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1 Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente UESC Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente BIOLOGIA DO CARANGUEJO-UÇÁ E PERFIS SÓCIO- ECONÔMICO E ETNOBIOLÓGICO DOS COLETORES EM DUAS ÁREAS DE MANGUEZAIS EM ILHÉUS-BA JUSSIARA LOPES DE ALMEIDA VASCONCELOS ILHÉUS BAHIA 2008 i

2 V331 Vasconcelos, Jussiara Lopes de Almeida. Biologia do caranguejo-uçá e perfis sócio-econômico e etnobiológico dos coletores em duas áreas de manguezais em Ilhéus-BA / Jussiara Lopes de Almeida. Ilhéus, BA: UESC/PRODEMA, xiii, 103 f. : il. ; Anexos. Orientador: Luiz Gustavo Tavares Braga. Co-orientadora: Erminda da Conceição Guerreiro Couto. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual de Santa Cruz. Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Inclui bibliografia. 1. Caranguejo. 2. Manguezais Aspectos sociais. 3. Pescadores Condições sociais - Ilhéus (BA). 4. Desenvolvimento sustentável. 4. Meio ambiente - Aspectos sociais. I. Título. CDD ii

3 JUSSIARA LOPES DE ALMEIDA VASCONCELOS BIOLOGIA DO CARANGUEJO-UÇÁ E PERFIS SÓCIO-ECONÔMICO E ETNOBIOLÓGIO DOS COLETORES EM DUAS ÁREAS DE MANGUEZAIS EM ILHÉUS-BA Dissertação apresentada à Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Área de Concentração: Ecologia Orientador: Prof. Dr. Luís Gustavo Tavares Braga Co-orientadora: Profª Drª Erminda da Conceição Guerreiro Couto iii

4 ILHÉUS BAHIA 2008 As imagens de leveza que busco não devem, em contato com a realidade presente e futura, dissolver-se como sonhos... Cada vez que o reino humano me parece condenado ao peso, preciso mudar de ponto de observação. ITALO CALVINO. iv

5 DEDICATÓRIA A Iêda (Dei) e Nede, minha mãe e avó, pela força, dedicação e paciência de me ouvir nos momentos difíceis; Com saudades, à memória do meu pai, José Pereira de Almeida, cuja vida permanece inscrita na minha; Ao meu irmão Tom e irmãs Gal e Lane, com amor, por me ensinarem a importância de aceitar e conviver com as diferenças e incertezas; Com esperança a Paulinho, Juninho, Lavínia e Zé Victor, que o futuro lhes dê o direito de viver em um ambiente saudável; A Humberto, companheiro de tantos momentos, a Uriel e Zé Neto, razões da minha vida, dedico. v

6 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por me dar força para enfrentar todos os momentos difíceis da minha vida acadêmica. E que renova, a cada dia, minha fé e ilumina o meu caminho. Ao meu marido (Beto) e filhos (Uriel e Zé Neto) que tanto me deram carinho, atenção e incentivo. Por serem pessoas maravilhosas e merecerem todo meu amor. A toda minha família pela força que sempre me deram, especialmente à minha mãezinha (Iêda) que sempre rezou e torceu por mim. Ao profº Dr. Luis Gustavo Tavares Braga (Gustavo), por ter aceitado me orientar, por sua amizade, sua atenção, sua disponibilidade e por ter acreditado na execução desse trabalho. Em especial, a amiga e co-orientadora Drª Erminda da Conceição Guerreiro Couto (MINDA), pela amizade, atenção e disposição. E que me apoiou e continua me apoiando intensivamente, contribuindo para a minha formação profissional. Exemplo profissional e pessoal para seguir para o resto da vida. Ao profº Max e profº Niella pela amizade, pelas contribuições, pelas leituras críticas, pelas recomendações e palavras de incentivo. Ao profº Dr. Neylor Calasans, coordenador do PRODEMA, pelo apoio e auxílio financeiro através de recursos concedidos ao projeto que possibilitaram a realização das viagens à campo. A doce Maria Schaun, funcionária sempre muito prestativa, amável e pela disponibilidade que sempre apresentou. Aos amigos Josy, Vanda e Fabrício que sempre fizeram do local de trabalho um ambiente extremamente agradável, no qual surgiram verdadeiros amigos, e pelo apoio irrestrito durante o trabalho de campo; compartilhando discussões e momentos muito importantes. Ao Zico, pela disponibilidade e apoio no trabalho de campo e ao Patrick por disponibilizar dados hidrológicos vi

7 (temperatura, salinidade, ph) do ecossistema e a imagem de satélite referente à área de estudo. Ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), na pessoa de Sérgio Linhares; e às Colônias de Pescas Z19 e Z34, pelo fornecimento dos dados necessários para a realização deste trabalho. Ao PRODEMA - Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, pela oportunidade oferecida. Aos autores do projeto intitulado SATCAP _ Capacidade suporte da bacia do Rio Cachoeira e área costeira adjacente frente a sustentabilidade ambiental dos recursos hídricos (CNPq CTHIDRO 14/2005 Processo /2006-5) pela concessão de dados abióticos da água e caracterização dos locais de estudo. Aos amigos da pós-graduação por compartilhar divertidas disciplinas; pelos momentos de descontração e preocupação diante de assuntos do curso e diante das nossas vidas e ricos momentos de discussões. Ao presidente de Associação do bairro Teotônio Vilela - Sr. Mário Aleluia, sempre prestativo e amigo, e a todos os moradores das duas áreas estudadas, pela atenção, amabilidade e confiança que tiveram em mim, por me receberem e compartilharem comigo os seus saberes. Pessoas simples que me ajudaram de muitas formas na realização desse trabalho, pelas lições de humildade e pela amizade que se construíram, sentirei muitas saudades. Agradeço também aos cientistas que cito em minhas referências bibliográficas. Pois nada conseguiria fazer sem o somatório dos esforços de cada um deles. Finalmente a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para o meu crescimento e realização deste trabalho. Muito obrigado a todos. Jussiara. vii

8 BIOLOGIA DO CARANGUEJO-UÇA E PERFIS SÓCIO-ECONÔMICO E ETNOBIOLÓGIO DOS COLETORES EM DUAS ÁREAS DE MANGUEZAIS EM ILHÉUS-BA RESUMO O caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) é uma espécie representante da fauna de manguezal, sendo considerado um recurso pesqueiro de elevado valor sócio-econômico em todo o Nordeste. Objetivou-se com este trabalho a obtenção de dados sobre a espécie e seu habitat e avaliar as características da população humana envolvida na atividade de extração, além de inferir sobre a percepção da comunidade em relação a esta espécie e ao manguezal. Exemplares da espécie foram capturados mensalmente, durante 12 meses, com o auxílio de uma coletora profissional, em duas áreas de manguezal, as quais apresentam a mesma composição arbórea, localizadas no Teotônio Vilela e na Vila Nazaré, no município de Ilhéus, na Bahia. Os locais de coleta foram demarcados e registrou-se os parâmetros abióticos e bióticos dos mesmos. A forma de coleta dos caranguejos foi constituída de braceamento e com esforço de pesca de 30. Após a sexagem dos animais procedeu-se a biometria dos mesmos. Para a avaliação sócio-econômica e obtenção das informações sobre o conhecimento da espécie, realizou-se a aplicação de um questionário estruturado. Quanto a biologia da espécie, observou-se que os baixos valores de densidade e das dimensões da carapaça, confirmam as observações dos coletores locais sobre a ocorrência de diminuição no porte e nos estoques, o que deve ser consequência da sobrepesca, inclusive no período de andada. Em relação a situação atual dos manguezais das áreas estudadas, pode-se observar atividades impactantes em ambas as áreas. Em relação ao perfil sócio econômico e cultural dos coletores, trata-se de profissionais que apresentam baixa qualidade de vida, sem perspectiva de progressão, vivendo dentro de áreas de preservação permanente, convivendo e extraindo delas sua sobrevivência. Ficou demonstrado que a comunidade de coletores de caranguejo-uçá estudada possui forte interação com o manguezal, tendo o conhecimento empírico em várias situações, ajustando-se perfeitamente com dados disponíveis na literatura científica. Assim, torna-se evidente que o conhecimento dos coletores pode auxiliar estudos científicos e deve ser considerado quando forem elaboradas ações que visem o manejo e a preservação local deste recurso pesqueiro. Palavras-chave: caranguejo-uçá, manguezal, conhecimento ecológico tradicional, pescadores artesanais. viii

9 MANGROVE CRAB BIOLOGY AND SOCIO-ECONOMIC AND ETNOBIOLOGY PROFILE OF COLLECTORS IN TWO AREA MANGROVES IN ILHEUS-BA ABSTRACT The mangrove crab, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) is a representative species of the mangrove fauna, being considered a resource fishing boat of raised partner-economic value in all Northeast. The attainment of data was objectified with this work on the species and its habitat and to evaluate the characteristics of the population involved in the activity of extraction, beyond inferring on the perception of the community in relation to this species and to the mangrove. Units of the species had been captured monthly, during 12 months, assist by a professional collecting, in two areas of mangrove, which present the same vegetable composition, located in the Teotonio Vilela and the Nazare Village, in the city of Ilheus, the Bahia. The collection places had been demarcated and registered the abiotic and biotic parameters of the same ones. The form of collection of the crabs was constituted of braceamento and with effort of it fishes of 30 '. After the sexing of the animals it was proceeded the biometry from the same ones. For partner-economic evaluation and attainment of the information on the knowledge of the species, it was introduced a structuralized questionnaire. About the biology of the species, observed that the low values of density and of the dimensions of carapace confirmed the comments of the local crab collectors on the occurrence of reduction in the transport and the supplies, what it also must be resulted of the superfishing. In relation the current situation of the mangrove of the studied areas, can be observed activities of environmental impact in both the areas. In relation to the profile economic and cultural partner of the collectors, they are professionals who present low quality of life inside, without perspective of progression, living of areas of permanent preservation, coexisting and extracting of them its survival. It was demonstrated that the community of collectors of studied mangrove crab has high interaction with the mangrove, having the empirical knowledge in some situations, adjusting itself perfectly with available data in scientific literature. Thus, becomes evident that the knowledge of the collectors can assist scientific studies and must be considered when actions will be elaborated that aim at the handling and the local preservation of this resource fishing. Keywords: mangrove crab, mangrove, traditional ecological knowledge, artisanal fishermen ix

10 LISTA DE FIGURAS Figura 01. Exemplar de U. cordatus (Linnaeus, 1763) Caranguejo-uçá 13 Figura 02. Aspecto externo das galerias (tocas) abertas por Ucides cordatus 14 Figura 03. Ucides cordatus: vista ventral, mostrando os segmentos abdominais estreitos, característicos dos machos (A) e segmentos abdominais largos, característicos das fêmeas (B). 14 Figura 04. Exemplar de fêmea ovígera de Ucides cordatus 15 Figura 05. Uma das formas de captura do caranguejo-uçá utilizada pelos coletore da Vila Nazaré e do Teotônio Vilela (A= redinha com duas hastes; B= redinha com uma haste). Figura 06. Imagem de satélite do Município de Ilhéus com a localização das duas áreas de manguezal estudadas. As setas apontam as duas regiões de manguezal utilizadas pelos coletores de caranguejo Figura 07. Vista parcial do Manguezal do bairro Vila Nazaré. 24 Figura 08. Vista parcial do Manguezal do bairro Teotônio Vilela. 24 Figura 09. Emprego da técnica de coleta conhecido como braçamento na captura do caranguejo-uçá. Figura 10. Visualização da obtenção das medidas biométricas em U. cordatus (largura da carapaça, comprimento e altura). Figura 11. Perfis fitossociológicos das duas áreas selecionadas mostrando a altura média das árvores e a espécie dominante a cada 10m. Figura 12. Número de indivíduos de Ucides cordatus capturados ao longo do período de coleta nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 13. Média e desvio-padrão do número de tocas de Ucides cordatus registradas, por metro quadrado, no inverno de 2007 e verão de 2008 nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 14. Seqüência da entrada de um indivíduo de Ucides cordatus em sua toca. Foto tomada em novembro de 2007 no manguezal do Teotônio Vilela (Ilhéus, BA) x

11 Figura 15. Tocas de fêmea (A) e de macho (B) de U. cordatus segundo coletores locais. B-rastros deixados pela pilosidade das pernas do macho. Fotos tomadas em novembro de 2007 no manguezal do Teotônio Vilela (Ilhéus, BA). Figura 16. Participação percentual de machos e fêmeas de U.cordatus, ao longo do período de estudo, nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 17. Participação percentual de fêmeas ovígeras e não ovígeras de U.cordatus, ao longo do período de estudo, nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 18 Relações biométricas entre a largura total da carapaça (mm) e o peso fresco (g) para machos e fêmeas de U.cordatus no manguezal da Vila Nazaré. Figura 19. Relações biométricas entre a largura total da carapaça (mm) e o peso fresco (g) para machos e fêmeas de U.cordatus no manguezal do Teotônio Vilela. Figura 20. Relações biométricas entre a largura total da carapaça (mm) e o peso fresco (g) para machos e fêmeas de U.cordatus nos manguezais da Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 21. Distribuição do número total de indivíduos por classe de tamanho de U.cordatus nos manguezais da Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 22. Distribuição percentual dos coletores de caranguejo-uçá entrevistados quanto à idade. Figura 23. Distribuição percentual dos coletores de caranguejo-uçá quanto ao grau de escolaridade. Figura 24. Distribuição percentual do destino do lixo entre os componentes da população de coletores de caranguejo-uçá nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 25. Distribuição percentual das fontes de renda apresentadas pelos componentes da população de coletores de caranguejo nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 26. Distribuição percentual das Técnicas de coleta utilizadas pelos coletores de caranguejo nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 27. Distribuição percentual do número de dias empregado na coleta de caranguejo nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Figura 28. Distribuição percentual da produção diária do número de cordas de caranguejo-uçá nos manguezais da Vila Nazaré e do Teotônio Vilela xi

12 LISTA DE TABELAS Tabela 01. Valores de importância das três espécies nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela. Tabela 02. Comparação das densidades do caranguejo-uçá nos manguezais estudados (Vila Nazaré e Teotônio Vilela,Ilhéus-BA) com outros manguezais brasileiros. Tabela 03. Calendário Etnobiológico do caranguejo-uçá, segundo a percepção dos coletores de caranguejo dos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela xii

13 Resumo Abstract SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS Geral Específicos 9 2. REVISÃO DE LITERATURA MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo Biologia da espécie Caracterização sócio-econômica da população de coletores de caranguejo-uçá 3.4. Percepção ambiental RESULTADOS E DISCUSSÃO Área de estudo Biologia da espécie Abundância do Caranguejo-uçá nos manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela Densidade de tocas de caranguejo-uçá por m² no inverno e no verão Proporção sexual para o caranguejo-uçá nos manguezais Vila Nazaré 41 e do Teotônio Vilela Biometria do caranguejo-uçá nos manguezais Vila Nazaré e do 44 Teotônio Vilela Distribuição por classe de tamanho do caranguejo-uçá nos 48 manguezais Vila Nazaré e do Teotônio Vilela Caracterização sócio-econômica da população de coletores de 51 caranguejo-uçá O perfil da população O perfil da produção Percepção ambiental Conhecimento de aspectos da biologia da espécie alvo Andada Alimentação Ecdise ou Muda Técnicas de coleta do caranguejo-uçá 67 vii viii xiii

14 4.4.3.Aspectos legais CONCLUSÃO E SUGESTÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 72 ANEXOS xiv

15 1. INTRODUÇÃO Manguezal é um ecossistema costeiro, estabelecido na transição entre os ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais sujeitas ao regime das marés (SCHAEFFER- NOVELLI, 1995). Os manguezais são identificados como uma unidade ecológica da qual dependem dois terços da população pesqueira do mundo, além de contribuir para a geração de emprego e renda nas comunidades pesqueiras que vivem nessas áreas de preservação permanente. Ocorrem, predominantemente, nas zonas litorâneas das regiões tropicais e subtropicais, caracterizando-se como um dos ambientes mais produtivos do mundo, beneficiando direta e indiretamente os ecossistemas adjacentes, bem como as comunidades que deles se utilizam, pois fornecem recursos, bens (como por exemplo, madeiras, fármacos, tinturas, peixes, crustáceos, moluscos, entre outros) e serviços ambientais ao homem (CANESTRI; RIUZ, 1973). Ecologistas e botânicos brasileiros usam o termo manguezal para o bosque e/ou a floresta e mangue para uma planta, uma espécie (MACIEL et al., 1991). Segundo Soffiati Netto (2004), o manguezal é um ecossistema com elevada produtividade biológica cumprindo quatro funções ecológicas básicas: 1

16 1. Suas árvores ajudam a conter a erosão hídrica e eólica costeira. Ele funciona como fixador de terras, aplacando a força erosiva dos rios e dos movimentos marinhos, bem como o das tempestades e dos ventos; 2. É um ambiente extremamente favorável à reprodução de incontáveis espécies de água doce e salgada, além daquelas que vivem exclusivamente no seu interior, onde a água, geralmente, é salobra. Abriga também animais terrestres e alados em sua fase de acasalamento e reprodução. Em seu interior, criam-se condições apropriadas de proteção e de alimentação para diferentes espécies animais procriarem; 3. Sua constituição torna-o excelente local protetor para animais na fase jovem. Ao atingirem o estado adulto, podem elas, então, migrar para o mar, subir os rios, saír para outros ecossistemas ou continuar no manguezal. Há espécies vegetais e animais exclusivas do manguezal, chamadas residentes, como as plantas dos gêneros Rhizophora, Avicennia e Laguncularia, e animais como o caranguejo-uçá (Ucides cordatus). Existem também as espécies semiresidentes e visitantes; 4. Produz e exporta alimentos para o mar, sobretudo através dos movimentos das marés. Esta produtividade elevada atraiu, desde o Paleolítico, grupos humanos que, em grande medida, passaram a depender dele como fonte de alimento. No Brasil pré-europeu, há significativos registros de assentamentos humanos em suas bordas. A importância da proteção do manguezal consiste nas funções que ele desempenha. Diversos trabalhos (veja, por exemplo, HAMILTON et al., 1989; BARBIER, 1994; CONSTANZA et al., 1997; GILBERT; JANSSEN, 1998; RONNBACK, 1999; KAPLOWITZ, 2001) demonstram o valor deste sistema 2

17 ecológico, por sua função como berçário para espécies marinhas e estuarinas, manutenção da biodiversidade e de recursos genéticos, controle de erosão, armazenamento e reciclagem da matéria orgânica e nutrientes, influência no clima global e local, dentre outros. Graças a sua grande produtividade, os manguezais brasileiros são habitados por diversas espécies de plantas e animais, pois além das típicas desse ecossistema, os manguezais servem como abrigo para aves e mamíferos que procuram refúgio para acasalamento, reprodução ou apenas como fonte de alimentação. Os manguezais são ambientes importantes para a manutenção de diversos tipos de organismos que vivem nesses locais ou que os usam durante algum período do seu ciclo de vida, quer seja para reprodução, refúgio ou alimentação. Alguns representantes da fauna são residentes permanentes, desenvolvendo seu ciclo de vida exclusivamente em áreas estuarinas e entrando com freqüência nos manguezais. Outros procuram essas áreas para o desenvolvimento das primeiras fases do seu ciclo de vida, motivo pelo qual são consideradas como criadouros naturais de um grande número de espécies marinhas ou dulceaqüícolas (NASCIMENTO, 1999). Segundo Santos e Coelho (2000), entre as espécies bênticas que vivem nos manguezais, os crustáceos são os principais e mais abundantes animais, sendo encontrados em alagadiços de água salobra, em superfícies ensolaradas ou sombreadas, em bancos de ostras ou associados às raízes, sendo, portanto importantes componentes da fauna dos manguezais, não só por sua abundância e participação na cadeia alimentar, como pelo seu importante papel no revolvimento do solo e na reciclagem de nutrientes (RODRIGUES et al., 2000). 3

18 A fauna de caranguejos, em especial o caranguejo-uçá, é um importante recurso econômico e de subsistência em todas as áreas de manguezal no Brasil, ocorrendo do Amapá a Santa Catarina (NORDI, 1992; MANESCHY, 1996; IVO et al., 2000; COSTA-NETO; LIMA, 2000; WOLFF et al., 2000; PAIVA-SOBRINHO; ALVES, 2000; BARROS, 2001; FISCARELLI; PINHEIRO, 2002; ALVES; NISHIDA 2002; SOUTO, 2004; GLASER; DIELE, 2004). A espécie U. cordatus (Linnaeus, 1763), é um caranguejo semi-terrestre pertencente à família Ocypodidae, conhecido popularmente como caranguejouçá ou verdadeiro; que vive entocado em galerias individuais de aproximadamente 1m de profundidade, construídas sob as áreas de mangue. Desempenha importante papel para a vida da flora e da fauna de mangue, pois ao fazer suas tocas, revolve o solo mais profundo, oxigenando e distribuindo nutrientes, que depois serão levados para o mar com as cheias e vazantes da maré. Esta espécie se alimenta das folhas que caem das árvores do mangue, ricas em compostos fenólicos de baixa degradabilidade. Ao final de sua digestão devolve para o ambiente matéria orgânica rica em nutrientes que sustenta uma intrincada teia trófica. Além disso, ao estocar as folhas em sua galeria, mantém a matéria orgânica retida no manguezal, evitando sua exportação imediata através dos ciclos de maré. Espécimes adultos possuem poucos predadores naturais, tais como macacos, guaxinins, garças e falcões (KOCH, 1999). A captura para o consumo humano é, sem dúvida, a mais importante forma de pressão de predação sobre a espécie (DIELE, 2000). No Brasil, a atividade de captura dessa espécie é uma das mais antigas práticas de extrativismo nos manguezais e muitas comunidades tradicionais ainda sobrevivem dela (GEOBRASIL, 2000). Em todas as regiões de mangue 4

19 existem pessoas que vivem da captura do caranguejo, para vendê-lo a bares, restaurantes, cabanas de praia, feiras livres ou a atravessadores, que comercializam o produto nos grandes centros, sendo estes últimos os que mais lucram com o processo. Essa pressão, exercida através da sobrepesca (captura acima do nível de produção), ao longo dos anos, pode interferir no tamanho máximo alcançado pela espécie na região, além da diminuição no estoque natural, levando ao aumento do esforço de pesca, para manter a média de produção. Esta redução pode estar sendo causada tanto pelos coletores locais considerados como tradicionais, como também através da inclusão de coletores novos vindos de outras localidades. Grande parte destes fixa residência no local, competindo pelo recurso. Há ainda os coletores temporários, que aparecem durante os meses do verão ou quando estão desempregados. Estes últimos são chamados caranguejeiros oportunistas, uma vez que entram no manguezal quando precisam complementar sua renda e por não terem conhecimento da área de captura e dos ciclos locais enfrentam dificuldades na captura e causam ainda mais danos ao ecossistema. Devido à grande importância sócio-econômica do caranguejo-uçá, associada ao aumento do esforço de pesca sobre o recurso, é crescente o interesse de vários segmentos da sociedade na proteção, no gerenciamento pesqueiro e no extrativismo sustentável. A redução nas capturas totais de U. cordatus registradas nas duas últimas décadas tem sido vista como o primeiro indício do colapso da pesca. Além da redução no peso e no tamanho médio dos espécimes capturados; aumento do esforço de pesca sem o aumento da captura; e maior dificuldade na captura. Isto tem levado ao rompimento da tradição, pois muitos coletores 5

20 estão deixando os métodos tradicionais de trabalho e substituindo-os por técnicas consideradas predatórias, ou seja, estão substituindo as técnicas de braceamento 1 - o coletor não causa ferimentos no animal, além de perceber com facilidade se ele se encontra em muda ( caranguejo leite ) ou apresenta tamanho inferior ao permitido para comercialização, seguindo as leis de defeso em vigência; e a do tampão ou tapado 2 - possibilita o manejo dos exemplares, além de reduzir o tempo gasto na retirada e o sofrimento por parte do coletor. De acordo com Pinheiro (2001), estas duas formas de captura são corretas. Atualmente muitos coletores estão utilizando a técnica de redinha ou laçinho 3. Trata-se de uma forma de captura proibida pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), devido aos seus danos - não serem seletivas, serem altamente predatórias. Além de prender machos, prende fêmeas ovadas e caranguejos ainda pequenos. Quando deixadas no manguezal, causam poluição no ambiente e permanecem como pesca fantasma. Os manguezais do município de Ilhéus ocupam uma área de aproximadamente ha (Projeto Mata Atlântica Nordeste, 1994). São formados por espécies dos gêneros Rhizophora, Avicennia e Laguncularia. As maiores áreas estão localizadas na zona urbana do município, ao longo das margens da porção estuarina dos rios Cachoeira, Almada, Santana e 1 O coletor introduz a mão na galeria, até sentir o animal, que é então capturado pela região dorsal. Para evitar que o caranguejo utilize suas pinças, o coletor, ao mesmo tempo em que coloca a mão, pega um pouco de lama da parede interna da galeria, depositando-a sobre o animal. Desse modo, o animal é trazido à superfície, envolvido nesse sedimento, ficando estático e mais dócil ao manuseio. 2 Nesta técnica o coletor apenas tapa com lama e com o pé a abertura da galeria (toca, buraco), forçando a subida do animal à superfície. 3 Consiste de uma armadilha feita com fibras de saco de ráfia, utilizando ramos retirados das árvores do próprio manguezal. Existem redinhas feitas com dois ramos e com um só ramo, que são colocadas na abertura das galerias. A redinha, que possui dois apoios, tem os ramos enterrados nas laterais da abertura e as fibras de ráfia colocadas para o interior da toca, enquanto a de um ramo só é colocada inteiramente dentro da toca, ficando mais camuflada da fiscalização 6

21 Itacanoeira (FILDEMAN, 1999). No município, a coleta do caranguejo-uçá é muito antiga e sua intensificação pode estar provocando a redução dos estoques e do tamanho mínimo de captura. Informações sobre a biologia do caranguejo-uçá, e sobre os componentes bióticos e abióticos que integram o ecossistema nos quais vivem associadas ao conhecimento empírico das populações ribeirinhas, poderão fornecer subsídios para o aprimoramento da regulamentação da captura da espécie, permitindo a elaboração de planos de gerenciamento de seus estoques naturais. De acordo com Nordi (1994) e Poizat e Baran (1997), este tipo de conhecimento pode ser usado como um estágio preliminar da investigação ecológica. O saber popular (tradicional) pode, desta forma, subsidiar planos de manejo, visando uma exploração sustentável, sobretudo daqueles recursos mais fortemente explorados. 7

22 1.1 OBJETIVOS GERAIS Obter informações sobre a biologia da espécie U. cordatus, além de caracterizar o perfil sócio econômico das pessoas envolvidas com a atividade de coleta do caranguejo em duas áreas de manguezal localizadas na Cidade de Ilhéus (BA), procurando verificar seu conhecimento sobre a biologia da espécie e sua interação com o meio ESPECÍFICOS Analisar a relação entre os parâmetros ambientais e a distribuição e abundância da espécie nos manguezais da Vila Nazaré e do Teotônio Vilela (Ilhéus, BA); Estabelecer as relações biométricas por sexo; Analisar aspectos da dinâmica populacional da espécie; Caracterizar sócio-economicamente a população envolvida com a captura e a comercialização de caranguejo-uçá; 8

23 Relacionar o conhecimento etnobiológico dos catadores com a pesca da espécie.caracterizar sócio-economicamente a população envolvida com a captura e a comercialização de caranguejo-uçá; Relacionar o conhecimento etnobiológico dos coletores com a pesca da espécie. 9

24 2. REVISÃO DE LITERATURA No Brasil, a captura do caranguejo é uma das atividades extrativistas mais antigas desenvolvidas em áreas de manguezal (PINHEIRO; FISCARELLI, 2001). E nele está a segunda maior área de manguezal do mundo, com mais de um milhão de hectares, situada ao longo da faixa litorânea, da Foz do Rio Oiapoque (AP) à foz do Rio Araranguá (SC). A região Nordeste abriga cerca de 80% deste total. Os manguezais formam um ecossistema rico em biodiversidade, e apesar de serem protegidos por leis desde 1983, estes diminuíram 46,4% nos últimos 14 anos (UFRP, 2004). O caranguejo-uçá ou verdadeiro (U. cordatus) é um dos elementos mais característicos do ecossistema manguezal brasileiro. No litoral nordestino apresenta grande importância sócio-econômica, sendo um recurso pesqueiro de grande aceitação comercial e que contribui para a geração de emprego, como fonte de renda e subsistência de várias comunidades pesqueiras. Porém, ainda são poucos os estudos publicados sobre esta espécie. Os trabalhos existentes estão relacionados à sua sistemática, biologia e distribuição geográfica. As primeiras informações sobre habitat, alimentação e ecdise (muda) foram feitas por Gabriel Soares de Souza em 1557 (apud 10

25 COSTA, 1972). Observações sobre as principais características morfológicas da espécie foram citadas por George MarcGrave, na Historia Naturalis Brasiliae, em No Brasil, de forma geral, trabalhos sobre o caranguejo-uçá são mais recentes e tornaram-se mais intensos, nas ultimas décadas. Alguns estudos como os de Luederwaldt (1919), Oliveira e Krau (1953), Oliveira (1946, 1950), Coelho (1967), Paiva (1970), Alcântara-Filho (1978), Costa (1979), Nascimento e Costa (1983), Castro (1986), Nunes (1998), Branco (1993), Almeida e Mello (1996), Botelho et al. (1999), Vasconcelos et al. (1999), Ivo et al. (1999, 2000), foram relacionados à bioecologia. Alves (1975) e Ivo e Vasconcellos (2000) trabalharam principalmente aspectos reprodutivos; Alves e Madeira Jr.(1980), a respiração; Ogawa (1973a, 1973b), a industrialização da carne e seu aproveitamento. Allodi e Taffarel (1999) pesquisaram sobre as células da glia do sistema nervoso central, Côrrea Jr. et al. (2000) compararam a concentração de zinco no hepatopâncreas dessa espécie em áreas de manguezais contaminadas em diferentes níveis de poluição. Sobre o processo de ecdise podem ser destacados os trabalhos de Oliveira (1946), Costa (1972), Alcântara-Filho (1978), Castro (1986), Nascimento (1993), Pinheiro e Fiscarelli (2001) e Alves e Nishida (2002); sobre a maturidade sexual os de Diele (2000) e Pinheiro et al. (2005); sobre o período reprodutivo os de Góes et al. (2000) e Pinheiro e Fiscarelli (2001); sobre a análise histológica das gônadas das fêmeas o de Dalabona e Silva (2005); sobre larvas os de Santarosa-Freire (1998), Diele (2000), Góes et al. (2000), Schmidt (2006), Rodrigues e Hebling (1989), Fernandes et al. (2003), SantAnna et al. (2004) e Abrunhosa et al. (2000a,b). 11

26 Segundo Diegues (2000) e Souto (2006), estudos etnoecológicos têm mostrado a importância das práticas e dos conhecimentos de populações tradicionais para a conservação de ecossistemas. Efetivamente, vários pesquisadores passaram a interessar-se não só pela biologia da espécie, como também pelos aspectos sociais, econômicos, culturais e etnológicos relacionados à captura do caranguejo (ANDRADE, 1983; VARGAS; WEISSHANPT, 1988; NORDI, 1989, 1992 e 1994; MANESCHY, 1993; NUNES, 1998; BLANDT; GLASER, 2000; BARROS, 2001; ALVES, 2003; FISCARELLI; PINHEIRO, 2002), devido ao avanço das cidades sobre os manguezais, causando destruição de habitats e aumento no esforço de pesca sobre estes crustáceos, como resposta às importantes transformações sócio-econômicas ocorridas no país nas últimas décadas. O caranguejo-uçá (Fig. 1), Ucides cordatus cordatus (Linnaeus, 1763) (Decapoda:Brachyura: Ocypodidae:Ocypodinae) (MELO, 1996) é uma espécie de caranguejo comum em áreas de manguezal na costa oeste atlântica. No Brasil ocorre desde o Amapá até Santa Catarina (SANTOS; COELHO, 2000; CORRÊA JR. et al., 2000; DIELE, 2000). 12

27 Figura 1. Exemplar de Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) - Caranguejo-uçá Fonte: Arquivo pessoal. Esta espécie possui dez apêndices articulados que permitem sua locomoção, abdômen dobrado por baixo do cefalotórax e parte central do corpo revestida por uma carapaça. Seu primeiro par de pernas é terminado em uma grande pinça móvel, chamada quelípodo ou quelípode, que é usado para transporte de folhas e defesa. Esta é a parte considerada como mais atrativa para o comércio, sendo denominada puã. Quando retirada ou perdida pode voltar a regenerar-se. Geralmente as fêmeas são menores que os machos e possuem menor quantidade de carne. É proibida a captura de fêmeas quando ovadas. Vivem nos manguezais em galerias escavadas no lodo, com profundidade entre 0,5 a 2,0m (média de 1,0m), que variam de acordo com a época do ano (Fig. 2). Essas galerias (tocas) são habitadas por um único animal, demonstrando fortemente o territorialismo da espécie. São cobertas pela maré alta e ficam expostas na maré baixa (NASCIMENTO, 1984). 13

28 Figura 2. Aspecto externo das galerias (tocas) abertas por Ucides cordatus Fonte: Arquivo Pessoal de Erminda da Conceição Guerreiro Couto (autorizada). É uma espécie dióica, ou seja, possui sexos separados. Os machos apresentam abdômen alongado, estreito e com formato próximo ao triangular, em forma de T invertido enquanto o das fêmeas é largo e com formato semicircular, arredondado (Fig. 3). B A Figura 3. Ucides cordatus _ vista ventral, mostrando os segmentos abdominais estreitos, característicos dos machos (A) e segmentos abdominais largos, característicos das fêmeas (B). Fonte: Arquivo Pessoal 14

29 Machos e fêmeas saem de suas galerias (tocas) para o acasalamento em um fenômeno denominado período da andada. Nesta época, abandonam as galerias (tocas) e se deslocam pelo manguezal, perdendo seu instinto de direção, fuga e defesa, o que torna fácil sua captura. Esse período ocorre nos meses de maior fotoperíodo, temperatura e precipitação (PINHEIRO; FISCARELLI, 2001). Existem relatos de ocorrência de andadas tanto em luas cheias como em luas novas (GÓES et al., 2000; DIELE, 2000; PINHEIRO; FISCARELLI, 2001 e WUNDERLICH et al., 2002). Após o acasalamento, os espermatozóides são armazenados no receptáculo seminal da fêmea que libera seus óvulos, ocorrendo então a fecundação. A fêmea carrega externamente a massa de ovos no abdômen, onde são incubados (Fig. 4). Figura 4. Exemplar de fêmea ovígera de U. cordatus. Fonte: Projeto Caranguejo-uçá A desova ocorre na água, coincidindo com as marés mais altas em dias de lua cheia ou nova. As larvas, denominadas zoéas, são carregadas na maré vazante para as águas mais salinas, próprias para o seu desenvolvimento. O 15

30 desenvolvimento larval ocorre em águas com temperaturas superiores a 20ºC. Segundo Ostrensky et al. (1995), as larvas passam por cinco estágios de zoéa e um de megalopa, antes de atingir o estágio juvenil. Entretanto, para Pinheiro e Fiscarelli (2001), são sete os estágios larvais. Para estes autores, após a eclosão, o animal passaria por seis estágios de zoea (zoea I a VI), com formato similar ao dos camarões, e um estágio de megalopa - quando já apresenta achatamento do cefalotórax e quelípodos formados. A duração média do desenvolvimento larval completo é de dois meses. Após a ecdise das megalopas, origina-se o primeiro estágio juvenil do caranguejo-uçá, que ainda apresenta um tamanho reduzido. Tornam-se adultas a partir dos 10 ou 12 meses. Atingem a maturidade sexual no segundo ano de vida. Quanto ao crescimento, os caranguejos desenvolvem-se através de mudas de sua carapaça. A carapaça dura que envolve o corpo impede o crescimento. Ao longo do processo de crescimento o crustáceo rompe a carapaça antiga e produz uma nova. Nesse período o corpo fica mole, recoberto por uma camada quitinosa fina, para permitir o crescimento do animal. Em pouco tempo, começa a aumentar de tamanho até que a película de quitina endureça, impedindo que continue crescendo. Ou seja, durante o seu desenvolvimento passa por várias fases como a ecdise (mudança de carapaça) que ocorre desde o nascimento do caranguejo até a idade adulta. Durante este processo, os caranguejos costumam tapar as aberturas de suas galerias (tocas) com lama e descem para a região mais profunda das mesmas. Segundo Pinheiro (2001), neste período não é aconselhável o consumo da espécie, pois esta, além de apresentar um sabor desagradável, a utilização 16

31 desse alimento pode causar efeitos colaterais como diarréia, dores abdominais e alterações no sistema nervoso, como letargia e entorpecimento. Segundo Drach (1939), o ciclo de muda apresenta os seguintes períodos: 1. I _ é o período que se dá imediatamente após a muda. O exoesqueleto ainda está muito mole e se deforma facilmente quando pressionado levemente. Também é chamado de Pós-Muda 2. II _ nesse período o exoesqueleto já está mais rígido, porém ainda pode se deformar um pouco quando pressionado pelos dedos. Também é chamado Pós-Muda. 3. III _ é o período mais longo, que compreende a maior parte da vida do animal, e nele o exoesqueleto já está totalmente rígido. Também é chamado de Inter-Muda. 4. IV _ é o período preparatório para a muda, em que o exoesqueleto antigo começa a se desprender do corpo, sendo facilmente quebrado quando com as mãos. De acordo com Pinheiro e Fiscarelli (2001), o corpo fica preenchido por uma substância leitosa rica em cálcio, magnésio e carbonatos. São chamados pelos coletores de caranguejos-de-leite. É também denominado de Pré-Muda. O caranguejo-uçá apresenta taxa de crescimento lento, sendo variadas as estimativas de idade na qual os machos atingem o tamanho de 6cm de largura de cefalotórax - considerado e determinado como apropriado para comercialização pela Portaria do IBAMA nº 34 de 24/06/2003. Segundo Nascimento (1993), em trabalho desenvolvido nos manguezais sergipanos, este tamanho seria alcançado aos 10 anos. Entretanto, Ostrensky et al. (1995) calcularam entre 6,3 e 11 anos para a costa paranaense; Diele (2000) entre 6,1 17

32 e 7,5 anos para o manguezal de Caeté (PA), enquanto Pinheiro et al. (2005) estimaram em 3,8 anos para a costa de São Paulo. Em relação à longevidade do caranguejo-uçá, trabalhos indicam que o mesmo pode viver pouco mais de dez anos (DIELE, 2000; PINHEIRO et al., 2005). Os machos atingem uma largura máxima de carapaça entre 3,8cm (PINHEIRO et al., 2005) e 9,1cm (DIELE, 2000). As fêmeas, por sua vez, atingem um tamanho máximo entre 7,3cm (DIELE, 2000) e 7,8cm (PINHEIRO et al., 2005) de largura de carapaça. Quanto ao hábito alimentar, no período larval apresenta hábito carnívoro, alimentando-se de zooplâncton. Quando adultos são onívoros (alimentam-se de folhas que caem das árvores e são levadas para dentro das tocas, onde são parcialmente decompostas por fungos e bactérias e consomem também animais em decomposição) (OSTRENSKY et al., 1995). Segundo Wolff et al. (2000), U. cordatus é um dos principais consumidores da serapilheira oriunda dos mangues. Apresenta hábito predominantemente diurno, pois depende da visão para a coleta de folhas embora, de acordo com Nordhaus (2003), também seja ativo durante a noite. A espécie está incluída na Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Sobreexplotadas ou Ameaçadas de Sobrexplotação (Anexo II da Instrução Normativa Nº 5 de 21 de Maio de 2004 do MMA). Vem ainda sofrendo com a degradação do seu habitat, devido aos aterros, despejo de esgotos, lixo, desmatamento e outras atividades impactantes sobre ecossistemas de manguezal. Esse recurso pesqueiro envolve grande número de pessoas na captura, beneficiamento e comercialização. Sua captura é regulamentada por duas 18

33 portarias do IBAMA - a de nº 34, de 24 de junho de 2003, que estabelece tamanhos mínimos para a largura da carapaça em toda região Norte e Nordeste; período de defeso durante os dias de andada, e a lei nº de 12 de fevereiro de 1998 ( Lei de Crimes Ambientais ), que prevê, em seus artigos de 30 e 40, multas e penas de prisão de até três anos para quem destruir ou danificar áreas de preservação permanente, o que inclui os manguezais - habitats do caranguejo-uçá. Apesar da atividade extrativista do caranguejo ser uma das mais antigas na costa do Brasil, os coletores de caranguejo geralmente ficam à margem na participação em organizações e associações de produtores e pescadores. A maioria dos coletores não possui registro e documentação (IBAMA, 1995; IVO et al., 1999; ALVES; NISHIDA 2002). São pessoas simples, de baixo poder aquisitivo. Grande parte sobrevive dessa atividade, por tradição, por serem filhos e netos de coletores, por falta de opção, de oportunidade, e uma outra parte, em período temporário, atua nessa área quando estão desempregados, abandonando-a quando encontram outras atividades (VASCONCELOS; COUTO 2001). Apesar de todos os problemas identificados, a captura desse crustáceo tem contribuído para a geração de emprego e renda nas comunidades pesqueiras. O extrativismo do caranguejo pode ser feito de várias formas, o mais comum, segundo Nordi (1992), é utilizando-se basicamente o método de braceamento. Outra técnica, muito utilizada, embora proibida pelo IBAMA, é a redinha (Fig. 5) que vem causando sérios danos, pois prende os crustáceos de forma aleatória, independente do tamanho e do sexo; além de causar poluição ao ecossistema quando é esquecida no local, onde continua funcionando como 19

34 pesca fantasma. Esse tipo de coleta predatória vem aumentando a pressão sobre a espécie, uma vez que o ingresso nessa atividade, sem custo aparente, é fácil. Aparentemente esta postura vem contribuindo para uma diminuição no tamanho médio de captura, redução do estoque e da capacidade reprodutiva da espécie, pondo em risco a população humana que sobrevive desse recurso. A maior parte das comunidades de coletores é caracterizada por pessoas que vivem dentro das áreas de preservação permanente, convivendo e extraindo delas sua sobrevivência. De forma geral, não apresentam qualificação profissional, atuando em péssimas condições de trabalho, com baixa qualidade de vida e pequena renda mensal. Figura 5. Uma das formas de captura do caranguejo-uçá utilizada pelos coletores da Vila Nazaré e do Teotônio Vilela (A = redinha com duas hastes; B = redinha com uma haste) Fonte: Pinheiro e Fiscarelli,

35 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 ÁREA DE ESTUDO A bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira inicia-se próximo ao limite do semi-árido baiano e sua foz deságua na Baía do Pontal em Ilhéus. De acordo com a classificação de Thornthwaite, o clima de Ilhéus é B1rA, ou seja, apresenta pouco ou nenhum déficit hídrico, é megatérmico (EP > 1140mm), e ocorrem chuvas de primavera/ verão e outono/inverno. O índice hídrico é de 40 a 60% e o excedente hídrico de 300 a 600 mm. As temperaturas médias do município são de 24º C (máx de 30,5º e min de 17ºC) e a precipitação é bem distribuída ao longo de todo um ano, com média do município de 2045 mm, máximo de 2097 mm e mínimo de 163 mm (SEI, 2007). Na porção estuarina do Rio Cachoeira, os manguezais ocupam uma área de aproximadamente ha (PROJETO MATA ATLÂNTICA NORDESTE, 1994). Os mais importantes estão situados na zona urbana, ao longo das margens dos rios Almada, Cachoeira, Fundão e Santana, e em suas ilhas. Segundo Fidelman (1999), os manguezais da região são percebidos pela população de baixa renda como uma alternativa para solucionar seu 21

36 problema de moradia, alimentação e fonte de renda. A expansão da ocupação urbana decorrente à crise econômica do cacau vem prosseguindo nas direções norte, oeste e sul da cidade (ANDRADE, 2003), acarretando impactos negativos como a transformação dos manguezais em depósitos de lixo, aterros para construção de imóveis, e locais de despejo de esgoto (VASCONCELOS; COUTO, 2000). De acordo com Faria-Filho et al. (2002), num período de 58 anos ( ), 4,5% da área original foi descaracterizada devido à expansão urbana. O trabalho foi desenvolvido em duas áreas de manguezal (Fig. 5) localizadas no município de Ilhéus (BA), que está situado na microregião litorânea sul baiana (14 30 e S e e W) (SEPLANTEC/CEI, 1996). As duas áreas de estudo foram caracterizadas a partir dos seguintes atributos: condições climáticas gerais e dominantes durante o período de coletas (temperatura do ar e pluviosidade); nível das marés diárias para os períodos de coleta; estrutura do bosque e padrão de sedimento predominante. Nos períodos de inverno de 2007 e verão de 2008 foi ainda realizado o censo das tocas produzidas pela espécie. 22

37 Figura 6. Imagem de satélite do Município de Ilhéus com a localização das duas áreas de manguezal estudadas. As setas apontam as duas regiões de manguezal utilizadas pelos coletores de caranguejo. Fonte: As condições climáticas foram obtidas a partir dos dados disponibilizados pela estação metereológica da CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) Ilhéus. O nível das marés diárias foi obtido a partir dos dados disponíveis nas tábuas de maré publicadas pelo DHN (2007 e 2008) para os períodos de coleta, acompanhados de observações locais dos tempos de emersão de cada bosque estudado. Os dados referentes à estrutura fitossociológica dos dois bosques de mangue selecionados e a caracterização sedimentológica dos mesmos foram disponibilizados pelo geógrafo Patrick A. T. Martins (PPGGEO/UFSE). 23

38 Figura 7. Vista parcial do manguezal do bairro Vila Nazaré. Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 8. Vista parcial do manguezal do bairro Teotônio Vilela. Fonte: Arquivo pessoal. 24

39 3.2. BIOLOGIA DA ESPÉCIE As coletas de indivíduos de U. cordatus foram realizadas mensalmente, durante a baixa-mar de sizígia, no período de fevereiro de 2007 a fevereiro de 2008, nas duas áreas selecionadas para este estudo. Foi utilizada a técnica de braceamento (Fig. 9), com esforço de 30 minutos em cada área, efetuada por uma coletora profissional, à qual, foi escolhida devido a sua experiência, por tratar-se de uma coletora que vive e sobrevive do manguezal, desde a sua infância. Figura 9. Emprego da técnica de coleta conhecida como braceamento na captura do caranguejo-uçá. Fonte: Arquivo pessoal de Erminda da Conceição Guerreiro Couto (autorizada). Em cada manguezal foram demarcadas as áreas de coleta nas zonas de maior desenvolvimento estrutural do bosque. Em cada faixa foram ainda 25

40 aleatoriamente demarcados cinco quadrantes, na área de maior intensidade de coleta, com 1m² cada. Nos meses de junho de 2007 e janeiro de 2008 foram contadas as aberturas de todas as tocas reconhecidas pelo coletor como pertencentes à espécie alvo deste estudo. Cada amostra foi identificada, colocada em sacos com os dados da coleta, acondicionada em caixa de isopor com gelo e transportada até o Laboratório de Oceanografia Biológica (LOB) da UESC. No laboratório foram realizadas as biometrias e a proporção sexual. Além disso, foram verificados o estado reprodutivo, e o peso gonadal. Cada exemplar coletado foi individualmente sexado a partir da caracterização sexual externa: machos - abdômen estreito, triangular e, geralmente, com o quinto e sexto segmentos soldados num segmento longo, articulando-se com o telson, fêmeas - abdômen semicircular, largo, com todos os segmentos visíveis e não fusionados. Foi ainda registrada a coloração das ovas quando presentes. As quais, segundo Pinheiro (2001), formam uma massa de aspecto similar a uma esponja, e apresenta coloração vinácea (vinho) nos estágios iniciais, passando a marrom-claro (ocre), nos estágios finais. As análises biométricas incluíram o registro dos seguintes parâmetros: largura total (LT), comprimento total (CT), altura total (AT) (paquímetro com precisão de 0,05mm) (Fig. 10), além do peso fresco (g) com o uso de balança digital (precisão 0,01 g). 26

41 Figura 10. Visualização da obtenção das medidas biométricas em U. cordatus (largura da carapaça, comprimento e altura). Fonte: Ivo e Gesteira, As relações biométricas entre o peso total (Wt), e o comprimento total (Lt), para sexos separados durante os anos de 2007/2008 foram calculados por regressão preditiva pelo método de mínimos quadrados. Todas as regressões foram comparadas através de um teste de comparação de regressões lineares (SNEDECOR; COCHRAM, 1967; ZAR, 1996). 27

42 3.3. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DA POPULAÇÃO DE COLETORES DE CARANGUEJO-UÇÁ Para a descrição do perfil sócio-econômico da população dos coletores de caranguejos atuante nos manguezais selecionados, foram realizadas conversas informais, entrevistas livres e aplicações de questionários estruturados (Anexo 1a questionário estruturado para elaboração do perfil sócio-econômico), nas comunidades das duas áreas selecionadas para estudo. Além das questões usuais neste tipo de levantamento (nível de renda, condições de moradia, composição familiar, escolaridade, etc). Foi realizado o registro, através de fotografias e filmagens, da situação de cada comunidade, incluindo aspectos como descarte de lixo produzido, sistema de esgotamento sanitário, aterramentos, desmatamentos, etc. Muitas informações relativas às condições de moradias foram confirmadas por meio de observações in loco. Todos os dados obtidos foram transcritos para tabelas e analisados através dos cálculos de médias e comparação entre as duas populações PERCEPÇÃO AMBIENTAL Para registro e análise da percepção dos coletores sobre sua espécie alvo (relações com o ambiente, comportamento, abundância, etc.) foram realizadas conversas informais, entrevistas livres e aplicações de questionários estruturados (Anexo 1b), além da observação in situ da interação dos coletores com o ambiente. Foi formulada e testada a seguinte hipótese: o coletor 28

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