Inovação tecnológica como instrumento para reindustrialização e desenvolvimento do Brasil

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1 Inovação tecnológica como instrumento para reindustrialização e desenvolvimento do Brasil Economia e tecnologia para o desenvolvimento industrial brasileiro VIII SIPID Reginaldo Arcuri Presidente Executivo Grupo FarmaBrasil

2 A indústria no Brasil está condenada ou há oportunidades?

3 Exemplos do Brasil competitivo AGRONEGÓCIO AVIAÇÃO CIVIL Condições necessárias: Políticas públicas de qualidade e longa duração Articulação entre produção de conhecimento científico e produção industrial Empresariado nacional inovador

4 Principais produtos exportados pelo Brasil Exportações Brasileiras em 2015 em US$ FOB Óleos combustíveis (óleo diesel, "fuel-oil", etc." Couros e peles, depilados, exceto em bruto Produtos semimanufaturados de ferro ou aço Automóveis de passageiros Aviões Carne de bovino congelada, fresca ou refrigerada Milho em grãos Café cru em grão Celulose Farelo e resíduos da extração de óleo de soja Açúcar de cana, em bruto Carne de frango congelada, fresca ou regrigerada Óleos brutos de petróleo Minérios de ferro e seus concentrados Soja mesmo triturada $1,30 $2,26 $3,01 $3,37 $4,03 $4,66 $4,94 $5,56 $5,59 $5,82 $5,90 $6,23 $11,78 $14,08 $20, Fonte: AliceWeb, MDIC.

5 Agronegócio Condições operacionais do sucesso Instrumentos de política: crédito rural, política de garantia de preços mínimos, seguro rural, políticas específicas para certos produtos e insumos, apoio à agricultura familiar, entre outros. Articulação do conhecimento científico criação da Embrapa em 26 de abril de 1973 com o desafio de desenvolver, em conjunto com os parceiros do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), um modelo de agricultura e pecuária tropical genuinamente brasileiro, superando as barreiras que limitavam a produção de alimentos, fibras e energia no nosso País; Formação de quadros nas melhores universidades do mundo; Massa crítica de produção de conhecimentos específicos para o setor em universidades federais. Empresariado nacional operativo

6 Agronegócio Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (US$ bilhões) Balança Comercial do Agronegócio Saldo Comercial Brasileiro Exportações Outros setores Importações Agronegócio Saldo 71,31 70,18 Saldo Total Brasil 62,0 47, *Dados referentes a 2017 não incluem dezembro Fonte: Agrostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC e Aliceweb Elaboração própria.

7 Aviação Civil Condições operacionais do sucesso Instrumentos de política: Decisão do Estado brasileiro de criar uma indústria aeronáutica, política de compras da aeronáutica, decisão da privatização com Golden Share Projeto AMX: transição para tecnologia de jato Programas de apoio do BNDES para consolidação da empresa e financiamento da venda de aeronaves Estado Brasileiro litigando contra subsídios de concorrentes internacionais Articulação do conhecimento científico Criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), incentivo à pesquisa e à formação de recursos humanos qualificados; Articulação com universidades do eixo São Paulo Campinas. Empresariado nacional operativo

8 Aviação Civil Embraer é a 3ª maior empresa aeronáutica civil do mundo

9 Janela de Oportunidade no Setor Farmacêutico

10 Crescimento da Participação da Indústria Nacional RESPOSTA OBJETIVA À OPORTUNIDADE HISTÓRICA EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO NACIONAL 15 anos A participação das EMPRESAS NACIONAIS no ranking dos 10 maiores laboratórios passou de 4,7% em 1998 para 33,62% em 2016, crescimento aproximado de 715,2%. * Dados do IMS Health considerando o Preço Fábrica menos os descontos concedidos. Laboratórios estão agregados em suas corporações. Brasil no ranking mundial Rank 2009 Rank 2014 Rank EUA 1 EUA 1 EUA 2 Japão 2 China 2 China 3 China 3 Japão 3 Japão 4 Alemanha 4 Alemanha 4 Alemanha 5 França 5 França 5 Brasil 6 Itália 6 Brasil 6 França 7 Espanha 7 Itália 7 Reino Unido 8 Reino Unido 8 Reino Unido 8 Itália 9 Canadá 9 Canadá 9 Canadá 10 Brasil 10 Espanha 10 Índia 11 Coréia do Sul 11 Índia 11 Espanha 12 Austrália 12 Rússia 12 Rússia Fonte: IMS World Review 2015

11 Trajetória da indústria farmacêutica nacional Resultado da convergência entre políticas públicas e decisões empresariais Síntese química Base para o desenvolvimento alcançado Competências acumuladas Fármacos: produção nacional Necessidade: Continuidade de trajetória e Adensamento da Cadeia 2003 Plantas produtivas (biológicos) 2013 Biossimilares Novos biológicos Fitoterápicos Lei nº de 2015 Uso sustentável da Biodiversidade Biotecnologia Nova trajetória Novas competências Janela de oportunidade: Catch up Industria Nacional Plantas produtivas com BPF Medicamentos genéricos Inovações incrementais Novas moléculas

12 Tempos para Inovação: Do P&D ao mercado Tempo longo da indústria farmacêutica 15 Colocação Registro Vigilância Sanitária Fase IV 1 A N O S Desenvolvimento Testes Clínicos (Humanos) Fase III Fase II Fase I 250 Substâncias Testes Pré Clínicos (Animais) 4 Depósito da Patente Pesquisa Básica 5,000-10,000 Substâncias Sintese Exame & Escolha 0 Source: PhRMA

13 Pipeline de Biossimilares em Desenvolvimento no Mundo

14 Balança Comercial Setor Farmacêutico Balança Comercial Medicamentos e Farmoquímicos (em Mil de Reais) $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ ,00 $- $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ ,97 $ ,09 $ ,62 $ , Importação Medicamentos Importação Farmoquímicos Exportação Medicamentos Exportação Farmoquímicos Balança Comercial Farmoquímicos Balança Comercial Medicamentos Fonte: AliceWeb Elaboração GFB Em 2016, cerca de 31% do valor importado de medicamentos foi de medicamentos biotecnológicos

15 Investimentos em P&D Percentual da Receita Líquida investida em atividades internas de P&D 8,24% 6,00% Investimentos em P&D das empresas do Grupo FarmaBrasil 0,79% 0,77% 2,39% 2,24% Últimos 5 anos: R$ 2,5 bilhões investidos em P&D Projeção para os próximos 5 anos: R$ 5 bilhões Brasil Produtos farmoquímicos e farmacêuticos Grupo FarmaBrasil Fonte: PINTEC-IBGE, 2011 e

16 Investimentos das empresas do GFB em Biotecnologia Investimento de R$739 milhões Possui 6 PDP sbiológicos Investimento de R$ 400 milhões Possui 2 PDPsBiológicos. 2 plantas em operação: uma aeróbica e outra anaeróbicas Investimentos de R$ 30 milhões Planta já em operação Investimento em Biotecnologia até o momento: R$ 2,2 bi *além do investido em síntese química e fitoterápicos Investimento de R$ 50 milhões Investimento de R$250,8 milhões na planta e R$ 250 milhões em Estudos Clínicos Planta iniciou as operações em 2016, com produção de Rituximab Possui 5 PDP sbiológicos. Investimento de R$500 milhões Possui 4 PDP sbiológicos

17 Dani Rodrik Solução para ampliação do ACESSO e redução do déficit Política Industrial - Dani Rodrik "Política Industrial para o Século XXI" Colaboração estratégica entre o governo e o setor privado "Temos de nos preocupar com o desenho de um cenário no qual os atores privado e público estão juntos na resolução de problemas na esfera produtiva, cada lado aprendendo com as oportunidades e limitações do outro.

18 Solução para ampliação do ACESSO e redução do déficit Parceria para o Desenvolvimento Produtivo USO DO PODER DE COMPRA DO ESTADO Mecanismo sem custo fiscal; Sem custo adicional; Aproveitamento dos recursos destinados à compra de medicamentos, para a mesma finalidade, com orientação à promoção do Desenvolvimento do CIS. Via Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo Estímulo à Produção Nacional de medicamentos biológicos Ampliação do ACESSO Economia para o SUS Redução do Déficit na Balança Comercial Geração de Empregos Aumento do PIB Constituição Federal de 1988 Art O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

19 Primeira experiência civil de Acordo de Compensação Tecnológica no Brasil associada à compra pública: Aquisição do produto aliada à geração de benefício industrial Novo contexto das compras públicas: compensação tecnológica (OffSet) nas compras públicas (Lei Nº /2010) Otimização da aplicação dos recursos públicos Ampliação do acesso ao tratamento do câncer Cobertura dos vazios assistenciais ECONOMIA DE R$ 176 MILHÕES Acordo do Ministério da Saúde e Varian estabelece 4 formas de compensação tecnológica: a) coprodução; b) produção sob licença; c) produção subcontratada; d) investimento financeiro em capacitação industrial e tecnológica; e) transferência de tecnologia; f) obtenção de materiais e meios auxiliares de instrução; g) treinamento de recursos humanos; h) contrapartida comercial; ou i) contrapartida industrial. Construção da primeira fábrica da América Latina para produção de aceleradores lineares Transferência de tecnologia para até cinco instituições científicas e tecnológicas brasileiras

20 Inovação no Brasil: Arcabouço Legal Criação dos Fundos Setoriais Lei da Inovação (Lei nº de 2004) Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) Sala de Inovação Lei do Bem (Lei nº de 2005) Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP I e II) 2011 Plano Brasil Maior (PBM) 2012 EMBRAPII 2013 Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2014 Lançamento do Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento EC 85: Inovação na Constituição Novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº de 2016)

21 INOVAÇÃO! GOVERNO CIÊNCIA (PESQUISA BÁSICA) Valley of Death MERCADO (PRODUTO)

22 Parceria Universidade - Empresa: Salto para Inovação! Desafios nas Parcerias Valley of Death Gap entre a invenção e sua implementação no mundo real aplicação comercial, chegada do produto à sociedade. Razões: Altos risco e custos; longos timescales; Valley of Death: espaço que separa as ações da universidade das ações a serem realizadas pela indústria. Legislação Em constante evolução no Brasil... Grande gargalo: OPERACIONALIZAÇÃO! Escassez de recursos financeiros nas universidades para especificidades de algumas parcerias; Dificuldade na negociação dos contratos de parceria: trâmites burocráticos nas ICT; Falta de entendimento nas procuradorias jurídicas das ICT sobre os benefícios da parceria para ambas as partes e e para o país (alavancar o desenvolvimento); Interpretações diversas dos dispositivos legais pelas ICT e empresas; Escassez de recursos humanos nas ICT treinados para negociação falta de capital humano para realização de pesquisas de mercado, viabilidade técnica e econômica da tecnologia, valoração da mesma, entre outros.

23 Parceria Universidade-Empresa: Salto para Inovação! Políticas Públicas de Incentivo à Inovação Legislação factível: viabilidade e operacionalidade; Minimização de riscos e custos; Criação de ambiente legal, normativo e operacional propício à Inovação: garantia do catch-up! Financiamento; Investimentos em formação de profissionais qualificados.

24 Indústria farmacêutica tem políticas no sentido correto. É necessário definir uma linha de transferência de conhecimento para indústria. Parceria Universidade Empresa: INOVAÇÃO!

25 RUMO À INOVAÇÃO NO BRASIL! Dante Alário Presidente do Conselho Reginaldo Arcuri Presidente Executivo OBRIGADO Adriana Diaferia Vice-Presidente Executiva SBS, Quadra 02, Bloco E, nº 12, 15º andar, Salas nº 1501 e 1502, Edifício Prime Business Convenience, CEP Brasília/DF G R UPO FA R MABRASIL