DETERMINANTES DA PENETRAÇÃO DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARANÁ

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1 DETERMINANTES DA PENETRAÇÃO DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARANÁ RESUMO: Autoria: Leandro Iantas Moralejo, Erica P. Stupka, Marcelo Tardelli, Marcia Cassitas Hino As discussões a respeito da importância de se ampliar as possibilidades da população se beneficiar do uso das redes de acesso à internet em banda larga para o desenvolvimento do país tem se intensificado e é um ponto comum nas agendas de políticas públicas. Em diversos países, o poder público tem empreendido ações com o intuito de se massificar o acesso à banda larga entre a população. O objetivo desse artigo é analisar os principais fatores relativos ao desenvolvimento econômico e social que afetam a penetração do serviço de acesso à internet banda larga nos municípios paranaenses. 1

2 INTRODUÇÃO A internet surgiu a partir de um projeto militar nos Estados Unidos (ARPA: Advanced Research Projects Agency) no período áureo da Guerra Fria no início da década de sessenta com o objetivo de instrumentalizar o país com uma tecnologia que possibilitasse a manutenção de canais para a troca e compartilhamento de informações de forma descentralizada em caso de uma guerra nuclear, onde cada computador seria apenas um ponto de conexão e que se impossibilitado de operar não comprometeria o fluxo das informações. Com base nesse conceito surgia então em 1969 a ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), primeira rede nacional de computadores. Durante a década de setenta, com o surgimento daquilo que a história denomina Coexistência Pacífica entre as duas potências e não havendo mais iminência de um ataque inimigo, o governo dos Estados Unidos passou progressivamente a permitir o acesso não só a pesquisadores como também os alunos de universidades americanas a rede. Com o passar do tempo seu uso passou a ser público propiciando o surgimento daquilo que conhecemos por Sociedade da Informação, modificando as atividades econômicas existentes e possibilitando o surgimento de novas atividades como o comércio eletrônico. Nesse sentido é importante destacar que já em 1992 o senador Al Gore se referia a internet como a Superhighway of Information. O interesse mundial, aliado ao interesse comercial que visualizava o potencial de ganhos financeiros da internet possibilitou o boom e sua popularização a partir da década de No Brasil a internet teve seu início ligado Rede Nacional de Pesquisa (RNP), projeto lançado em 1989 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, e se tornou funcional a partir do ano de 1991 com a inauguração do primeiro backbone, que é a infraestrutura que conecta todos os pontos de uma rede, ficando inicialmente restrita aos meios acadêmicos. As primeiras iniciativas para disponibilizar a internet ao público começaram em 1995 novamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia no sentido de abrir o backbone e definir os parâmetros para a operação de empresas privadas provedoras de acesso aos usuários. A partir da disponibilização de acesso a internet ao público em geral o número de acessos a cresceu continuamente levando a necessidade de uma infraestrutura mais veloz e segura. Percebendo que serviços de acesso a internet mais veloz tenderiam a se expandir de forma contínua e expressiva, em 2001 a Anatel regulamentou a prestação do serviço de internet em banda larga através da resolução no 272 de 9 de agosto de 2001 criando dessa forma o Serviço de Comunicação Multimídia SCM. Desde então tanto o número de empresas autorizadas a prestar o serviço de acesso a banda larga como o número de acessos cresceram de forma contínua. 1 QUADRO TEÓRICO EMPÍRICO É cada vez mais reconhecida a importância das comunicações em banda larga como um dos principais motores para o desenvolvimento social, econômico e científico e são, há muito, balizadores das políticas públicas e arcabouços regulatórios de todos os países desenvolvidos, comprometidos com o crescente bem estar e evolução de sua população. De acordo com Picot e Wernick (2007), a importância econômica e social das comunicações em banda larga está ficando 2

3 cada vez mais evidente uma vez que o acesso a internet de alta velocidade com sua próxima geração de serviços de informação é considerado uma precondição necessária para o crescimento econômico e para a competitividade. Segundo Nunes (2006) o aumento do desempenho da internet proporcionada pelos serviços de banda larga possibilita a avanço dos serviços existentes na web e a criação de novos serviços. Segundo Jiang (2009), a penetração da banda larga é uma particularidade das políticas de infraestrutura de telecomunicações e até mesmo países com elevado grau de desenvolvimento econômico também tem a preocupação de universalizar o acesso à internet em banda larga. O governo dos Estados Unidos, através da Federal Communications Commission (FCC) lançou em 2009 um plano para tornar o serviço de internet banda larga mais acessível. De forma similar programas com o objetivo de expandir o acesso a internet banda larga foram implementados na Espanha pelo Ministério de Indústria, Comércio e Turismo e na Austrália através do Department of Broadband, Communications and the Digital Economy. No Brasil, o governo lançou o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) que tem por objetivo promover a inclusão digital e ampliar o acesso da população à internet em banda larga através de um conjunto de mecanismos que envolvem desde estímulo do investimento privado, definição de aspectos regulatórios e de redução de carga tributária, além de ações do governo nas esferas federal, estadual e municipal. Em relação ao Plano Nacional de Banda Larga, torna-se relevante mencionar estudo de De Souza et al. (2009), segundo o qual, devido a limitações estruturais, o mercado brasileiro de banda larga não chegará ao patamar de densidade socialmente desejado sem que haja ações externas. Por este motivo, o estudo recomenda que a implementação um programa nacional de massificação do uso e do acesso à infraestrutura de telecomunicações em banda larga sugerindo quatro instrumentos de política pública. O primeiro é o fomento à competição e ao desenvolvimento tecnológico. O segundo são os instrumentos legais e regulatórios para atribuição de novas concessões de TV por assinatura, distribuição de novas frequências e efetiva implementação da desagregação de redes de acesso. O terceiro diz respeito ao investimento público por meio da desoneração fiscal de equipamentos e serviços. Finalmente, a capacitação deve ser considerada para utilização, geração de conteúdo, suporte e manutenção. O empenho dos governos em massificar o uso de internet banda larga tem como pano de fundo uma motivação econômica. De acordo com Koutroumpis (2009), diversos os estudos empíricos sobre o impacto da infraestrutura de telecomunicações no crescimento econômico apontam para uma ligação positiva entre as duas variáveis, sendo possível inferir que qualquer processo produtivo implica em necessidade de trocar informações, algo impulsionado pela infraestrutura de telecomunicações. Em linha similar estudos como o de Qiang, Rossoto e Kimura (2009), do Banco Mundial, destacam a importância das redes de telecomunicação em banda larga enquanto fator de aceleração do desenvolvimento econômico, com destaque para a influência transformadora sobre atividades econômicas. Macedo e Carvalho (2010) conduziram estudos similares no Brasil, buscando relacionar a penetração da internet banda larga nos municípios com indicadores econômicos, sociais e perfil econômico concluindo que quanto maior for o grau de desenvolvimento do munícipio maior será sua demanda por acesso a internet em banda larga. Devido a importância das redes de banda larga sobre o desempenho econômico, torna-se relevante estudar quais fatores estão relacionados ao aumento da difusão do serviço para o caso do estado do Paraná. Assim, este estudo busca relacionar a penetração do serviço de acesso à internet em banda larga nos municípios brasileiros com alguns indicadores de desenvolvimento 3

4 econômico e social como: i) PIB per capita do município; ii) tamanho da população; iii) distribuição do PIB municipal entre as áreas de agricultura, indústria e de serviços; v) indicadores sociais do nível de desenvolvimento do município, referentes a saúde, educação e emprego e renda e iv) indicadores relacionados a infraestrutura dos municípios paranaenses como o grau de urbanização, a oferta de Banda Larga Popular (PNBL), o número de Telecentros Públicos e Comunitários instalados, o número de prestadoras de internet fixa em banda larga e o número de telefones fixos em serviço. Considerando os argumentos relacionais a importância das redes de banda larga para o desenvolvimento econômico e social sugerimos as seguintes hipóteses: Hipótese 1: Maior desenvolvimento econômico representado pelo PIB per capita do município aumenta a penetração do serviço de acesso a internet em banda larga Hipótese 2: Municípios que apresentam maior parcela do PIB municipal relacionado ao setor de serviços, seguido pelo setor industrial e por último o agropecuário apresentam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Hipótese 3: Maior grau de urbanização do município aumenta a penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Hipótese 4: Maior desenvolvimento humano do município em relação ao emprego e renda aumenta a penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Hipótese 5: Municípios com oferta de Banda Larga Popular (PNBL) e Telecentros Públicos e Comunitários instalados favorecem a maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Hipótese 6: Municípios com maior número de usuários de outros serviços de telecomunicações como TV por assinatura e telefone fixo apresentam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Hipótese 7: Municípios com maior população apresentam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Hipótese 8: Quanto maior o grau de competição entre prestadoras do serviço de banda larga e número de prestadoras de serviço de acesso a internet banda larga maior será o aumento de penetração do serviço de acesso a internet banda larga. 2 METODOLOGIA DE PESQUISA Este trabalho, de natureza fundamentalmente quantitativa, foi realizado com o objetivo de analisar os possíveis fatores vinculados ao grau de penetração do serviço de banda larga nos municípios do estado do Paraná. A hipótese inicial foi a de que em municípios com melhor desenvolvimento econômico e humano o grau de penetração do serviço de acesso a banda larga seria maior. Para tanto foram utilizadas as seguintes variáveis resposta e explicativas: VARIÁVEL RESPOSTA: Como variável resposta foi utilizado o número de acessos per capta a banda larga por município, provenientes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de 2012, sendo considerados os acessos compreendendo todas as faixas de velocidade e todas as tecnologias disponíveis para se calcular a densidade de acessos por mil habitantes, que é a variável 4

5 dependente. Do ponto de vista de regulamentação, a Anatel classifica o serviço de acesso à internet em Banda Larga como Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). As informações relativas ao acesso à banda larga estão disponíveis para a totalidade de municípios paranaenses sendo que, de acordo com os dados da Anatel, todos os 399 municípios possuem acesso à banda larga em VARIÁVEIS EXPLICATIVAS: Foram utilizadas as seguintes variáveis explicativas nesse estudo: 1) PIB municipal per capta, distribuição do PIB municipal entre os setores agropecuário, industrial e de serviços e grau de urbanização dos municípios: foram utilizados os dados referentes ao PIB municipal per capta assim como a sua distribuição entre os setores entre os setores agropecuário, industrial e de serviços oriundos do IBGE de 2009, pois são os mais recentes disponíveis em nível municipal. Foram utilizados ainda na construção dos modelos uma variável para medir o grau de urbanização dos municípios do Paraná disponibilizados pelo Ipardes, que mede o percentual da população residente em áreas urbanas. 2) IPDM (Índice Ipardes de Desenvolvimento Humano) e percentual da população alfabetizada: o indicador de desenvolvimento humano utilizado foi o IPDM, desenvolvido pelo Ipardes em 2009 e mede o desempenho da gestão e ações públicas dos municípios paranaenses considerando três eixos: emprego e renda, saúde e educação. A opção pela utilização deste indicador de desenvolvimento humano deu-se por conta de sua disponibilidade em todos os 399 municípios paranaenses, além de ser o mais recente disponível nas três categorias. Para medir o desenvolvimento humano foi adicionada ainda a variável de percentual da população alfabetizada, disponibilizada pelo IBGE. Esse indicador também está disponível para a totalidade dos municípios paranaenses. 3) Índice Herfindahl-Hirschman (HHI) relativo ao grau de competição entre empresas: o uso do número de prestadoras do serviço de banda larga em atuação no município por si só não expressa em sua totalidade o real grau de competição entre elas. Por exemplo, se existissem três empresas competindo no mesmo mercado, mas uma delas detivesse 98% deste, e as outras duas, apenas 1% cada, na prática haveria um monopólio. Para levar isto em conta, além do número de prestadoras, foi calculado, para cada município, o Índice Herfindahl-Hirschman (HHI) de concentração de mercado, como descrito em Hirschman (1964), para avaliar tanto o grau de competição entre empresas como entre tecnologias. 4) Usuários de TV por assinatura e telefones fixos em serviço: buscou-se com a inclusão dessas variáveis relacionar a influência que a familiaridade com tecnologia poderia trazer no acesso a banda larga. Os dados são provenientes do Ministério das Comunicações de 2012, havendo disponibilidade da informação para todos os 399 municípios paranaenses. 5) Disponibilidade do serviço de banda larga popular (PNBL) e o número de Telecentros Públicos e Comunitários instalados: buscou-se com a inclusão dessas variáveis medir o grau de influência que as políticas públicas tem no aumento de acessos a banda larga nos municípios paranaenses. Os dados são provenientes do Ministério das Comunicações de 2012, havendo disponibilidade da informação para todos os 399 municípios paranaenses. (Tabela 01) Descrição das variáveis explicativas: 5

6 Variavel Explicativa Sigla Descricao X 1 CALC_GRAU_URBA Grau de Urbanização % dos municípios X 2 CALC_PER_POP_ALFA % da população alfabetizada X 3 NUM_ASSIN_TV Número de usuários de TV por assinatura X 4 NUM_TEL_FIXOS Número de telefones fixos em serviço X 5 OFER_BL_POP Disponibilidade do serviço de banda larga popular (PNBL) X 6 LOG_TELECENTROS_PUBLI Número de Telecentros Públicos e Comunitários instalados X 7 HHI_TECNOLOGIAS HHI índice de concentração do mercado relativo à competição entre empresas X 8 NUM_PRESTADORAS Número de prestadoras de serviço de acesso a banda larga X 9 FRAÇÃO_PIB_AGRONEGOCIO_2009 Fração do PIB municipal em 2009, decorrente de atividades do setor agropecuário X 10 FRAÇÃO_PIB_INDUSTRIA_2009 Fração do PIB municipal em 2009, decorrente de atividades do setor industrial X 11 FRAÇÃO_PIB_COMERCIO_2009 Fração do PIB municipal em 2009, decorrente de atividades do setor de serviços X 12 IPDM_EDUC_2009 IPDM indicador referente ao item educação em 2009 X 13 IPDM_RENDA_EMPR_2009 IPDM indicador referente ao item emprego e renda em 2009 X 14 IPDM_SAUDE_2009 IPDM indicador referente ao item saúde em 2009 X 15 PIB_PER_CAPITA_2009 PIB per capta (em R$) X 16 POP_2009 População Y 1 NUM_ACESSOS_PER_CAPTA Variavel Resposta A análise se limitou aos dados disponíveis, não considerando outros fatores que afetam a demanda e qualidade do serviço que não puderam ser incluídos como, por exemplo, a segmentação dos dados pela faixa de velocidade de transmissão de dados, que a Anatel classifica de 0kbps a 64kbps, de 64kbps a 512kbps, de 512 a 2Mbps, de 2Mbps a 34Mbps e acima de 34Mbps. Muito embora se possa argumentar que o usuário possa permanecer conectado a internet durante períodos mais longos para compensar a velocidade mais lenta, ou mesmo de forma contínua com o mesmo custo, a velocidade de transmissão de dados seguramente se configura em um fator limitante no uso de internet banda larga. De acordo com a União Internacional de Telecomunicações UIT a velocidade mínima para se considerar o acesso a banda larga é de 256 kbps, mesmo critério utilizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Outras variáveis importantes, também não consideradas na pesquisa, por limitação de dados, foram os preços cobrados pelos serviços de acesso a banda larga, já que estes afetam diretamente a sua demanda e como a familiaridade com tecnologia pode influenciar no uso de internet banda larga, como o percentual de computadores por habitante ou mesmo a quantidade de linhas de telefones celulares por município. Para se adaptar a disponibilidade de dados, empregou-se uma análise de regressão em cross-section de dados da demanda por acesso à banda larga por município. A análise em crosssection tem por fim estabelecer relações entre as variáveis buscando verificar (i) como se comporta o sinal dos coeficientes da regressão, se são positivos ou negativos e (ii) se as variáveis explicativas possuem significância estatística suficiente para estabelecer relações de forma coerente com a variável resposta. Como método de regressão foi utilizado o método dos momentos generalizados (GMM), mediante o uso de variáveis instrumentais com correção de heterocedasticidade de Newey-West, combinando diferentes variáveis explicativas para a construção de cenários distintos, conforme listado a seguir: 6

7 Modelo 1: Foram utilizadas as variáveis de alocação do PIB municipal entre os setores agropecuário, industrial e de serviços, variáveis dos indicadores de desenvolvimento humano nas áreas de educação, emprego e renda e saúde, população, PIB per capita, grau de urbanização do município e número de prestadoras de serviço de acesso a banda larga presentes no município. Modelo 2: Semelhante ao modelo 1, mas com a exclusão do número de prestadoras e a inclusão da variável de competição entre empresas prestadoras do serviço de banda larga. Modelo 3: Semelhante ao modelo 2, mas com a inclusão do número de usuários de TV por assinatura e telefones fixos em serviço. Modelo 4: Semelhante ao modelo 2, mas com a inclusão da disponibilidade do serviço de banda larga popular (PNBL) e o número de Telecentros Públicos e Comunitários instalados. Modelo 5: Foram incluídas todas as variáveis disponíveis. Modelo 6: Foram incluídas todas as variáveis disponíveis menos o número de prestadoras de serviço de acesso a banda larga presentes no município. Modelo 7: Similar ao modelo 6, porém somente considerando municípios com pelo menos 15 mil habitantes. Modelo 8: Similar ao modelo 6, porém somente considerando municípios com menos de 15 mil habitantes. Modelo 9: Similar ao modelo 5, porém excluindo-se o número de prestadoras de serviço de acesso a banda larga presentes no município e o indicador de desenvolvimento humano referente a emprego e renda. Modelo 10: Similar ao modelo 5, porém excluindo-se variável de competição entre empresas prestadoras do serviço de banda larga e o indicador de desenvolvimento humano referente a emprego e renda. Modelo Stepwise: qualquer procedimento para seleção ou exclusão de variáveis de um modelo é baseado em um algoritmo que checa a importância das variáveis, incluindo ou excluindo-as do modelo se baseando em uma regra de decisão. A importância da variável é definida em termos de uma medida de significância estatística do coeficiente associado à variável para o modelo. 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Com base nos valores dos coeficientes de regressão dos modelos utilizados nesse estudo, podem ser feitas algumas considerações: Hipótese 1: Maior desenvolvimento econômico representado pelo PIB per capita do município aumenta a penetração do serviço de acesso a internet em banda larga A variável PIB per capta apresentou significância em todos os modelos, indicando que quanto maior a riqueza do município maior será o grau de penetração do serviço de banda larga pois a população possuirá maior poder de compra. Hipótese 2: Municípios que apresentam maior parcela do PIB municipal relacionado ao setor de serviços, seguido pelo setor industrial e por último o agropecuário apresentam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. 7

8 Um dos objetivos com a realização desse estudo foi o de se estabelecer se o perfil econômico do município poderia estar relacionado ao grau de penetração do serviço de banda larga. A percepção inicial era de que em municípios preponderantemente vinculados as atividades relacionadas aos setores industrial e de serviços haveria um maior grau de penetração do servido de acesso a banda larga. Os valores dos coeficientes de regressão dos modelos utilizados nesse estudo relacionados aos setores agropecuário, industrial e de serviços corroboram essa percepção e apresentam maior grau de importância para o setor de serviços, seguido pelo setor industrial e por último o agropecuário. Isso ficou evidenciado em todos os modelos. Hipótese 3: Maior grau de urbanização do município aumenta a penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. A variável grau de urbanização dos municípios, que mede o percentual da população residente em áreas urbanas, também apresentou significância apontando para quanto maior o grau de urbanização do município maior é o grau de penetração do serviço de acesso a banda larga. Uma das explicações para esse fenômeno é o fato de que o serviço de acesso a banda larga se concentra fundamentalmente em áreas urbanas em detrimento de áreas rurais. Hipótese 4: Maior desenvolvimento humano do município em relação ao emprego e renda aumenta a penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. O outro objetivo desse estudo, relacionado ao aspecto de desenvolvimento humano dos municípios era estabelecer qual das três variáveis teria maior influência no grau de penetração do serviço de banda larga nos municípios. A percepção inicial era de uma maior influência dos indicadores de emprego e renda, educação e saúde, nessa ordem. Os valores dos coeficientes de regressão dos modelos utilizados nesse estudo relacionados aos três indicadores novamente corroboram essa percepção e apresentam maior grau de importância para a variável emprego e renda, seguida por educação e por último saúde. Esse resultado difere do resultado do estudo realizado por Macedo e Carvalho (2010) que aponta como variável de maior influência o indicador de desenvolvimento na área da saúde. Isso talvez tenha ocorrido pelo fato do estudo de Macedo e Carvalho ser realizado a nível nacional, onde o indicador de desenvolvimento na área de saúde varia significativamente de região para região do país, podendo dessa forma ter um grau de influência maior. Por sua vez, a percepção é de que o grau de desenvolvimento na área da saúde para o estado do Paraná seja mais alto que o restante do país, o que torna o poder de compra da população, diretamente relacionados a emprego e renda, variável de maior influência. A variável percentual da população alfabetizada também sem mostrou significativa nos modelos em que foi utilizada. Hipótese 5: Municípios com oferta de Banda Larga Popular (PNBL) e Telecentros Públicos e Comunitários instalados favorecem a maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. Os resultados dos modelos atenderam parcialmente às expectativas de que a oferta de Banda Larga Popular (PNBL) e Telecentros Públicos e Comunitários instalados favorecem a maior penetração de acesso a internet em banda larga pois apenas a variável Telecentros Públicos e Comunitários instalados apresentou relação com a variável resposta nos os modelos que ela foi selecionada. Hipótese 6: Municípios com maior número de usuários de outros serviços de telecomunicações como TV por assinatura e telefone fixo apresentam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. 8

9 Os resultados dos modelos não confirmam a expectativa de que com maior número de usuários de outros serviços de telecomunicações como TV por assinatura e telefone fixo os municípios apresentariam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga Hipótese 7: Municípios com maior população apresentam maior penetração do serviço de acesso a internet em banda larga. A variável população apresentou consistência e confirmou a expectativa inicial de que quanto maior for a população do município, maior seria a penetração do serviço de acesso a banda larga. Esse comportamento é explicado pela relação custo benefício das prestadoras de serviço de acesso a banda larga e economia de escala, pois com um mesmo nível de investimento é possível atingir um público maior, quanto maior for a população do município. Hipótese 8: quanto maior o grau de competição entre prestadoras do serviço de banda larga e número de prestadoras de serviço de acesso a internet banda larga maior será o aumento de penetração do serviço de acesso a internet banda larga. Para avaliar como o grau de competição entre as empresas prestadoras de serviço de acesso a internet banda larga foi calculado para cada município, o HHI de concentração do mercado relativo à competição entre empresas. Foi observado em todos os modelos com o coeficiente da variável HHI negativo. Isso permite concluir que quanto maior for a diversidade de prestadoras de serviço de acesso a banda larga presentes no município mais favorecimento haverá ao aumento de penetração do serviço. Quanto ao número de prestadoras de serviço de acesso a banda larga, esperava-se um valor de beta alto e positivo, pois se há muitas operadoras de serviço no município isso é um indicador claro de que ali há muita demanda pelo serviço. Isso ficou evidenciado nos modelos. 3 CONCLUSÃO Com base nos coeficientes de regressão apresentados podemos concluir que quanto maior o nível de desenvolvimento econômico e humano do município, maior será o grau de penetração do serviço de acesso a banda larga. Sob a perspectiva de desenvolvimento econômico também ficou comprovado que municípios onde o setor de serviços possua maior relevância apresentam maior grau de penetração do serviço de acesso a banda larga. Outro fator que correspondeu as expectativas iniciais, porém sob a perspectiva do nível de desenvolvimento humano foi a maior influência dos indicadores de emprego e renda, seguido por educação, em detrimento a saúde. Essa conclusão, quando comparada a estudos realizados utilizando-se como base todos os municípios do Brasil fundamenta a tese de que quanto maior o nível de desenvolvimento humano menor será a influência da variável saúde para o grau de penetração do serviço de acesso a banda larga. A significância apresentada pelas variáveis de densidade de acesso domiciliar a banda larga densidade e grau de urbanização dos municípios também ressaltou a importância de aspectos relacionados a disponibilidade de infraestrutura no uso de banda larga pela população. O estudo realizado se limitou aos dados sobre indicadores disponíveis e dessa forma outros fatores influenciadores não puderam ser incluídos como, por exemplo, (i) segmentação dos dados pela faixa de velocidade de transmissão de dados, variável que possui peso significativo quando considerada a qualidade e eficácia do serviço e (ii) os preços cobrados pelos serviços de acesso a banda larga, já que afetam diretamente a sua demanda. Entretanto, o modelos apontam 9

10 como fator determinante para o maior ou menor uso de internet banda larga o maior poder de compra da população, representado pelo PIB per capta. BIBLIOGRAFIA ÁVILA, F. S. Banda larga no Brasil: uma análise da elasticidade preço-demanda com base em microdados. Monografia (Graduação no curso de Economia) Universidade de Brasília. Brasília, BENKLER, Y. Next generation connectivity: a review of broadband Internet transitions and policy from around the world. The Berkman Center for Internet & Society at Harvard University, October, CERNO, L.; AMARAL, T. Demand for internet access and usage in Spain: governance of communication networks, Série Contributions to Economics, Brigitte Preissl and Jürgen Müller (Orgs.). Parte 4, p , Physica-Verlag HD, CETIC. Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação. Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil 2005 a FCC. Federal Communications Commission. Instructions for local telephone competition and broadband reporting form (FCC form 477) FERRO, E; GARCIA, J. R. G; HELBIG, N. Digital divide and broadband access: the case of an Italian region. In: YOGESH K, D.; PAPAZAFEIROPOULOU, A.; CHOUDRIE, J. (Orgs.). Handbook of research on global diffusion of broadband data. Capítulo IX, p. 160, Idea Group Inc (IGI), GUEDES, E. M.; PASQUAL, D. de; PITOLI, A.; OLIVA, B. Avaliação dos impactos da cisão das operações de STFC e SCM em empresas distintas. Tendências Consultoria Integrada, jul (Nota Técnica). HIRSCHMAN, A. O. The paternity of an index. The American Economic Review, American Economic Association, v. 54, n. 5, p. 761, set IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Base de dados com o PIB dos Municípios no Ano de IDA, T. Broadband economics: lessons from Japan. Discrete choice analysis: methodology and case studies. Cap. 4, p , Taylor & Francis, IPDM. Índice Ipardes de Desenvolvimento Municipal Ipardes Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.. 10

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