União estável e casamento homossexual. Renata Barbosa de Almeida
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- Juan Bayer Lemos
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1 União estável e casamento homossexual Renata Barbosa de Almeida
2 1 Da ignorância à relevância: o percurso do reconhecimento legal Família como casamento. Constituição matrimonial através do Direito. Impedimentos matrimoniais. + + = Indiferença!
3 1 Da ignorância à relevância: o percurso do reconhecimento legal Fatos tribunais reivindicação de direitos Disciplina judicial: respeito ao Disciplina judicial: respeito ao casamento + vedação ao locupletamento = sociedade de fato
4 1 Da ignorância à relevância: o percurso do reconhecimento legal Enunciado 380 da Súmula do STF: comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum 1964
5 1 Da ignorância à relevância: o percurso do reconhecimento legal Enunciado 35 da Súmula do STF Em caso de acidente de trabalho ou de transporte, a concubina tem direito a ser indenizada pela morte do amásio, se entre eles não havia impedimento para o matrimônio Decreto-Lei 7.036, de 10 de novembro de 1944, artigo 21.
6 1 Da ignorância à relevância: o percurso do reconhecimento legal Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/73, com as alterações da Lei 6.216/75) CF/88 artigo 226, 3º Lei 8.971/94 Lei 9.278/96 Código Civil de 2002
7 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Legislação vigente: Código Civil de 2002 Convivência entre um homem e uma mulher solteiro(a), viúvo(a), divorciado(a), separado(a) judicialmente ou de fato a qual, porque fundada no propósito de constituir família, apresenta-se pública, contínua e duradoura.
8 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: a) Diversidade de sexos; b) Inexistência de impedimentos matrimoniais; c) Objetivo de constituir família (intuito familiae).
9 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: a) Diversidade de sexos; Homossexualidade (?) Por que a heterossexualidade é essencial à união estável?
10 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: a) Diversidade de sexos; Homossexualidade (?) Em termos de conjugalidade não há diferença jurídica! Assim apenas ocorre no que diz respeito à parentalidade.
11 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: a) Diversidade de sexos; Homossexualidade (?) Duas posições possíveis: legalista ou sistemática e principiológica.
12 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: b) Impedimentos matrimoniais; Concubinato puro e impuro.
13 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: b) Impedimentos matrimoniais; Equivalência em face do casamento (?) - Conversão!
14 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: b) Impedimentos matrimoniais; Monogamia (?) - Relações simultâneas.
15 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos subjetivos: b) Impedimentos matrimoniais; Estou a dizer: não há concubinos para a Lei Mais Alta do nosso País, porém casais em situação de companheirismo (BRITO, Carlos. Min. do STF)
16 2 Pressupostos legais de configuração da união estável Pressupostos objetivos: a) Estabilidade; b) Ostensibilidade.
17 STF ADI 4.277/DF e ADPF 132/RJ Ementa: (...) 3. Tratamento constitucional da instituição da família. Reconhecimento de que a Constituição Federal não empresta ao substantivo família nenhum significado ortodoxo ou da própria técnica jurídica. A família como categoria sócio-cultural e princípio espiritual. Direito subjetivo de constituir família. Interpretação não reducionista. O caput do artigo 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou homoafetivos.
18 STF ADI 4.277/DF e ADPF 132/RJ A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão família, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. (...) Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. (...) Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-cultural.
19 STF ADI 4.277/DF e ADPF 132/RJ 4. União Estável. Normação constitucional referida a homem e mulher, mas apenas para especial proteção desta última. Focado propósito constitucional de estabelecer relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia entre as duas tipologias do gênero humano. Identidade constitucional dos conceitos de entidade familiar e família (...)
20 STJ Resp /10/2011 Ementa: Direito de Família. Casamento civil entre pessoas do mesmo sexo (HOMOAFETIVO). Interpretação dos arts , 1.521, 1.523, e do Código Civil de Inexistência de vedação expressaa que se habilitem para o casamento pessoas do mesmo sexo. Vedação implícita constitucionalmente inaceitável. Orientação principiológica conferida pelo STF no Julgamento da ADPF n.º 132/RJ e da ADI n.º 4.277/DF.
21 STJ Resp (...) 10. Enquanto o Congresso Nacional, no caso brasileiro, não assume, explicitamente, sua coparticipação nesse processo constitucional de defesa e proteção dos socialmente vulneráveis, não pode o Poder Judiciário demitir-se desse mister, sob pena de aceitação tácita de um Estado que somente é "democrático" formalmente, sem que tal predicativo resista a uma mínima investigação acerca da universalização dos direitos civis.
22 Notícias STF Sexta-feira, 16 de março de 2012 Processo sobre união homoafetiva concomitante com união estável tem repercussão geral O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a existência de repercussão geral na questão constitucional alusiva à possibilidade de reconhecimento jurídico de uniões estáveis concomitantes (sendo uma delas de natureza homoafetiva e outra, de natureza heteroafetiva), com o consequente rateio de pensão por morte. O processo é um Agravo em Recurso Extraordinário (ARE ) contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ-SE), que negou seguimento a recurso extraordinário de uma das partes.
23 Ao decidir apelação cível, o TJ-SE decidiu pela impossibilidade de reconhecimento da relação homoafetiva diante da existência de declaração judicial de união estável entre o falecido e uma mulher em período concomitante. Segundo o acórdão (decisão colegiada) da corte sergipana, o ordenamento jurídico pátrio não admite a coexistência de duas entidades familiares, com características de publicidade, continuidade e durabilidade visando à constituição de família, situação considerada análoga à bigamia. Ao interpor o agravo, a parte suscita a presença de repercussão geral da questão e, no mérito, alega que a decisão do TJ-SE violou o inciso III do artigo 1º da Constituição da República e os princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade.
24 O relator do agravo, ministro Ayres Britto, considerou que a matéria constitucional discutida no caso se encaixa positivamente no disposto no parágrafo 1º do artigo 543-A do Código de Processo Civil, que fixa como requisito para a repercussão geral a existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso. CF/AD//GAB Disponível em: Conteudo= Acesso em Não se manifestaram os Ministros Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia.
25 Direito Civil: Famílias Renata Barbosa de Almeida Walsir Edson Oliveira Junior São Paulo: Atlas,
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