negro-brasileira e cabo-verdiana afro-crioula a partir de poemas do brasileiro Éle Semog e do cabo-verdiano José Luis Hopffer Almada. As literaturas produzidas por negros e tendo o negro como tema questionam a homogeneidade do cânone, desvelam linguagem contra-hegemônica para denunciar a condição de subalternidade dos negros nas sociedades, reconfiguram as rasuras da história oficial e propõem a valorização das culturas negras a favor das identidades plurais de suas sociedades. O presente artigo apresentará como suporte teórico, dentre outros, ensaístas dos estudos culturais como Stuart Hall; os ensaístas brasileiros Cuti e Maria Nazareth Soares Fonseca; e os ensaístas cabo-verdianos Timóteo Tio Tiofe e Gabriel Fernandes. Palavras-chave: Cânone Literário. Literatura Negro-Brasileira. Literatura Cabo-Verdiana. Éle Semog. José Luis Hopffer Almada. II CONINTER Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades Belo Horizonte, de 8 a 11 de outubro de 2013

2 É uma sensação estranha, essa consciência dupla, essa sensação de estar sempre a se olhar com os olhos de outros, de medir sua própria alma pela medida de um mundo que continua a mirá-lo com divertido desprezo e piedade. E sempre a sentir sua duplicidade americano, e Negro; duas almas, dois pensamentos, dois esforços irreconciliados; dois ideais que se combatem em um corpo escuro cuja força obstinada unicamente impede que se destroce. (W. E. B. Du Bois. As almas da gente negra, 1999) A epígrafe do intelectual e escritor negro norte-americano W. E. B. Du Bois ( ) apresenta-nos um drama que permanece nos dias atuais a respeito da condição dos negros em um mundo no qual o padrão hegemônico é capitalista, branco e eurocêntrico. Em todo continente americano, no europeu ou ainda em África, ser Negro implica confrontar a dupla consciência e deparar-se com um véu (Du Bois, 1999, p. 53) que o separa do mundo dos brancos. As origens desse processo encontram-se na mercantilização dos negros escravizados deixando rupturas mais aterradoras, violentas e abruptas (Hall, 2011, p. 30) aos africanos forçados a deixar a África e a iniciar a diáspora africana no hostil Novo Mundo, pois as sociedades dominantes tentam sufocar as identidades dos diferentes grupos étnicos negros. Ou seja, nenhuma coletividade humana foi mais inferiorizada do que os negros depois do século XV (Ki-Zerbo, 2006, p. 24). Para Du Bois, a história do século XX é o problema da barreira racial (Du Bois, 1999, p. 64), contudo, este problema ainda está longe de ser resolvido na segunda década do século XXI. Segundo este intelectual, a história do Negro americano é a história dessa luta (...). Ele simplesmente deseja que alguém possa ser ao mesmo tempo Negro e americano sem ser amaldiçoado e cuspido por seus camaradas, sem ter as portas da Oportunidade brutalmente batidas na cara (Du Bois, 1999, p. 54). Stuart Hall recorre a Paul Gilroy para mencionar algo pertinente ao nosso momento que é o pertencimento do Negro a nação, uma vez que a essencialização da diferença apresenta-se por um novo prisma com a conjunção aditiva e (Hall, 2011, p. 326); no exemplo de Du Bois, ser Negro e americano demonstra a integração a uma sociedade com identidades plurais. Dessa maneira, as identidades transitam por um território de disputa intensa, apesar das tentativas dos grupos hegemônicos em torná-las únicas, as identidades na diáspora se tornam múltiplas (Hall, 2011, p. 26). Nessa perspectiva, a busca pela valorização da identidade negra nos diferentes países da diáspora implica lutar contra o esquecimento das diferenças, implica reconhecer os múltiplos cenários da memória nacional (ACHUGAR, 2006, p. 162) a partir da emergência de

3 novos atores sociais que procuram reconstruir uma história própria esquecida pelo discurso da comunidade hegemônica (ACHUGAR, 2006, p. 162). Para o ensaísta uruguaio Hugo Achugar, essa disputa se dá pela negociação que, ao mesmo tempo, implica a releitura ou a análise da nação e do nacional, (...) uma batalha pelo discurso e pela representação (...), uma batalha por ocupar a posição do que tem/possui a história, do que sabe e do que escolhe (ACHUGAR, 2006, p ). Uma disputa que precisa ser negociada, exigida pelos grupos minoritários contra o autoritarismo dos discursos nacionais hegemônicos e homogêneos. Essas disputas evidenciam a memória e a identidade como fatores essenciais de representação. Considerando que a memória e a identidade são valores disputados em conflitos sociais e intergrupais, e particularmente em conflitos que opõem grupos políticos diversos (Pollak, 1992, p. 205), interessa no presente artigo como essas disputas acontecem para a construção do cânone literário nos textos produzidos por negros em África e na diáspora, mais precisamente nas literaturas brasileira e cabo-verdiana a partir das obras poéticas do negro brasileiro Éle Semog e do cabo-verdiano José Luis Hopffer Almada. A necessidade de hifenizar essa produção literária literatura negro-brasileira e literatura cabo-verdiana afro-crioula já demonstra que se trata de um espaço em disputa, um território contestado (DALCASTAGNÈ, 2012, p. 7). A literatura produzida por negros e tendo o negro como tema atinge diretamente o cânone no qual gênero (masculino) e raça (branco) estão vinculados à hegemonia social que relega à subalternidade essas representações e expõe a tensão do lugar da fala, de quem fala. Portanto, torna-se fundamental questionar a homogeneização do cânone, ignorar essa abertura é reforçar o papel da literatura como mecanismo de distinção e hierarquização social, deixando de lado as suas potencialidades como discurso desestabilizador e contraditório (DALCASTAGNÈ, 2012, p. 12), pois a partir do momento que se questiona o processo de canonização de obras literárias é, em última instância, colocar em xeque os mecanismos de poder a ele subjacentes (REIS, 1992, p. 68). Uma observação profunda da estrutura do cânone dominante leva à percepção da manipulação ideológica das obras que o compõe. Para Khote, isto se dá com a projeção de forças dominantes do presente, a buscarem, em sua seleção e interpretação de textos do passado, uma legitimação para estruturas ideológicas, sociais, políticas e econômicas atuais que as favoreçam, a fim de se manterem basicamente intatas no futuro. (...) confere-se autoridade a certos autores, introduzindo-os e cultivando-os no cânone, para que legitimem as políticas vigentes e as autoridades que as exercem (Khote, 1997, p. 13).

4 Sendo assim, a trajetória de características comuns de uma literatura produzida por negros ao longo dos anos impõe-se como enfrentamento ao cânone e ao racismo sistêmico dentro da necessidade de valorização e afirmação da identidade negra. Para isso, o artigo pretende analisar os poemas Coisas dessa gente que sou, de Éle Semog, e Monte-Agarro, de José Luis Hopffer Almada, para demonstrar como essas literaturas desvelam características contra-hegemônicas ao apropriarem-se de versões da história por um viés do excluído, da voz silenciada pelos discursos oficiais e pelo cânone. A literatura negro-brasileira encontra-se à margem do cânone e do sistema literário brasileiro, enquanto a literatura cabo-verdiana, assim como as demais ex-colônias portuguesas, não possuía o seu reconhecimento como literatura autônoma durante o colonialismo, tendo somente seu status reconhecido com a independência do país. Sendo assim, através de um processo de invisibilidade da presença do negro como sujeito no Brasil e em Cabo Verde que as obras poéticas de Éle Semog e José Luis Hopffer Almada, respectivamente, reconfiguram as rasuras da construção da história oficial que exclui a participação dos negros na formação dos dois países. A literatura que caracteriza o negro ou produzida por negros, ou que apresente eu enunciador negro, ainda é um conceito gerador de longo debate entre pesquisadores e escritores acerca de como denominar essa vertente literária, tais como literatura negra, afro-brasileira, afro-descendente, negro-brasileira, pois essas expressões permitem destacar sentidos ocultados pela generalização do termo literatura. E tais sentidos dizem respeito aos valores de um segmento social que luta contra a exclusão imposta pela sociedade (Fonseca, 2006, p. 13), afirma a ensaísta Maria Nazareth Soares Fonseca que, para ela, essas discussões são importantes para que possamos compreender os mecanismos de exclusão legitimados pela sociedade. Por exemplo, quando nos referimos à literatura brasileira, não precisamos usar a expressão literatura branca, porém, é fácil perceber que, entre os textos consagrados pelo cânone literário, o autor e autora negra aparecem muito pouco, e, quando aparecem, são quase sempre caracterizados pelos modos inferiorizantes como a sociedade os percebe (Fonseca, 2006, p. 13). Ou seja, a criação literária do escritor negro ultrapassa os limites do texto, subverte não só o sistema literário brasileiro, mas também contesta a escrita da história brasileira. Dessa maneira, apreendemos que há toda uma história de luta de conscientização do negro e da afirmação do autor negro na literatura brasileira, principalmente na forma de se expressar, de se autorreferenciar. Como essa vertente literária escancara o preconceito, a discriminação e o racismo brasileiro, consideramos fundamental utilizar o conceito de literatura

5 negro-brasileira desenvolvido pelo ensaísta e escritor Luiz Silva, o Cuti, pois os que são atingidos por essas práticas discriminatórias são aqueles que ostentam o fenótipo negro dentro de um contexto específico da sociedade brasileira. Segundo Cuti: A literatura negro-brasileira nasce na e da população negra que se formou fora da África, e de sua experiência no Brasil. A singularidade é negra e, ao mesmo tempo, brasileira, pois a palavra negro aponta para um processo de luta participativa nos destinos da nação e não se presta ao reducionismo contribucionista a uma pretensa brancura que a englobaria como um todo a receber daqui e dali, elementos negros e indígenas para se fortalecer. Por se tratar de participação na vida nacional, o realce a essa vertente literária deve estar referenciado à sua gênese social ativa. O que há de manifestações reivindicatórias apoia-se na palavra negro. (Cuti, 2010, p. 44) É a partir dessa perspectiva da literatura negro-brasileira que enquadramos a obra poética de Éle Semog (1952), nome de Luis Carlos Amaral Gomes, natural do Rio de Janeiro, analista de sistema, pedagogo, atuante em movimentos sociais e na luta contra a discriminação racial no Brasil como o grupo Garra Suburbana. Fundador do CEAP Centro de Articulação de Populações Marginalizadas e, em 1984, do Grupo Negrícia Poesia e Arte de Crioulo ; co-fundador e articulista do jornal Maioria Falante ; e foi assessor do senador Abdias do Nascimento. Com textos publicados em várias edições de Cadernos Negros e uma vasta obra poética desenvolvida desde o final dos anos 1970, com destaque para o livro Tudo que está solto (2010), que o colocam como um legítimo representante da vertente literária supracitada. Algumas características são uniformes para os agentes da literatura negro-brasileira, mais precisamente os que participam(ram) de Cadernos Negros, uma publicação surgida em 1978 e que desde então intercala poesia e contos de forma ininterrupta anualmente. A respeito desta publicação, Florentina da Silva Souza considera que há construção de uma origem cultural de bases africanas; valorização de costumes, religião e outras tradições herdadas das culturas africanas; resgate de episódios históricos que evidenciam o comportamento heroico do negro no Brasil para a necessidade de assumir uma identidade afro-brasileira, insurgir-se contra o racismo e disputar o acesso aos espaços de poder. (Souza, 2006, p. 110) Reconfigurando a linguagem de forma contradiscursiva, esses escritores caracterizam-se por desarticular e rearranjar as manifestações racistas do seu tempo, visto

6 que a nossa literatura canônica nasce sob o signo do racismo (Cuti, 2010, p. 18). Percebemos, conforme Munanga, que o advento da mestiçagem de acordo com o pensamento brasileiro de meados do século XX conduziria para uma sociedade unirracial e unicultural, com predomínio do modelo hegemônico racial e cultural branco e que as demais raças deveriam ser assimiladas, como suas respectivas produções culturais, ou seja, jamais aspirou-se a consolidação de uma sociedade plural (Munanga, 2008, p. 85). Diante disso, temos o poema de Éle Semog, Coisas dessa gente que sou : Pertenço a uma História que existe/ na memória dos tempos,/ suturada no útero desse povo,/ ao modo de ferro e fogo,/ que o próprio tempo pariu./ E pelo tempo que há de vir/ se expandirá sem fronteira/ tal qual a gênese de um orixá./ Não me curvo ao silêncio/ dessa versão perversa e lúcida,/ que torna invisível tudo que estou,/ como se o que penso pudesse ser/ desconstruído, pela expressão estúpida/ desses alcoviteiros cheios de estórias,/ que roubam detalhes, fingem fatos,/ e inumanos desfiguram vidas e verdades./ Busco no tempo um tempo/ maior que ele mesmo, que se abra em inevitável caos,/ e deixe florir a fúria da História,/ e deixe fluir toda a insurreição do silêncio/ como uma eufórica sangria na memória./ Pertenço a uma História/ feita pelo meu povo/ e penso como o meu povo, que pertence e perturba/ a estória dos donos e seus danos,/ e que por isso está muito além/ de seu próprio construir-se./ Sou um negro como tantos outros/ negros e negras que esbanjam respeito/ mas que também atiçam o seu medo./ E é melhor assim. (Semog, 2010, p ) O poema de Semog escancara a tensão das relações étnico-raciais brasileiras, o quanto ainda é preciso para ressignificar o negro na sociedade, mostra a necessidade de enegrecer a reflexão crítica do passado, pois, segundo Bento: o legado da escravidão para o branco é um assunto que o país não quer discutir, pois os brancos saíram da escravidão com uma herança simbólica e concreta extremamente positiva, fruto da apropriação do trabalho de quatro séculos de outro grupo (Bento, 2002, p. 27). Contra a inércia apontada por Bento, o poema atiça a emergência da disputa, uma vez que revisão da história, memória e identidade são eixos da construção poética. A respeito do fazer literário negro, o escritor e ensaísta Jamu Minka tece as seguintes considerações: Essa nossa atitude literária de desmascaramento e recusa ao conformismo automaticamente coloca o brasileiro branco numa posição incômoda porque

7 de uma ou de outra, esteja em que lugar for da escala social, ele sempre acaba desfrutando de privilégios em relação ao negro brasileiro ou mestiço. E de repente lá vem o negro fazendo literatura, virando a mesa da cultura, apontando falhas, erros, mentiras e manipulações, pedindo revisão. Então, todo um sistema de crenças estabelecidas, falsas e injustas, vem abaixo. O pedestal de privilégios some dos pés e será preciso dialogar, negociar, ver-se em pé de igualdade com o outro. Eis o que incomoda e assusta (Minka, 1985, p. 42) O que é exposto por Minka corrobora o assombro do medo negro, da pretensa revolta de um Haiti negro-brasileiro que estaria por vir. É essa virulência da escrita de conscientização que caracteriza essa vertente literária. Portanto, é isso que se espera de um escritor da literatura negro-brasileira. Éle Semog cumpre esse papel. Já Cabo Verde possui suas especificidades, mas é possível o diálogo com a literatura brasileira e a condição do negro na sociedade. Lá, como cá, tem passado escravocrata, com alto índice de mestiçagem e trata a questão de classe como primordial ao problema racial, sendo o cabo-verdiano um caso único. O ensaísta cabo-verdiano Cláudio Alves Furtado chama atenção para tanto no período colonial quanto no pós-colonial, raras são as tentativas de se compreender sociologicamente como, em Cabo Verde, os diversos atores emergem e se constroem enquanto sujeitos históricos. É muito mais comum encontrar-se uma preocupação em situar e definir a especificidade do homem, da cultura e da sociedade cabo-verdiana. (FURTADO, 2012, p. 144) O que entendemos como uma postura insensível e que oculta a questão racial, haja vista a discriminação sofrida pelos negros oriundos do continente africano chamados pejorativamente de mandjakos, marcando rejeição ao fenótipo negro, conforme analisa Furtado a partir de tese de doutorado de Eufémia Rocha: a designação mandjako, porque de uma etnia se trata, tem como base de apropriação a raça (negro-africana), negando a condição negra do cabo-verdiano, uma vez que esse se assume como mestiço. Citando a autora antes referida que, por sua vez, transcreve a fala de um dos imigrantes, o caboverdiano considera e classifica: mandjakus são todos os africanos, todas as gentes pretas que vêm da África. (Furtado, 2012, p. 168)

8 A dificuldade para lidar com a presença negra em Cabo Verde causa constrangimento ao revisitar o passado escravocrata, conforme afirma o historiador cabo-verdiano António Carreira: O tema tratado é ingrato e por motivos diversos não entusiasma a maioria dos leitores. Seja por preconceito próprio de uma educação tradicionalista (no mau sentido do termo), seja por receio de descontentar certos sectores, tudo quanto envolva a apreciação do tenebroso período da escravatura mexe com a maneira de ser de algumas camadas da nossa sociedade. (Carreira, 1983, p. 19) Tais dificuldades também aparecem no texto literário cabo-verdiano, visto que as diversas revoltas contra o sistema escravocrata ocorridas no século XIX surgem de forma tímida na literatura do arquipélago, pois raramente aqueles escritores ( da geração claridosa ) se debruçam sobre as grandes revoltas camponesas da ilha de Santiago. Mas descrevem repetidamente as revoltas urbanas do Mindelo ao qual se sentem associados (Anjos, 2006, p. 139). Entretanto, as bases de matrizes africanas componentes na sociedade são reivindicadas por T. T. Tiofe que assevera no "Prefácio" ao Primeiro Livro de Notcha: "o destino político do arquipélago é inconcebível fora do contexto africano. A África da segunda metade deste século é uma realidade política, económica e (brevemente) cultural de que os filhos mais modestos, os insulares, não se podem excluir; pelo contrário, nela se devem integrar naturalmente, ciosamente. No caso particular de Cabo Verde, dir-se-ia que essa integração se assemelha a um regresso de filho pródigo, regresso após andanças, por desvario, imprudência, ou falso orgulho, longe da casa paterna, longe dessa África, que é sua" (Tiofe, 2001, p. 13). Aprofundando esse distanciamento, Tiofe afirma que: Cabo Verde tem estado afastado da África por várias razões, entre as quais a perda ocorrida, há muito, de parte das raízes ou tradições africanas dos escravos que povoaram as ilhas, como se tem dito. (...) Isto, com menos ênfase ou mais nuance, tem sido dito de variada maneira ao cabo-verdiano, o que o tem levado a olhar sobretudo para a contribuição europeia na sua formação. Trata-se de um facto que não deve de forma alguma fazer esquecer que temos raízes africanas que importa investigar, sopesar e

9 compreender, porque são ponto de partida, talvez a mais larga base" (Tiofe, 2001, p ). Corroborando ao exposto acima, a literatura cabo-verdiana é uma literatura à margem das literaturas lusófonas, com reconhecimento inferior a outras literaturas africanas de língua portuguesa, como as de Angola e de Moçambique. Entretanto, durante o período colonial já havia uma literatura autônoma, mas que não era aceita nem bem vista pela metrópole, que determinava a terminologia dos textos produzidos nas ilhas. O crítico literário Manuel Ferreira esclarece esse momento ao referir-se à Poesia Negra de Expressão Portuguesa, antologia organizada por Mário Pinto de Andrade e Francisco José Tenreiro em 1953: Por essa data, em Portugal, em relação à poesia (literatura) africana de língua portuguesa não se utilizava tal designação, quer em livro individual quer em antologias, revistas ou jornais. Seria contrariar os cânones estabelecidos pelas instituições oficiais, bem apoiadas na Censura e na Pide. Para os poderes instituídos mesmo mais tarde quando as literaturas africanas se desenvolveram em ritmo acelerado a palavra africana e, ainda mais, a palavra negra eram conotadas como subversivas, dado que contrariavam o esquema de portugalidade. O que significa que o próprio título era por si só um desafio a todos, incluindo os teóricos oficiais que consideravam toda a literatura feita nas colônias um prolongamento da portuguesa; por isso a denominavam ultramarina, mas sempre preferiam a designação de literatura portuguesa em África. (Ferreira, 1985, p. 110) Percebemos quantas são as barreiras para os negros nas sociedades de Brasil e Cabo Verde. Por conseguinte, temos o apagamento de seus feitos e memórias de antepassados. Por isso, acompanhamos Pollak quando considera que a memória é seletiva, principalmente quando se trata de identidade e da memória hegemônica da nação. Pollak considera que Quando se procura enquadrar a memória nacional por meio de datas oficialmente selecionadas para as festas nacionais, há muitas vezes problemas de luta política. A memória organizadíssima, que é a memória nacional, constitui um objeto de disputa importante, e são comuns os conflitos para determinar que datas e que acontecimentos vão ser gravados na memória de um povo. (...) (Pollak, 1992, p ) Como os negros não são grupos majoritários políticos em ambos os países, acusa a pertinência da poesia de José Luis Hopffer Almada de revisitar o passado e revelar as origens afro-crioulas de Cabo Verde, mais especificamente da Ilha de Santiago. Para o poeta:

10 A memória é um lugar onde se podem resguardar muitos milagres. Lugar de refúgio e de ancoragem, pode por outro lado ser constantemente reencenado nos termos propostos pela imaginação e pelo engenho do criador que se propõe revisitá-la. Para além dessa pressão incontornável, creio importante empreender algum labor de resgate do passado histórico de Cabo Verde e, especialmente, de Santiago, ilha particularmente vituperada durante grande parte do período colonial e do período pós-independência. Tem-se por vezes a impressão de que alguns se especializaram na ocultação da história da ilha, das suas populações, das suas elites, das suas manifestações culturais mais características... Contra a amnésia (deliberada e induzida) há que contrapor a memória e as suas revisitações. (Almada, 2009, p. 5) Para entender esse processo, precisamos demonstrar como na década de 1950 as guerras de libertação das colônias africanas tornaram-se uma realidade e revelavam ao mundo o absurdo do colonialismo, os ideais pan-africanistas espalhavam-se, fundava-se o PAIGC (Partido Africano pela Independência de Guiné e Cabo Verde) sob a liderança de Amílcar Cabral, mas antes este jovem lançava um importante texto, Apontamentos sobre a poesia cabo-verdiana (1952), acerca dos novos rumos que caberiam aos futuros atores da literatura cabo-verdiana assumir após os movimentos da Claridade e da Certeza : (...) a evolução da poesia cabo-verdiana não pode parar. Ela tem de transcender a resignação e a esperança. (...) As mensagens da Claridade e da Certeza têm de ser transcendidas. O sonho da evasão, o desejo de querer partir não pode eternizar-se. O sonho tem de ser outro, e aos poetas os que continuam de mãos dadas com o povo, de pés fincados na terra e participando no drama comum compete cantá-lo. (Cabral, 1976, p. 21) Na virada dos anos 1950 para 1960 a intransigência da ditadura salazarista também seria sentida, a repressão aumentaria sua escala desencadeando as guerras coloniais. Por outro lado, poetas como Mário Fonseca, que parafrasearia a postulação irritada da fraternidade (Fonseca, 1998, p. 166) de Aimé Cesaire, marcam a mudança de postura de sua geração em suplementos literários como Suplemento Cultural (1958), Boletim dos alunos do Liceu Gil Eanes (1959) e Seló (1962). Ruptura que seria escancarada por Onésimo da Silveira, no seu Consciencialização da literatura caboverdiana, livro com severas críticas aos claridosos: a literatura caboverdiana, estando profundamente ferida de inautenticidade, não traduz nem produziu uma mentalidade consciencializada e daí se ter tornado, como não é difícil verificar, em título de prestígio da elite que a vem

11 encabeçando e não em força ao serviço de Cabo Verde e suas gentes. (Silveira, 1963, p. 8) O cantalutismo passaria a prevalecer na poesia, a independência das duas pátrias-irmãs assim sonhada por Amílcar Cabral se concretizaria. Entretanto, com as décadas de 1980/1990, as transformações político-sociais não se realizam e os escritores começam a sentir a necessidade de discutir os rumos da nação, assim como os caminhos da poesia, estagnados desde então. Salutar recordarmos as pertinentes observações contidas nas epístolas de Timóteo Tio Tiofe (heterônimo de João Manuel Varela) acerca das responsabilidades das gerações posteriores à Claridade, como muito bem apontou o poeta em sua Primeira Epístola ao irmão António. As críticas são incisivas diante do panorama literário do país, assim afirma Tiofe: Nunca me cansarei de proclamar: para nós, escritores de hoje, tal é a maior herança que nos deixaram os homens da Claridade. Ela não é pequena, mas, justamente porque reconhecemos a nossa dívida, é importante saber onde pararam, até onde chegaram, para podermos ir mais longe. (...) e cabe agora aos que seguem dar uma certa envergadura a essa escrita específica e estruturá-la, torná-la, numa palavra, digna do nome de literatura. (Tiofe, 2001, p. 144) Posteriormente, Tiofe, na Oitava Epístola ao irmão António, atestaria a transformação da poesia cabo-verdiana e a compreensão da poesia de cariz metafísico de seu outro heterônimo, João Vário: Há já alguns anos que muitos patrícios começaram a aceitar esse tipo de poesia, como a praticá-la. Em suma, mudou-se o paradigma (Tiofe, 2001, p. 303). A poesia de Vário sofreu pesadas críticas e foi legada ao ostracismo desde que sua escrita veio à luz em pleno período cantalutista. Nas décadas de 1980/1990, o panorama mudou com a empolgação de uma nova geração de poetas que começava a se revelar em publicações diversas como Sopinha de Alfabeto, Ponto e Vírgula, Fragmentos etc. até serem reunidos em Mirabilis de veias ao sol antologia dos novíssimos poetas caboverdianos, organizada por José Luis Hopffer C. Almada. Trata-se de uma geração que procura mostrar a força oriunda da amargura com os descumprimentos das promessas feitas pela revolução e assim exprimir a força do verbo poético como local de reflexão do seu tempo. Hoje é com bom grado que a existência de um sistema literário cabo-verdiano consolidado tem servido de esteio aos novos poetas e ficcionistas para trilharem caminhos diferenciados (Almada, 2010, p. 3). Sendo assim, podemos dizer que é uma conquista consolidada pela chamada geração mirabílica, frisando a heterogeneidade dessa geração

12 que jamais se configurou um grupo unificado. Fato este que não impede de receber críticas daqueles que acusam esses poetas de inautenticidade e apatridia literárias, pois se deveria respeitar uma imaginada ou real autenticidade literária caboverdiana, devendo ser, por isso, tratada como património e causa intocáveis e devidamente preservada de malfazejos desvios, contaminações e outras conspurcações estéticas, estético-ideológicas e temáticas (Almada, 2010, p. 1). São esses os dilemas que a obra de José Luis Hopffer Almada enfrenta. Este, um nome incontornável na poesia, no ensaio e na promoção da cultura de Cabo Verde. Com vários títulos de poesia e ensaios de crítica literária cabo-verdiana publicados. Consubstanciada por vários heterônimos e pseudônimos, sua obra poética propõe-se abrangente, de múltiplos olhares sobre si e do mundo que o cerca, procurando explorar ao extremo as diversidades formais e estéticas que a poesia possibilita. Com isso, lidamos com os nomes de Alma Dofer, Erasmo Cabral d Almada, Dionísio de Deus y Fonteana, Tuna Furtado, Zé di Sant y Águ, este posteriormente transfigurado para NZé di Sant y Águ. Em razão do espaço exíguo deste artigo, mencionaremos somente as características deste. Criado em 1978, na Assomada: Zé di Sant y Águ é a minha personalidade castiça e lusófona, profundamente ancorada no chão telúrico de Santiago de Cabo Verde (...), simboliza a sacralização dos elementos essenciais da nossa mitologia: os santos (em primeiro lugar, o Santo Iago (...) e a Água; a ilha, a raiz do arquipélago. Zé sou eu (Almada, 1990, p. 14). Entretanto, Zé di Sant y Águ ganhou o acréscimo do N em NZé, o eu forte e afirmativo, a primeira pessoa do singular cabo-verdiano, tornando-se NZé dy Sant y Águ e configurando assim a sua maturidade poética, restando ao antigo heterônimo os poemas tecidos na escrita crioula. Esclarece o poeta que: NZé di Sant y Águ representa uma personalidade poética que se quer plenamente amadurecida e capaz de superar pelo seu aperfeiçoamento a linguagem e a escrita poéticas de Zé di Sant y Águ, nas suas modalidades lusógrafa e crioulógrafa, superação essa também testemunhada pela aguda maturidade da nova Assomada Nocturna (Almada, 2005, p. 66).

13 Uma vertente bastante marcante da obra poética de José Luis Hopffer Almada é o resgate de cenários, protagonistas e revoltas antiescravocratas do passado, principalmente da ilha de Santiago, pois importante recordar que esta ilha é por 85 anos, de 1462 a 1547, ponto de concentração de escravos a exportar (Hernandez, 2002, p. 40), buscando a valorização da afro-crioulidade na identidade cabo-verdiana. Há um contexto histórico de contestação à ordem estabelecida, da falência do sistema, da fome, dos ciclos de seca no século XIX que motiva as revoltas dos Engenhos (1822), Monte Agarro (1835) e Achada Falcão (1842). Com esta perspectiva que Almada procura desvelar o passado colonial cabo-verdiano nos poemas de seu heterônimo NZé dy Sant Y Águ, tal como aparece no poema Monte-Agarro, incluído no livro Praianas : Não sabias/ Gervásio/ que a morte/ é simplesmente uma corda/ enlaçada à neblina do cativeiro// Não sabias/ Narciso/ que a morte/ é um gume/ uma faca de sisal/ um nó abrupto e súbito/ ou o espectro da traição/ abraçados ao teu corpo/ e à sua derradeira verticalidade// Não sabias/ Gervásio/ que a morte/ são sequiosos lábios metálicos/ que se comprimem/ de repente esgar e raiva/ entre ti e a tua ausência// Não sabias/ Domingos/ que noites haveria/ mais o seu breu/ e o temor de todos/ relinchando/ rente ao silêncio/ a sibilante oralidade/ do delírio das pedras// ajaezadas/ ao crepitar das balas dos arcabuzes/ e ao decrépito simulacro/ da sobrevivência/ e da névoa da morte/ a que se chama escravatura// Tu o que sabias/ Gervásio// Tu o que sabias/ Narciso// Tu o que sabias/ Domingos// é que deve haver um limite/ entre o mar e o medo/ entre a amnésia e a miséria dos sentidos/ entre o musgo lacrado à memória/ e o cuspo rente ao abismo do olvido// e que era esse o destino/ de monte-agarro fonteana/ julangue serra-malagueta/ e dos cavalos da sua noite exausta/ resfolegando contra os próceres/ do morgadio e do pelourinho (Almada, 2009, pp ) Este poema retrata a malograda insurreição antiescravocrata protagonizada por Gervásio, Narciso e Domingos em 1835 que pretendia extinguir o sistema escravista, matar os senhores brancos e tomar a ilha de Santiago, tornando-a um Haiti cabo-verdiano. Entretanto, a rebelião foi sufocada através de uma denúncia, seus líderes presos e a repressão deveria ser exemplar, pois, segundo os autos da época a: Presente sublevação a mais séria que tinha aparecido e de que não havia memória; resolveu-se por fim, (...) que se deviam fuzilar os indiciados (...) e era evidente a todas as luzes, tornando-se urgente necessidade que quanto

14 antes se desse um golpe decisivo que prevenisse a explosão para não se lamentarem vítimas; (...) (Carreira, 1982, p ). A fria descrição dos autos acima retrata o pensamento dos feitores, para os quais administrar é sinônimo de oprimir e maltratar (Hernandez, 2002, p. 53). Com o insucesso desta rebelião, as metáforas virulentas demonstram a crueldade que os escravos enfrentariam: Não sabias/ Gervásio/ que a morte/ é simplesmente uma corda/ enlaçada à neblina do cativeiro// Não sabias/ Narciso/ que a morte/ é um gume/ uma faca de sisal/ um nó abrupto e súbito/ ou o espectro da traição/ abraçados ao teu corpo/ e à sua dura verticalidade (Almada, 2009, p. 96). Logo em seguida, o questionamento angustiado do sujeito lírico acerca das reais possibilidades de vitória aumenta com a ausência da pontuação e a brevidade dos versos: Tu o que sabias/ Gervásio// Tu o que sabias/ Narciso// Tu o que sabias/ Domingos (Almada, 2009, p. 96). A partir da indagação, o poema encerra-se recordando outras revoltas malogradas: era esse o destino/ de monte-agarro fonteana/ julangue serra-malagueta/ e dos cavalos da sua noite exausta/ resfolegando contra os próceres/ do morgadio e do pelourinho... (Almada, 2009, p. 96). Para finalizar, gostaríamos de acrescentar que acompanhamos o conceito de Atlântico Negro de Paul Gilroy e as aproximações entre as populações negras na diáspora, suas trocas desterritorializadas, simultâneas e hibridizadas, suas negociações nas sociedades que os discriminam devido à ascendência africana. Por isso, o retorno às origens africanas como reconfiguração identitária e de autoafirmação negra. Procuramos apresentar neste artigo a pertinência do conhecimento e da divulgação de uma estética e de valores próprios para literaturas produzidas por negros na diáspora africana e em África, com trocas ininterruptas de experiências que percorrem o Atlântico negro. Apreendemos o quanto os tentáculos do racismo aproximam-se e permanecem inalteráveis nos países onde o negro se encontra. Para Carlos Moore: (...) o racismo constitui um fator majoritário no universo onde ele se sustenta emocional e historicamente, permeando todas as camadas da sociedade. Os preconceitos, medos e ódios seculares que o racismo gerou ao longo dos tempos se têm enraizado no imaginário coletivo dos diversos povos e sociedades, formando incríveis labirintos de sentimentos inconfessos de repulsa automática contra o segmento de origem africana e de insensibilidade para com seus interesses e anseios (Moore, 2012, p. 233). Contra a permanência histórica do racismo que essas literaturas realizadas por negros atuam de forma incansável na denúncia das práticas discriminatórias do passado e de hoje, ainda que ocorra um discurso em prol da diversidade, pois a promoção da diversidade não

15 conduz, em si, às mudanças profundas de paradigma, nem à desracialização do imaginário social, ou ao desmantelamento das estruturas raciológicas da sociedade (Moore, 2012, p. 235). São essas reconstruções das culturas negras nesse Atlântico negro de sociedades hegemônicas que excluem e discriminam aqueles com fenótipo de ascendência africana, que Éle Semog e José Luis Hopffer Almada estão atentos a esses ardis do racismo e fazem de suas obras poéticas espaços de luta contra discriminação racial, de resgate da memória e da valorização e integração de negras e de negros nas sociedades as quais pertencem. BIBLIOGRAFIA Achugar, Hugo Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre Arte, Cultura e Literatura. Belo Horizonte, Editora UFMG. Almada, José Luis Hopffer À Sombra do Sol Volume I. Praia, Voz di povo Mirabilis de veias ao sol. Antologia dos novíssimos poetas cabo-verdianos. Lisboa, Caminho.. ALUPEC confere um rosto próprio à nossa língua. In: Jornal A Nação, Ano 2. n. 92, 04 a 10/06/2009. p Praianas Revisitação Do Tempo e da Cidade (Poema de Nzé Di Sant Y Águ). Praia, Spleen Edições Anotações a propósito da alegada (im)pertinência histórica e actual de uma poesia caboverdiana da afro-crioulitude e/ou da negritude crioula. In: Buala. Disponível em: e-negritude-crioula-i Acesso: 29 de março Anjos, José Carlos dos Intelectuais, literatura e poder em Cabo Verde: lutas de definição da identidade nacional. Porto Alegre, Editora da UFRGS; Cabo Verde, Instituto de Investigação Promoção e Património Culturais INIPC. Bento, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: Carone, Iray; Bento, Maria Aparecida Silva (Orgs.) Psicologia social do racismo estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis, Vozes, Bhabha, Homi O local da cultura. Belo Horizonte, Editora UFMG. Cabral, Amílcar Apontamentos sobre a poesia caboverdiana. In: Vozes. Petrópolis, n. 1, Carreira, António Cabo Verde: formação e extinção de uma sociedade escravocrata ( ). Patrocínio da Comunidade Europeia. Instituto Cabo-Verdiano do Livro. Cuti Literatura negro-brasileira. São Paulo, Selo Negro.

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