POR QUE É PRECISO TER CONSCIÊNCIA NEGRA?

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1 POR QUE É PRECISO TER CONSCIÊNCIA NEGRA? Qualquer sociedade que busca o desenvolvimento da democracia precisa dar especial atenção aos anseios sociais e colocá-los à frente de nossos anseios pessoais. Isso quer dizer que é preciso pensar além de si mesmo. No caso do Brasil temos desafios enormes, quanto à busca por igualdades de direitos. Nesse sentido, reconhecer a diversidade étnica e racial da população brasileira, assim como a inserção de cada um desses grupos na sociedade, ao longo de nosso processo histórico, é de fundamental importância para compreendermos mecanismos que sustentam a desigualdade social em nosso país. Não podemos deixar de reconhecer que ao longo das últimas décadas tivemos avanços significativos no combate à desigualdade. Acreditar, entretanto, que esse é um problema já resolvido é algo extremamente perigoso e que pode, inclusive, permitir um retrocesso no desenvolvimento da cidadania em nosso país. Se observarmos atentamente as nossas relações sociais, veremos que ainda somos cercados por situações de desigualdade, onde determinados grupos possuem mais poder do que outros. Podemos citar como exemplo a desigualdade entre gêneros e raças, alvo de debates importantes propostos por determinados movimentos sociais. Por exemplo: Quantas mulheres estão presentes no parlamento brasileiro? Ou quantos médicos brasileiros são negros? Perguntas como essas, deixam claro que não precisamos ser nenhum especialista para diagnosticar o quão desigual ainda é a sociedade brasileira. No dia 20 de novembro, comemora-se, no Brasil, o dia da consciência negra e o dia nacional de Zumbi, instituído por lei em Essa data foi introduzida em nosso calendário justamente para poder reforçar a importância de se debater essa questão da desigualdade racial e, sobretudo, de reconhecer a luta dos movimentos sociais dos negros ou do chamado movimento negro. Zumbi foi um líder quilombola que teria sido assassinado no fim do século XVII no famoso Quilombo dos Palmares, localizado entre os estados de Pernambuco e Alagoas. Apesar da importância simbólica de uma data como essa, não há melhor maneira de se reconhecer a importância desse tema que não seja pelo estudo da história dos negros no Brasil. 1

2 Indo direto ao ponto, não podemos ignorar a estrutura escravocrata que predominou no Brasil no contexto da nossa colonização. Europeus exerceram poder sobre o controle do território em detrimentos dos povos que aqui habitavam os indígenas. Por vários séculos, a população branca esteve hegemonicamente ocupando as instituições de poder. O processo de exploração aurífera que se deu em meados do século XVIII alimentou um dos maiores tráficos de pessoas da história. Negros africanos capturados por grupos étnicos rivais eram vendidos aos europeus, que comercializavam escravos em várias partes do mundo. O conhecido e lucrativo tráfico negreiro foi responsável pela inserção do negro na sociedade brasileira. No entanto, essa inserção já se deu, desde o início, numa condição de desigualdade absurda. Durante muito tempo, negros sequer tinham direitos como os demais grupos da sociedade. A eles só restavam a opção de trabalhar em péssimas condições sanitárias, sem remuneração e em situações de cárcere privado, ou seja, tinham o direito de ir e vir completamente cerceado. Mesmo a partir do final do século XIX, quando uma série de leis surge no contexto imperial dando início ao processo de abolição da escravatura, na prática a condição de servidão do negro em relação aos outros grupos sociais não foi diminuída - Lei do Ventre Livre (1888), Lei Saraiva- Cotegipe (1885) e Lei Áurea (1888). A manutenção dessa condição de servidão basicamente se deu pela falta de acesso por parte dos negros libertos às condições elementares de sobrevivência como acesso à terra e à renda. Não podemos afirmar que tais leis de nada serviram, pois permitiram certa a ascensão de parcela da população negra. A rigor, entretanto, conservou-se uma distinção social entre brancos e negros que, no contexto da produção cafeeira no Brasil, passou a disputar a mão-de-obra com imigrantes europeus, demonstrando uma clara intenção de branqueamento da população por parte da elite oligárquica brasileira. Outra lei muito importante instituída em 1850 foi a chamada Lei de terras, que restringia o direito de acesso à propriedade privada terra somente a grupos da elite branca. Daí, também, podemos entender melhor o contexto de formação dos quilombos, territórios ocupados predominantemente por grupos de negros fugidos. 2

3 Diante desse contexto histórico, fica mais fácil compreender, porque os negros permearam as camadas mais pobres da sociedade, cujos reflexos ainda podem ser percebidos em nosso cotidiano. Vejamos, a seguir, alguns gráficos que justificam a condição de desigualdade racial que ainda persiste em nosso país. Para melhor entendermos o gráfico acima, é preciso saber que os negros englobam aqueles que se consideram pardos ou pretos. Atualmente, esse grupo corresponde a pouco mais da metade da população brasileira. Observe que a população carcerária ou prisional, segundo cor/raça, aumenta entre os anos de 2005 e

4 No entanto, comparando os diferentes grupos, podemos perceber que houve um aumento mais intenso da população negra se comparado com a população branca. Outro gráfico que revela tal desigualdade compara a taxa de homicídio (em grupos de cem mil), tendo em vista a cor ou raça e ainda o acesso à educação. Repare que a taxa de homicídio entre os negros é superior à taxa dos brancos, e que quanto maior a escolaridade, menor a taxa de homicídios. Veja a seguir. Dados como esses só vem a colaborar para que pessoas de diferentes raças ou cor entendam que mudanças e ações afirmativas precisam acontecer. É notório que jovens negros pobres estão em condições de insegurança mais latentes que a de jovens brancos. Também é inegável que políticas sociais como a Lei de Cotas, que reserva vagas em universidades para pretos e pardos, têm sido fundamental para equilibrar a inserção do negro na sociedade em condições menos precarizadas. Políticas como essas, inclusive, tivaram reflexos no número de pessoas que se consideram negras. Por outro lado, esse mesmo tema é fonte de debates polêmicos na sociedade atual, como, por exemplo, a discordância de tal lei por parte da população branca. Fato é que, discutir e formar consciência negra, é fundametal para tornar esses debates mais ricos e possibilitar a construção de caminhos para uma sociedade mais justa e democrática. Afinal, os movimentos negros não lutam por privilégios e, sim, por igualdade. 4

5 Referência: - acesso em acesso em

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