Tendências Recentes de Expansão Metropolitana e Intra-Municipal: o papel da migração no caso do Município de Guarulhos SP *

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1 Tendências Recentes de Expansão Metropolitana e Intra-Municipal: o papel da migração no caso do Município de Guarulhos SP * Andréa Croso Weick PMG Roberto Luiz do Carmo UNICAMP/NEPO Kátia Cristina da Silva Izaias PMG Ricardo Antunes de Abreu SIGeo Palavras-chave: migração, urbanização, metropolização Introdução: o contexto metropolitano A década de 1970 marcou o início de uma série de mudanças políticas e econômicas que afetaram decisivamente a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Por um lado, foram instituídas medidas governamentais para descentralizar a economia da metrópole paulista, CANO (1998) e PACHECO (1996). Por outro lado, foi criada a legislação de proteção aos mananciais com o objetivo de proteger os reservatórios de água, primordiais para abastecimento da população residente na região, MARCONDES (1999), ROLNIK (1997) e MARICATO (1996). A dinâmica demográfica e suas implicações sobre os recursos hídricos passaram a ter relações cada vez mais próximas a partir desse período. A RMSP abrigava cerca de 45% da população estadual, em Essa concentração tem se mantido ao longo das últimas décadas, chegando próximo a 50%. Houve um aumento populacional muito significativo no período considerado, com a RMSP passando de 8,1 milhões de habitantes em 1970 para cerca de 17,8 milhões de pessoas em 2000, conforme pode ser observado nas tabelas que se seguem. * Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, realizado em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de novembro de 2002.

2 O município mais populoso do país continua sendo São Paulo, que passou de 5,9 milhões para mais de 10,4 milhões de habitantes. Embora ainda abrigue mais da metade da população regional (quase 59%), vem perdendo peso relativo, sendo que em 1970 a capital paulista abrigava quase que 2/3 da população metropolitana. Observa-se também um aumento importante do peso relativo de Guarulhos, que passou a ser o segundo município mais populoso da RMSP e também do estado, com mais de 1 milhão de habitantes, ultrapassando Campinas, que registrou uma população de 967 mil pessoas no ano Isso revela um vetor de expansão metropolitana em direção ao Nordeste. São Bernardo do Campo também ganhou peso e ultrapassou Osasco, que se manteve praticamente em um mesmo patamar, e Santo André, que perdeu peso relativo. O Município de Guarulhos Guarulhos teve sua origem como elemento de defesa do povoado de São Paulo. Com a denominação de Nossa Senhora da Conceição foi fundado em 8 de dezembro de 1560 o aldeamento dos índios Guarus da tribo dos Guaianases, integrantes da nação Tupi, pelo Padre Jesuíta Manuel de Paiva. Seu crescimento inicial deu-se em função da mineração de ouro. as minas foram descobertas em 1590 por Afonso Sardinha, localizadas na atual região do Bairro dos Lavras, cujas antigas denominações eram Serra de Jaguamimbaba, Mantiqueira e Lavras-Velhas-do-Geraldo. Entre os séculos XVII e XVIII notamos momentos de grande interesse por Guarulhos, haja vista a quantidade de ordens estabelecendo as sesmarias (responsáveis pela ocupação e assentamentos na época do Brasil Colônia) expedidas para a região. Os sesmeiros se dedicaram à agricultura e à mineração e, como atividade de apoio criavam gado vacum e cavalar. Ressaltamos que os engenhos de açúcar que se iniciam nos anos seiscentistas estendem-se até o início do século XX, com a produção de álcool e aguardente. A agricultura da região possivelmente sofreu com o clima úmido e frio que acarretou ferrugem ao trigo, mosaico a cana e curuquerê ao algodão. No final do século XIX, discutiu-se na Câmara Municipal a necessidade da região ser servida pela estrada de ferro. A justificativa recaía nas riquezas dos recursos 2

3 naturais da região, mais especificamente na produção de madeira e pedra, além da produção de tijolos, dado o grande número de olarias em funcionamento. Toda a produção estava direcionada às crescentes edificações da capital, justificando a implantação do ramal ferroviário que se efetivará somente em 1915, com a inauguração do Ramal Guapyra - Guarulhos, o trem da Cantareira (Estrada de Ferro Sorocabana). Os aspectos acima condicionaram a urbanização do município, vinculada à proximidade da capital e à importância das vias de acesso implementadas no esforço de modernização da indústria nacional a partir dos anos 50 (Plano de Metas - Política Desenvolvimentista), mobilizando trabalhadores de todo país em direção ao Sudeste. Com efeito, Guarulhos teve o impulso necessário para o seu desenvolvimento com a inauguração da Via Dutra em 1952, que conectou os dois pólos de desenvolvimento econômico do país. De um lado, São Paulo no momento histórico de aceleração industrial e de outro, o Rio de Janeiro, ainda Capital Federal e centro de decisões políticas. Estrategicamente posicionado entre o eixo Rio / SP, o município de Guarulhos foi escolhido para a implantação de equipamentos de impacto regional tais como: o Aeroporto Internacional de São Paulo Guarulhos (inaugurado em 1985 e com a 3ª pista em construção, prevista para ser inaugurada em 2005), Rodoanel, Dryport, o Parque Ecológico do Tietê e o Parque Estadual da Cantareira. Cortam o território do município a Rodovia Presidente Dutra (já mencionada) a Rodovia Airton Senna da Silva, que fazem a ligação dos estados do Rio e São Paulo e a Rodovia Fernão dias que liga o município a Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Conforme já apresentado, Guarulhos está inserido na Região Metropolitana de São Paulo, sendo um dos 39 municípios que a compõe. A proximidade com São Paulo, município sede da RMSP, condicionou o seu desenvolvimento, gerando sistemas dependentes. Entretanto, essa proximidade com a Região Metropolitana não tem significado apenas desenvolvimento. Guarulhos tem se transformado, cada vez mais, em uma extensão dos problemas da Capital paulista. Observando os dados da tabela a seguir percebe-se a grande proporção de pessoas que são responsáveis por domicílios e que não possuem rendimentos, cerca de 13%. Essa proporção é ligeiramente maior do que o 3

4 verificado no conjunto da RMSP e significativamente maior do que a média estadual e nacional. A proporção dos que ganham até um salário mínimo é equivalente à média da RMSP, sendo bem menor do que a média nacional. Ou seja, nessa categoria, Guarulhos se encontra em vantagem relativa em relação ao restante do país, mesmo considerando que as diferenças regionais implicam também em diferenças importantes em termos de valor relativo dos salários. Por outro lado, a maior diferença da RMSP em relação a Guarulhos diz respeito à faixa superior dos rendimentos, entre aqueles que recebem mais de 20 salários mínimos. Nessa faixa, a proporção da RMSP é mais do que o dobro da verificada em Guarulhos. Ou seja, a população de Guarulhos, em termos de rendimento, encontra-se em uma situação desfavorável em relação à RMSP. Domicílios Particulares Permanentes Classes de Rendimento Nominal Mensal da Pessoa Responsável pelo Domicílio (salário mínimo) Brasil Estado São Paulo RMSP Guarulhos Classes n.o abs. % n.o abs. % n.o abs. % n.o abs. % Até ½ , , , ,3 Mais de 1/2 a , , , ,0 Mais de 1 a , , , ,2 Mais de 2 a , , , ,9 Mais de 5 a , , , ,8 Mais de 10 a , , , ,6 Mais de , , , ,9 Sem rendimento , , , ,3 Total , , , ,0 Fonte: IBGE - Censo 2000 Elaboração: PMG -SEP -Departamento de Planaejamento - Divisão Técnica do SIGeo Essas características salariais também se refletem nas informações de escolaridade dos responsáveis pelos domicílios, conforme pode ser observado na tabela a seguir. A maior proporção de pessoas responsáveis por domicílios possui entre 4 e 7 anos de estudos, em todos os níveis considerados, sendo que essa proporção é tem um peso maior no Município de Gruarulhos. Observa-se também que a proporção de responsáveis por domicílios com 15 ou 4

5 mais anos de estudo de Guraulhos é menor do que a média do país, ficando bem atrás das médias metropolitana e estadual. Pessoas Responsáveis pelos Domicílios Particulares Permanentes Grupos de Anos de Estudo Regiões Total Sem instrução e menos de 1 ano 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 anos ou mais Não determinados Brasil ,2 18,5 30,7 12,7 15,1 6,5 0,2 São Paulo ,2 14,9 34,1 15,4 17,9 9,3 0,2 RMSP ,0 12,9 33,0 16,7 19,4 10,8 0,2 Guarulhos ,0 14,6 36,2 17,8 17,8 5,4 0,2 Fonte: IBGE - Censo 2000 Elaboração: PMG - SEP - Departamento de Planejamento - Divisão Técnica do SIGeo Quanto à situação de emprego no município, mesmo sendo insuficiente na geração de postos de trabalho, as unidades econômicas locais apresentam grande diversificação, possuem uma maior importância em termos de valor adicionado do que em pessoal ocupado e em número de unidades instaladas. 5

6 A tabela a seguir dá uma idéia da distribuição dessas unidades por setor de atividade econômica. TRABALHO Estabelecimentos Cadastrados no Ministério do Trabalho SETOR Ano Estabelecimentos Trabalhadores Formais Indústria Comércio Serviços Outros Total Fonte: Ministério do Trabalho O parque industrial de Guarulhos representa um dos maiores do país, com cerca de empresas, com destaque para as indústrias metalúrgicas, plásticas, químicas, farmacêuticas, alimentícias e de vestuário. Os bairros de Cumbica, Bonsucesso, Itapegica e Taboão abrigam as principais áreas industrias do município. Destaque-se a atividade comercial e de serviços na economia do município; são mais de sete mil estabelecimentos comercias cadastrados no Ministério do Trabalho no ano de 1999, dos mais variados ramos e portes, inclusive grandes redes de supermercados e lojas de departamento, que proporcionam aos consumidores grande diversidade de produtos e que empregam mais de pessoas (vide quadro acima). Existe uma grande expectativa no crescimento no setor de serviços, nos próximos dois anos, haja vista a implantação dos novos complexos hoteleiros no município e nos ramos ligados ao turismo de negócios. Com os novos investimentos imobiliários previstos para o município, as lojas de conveniência, lavanderias, locadoras de veículos, restaurantes, lojas de presentes e artesanato são alguns dos ramos que deverão receber 6

7 investimentos significativos. Salientamos, porém, que o setor de serviços está e estará gerando novos postos de serviços, os quais absorvem apenas em parte a mão-de-obra com menor qualificação. O dinamismo da economia municipal, somado ao processo de redirecionamento do crescimento da população metropolitana tem feito com que o município receba um vasto contingente populacional. Algumas estimativas mostram a importância da migração em termos dos componentes do crescimento demográfico, conforme pode ser observado no gráfico a seguir 1. Evidencia-se a importância do saldo migratório (SM), principalmente nas duas últimas décadas. Ou seja, o município continuou atraindo população, o que explica o seu crescimento acentuado nos períodos recentes. Gráfico 1. Componetes do crescimento demográfico, Saldo Migratório (SM) e Crescimento Vegetativo (CV) do município de Guarulhos, entre 1970 e ,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1970/ / /2000 CV SM Fonte: Fundação SEADE, 1992 As características socioeconômicas da população municipal são, em grande parte, reflexo dos processos migratórios intensos que ocorreram nas décadas recentes. Vamos discutir mais detidamente daqui por diante esses processos, principalmente a imigração, e suas implicações. Antes de mais nada, precisamos definir que população estamos considerando como migrantes. A definição de imigrante diz respeito a pessoas com 4 anos ou mais de 7

8 idade que declararam, na Contagem da População 1996 (IBGE), não residir em Guarulhos na data fixa de 01/09/1991. Portanto, estamos chamando de imigrantes aqueles que chegaram e permaneceram no Município de Guarulhos após a data de referência. Apresentamos a seguir a composição por sexo e idade dessa população de migrantes. Imigrantes no período de População Total - Imigrantes ou + 0,10 0,18 75 a 79 0,14 0,19 70 a 74 0,22 0,33 65 a a 64 0,37 0,54 0,49 0,67 H M 55 a 59 0,77 0,85 50 a 54 1,20 1,16 45 a 49 1,89 1,68 40 a 44 3,05 2,57 35 a 39 4,42 4,02 30 a a 29 7,30 6,26 5,63 7,06 20 a 24 8,21 7,70 15 a 19 5,42 6,17 10 a 14 5,03 5,35 5 a 9 5,60 5,44 4 Anos 0,00 0,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 Fonte: Fundação IBGE, Contagem da População O total de imigrantes no período de é de pessoas e predominantemente jovem, especialmente nas faixas de 20 a 29 anos (37.468) com cerca de 30% da população de imigrantes. Destaca-se o grande contingente de 1 A estimativa de Saldo Migratório para o período 1991/2000 foi realizado por método indireto, a partir dos dados de mortalidade e natalidade compilados pela Fundação SEADE. 8

9 imigrantes do sexo masculino na faixa de 20 a 24 anos (10.162) A participação de crianças, adolescentes e jovens na faixa de 5 a 19 anos (40.839) também é significativa na população de imigrantes totalizando cerca de 31%. Essa proporção pode estar relacionada a migração familiar, ou seja, casais jovens acompanhados de crianças, adolescentes e jovens. A quantidade de imigrantes de 5 a 29 anos (78.307) que vieram para Guarulhos neste período impactou os serviços básicos de saúde, na área da educação e no mercado de trabalho. Os maiores contingentes de imigrantes vieram das regiões Sudeste e Nordeste. A quantidade de imigrantes que vieram das regiões Sudeste e Nordeste perfaz o total de pessoas, sendo 63% da região sudeste e 37% da nordeste. O número de imigrantes da região sudeste é e não observamos diferenças percentuais significativos entre os sexos. No que se diz respeito a região nordeste temos imigrantes, sendo que 52% do sexo masculino e 48% do sexo feminino, com índice elevado de ambos os sexos na faixa de 20 a 24 anos, destacandose dentro desta faixa a maior quantidade dos imigrantes do sexo masculino. A maior concentração de imigrantes esta a faixa de 15 a 29 anos (23.412), onde se destaca o sexo masculino com (52%) imigrantes, principalmente entre as idades de 20 a 24 anos. 9

10 Imigrantes Região Sudeste Imigrantes Região Sudeste - Período de ou + 0,11 0,25 75 a 79 0,17 0,25 70 a 74 0,28 0,42 65 a 69 0,46 0,61 60 a 64 0,65 0,84 55 a 59 0,89 0,99 50 a 54 1,37 1,37 H M 45 a a 44 3,70 2,27 1,95 3,22 35 a 39 5,26 4,93 30 a a a a a 14 5 a 9 6,85 6,71 5,41 4,47 5,39 5,74 6,39 6,96 6,14 4,97 5,46 5,53 4 Anos 0,00 0,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 Fonte: Fundação IBGE, Contagem da População Constata-se que o maior contingente de imigrantes oriundos da Região Sudeste do sexo masculino compreende o grupo de idade de 30 a 34 anos, sendo que são 6,85% e do sexo feminino esta na faixa de 25 a 29 é de 6,96%. Como a proporção de crianças na faixa de 5 a 9 anos também é grande, aventa-se a hipótese de essa migração tenha um importante componente familiar, ou seja, casais jovens com filhos. 10

11 Imigrantes - Região Nordeste Período Imigrantes Região Nordeste - Período ou + 0,06 0,07 70 a 74 0,07 0,13 0,21 0,09 0,17 0,27 60 a 64 0,33 0,37 50 a a 44 1,96 0,53 0,90 1,26 0,60 0,82 1,21 1,54 H M 30 a 34 5,26 3,07 2,53 4,42 8,24 7,17 20 a 24 12,74 10,31 6,84 8,25 10 a 14 4,51 5,29 5,40 5,36 4 Anos 0,00 0,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 Fonte: Fundação IBGE, Contagem da População Observa-se no gráfico anterior que o maior contingente de imigrantes provenientes da Região Nordeste compreende o grupo de idade de 20 a 24 anos, sendo 12,74% do sexo masculino e 10,31% do sexo feminino. Ou seja, a imigração de nordestinos foi muito seletiva por sexo e idade, atraindo pessoas mais jovens, principalmente homens, do que aquelas que vieram da região Sudeste. O crescimento populacional ocorreu de maneira diferenciada nas duas últimas décadas. A disponibilidade dos dados demográficos no nível municipal para os Censos de 1980 e 1991 nos permitiu trabalhar com essa informação. Para 1996 trabalhamos com os dados no nível de setor censitário. Com isso, pudemos identificar quais foram os bairros que receberam maior volume de imigrantes, assim como caraterizar alguns aspectos dessa população. O cálculo da taxa média anual de crescimento populacional dos bairros de Guarulhos nos períodos de 1980, 1991, 1996 e 2000 retratou o acréscimo ou decréscimo de população de cada um dos 46 bairro do Município de Guarulhos. Com essa 11

12 informação foram construídos cartogramas com o objetivo de visualizar algumas características do processo de crescimento intra-urbano. Após o cálculo da taxa de crescimento de cada bairro colocamos os mesmos em ordem crescente, buscando identificar no contexto do município, aqueles bairros que ganharam ou perderam população. Utilizou-se para a definição dos pontos cardeais no município o bairro do Aeroporto, onde fica o Aeroporto Internacional de São Paulo Guarulhos e a Rodovia Presidente Dutra que corta o centro da cidade. Com efeito, destacamos alguns bairros que ganharam ou perderam população no período de 1980 a No período de 1980 a 1991 apontamos os bairros Porto da Igreja (33) e o bairro Aeroporto (0) que perderam população. O bairro Porto da Igreja perdeu população devido ao fato de que 80% do seu território ser ocupado por indústrias de grande porte. O bairro Aeroporto perdeu população devido à inauguração do Aeroporto Internacional de Guarulhos em 1985, que deslocou parte população que residia no local. No período de 1991 a 1996 destacamos os bairros Tanque Grande (39), Invernada (18), Água Azul (1), Lavras (22), Cabuçu (8) que tiveram um crescimento acima de 10%. No bairro Invernada apontamos a ocupação de irregular de terrenos. No bairro Lavras o crescimento deveu-se a ocupação de um loteamento (áreas legalizadas, aprovadas pela prefeitura ou não) chamado IV Centenário. No bairro Água Azul ressaltamos, neste período, a existência de várias chácaras utilizadas para atividades de lazer que acabaram se transformando em moradias (residências). No bairro Cabuçu apontamos a ocupação nos loteamentos Recreio São Jorge, Chácaras Cabuçu e Novo Recreio. No bairro Tanque Grande assinalamos a existência de um seminário de padres que fez parte da contagem da população neste período. No período destacamos o crescimento acima de 10% nos bairros Várzea do Palácio (42), São Roque (37), Mato das Cobras, Invernada (18), Bananal (4), e Fortaleza (16). No bairro Várzea do Palácio, apontamos o crescimento populacional devido à instalação de mais um presídio estadual. No bairro São Roque, aconteceu o adensamento de uma favela instalada na antiga fábrica da Hatsuta. Esta favela corresponde a 80% da população do bairro. No Mato das Cobras ocorreu a ocupação de um loteamento novo localizado na divisa do loteamento Ponte Alta e o bairro Lavras. No Bananal o crescimento populacional deve-se à ocupação no Jardim dos Eucaliptos, 12

13 mais especificamente no loteamento chamado Malvinas. Em 2003, pode ser que a população seja removida desta área pela INFRAERO, para a instalação da 3º pista do Aeroporto Internacional Guarulhos - São Paulo. No Fortaleza constata-se o crescimento devido à ocupação irregular da área reservada para a construção do Fórum, (na divisa com a Associação da Polícia Militar). No bairro Cumbica (14), houve um decréscimo da população em função da perda de parte do território deste bairro para o Município de São Paulo, em função da retificação de trechos do Rio Tietê que alterou as divisas municipais neste período. Na verdade, uma área ocupada chamada Vila Jacu que pertencia a São Paulo foi conferida ao território de Guarulhos na Contagem da População 1996 (IBGE). No censo 2000, esta área, voltou a pertencer a São Paulo. 13

14 N.º Bairro 0 Aeroporto 1 Água Azul 2 Água Chata 3 Aracília 4 Bananal 5 Bela Vista 6 Bom Clima 7 Bonsucesso 8 Cabuçu 9 Cabuçu de Cima 10 Capelinha 11 Cecap 12 Centro 13 Cocaia 14 Cumbica 15 Fátima 16 Fortaleza 17 Gopoúva 18 Invernada 19 Itaim 20 Itapegica 21 Jd. V. Galvão 22 Lavras 23 Macedo 24 Maia 25 Mato das Cobras 26 Monte Carmelo 27 Morro Grande 28 Morros 29 Paraventi 30 Picanço 31 Pimentas 32 Ponte Grande 33 Porto da Igreja 34 Presidente Dutra 35 Sadokim 36 São João 37 São Roque 38 Taboão 39 Tanque Grande 40 Torres Tibagy 41 Tranqüilidade 42 Várzea do Palácio 43 Vila Augusta 44 Vila Barros 45 Vila Galvão 46 Vila Rio 14

15 Conforme pode ser observado no mapa a seguir (chefe do domicílio imigrante) constamos que o maior percentual de chefes de domicílio imigrantes esta na faixa de 21% a 41% e vieram para os bairros Aeroporto (0), Morro grande (27), Itaim (19), Cabuçu (8), Tanque Grande (39) e Sadokim (35). A contribuição do fluxo migratório no crescimento populacional no período ocorreu principalmente nos bairros que possuem áreas rurais e nos bairros periféricos na porção leste do município, sendo estes imigrantes originários em sua maioria da região sudeste (66%) do país, especificamente do estado de São Paulo (97,80%). A Região Nordeste contribuiu com 15% dos imigrantes no período com pessoas originárias dos estado da Bahia (45%) e de Pernambuco (36%), que se instalaram nos bairros Mato da cobras (25), São Roque (37), Lavras (22), Tanque Grande (39), Água Chata(2), Aracília (3), Água Azul (1) e Invernada (18). Destes destacamos os bairros Mato da cobras (25) e São Roque (37) que tiveram uma taxa de crescimento acima de 10% no período Especificamente no caso do bairro São Roque constatamos que a média de morador passou de 3 (três) por domicílio em 1996 para 10 (dez) em Isto denota que houve uma concentração muito grande de pessoas por domicílio levando-nos a acreditar que os chefes que vieram em 1996 trouxeram da região nordeste além da família outros parentes para residir com eles em Vale salientar que observando a origem dos imigrantes por setores censitários destaca-se um setor pertencente ao bairro CECAP (11- conjunto residencial) onde se estabeleceram imigrantes estrangeiros, devido à proximidade com o Aeroporto Internacional de Guarulhos São Paulo. 15

16 N.º Bairro 0 Aeroporto 1 Água Azul 2 Água Chata 3 Aracília 4 Bananal 5 Bela Vista 6 Bom Clima 7 Bonsucesso 8 Cabuçu 9 Cabuçu de Cima 10 Capelinha 11 Cecap 12 Centro 13 Cocaia 14 Cumbica 15 Fátima 16 Fortaleza 17 Gopoúva 18 Invernada 19 Itaim 20 Itapegica 21 Jd. V. Galvão 22 Lavras 23 Macedo 24 Maia 25 Mato das Cobras 26 Monte Carmelo 27 Morro Grande 28 Morros 29 Paraventi 30 Picanço 31 Pimentas 32 Ponte Grande 33 Porto da Igreja 34 Presidente Dutra 35 Sadokim 36 São João 37 São Roque 38 Taboão 39 Tanque Grande 40 Torres Tibagy 41 Tranqüilidade 42 Várzea do Palácio 43 Vila Augusta 44 Vila Barros 45 Vila Galvão 46 Vila Rio 16

17 No intuito de justificar a importância da migração ocorrida em Guarulhos no período de e o impacto desta nas áreas que se adensaram no município escolhemos os bairros Cabuçu e Invernada que retratam de um lado a predominância da migração da região sudeste (Cabuçu) e do outro a predominância da migração da região nordeste (Invernada). Neste sentido procuramos comparar os indicadores socioeconômicos (anos de estudo e rendimento do chefe do domicílio) destes bairros, visando identificar a melhoria ou deterioração destes indicadores no censo que antecedeu esta migração (Censo IBGE 1991) e no Censo posterior a migração (Censo IBGE 2000). No bairro Invernada temos o seguinte quadro. No ano de 1991, observamos a maior concentração do rendimento na faixa de 1 a 3 salário mínimo 43,19% (244 chefes do total de 565) enquanto que em 2000 temos também concentração na mesma faixa com 39,07 % (337 de 2004 chefes). No que diz respeito aos anos de estudo, temos em 1991 a maior concentração na faixa de 4 a 7 anos de estudo (ensino fundamental incompleto) com 44,07% (249 de 565 chefes) e em 2000 na mesma faixa temos 43,81% (878 de chefes). No bairro Cabuçu temos o seguinte quadro. No ano de 1991, observamos a maior concentração do rendimento na faixa de 1 a 3 salário mínimo 38,85% (2.631 chefes do total de 6.773) enquanto que em 2000 temos também concentração na mesma faixa com 28,29 % (2.190 de chefes). No que diz respeito aos anos de estudo, temos em 1991 a maior concentração na faixa de 4 a 7 anos de estudo com 44,47% (3.012 de chefes) e em 2000 na mesma faixa temos 39,52% (6.210 de chefes). Porém os índices referentes a chefes sem rendimento sofreram um aumento considerável, no bairro Invernada temos 9,03% em 1991 e 24,14% em No bairro Cabuçu o crescimento também foi significativo passando de 5,18% em 1991 para 14,58% em Observa-se que com a transferência de um expressivo contingente populacional para estes locais não houve grande alteração ou melhora no indicador referente a anos de estudo. Contudo, no que se refere ao indicador de renda, houve queda importante nesses bairros. Em outras palavras, Cabuçu e Invernada, atraíram imigrantes que mantiveram ou acentuaram o perfil de baixo rendimento e poucos anos de estudo destes bairros. 17

18 Considerações finais Com base nos mapas e indicadores apresentados podemos tirar algumas conclusões: - houve uma desconcentração do contingente populacional dos bairros centrais ao longo da Rodovia Presidente Dutra até o Aeroporto e aumento das taxas de crescimento populacional nos bairros periféricos. A desconcentração populacional nos bairros centrais se deve principalmente à expansão da ocupação não residencial, especialmente devido à ocupação destas áreas para comércio. Os bairros periféricos crescem em função do aumento da demanda por áreas em que o preço da terra seja mais acessível, ou através da ocupação irregular; - houve uma expansão do crescimento populacional em direção ao norte, especificamente nas franjas das áreas que fazem divisas com as áreas de proteção ambiental. Enfatizamos a pressão deste crescimento populacional nas áreas de proteção ambiental (Cabuçu de Cima, Tanque Grande e Morro Grande) e também um crescimento na porção leste do município, na divisa com o Município de São Paulo; - a maioria dos bairros que tive crescimento acima de 10% no período teve predominância de imigrantes provenientes da Região Nordeste. Embora esta contribuição não tenha sido expressiva neste período, no período esses bairros foram os que mais cresceram. Para ilustrar, destacamos os bairros Matos das cobras e São Roque, já mencionados anteriormente; - o adensamento populacional é verificado, majoritariamente, em ocupações irregulares de terrenos; Referências Bibliográficas CANO, W. Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil, ed. Campinas: IE/UNICAMP, p. (30 Anos de Economia UNICAMP, 2) MARCONDES, M. J. A. Cidade e natureza: proteção dos mananciais e exclusão social. São Paulo: Studio Nobel/Editora da Universidade de São Paulo/FAPESP, p. (Coleção Diade Aberta) 18

19 MARICATO, E. Metrópole na periferia do capitalismo: ilegalidade, desigualdade e violência. São Paulo: HUCITEC, p. PACHECO, C. A. Desconcentração econômica e fragmentação da economia nacional. Economia e Sociedade, Campinas, n.6, p , jun./1996. RODRIGUES, I. A.; CARMO, R. L. Migração e processo de urbanização nas bacias dos rios Piracicaba e Capivari nos períodos 1970/80 e 1980/91. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 10, 1996, Caxambu. Anais... Belo Horizonte: ABEP, p ROLNIK, R. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo: Studio Nobel : Fapesp, (Coleção cidade aberta). 19

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