A agenda econômica internacional em transformação e o Brasil

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1 A agenda econômica internacional em transformação e o Brasil PAULO ROBERTO DE ALMEIDA Diplomata, professor de Economia Política Internacional no Uniceub (Brasília) Seminário CINDES Rio de Janeiro, 10 de Junho de 2011

2 Esquema da apresentação: 1. O que é a agenda econômica internacional hoje e como ela evoluirá? 2. Como o Brasil se insere nessa agenda, agora e no futuro próximo? 3. Como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil? 4. O que o Brasil deveria exatamente fazer para maximizar a sua agenda? 5. Conclusões não conclusivas: temos ou teremos uma agenda global?

3 1. O que é, hoje, a agenda econômica internacional e como ela evoluirá? Comércio Finanças e moedas Investimentos Segurança Meio Ambiente

4 1. O que é, hoje, a agenda econômica internacional e como ela evoluirá? Comércio: negociações em crise, resultados decepcionantes, mas preservação do básico

5 A queda foi grande mas a recuperação está a caminho

6 1. O que é, hoje, a agenda econômica internacional e como ela evoluirá? Finanças e moedas: tensões e conflitos localizados, descoordenação garantida, continuidade das liberdades de movimentos com controles nos emergentes, câmbio evoluindo gradualmente

7 1. O que é, hoje, a agenda econômica internacional e como ela evoluirá? Investimentos: sem regime multilateral, continuidade das políticas oportunistas, aumento da interdependência

8 1. O que é, hoje, a agenda econômica internacional e como ela evoluirá? Segurança: diminuição gradual dos focos de tensão, continuidade dos problemas de pobreza e miséria O Império já foi assim Hoje está mais para

9 1. O que é, hoje, a agenda econômica internacional e como ela evoluirá? Meio Ambiente: reconversões difíceis, transferência de custos, etc.

10 2. Como o Brasil se insere nessa agenda, agora e no futuro próximo? Não possui nenhuma grande estratégia de inserção global; projetos parciais vão se adaptando aos desafios de cada momento. Os desafios brasileiros são basicamente internos; o mundo tem sido leniente, e muito generoso para com o Brasil. O comércio mundial não é responsável pela reprimarização da economia brasileira.

11 2. Como o Brasil se insere nessa agenda, agora e no futuro próximo? O problema cambial sofrerá ajustes erráticos pela BP; Nos investimentos, continuaremos adorando o capital estrangeiro e detestando os capitalistas estrangeiros; em meio ambiente vamos continuar empurrando com a barriga; em crimes transnacionais: a mesma lentidão de sempre nos procedimentos internos.

12 O mundo vai continuar desigual:

13 3. Como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil? Comércio: liberalização agrícola, redução do seu próprio protecionismo industrial, adesão a códigos proprietários mais elevados; Moeda e finanças: conversibilidade do real, abertura aos movimentos de capitais, maior competição no seu sistema bancário.

14 3. Como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil? Investimentos: reproposta de um código multilateral, aceitação plena da arbitragem, colaboração fiscal internacional; Segurança: reforço das cartas democráticas regionais e discussão de padrões mínimos no plano internacional; Meio Ambiente: precificação dos diferentes mecanismos intrusivos que estão sendo concebidos.

15 4. O que o Brasil deveria exatamente fazer para maximizar sua agenda? 1 No plano internacional, colaborar com os esforços de liberalização ampla, que não são decisivos. Mas o essencial, para o Brasil, se situa no plano interno e tem a ver com um conjunto de reformas estruturais a serem enfrentadas nas seguintes frentes: (a) consolidação da estabilidade econômica mediante rigoroso ajuste das contas públicas; (continua...)

16 4. O que o Brasil deveria exatamente fazer para maximizar sua agenda? 2 (b) reformas microeconômicas tendentes a aumentar a competição e a abertura dos mercados internos; (c) continuidade das reformas de governança no plano administrativo, laboral, previdenciário, regulação das políticas setoriais, judiciário, etc.; (continua...)

17 4. O que o Brasil deveria exatamente fazer para maximizar sua agenda? 3 (d) revolução educacional, com introdução de metas concretas de capacitação dos professores nos diferentes ciclos de ensino, fim dos regimes de estabilidade e da falsa isonomia; flexibilidade curricular, liberdade de iniciativas em novos regimes de trabalho.

18 4. O que o Brasil deveria exatamente fazer para maximizar sua agenda? 4 (e) abertura econômica interna e aos investimentos estrangeiros, ampla liberalização comercial, acordos de bitributação e de livre comércio (de maior espectro setorial), diminuição dos custos de transação (reforma da governança, da Justiça, etc.).

19 5. Conclusões não conclusivas: temos ou teremos uma agenda global? 1 Isso não depende do mundo, mas apenas do Brasil; pode ser que os mecanismos de governança global nos induzam a isso, mas é improvável; o mais provável é que ameaças de crises internas, ou sobressaltos nos planos financeiro e de BP induzam a correções de rota; os países só são levados a reformas profundas e significativas sob a pressão de eventos desafortunados.

20 5. Conclusões não conclusivas: temos ou teremos uma agenda global? 2 O Brasil está acumulando um pacote de equívocos sistêmicos (a começar pela sua Constituição) e de erros de política econômica (com o distributivismo exacerbado da república sindical) que vão atrasar nosso processo de desenvolvimento econômico e social e tornar mais lento, ou mais errático, o crescimento sustentado de sua economia...

21 5. Conclusões não conclusivas: temos ou teremos uma agenda global? 3 O Brasil é um país moderno, aberto às novidades (mas incapaz de fazer suas próprias inovações) e receptivo ao que vem de fora, mas com uma classe política pouco adequada aos requerimentos do processo de desenvolvimento e uma mentalidade muito atrasada (na academia e nos formadores de opinião) e defasada em relação a uma agenda de avanços mais ambiciosos.

22 5. Conclusões não conclusivas: temos ou teremos uma agenda global? 4... progredir, vamos continuar progredindo por saltos e recuos, já que o progresso também é uma fatalidade... Adaptado de Mário de Andrade (O poeta come amendoim, 1924)

23 Obrigado! Paulo Roberto de Almeida

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