JUVENTUDE DA VIA CAMPESINA: DA INVISIBILIDADE À CONSTRUÇÃO DA REDE GPR

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1 JUVENTUDE DA VIA CAMPESINA: DA INVISIBILIDADE À CONSTRUÇÃO DA REDE GPR ANDRADE, Gilmar dos Santos (UFRB) 1 MANSAN, Paulo Rogério Adamatti (PJR) 2 TROILO, Gabriel (UNESP) 3 RESUMO Este trabalho foi apresentado no II Seminário Internacional de Educação do Campo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, sendo já publicado no ebook lançado pelo evento. No Brasil existem 8,6 milhões de jovens camponeses. Mesmo com esse número expressivo há um processo de invisibilidade da juventude do campo. As organizações que compõem a Via Campesina, em sua luta, vêm rompendo com esse processo. Apresentamos nesse trabalho a experiência conduzida pela Pastoral da Juventude Rural na articulação dos Grupos de Produção e Resistência (GPR). Os GPR são empreendimentos de jovens que produzem a partir dos princípios da agroecologia e da cooperação, articulados em Rede. A Rede GPR. Atualmente 597 jovens fazem parte de 61 grupos nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os GPR vêm se constituindo em um importante instrumento de trabalho e renda para a juventude camponesa. Palavras-chave: Juventude Camponesa; Rede; Produção. RESUMEN Este trabajo fue presentado en el Segundo Seminario Internacional sobre Educación Rural de la Universidad Federal de Bahía Reconcavo y ya se ha publicado en libro electrónico publicado por evento. En Brasil hay 8,6 millones de jóvenes agricultores. Incluso con este número significativo hay un proceso de ámbito de la juventud invisibilidad. Las organizaciones que componen la Vía Campesina, en su lucha, vienen romper con este proceso. Presentamos en este trabajo el experimento llevado a cabo por la l Pastoral Juvenil Rural en la articulación de los Grupos de Producción y Resistencia (GPR). GPR son grupos de jóvenes producen a partir de los principios de la agroecología y la cooperación, articulada red. La Red GPR. Actualmente 597 jóvenes son parte de 61 grupos en los estados de Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte y Sergipe. GPR vienen constituyendo una herramienta de trabajo importante y de ingresos para los jóvenes rurales. Palabras-clave: Jóvenes Rurales; Red; Producción. Introdução 1 Mestrando em Educação do Campo (UFRB); tecnólogo em agroecologia (ELAA/IFPR); militante da Pastoral da Juventude Rural e pesquisador da FAPESB. gilmarpjr@gmail.com 2 Mestre em Ciências Sociais (UFPB) e militante da Pastoral da Juventude Rural. pmansan@gmail.com 3 Mestrando em Desenvolvimento Territorial da América Latina e Caribe (UNESP); graduado em Ciências Biológicas (UEL). Pesquisador CAPES. gabriel.ogabiru@gmail.com

2 O Brasil tem uma população de 51,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos. Desse total 8,6 milhões de jovens brasileiros estão no campo, e desses 4,59 milhões são homens e 4,01 milhões são mulheres (IBGE, 2010). É um número significativo de jovens camponeses. Embora a juventude que mora no campo represente percentual expressivo da população brasileira, esteve, historicamente invisibilizada, Muitos autores chamam atenção em seus trabalhos para a invisibilidade da juventude rural por parte de pesquisadores e autoridades públicas (WANDERLEY, 2000; MENEZES, 2004; CASTRO 2005). Porém, desde a década de 2000, os movimentos sociais e pesquisas e estudos desenvolvidos por acadêmicos tem contribuído para superar essa invisibilidade da juventude camponesa. Dentre os sujeitos sociais coletivos e organizados, destacamos a Via Campesina como uma das organizações que possibilitaram a juventude sair da subalternidade e transforma-se em sujeito social. Em outras palavras, a juventude camponesa da Via Campesina vem construindo uma trajetória de luta que a coloca em evidencia entre os demais sujeitos sociais. A Via Campesina é uma articulação internacional de organizações camponesas. No Brasil, os movimentos sociais do campo articulados na Via Campesina são: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC Brasil), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento das Comunidades Quilombolas e o Movimento dos Pescadores e Pescadoras do Brasil, a Pastoral da Juventude Rural (PJR), a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT). O que une essas organizações é uma plataforma política em defesa da agricultura camponesa em base agroecológica para garantir a produção de alimentos saudáveis. Entre os objetivos da Via Campesina constam: a construção de relações de solidariedade, reconhecendo a diversidade do campesinato no mundo; a construção de um modelo de desenvolvimento da agricultura que garanta a soberania alimentar como direito dos povos de definirem suas próprias políticas agrícolas; e a preservação do meio ambiente, com a proteção da biodiversidade (FERNANDES, 2012).

3 Além da Plataforma Política que unifica os movimentos sociais articulados na Via Campesina-Brasil, um segundo elemento é a perspectiva histórica dessas organizações. Todos esses movimentos sociais têm como perspectiva histórica a transformação da sociedade e como etapa nessa construção, tem um projeto imediato, que é a construção do projeto popular para o Brasil. Esse projeto popular se constrói a partir da agroecologia que aglutina esses sujeitos coletivos organizados na construção de um projeto de sociedade. A Via Campesina concebe a agroecologia como uma prática dos movimentos sociais do campo, inserida na estratégia de luta contra o agronegócio e pela superação da modelo capitalista e a construção de outra forma de organização da vida, construída pelos produtores livremente associados. Nessa concepção a agroecologia para a Via inclui o cuidado e defesa da vida, produção de alimentos, consciência política e organizacional (VIA CAMPESINA, 2009). Ou seja, a agroecologia é uma forma de ir construindo um novo modo de organização da vida. Acima, afirmamos que a juventude camponesa da Via Campesina, a partir da sua trajetória de luta, vem rompendo as cercas da invisibilidade. Nesse trabalho pretendemos apresentar uma das formas que a juventude camponesa vem se construindo enquanto sujeito social. Apresentaremos a experiência realizada por uma das organizações da Via Campesina - Brasil, a Pastoral da Juventude Rural, na construção da Rede GPR Rede dos Grupos de Produção e Resistência. O artigo está dividido em três partes. Na primeira parte apresentamos o entendimento sobre a identidade da juventude da Via Campesina, na segunda trazemos a trajetória de formação da Rede GPR e por último destacamos as principais características dessa experiência da juventude da Via Campesina. Este trabalho que ora apresentamos foi publicado no ebook do II Seminário Internacional de Educação do Campo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Juventude Da Via Campesina: Identidade Construída Na Luta Social Os jovens são analisados a partir de diferentes perspectivas teóricas, destacamos aqui a perspectiva construída por Abramos (1997), que em sua revisão bibliográfica afirma que a

4 noção de juventude é uma construção histórica: A noção de juventude é socialmente variável. A definição do tempo de duração, dos conteúdos e significados sociais desses processos modificam-se de sociedade para sociedade e, na mesma sociedade, ao longo do tempo e através das suas divisões internas (ABRAMO, 1997, p. 01). Assim, entendemos que não se trata de definir juventude como uma categoria à-priori, caracterizado por atributos fixos, específicos, mas sim de compreendê-la enquanto uma categoria em movimento, ou seja, que se constrói a partir das práticas e discursos dos sujeitos sociais em diversos espaços e temporalidades. A participação da juventude camponesa está na pauta das discussões dos movimentos sociais do campo e isto tem despertado um interesse recente por parte de vários pesquisadores que se dedicam aos estudos rurais no Brasil. Partimos do pressuposto de que a juventude camponesa, ainda que vivencie grande parte dos processos sociais, econômicos e culturais da juventude urbana, tem suas especificidades. Faremos aqui uma breve discussão de como os autores tem tratado em termos conceituais a juventude camponesa. Alguns autores privilegia a categoria juventude rural, como Castro (2005), Menezes (2006) e Wanderley (2003). Castro trabalha com a categoria juventude rural em construção nos processos de socialização dos indivíduos. Segundo esta autora, neste contexto, a própria categoria jovem é construída e seus significados disputados (...) focalizará este ator social, o jovem rural, no contexto da construção da categoria jovem nesse meio rural (CASTRO, 2005, p.12). Menezes, trabalhando no mesmo viés salienta que: É preciso compreender as formas como os grupos sociais constroem as diferenciações entre as fases da vida, neste sentido trata-se de verificar as diferenças entre as juventudes, como por exemplo, entre jovens em famílias camponesas, trabalhadores assalariados rurais, camadas populares (MENEZES, 2006, p.02). As autoras trabalham as juventudes rurais numa perspectiva histórica, como uma categoria em transição, que está em constante ressignificação, em que não existe uma juventude e sim as juventudes que são construídas no seu movimento de fazer-se. Wanderley (2003), em sua pesquisa sobre o contexto social dos pequenos

5 municípios do Estado de Pernambuco, observou que estes se caracterizam pela precariedade das condições de vida, uma frágil inserção no mercado, o relativo isolamento, e que as famílias usam diversas estratégias de reprodução social como uma grande diversificação da produção e articulação do autoconsumo com a venda, somada à migração para Recife e Rio de Janeiro. Nessa pesquisa ela entende por Juventude Um momento no ciclo da vida, caracterizado como um período de transição entre a infância e a idade adulta (...). A juventude, mais do que corresponde a uma determinada faixa etária, está associada a valores e a atitudes diante da vida (...) Em primeiro lugar, a juventude está associada à liberdade e a alegria de viver (...). Em segundo lugar, como um período de transição, de amadurecimento e de preparação para o futuro. Finalmente, a indicação da disponibilidade para participar de grupos parece refletir o envolvimento dos jovens entrevistados nas associações locais, que precisamente reforçam a identidade de jovens rurais (WANDERLEY, 2001, p.12-13). Já para Durston (1997), a juventude não é demarcada rigidamente pela idade, porém é antes disso constituída por um conjunto de processos de desenvolvimento fisiológico e de subjetividade. Segundo ele, a juventude latino-americana é marcada pela exclusão social, que tem na invisibilidade social um dos seus mecanismos mais perversos em que não se permite rompimento da condição de exclusão: La Invisibilidad es uno de los aspectos más nefastos de la exclusión social, y a que su vez contribuye a perotuar la exclusión (DURSTON, 1997, p.7). Para entender a construção da juventude enquanto um sujeito histórico dentro dos movimentos sociais da Via Campesina, faremos um diálogo com Thompson (1987) e seu conceito de classe social. Thompson (1987), em seu livro A Formação da Classe Operária Inglesa, considera que a classe operária não nasce como o sol, mas constituiu-se no movimento do seu fazer-se (THOMPSON, 1987, p.9). Este autor é instigante, uma vez que compatibiliza uma análise de classe com costumes e valores. Reiteramos a relevância dos escritos e exemplos dados por Thompson sobre classes sociais, na medida em que consideramos que ela se constitui pela ação histórica dos sujeitos sociais. As classes e, neste caso, a classe trabalhadora, bem como as construções de identidades de gênero, etnia, gerações, ganham novos matizes a partir da abordagem cultural da construção da rebeldia e da resistência ao longo do processo histórico

6 da luta entre grupos antagônicos. Logo, nos apoiando na concepção de Thompson e que as identidades resultam da experiência dos sujeitos sociais, trabalharemos a construção da identidade dos jovens acompanhando as suas práticas e discursos nos movimentos sociais. É assim que entendemos a constituição das identidades de juventude e de campesinato na Via Campesina, ou seja, são identidades que se constroem na ação histórica e política de seus sujeitos. O nosso propósito é compreender a construção da identidade dos Jovens da Via Campesina como algo em movimento e que está emergindo no contexto de luta dos movimentos sociais, em que procura-se dar respostas práticas às demandas da juventude no enfrentamento do modelo capitalista de produção e se busca uma possibilidade concreta de um renovado viver dos sujeitos camponeses. Como forma de contribuição na leitura emergente da juventude na Via Campesina, vamos retomar Thompson (1997), que amplia o tradicional conceito de classe ao trabalhar com a dimensão da cultura, dizendo que a classe se constitui a partir do seu fazer-se, como afirma no prefácio da sua obra: Este livro tem um título um tanto desajeitado, mas adequado ao seu propósito. O processo de formação precisa ser entendido como um fazer-se, porque é um estudo sobre o processo ativo, que se deve tanto à ação humana como aos condicionamentos. A classe operária não surgiu como o sol numa hora determinada. Ela estava presente ao seu próprio fazer-se (THOMPSON, p.09). A forma como Thompson reconstrói o conceito de classe, trabalhando o fazer-se das classes sociais na história, abre a possibilidade de trabalharmos com o conceito da identidade, para compreendermos a constituição da personalidade Juventude da Via Campesina. Uma identidade construída no movimento e que, portanto, ao invés de negar, explicita as contradições entre o que se tem a partir do senso comum e o que se quer a partir do senso crítico como forma de superar os conhecidos mecanismos de reprodução do status quo. Quando este autor diz que o indivíduo se constitui no seu fazer-se, ele abre uma perspectiva de compreender como sujeitos múltiplos atuam em busca de projetos de vida, desse modo, afastando-se de concepções que considera enquadra as ações dos sujeitos em categorias pré-determinadas às suas ações.

7 A identidade da juventude na Via Campesina vem construindo em vários encontros, marchas, reuniões políticas e quadros de jovens dirigentes. O campesinato vem se construindo, a partir da última década, como uma identidade política, através da Via Campesina. O debate e a ressignificação do campesinato têm sido uma construção dos próprios movimentos sociais ao longo de sua luta, assim, não é uma categoria a priori, constituída por uma essência, ou seja, por um conjunto de atributos que são inerentes a si mesmo. O I Seminário da Juventude da Via Campesina Brasil, realizado em São Paulo, na Escola Nacional Florestan Fernandes, em meados de novembro de 2006, contou com sessenta jovens dirigentes de vinte e dois estados brasileiros com bandeiras centrais para a permanência e reprodução do jovem camponês, como está descrito nos documentos do Seminário: O presente Seminário surge da percepção da Via Campesina diante da desarticulação da juventude camponesa. Inicialmente, a Igreja e os Partidos Políticos se apropriaram das demandas da juventude. Em seguida, o mercado e a direita também passaram a disputar esse segmento da sociedade. Dentre as questões que permeiam a temática da juventude organizada se encontram: educação, trabalho e renda, ausência de políticas públicas, arte, cultura e violência. Desse modo, a perspectiva deste Seminário é discutir métodos de aglutinação da juventude camponesa e urbana. E os temas que as unificam (ENFF, 2006, p.01). As oito principais bandeiras que saíram do encontro com a perspectiva de unificar as necessidades da juventude das organizações camponesas foram: a) Reforma Agrária na necessidade de uma política de terras para a juventude camponesa; b) Educação do Campo, principalmente na área da alfabetização e também o apontamento de perspectivas para a inserção da juventude no Ensino Básico e Superior; c) Trabalhos dignos, com geração de renda, crédito, assistência técnica, cooperativas de crédito, agroindústrias e capacitação técnica para os jovens camponeses; d) Organização coletiva da produção agroecológica, o princípio é cuidar do movimento, da terra e da vida; e) Na cultura, faz-se necessário multiplicar o acesso e a produção de bens culturais, como o cinema da terra, teatro, tele centros no campo etc.; f) Promover a prática desportiva e recreativa para não haver busca externa por parte do jovem; g) Dar formação política, humana e técnica para os jovens camponeses, além de garantir infraestrutura do campo: estradas, luz, comunicação, acesso à

8 informação, transporte, água e saneamento, provendo condições sadias de habitação no campo. Essas metas emergem da necessidade da juventude da Via Campesina de mostrar os motivos pelos quais os jovens do campo se mobilizam, onde estão e por que se sentem na necessidade de se organizar socialmente. A forma e o conteúdo da luta dos movimentos sociais vão contra o desenvolvimento histórico do modo de produção capitalista no Brasil, o qual foi, pouco a pouco, centrando sua política nacionalista na industrialização, relegando assim à agricultura um papel subordinado ao marco central de reprodução ampliada do capital. A partir dessa política de desenvolvimento, o campo foi esvaziado e diminuído no projeto de políticas públicas com seus sujeitos esquecidos. A propriedade privada do grande capital, servindo ao latifúndio e gerando a monocultura, recebeu investimento direto e subsídios intensos para a manutenção dos capitalistas transnacionais atuantes em territórios brasileiros. Esses tomam parte e utilizam as terras como elemento central da especulação financeira uma das principais características do capitalismo no século XXI: um capital especulativo-financeiro em detrimento do capital produtivo-industrial. No movimento das divergências encontradas entre campo e cidade e entre latifúndio e agricultura familiar-camponesa, teias vão sendo traçadas, cada vez mais complexas, sobre o sentido da identidade, do domínio e dos projetos de classe. A relação entre juventude do campo e o capitalismo é repleta de contradições e movimentos, não diferente das vividas pelos jovens urbanos. É extremamente desproporcional a correlação de forças que existe entre juventude dos movimentos sociais e dos próprios movimentos da Via Campesina com o sistema capitalista. É necessário notar que a juventude é uma categoria que sempre se recria junto com o campesinato, sendo por vezes os sujeitos sociais mais dinâmicos da família camponesa, das comunidades e das organizações sociais e políticas (MANSAN, 2008). Em muitas comunidades e assentamentos em que a Via Campesina tem grande parte de seus moradores militantes, é a juventude que proporciona a esperança de dias melhores, seja pela sua alegria, seja pela sua organização em grupos. Vê-se assim a disposição nos trabalhos da família e da comunidade, ao prover esperança, energia e luta camponesa.

9 Os Grupos de Produção e Resistência: Experiência da Juventude da Via Campesina na Construção Da Rede GPR O presente trabalho não tem a pretensão de discorrer sobre todas as experiências realizadas pela juventude da Via Campesina. Os coletivos de jovens dentro de suas organizações especificas constroem as mais variadas formas de luta. O que pretendemos é abordar a gênese e construção dos Grupos de Produção e Resistência (GPR) empreendida pela Pastoral da Juventude Rural e apontar a contribuição dessas experiências de produção coletiva agroecológica como possibilidade de permanência no campo. Optamos por descrever essa experiência, dentre tantas outras que existem, por ser construída essencialmente pela própria juventude camponesa e também está em consonância com as bandeiras de luta da juventude da Via Campesina. A iniciativa para a constituição dos GPR foi da Pastoral da Juventude Rural (PJR), uma organização de jovens camponeses 4 que a mais de 30 anos possibilitar um processo de formação que articulasse teoria e prática, fé e vida, inspirado na Teologia da Libertação. Contudo nos últimos 20 anos, tem-se presenciado um descenso no movimento de massas. Isso também afetou as pastorais sociais e de cheio as pastorais da juventude. Os jovens articulado na PJR passaram a buscar alternativas de vida nos centros urbanos. Era o ápice do avanço do capital no campo brasileiro. E como uma consequência direta o aumento do êxodo rural. Nesse cenário de dificuldade de articulação e organização da juventude e do aumento do fluxo de jovens para a cidade, fruto do modelo hegemônico na agricultura agronegócio, a PJR passou a reorganizar sua frente de atuação com a juventude. Era necessário não apenas fazer formação política com a juventude. Acima de tudo, a tarefa consistia em criar condições de permanência no campo. Isso passava necessariamente pela organização de grupos de jovens que gerasse trabalho e renda no campo. 4 A PJR sempre foi um serviço pastoral de grande valia grande valia para as demais organizações camponesas: sindicatos, movimentos sociais do campo e partidos políticos, principalmente nas décadas de 1980 e 1990, já visto que parte da militância da PJR, assim como de outras pastorais, acabavam se inserindo em outras organizações sociais.

10 A partir da década de 2000 alguns grupos de jovens passaram a se organizar com a finalidade de desenvolver uma experiência de produção coletiva. Estas experiências surgiram em vários estados do país, com destaque para as regiões Nordeste e Centro Oeste. Em pouco mais de quatro anos já haviam empreendimentos coletivos de jovens consolidados em 10 estados. Diante dessa nova realidade de organização da juventude camponesa, a PJR passa a dá maior apoio a articulação desses grupos denominados GPR. O nome já define a própria identidade do GPR: Grupo - cooperação entre jovens e deste com adultos; Produção - geração de renda a partir de produtos providos da agricultura e natureza; e Resistência - criar condições para a permanência dos jovens no campo e por um novo modelo de produção no campo, a agroecologia (PJR, 2014). A seguir a PJR passou a criar mecanismos de acompanhamento aos grupos, assim como a dedicar forças organizativas para a disseminação dessa proposta. A necessidade dos jovens envolvidos nos grupos de produção, a princípio era a luta econômica. Luta imediata e necessária para permanência do jovem no campo. Para a PJR essas experiências deveriam ter três finalidades: contribuir na permanência do jovem e da jovem no campo, desenvolvendo a produção, em vista da renda e da soberania alimentar; resistir no campo como agricultura camponesa, com base agroecológica, fazendo frente ao agronegócio e ajudar a desenvolver, passo a passo e em cooperação, uma Economia Popular Solidária (EPS), dentro e em contradição com a economia capitalista (PJR, 2014). A experiência mostrou que muitos grupos se organizavam e que após alguns anos deixavam de existir. Entre os vários diagnósticos constatou-se que o isolamento dos grupos e a falta de instrumento de acompanhamento sempre foram fatores que contribuíram para o fim das experiências de produção. Por isso a PJR definiu articular os GPR em uma Rede formado por jovens que desejam permanecer no campo, gerando renda e respeitando o agroecossistema. Os jovens seriam organizados para cooperem entre si. A formação da rede teve o apoio de um projeto do MTE/SENAES, em parceria com a ANJR-TL (Associação Nacional da Juventude Rural Terra Livre). A rede recebeu o nome de Rede GPR, sendo composta por 597 jovens de 61 grupos em 38 municípios dos estados de Ceará, Bahia,

11 Pernambuco, Espírito Santo, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte (PJR, 2014) 5. Destaque para a faixa etária: 530 são jovens (89%), entre 15 e 29 anos e 66 são adultos (11%), por estarem com idade acima de 29 anos. Uma rede essencialmente de jovens. Características da Rede GPR: Produzindo de Forma Agroecológica No I seminário da juventude da Via Campesina, realizado em 2006, elencou-se oito bandeiras de luta. Uma delas foi à organização da produção agroecológica. Desde a gênese da constituição dos empreendimentos coletivos de jovens a produção agroecologia esteve como um dos princípios fundantes dos GPR. A primeira característica da Rede GPR foi à produção agroecológica. A agroecologia entendida como uma diretriz política na luta contra o agronegócio e pela superação do modelo capitalista e a construção de outra forma de organização da vida, que reestabeleça o equilíbrio entre os seres humanos com a natureza. A segunda marca da Rede GPR são os variados ambientes onde estão dos grupos produtivos. A maioria, 34 GPR (55,74), estão em povoados ou sítios, e 15 GPR (24,59%) estão em assentamentos. Os demais estão em comunidades de Fundos de Pasto (4 GPR ou 6,56%), em comunidades Quilombolas (3 GPR ou 4,92%), em Engenhos (2 GPR ou 3,28%), os outros dois estão em Aldeia Indígena e em Colônia Pesqueira, e um em Acampamento (Gráfico 1). Gráfico 1. Ambientes culturais dos GPR 5 A Rede GPR vem sendo construída a partir do segundo semestre de 2013.

12 Engenhos 3% Locais dos GPR Assentamentos 25% Sítios / Povoados 56% Outros 5% Quilombos 5% Fundos de Pasto 6% Fonte: PJR (2014a) Os dados acima demonstram os vários espaços de atuação da juventude da Via Campesina. Isso reflete na diversidade cultural e várias identidades desses sujeitos sociais organizados em promover a luta nos mais variados ambientes culturais. A terceira marca que define a Rede GPR é a diversidade dos tipos de produção dos grupos (14 no total). A principal linha de produção dos GPR é a horta (40%) seguida por Avicultura com (18%) e beneficiamento de frutas e padaria (6% cada). As demais são fruticultura (5%) e viveiro de mudas (4%). Destaque para o reduzido número de grupos que trabalham com caprinos e ovinos (2%), como demonstra o gráfico 2. Gráfico 2. Tipos de produção da Rede GPR

13 Caprinos/Ovinos 2% Outras 6% Frutas 5% Mel 3% Viveiro 4% Padaria 6% Beneficiamento Frutas 6% Artesanato 10% Produção Aves (Galinhas) 18% Horta 40% Fonte: PJR (2014a) Apesar da diversidade de produção ser avaliado como algo positivo para a constituição de uma rede de grupos produtivos, precisa-se fazer uma leitura mais apurada dos fatores que estão por trás da opção dos jovens em optar, em sua maioria por horticultura e avicultura. A razão principal dessa escolha (ou falta de opção) é a estrutura fundiária brasileira extremamente concentrada. Observa-se que mais de 95% dos grupos escolheram atividades econômicas que exigem pouca terra (horta, aves, padaria, viveiro etc.). Apenas 2% desenvolver uma atividade que relativamente precisa de maior parcela de terra (caprinos e ovinos). Ou seja, os problemas estruturais da sociedade brasileira impactam profundamente a juventude, criando obstáculos para sua permanência no campo. Dialeticamente, a juventude da Via Campesina, cria possibilidades de geração de trabalho e renda para assim continuar no campo e dar continuidade na luta por uma Reforma Agrária Popular. E por último, destacamos outra característica que torna a Rede GPR uma experiência singular é a equidade de gênero. Dos 597 jovens da rede 384 são mulheres (64,32%) e 213 são homens (35,68%), o que perfaz, praticamente, duas mulheres para cada homem em média nos GPR. Considerações Finais

14 A Via Campesina nesse momento histórico se constitui, através de suas organizações e diversas formas de mobilização política, em um agente de transformação social. Tendo em vista que a luta da Via tem como objetivo confrontar as relações de exploração e dominação das instituições financeiras internacionais, nas multinacionais consideradas como elementochave do neoliberalismo e da destruição da agricultura camponesa. Ao mesmo tempo a Via Campesina tem sido a articulação de movimentos sociais do campo que tem possibilitado a juventude camponesa romper com a invisibilidade social. Ao abordar as experiências desenvolvidas pela juventude da Via Campesina, optamos por apresentar a experiência da Pastoral da Juventude Rural em organizar parte de sua base social (GPR) em uma rede política. Apesar do pouco tempo de existência, a Rede GPR tem apresentado resultados positivos no que concerne a articulação de empreendimentos de produção coletiva, alinhados com os princípios da agroecologia. Vale destacar o perfil dos participantes da Rede GPR: jovens e em sua maioria mulheres que estão construindo formas organizativas de geração de trabalho e renda e assim possibilitar a permanência no campo. Percebe-se também que os problemas estruturais da sociedade brasileira, como a concentração de terra desafia a juventude da Via Campesina em estabelecer estratégias de resistir produzindo no campo. Parte dessa estratégia foi a constituição de grupos produtivos que conseguisse gerar trabalho e renda em um espaço reduzido de terras, sendo que com isso não implicar em negar a luta por uma Reforma Agrária, pelo contrário, foi a forma como a PJR encontrou de manter o jovem no campo e assim ir fortalecendo a luta popular no campo brasileiro. Referências Bibliográficas ABRAMO, H. W. Cenas juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Ed. Página Aberta Ltda, 1994.

15 CASTRO, E. G. de. Entre Ficar e Sair: uma etnografia da construção social da categoria jovem rural. Tese de Doutorado em Antropologia Social, Rio de Janeiro: PPGAS/MN/UFRJ, DURSTON, J. Juventude Y Desarrolho rural: marco conceptual y teorico. CEPAL. Buenos Aires, ENFF. Relatório do Primeiro I Seminário da Juventude da Via Campesina Brasil, Guararema, SP FERNANDES, B. M. Via Campesina. In: CALDART, Roseli et al. (org.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, MANSAN, P. R. A. A Construção Identitária da Juventude nos Movimentos Sociais da Via Campesina Brasil. Campina Grande, EDUUFCG, MENEZES, M.A, Projeto de Pesquisa Juventudes Rurais do Nordeste: trabalho, migrações e movimentos sociais. Edital Universal MCT/CNPq 02/2004. PJR. Grupo de Produção e Resistência: Como iniciar a sua construção p. 39. (Coleção GPR). PJR. Relatório do I seminário nacional da Rede GPR. Caruaru, 2014a. (mineo). THOMPSON, E. P. A Formação da Classe Operária Inglesa; tradução Denisse Bottmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra, VIA CAMPESINA. Relatório do encontro. In: Encuentro continental de formadores y formadoras en agroecologia. I Anais... Barinas, Venezuela: Instituto Agroecológico Latinoamericano Paulo Freire (IALA), agosto de WANDERLEY, M.N. B. Juventude rural: Vida no campo e projetos para o futuro. Projeto de Pesquisa, mimeo, 2003.

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