Instrutor: Marlon L. Souto Maior Auditor-Fiscal de Contas
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1 TREINAMENTO AOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RORAIMA Módulo: Processos e Técnicas Legislativas Noções Básicas de Direito Administrativo e Administração Pública Instrutor: Marlon L. Souto Maior Auditor-Fiscal de Contas UNIVIRR, Abril/2013
2 PROCESSO LEGISLATIVO O princípio da separação dos I - Introdução Poderes - Conceito de funções estatais (no contexto das atribuições do Estado) Funções são as várias etapas em que se desenvolve a atividade estatal. Compreendem o exercício do poder estatal. Ocorre quando o Estado legisla, executa e julga.
3 II A teoria de Montesquieu - Separação de funções 1ª. Idéia Locke -desprezou a função judicante - O Espírito das Leis 1748 Distinguiu as funções executivas, legiferantes e judiciárias.
4 - Objetivo: maior controle das atividades estatais (freios e contrapesos) - Característica principal: pluralidade de órgãos, que não se confundiam. - Principais pressupostos: independência e harmonia entre os Poderes.
5 - Evolução da teoria - menor rigidez nos dias atuais, justamente para assegurar a independência. - Poder Executivo, hoje, também legisla (ex. decretos, iniciativa e sanção no processo legislativo) e julga (ex. art. 87, da Lei 8.666/93) - Poder Legislativo, hoje, também executa (seu próprio orçamento) e julga (art. 52 da CF/88 e 33 da CERR) - Poder Judiciário, hoje, executa seu orçamento e participa do processo legislativo, pela reserva de iniciativa.
6 ...excetuando-se as funções atípicas contempladas na Lei Fundamental, o princípio da separação tem por escopo não permitir que um dos poderes se arrogue o direito de interferir nas competências alheias. Bastos, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional, 17ª. ed. p. 179.
7 - A supremacia histórica do legislativo - Dirigia a atuação do Executivo e do Judiciário - Fazia as leis que os outros executavam - Principal razão do declínio - Sufrágio universal (participação das massas dividindo-o em vários grupos e vários interesses). - Ascensão do Executivo - Forma de conter essa supremacia, atribuindo a este o poder de interferir no processo legislativo e até mesmo legislar - Executivo - a interfêrencia no processo - Possibilidade de deflagrar (reserva de iniciativa) e encerrar o processo legislativo (sanção e veto)
8 II A elaboração das leis e o Município - Modelo da Constituição Federal - O princípio da supremacia da Constituição Fundamento de validade para todas as espécies normativas. - Inexistência de dispositivo que contemple obediência compulsória aos demais entes, diferentemente da CF de 67 e alterações. - Jurisprudência privilegia o processo legislativo uniforme (ADI 822/STF), pelo aplicação do princípio da simetria: Processo legislativo: tendência da jurisprudência do STF no sentido de observância compulsória pelos Estados-Membros das linhas básicas do modelo federal do processo legislativo, em particular as que dizem com as hipóteses de iniciativa reservada e com os limites do poder de emenda
9 - O processo legislativo nos Municípios - O Município a mais sólida instituição política existente no Brasil. - Autonomia municipal - Poder de autogoverno dentro dos limites constitucionais. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. + Arts. 29, 30, 34, VII, c, da CF/88
10 - Competência legislativa municipal - Suplementar a legislação federal e estadual (art. 30, II, da CF/88) - Legislar sobre assuntos de interesse local (art.30, I, da CF/88) Interesse local é: Tudo o que disser respeito com a administração local (Temer) Situações concretas que aproveitam predominantemente a administração local (Meirelles)
11 2. Lei Complementar É o ato parlamentar legislativo destinado a regular, complementarmente, matérias constitucionais (ou das Leis Orgânicas Municipais). Algumas LOMs prevêem as matérias objetos de Lei Complementar. Sua aprovação requer maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa. Processo legislativo - conjunto de atos realizados pelos órgãos legislativos visando a formação de normas de Direito. Produtos do processo legislativo: 1. Emenda à Lei Orgânica Municipal É o ato parlamentar legislativo destinado a emendar a Lei Orgânica Municipal, tendo sua tramitação prevista na Constituição Federal, devendo ser votada em dois turnos e para sua aprovação maioria qualificada, igualmente determinada pela legislação.
12 3. Lei Ordinária Destinada a regular assuntos gerais, excluídas as matérias pertinentes à legislação complementar e as concernentes a competências do Poder Legislativo. Em linha geral são aprovadas por maioria simples, com exceções previstas em cada LOM e Regimento Interno. 4. Lei Delegada É o ato parlamentar legislativo elaborado e editado pelo Chefe do Poder Executivo, sob delegação expressa por resolução do Poder Legislativo. Não se aplicam neste caso as matérias de competência privativa do Poder Legislativo, as reservadas à legislação complementar, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos, além de outros disciplinados pela legislação federal. Sua aprovação se dá pela maioria simples.
13 5. Decreto Legislativo É o ato parlamentar destinado a regular matéria de competência privativa do Poder Legislativo, e que excede os limites de sua economia interna, não sujeito à sanção do Chefe do Poder Executivo, cuja promulgação compete ao Presidente do Legislativo e são disciplinados no Regimento Interno. 6. Resolução É o ato parlamentar destinado a regular assuntos de economia interna do Poder Legislativo (Câmara Municipal), de caráter político, processual ou legislativo ou quando a Casa Legislativa deva se pronunciar em casos ou assuntos determinados, que exijam um posicionamento da mesma.
14 Fases a Apresentação do Projeto - Princípio da reserva de iniciativa b Apreciação do Projeto - Princípio da simetria e exclusão ou da obediência simétrica Compreende a Análise Técnica, emendas, discussão e votação
15 c Aprovação/rejeição do projeto de lei - Envio ao Executivo em caso de aprovação - Prazo, do Executivo, para deliberar sobre sanção ou veto - Sanção Tácita d Promulgação e publicação - Consequências - Vacatio legis
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17 NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO I REGIME DE DIREITO PRIVADO X REGIME DE DIREITO PÚBLICO PRIVADO: regime que disciplina os interesses privados, egoísticos e individuais. PÚBLICO: Caracteriza-se pela redução da autonomia individual e pela criação de poderes jurídicos destinados a assegurar a satisfação dos direitos fundamentais e a realização da democracia.
18 II DIREITO ADMINISTRATIVO Conceito conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado (Meirelles) conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplinam as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais e a organização e o funcionamento das estruturas estatais e não estatais encarregadas de seu desempenho (Justen Filho)
19 Administração Pública Espécies: Conjunto de pessoas e órgãos governamentais dispostos a gerir bens e interesses qualificados da comunidade, visando ao bem comum. (Meirelles)
20 Princípios Constitucionais norteadores da Administração Pública L egalidade - sujeição absoluta à lei I mpessoalidade busca do interesse público M oralidade padrão ético de conduta P ublicidade divulgação oficial do ato E ficiência presteza, perfeição e resultado prático positivo
21 Outros princípios regentes da Administração Pública Isonomia tratamento equilibrado Supremacia do interesse público primazia do interesse geral Razoabilidade proibição do excesso. Motivação explicação legal e jurídica dos atos e das decisões.
22 MUITO OBRIGADO PELO PRIVILÉGIO!!! Fone: /
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