Há espaços competitivos para a indústria farmoquímica brasileira?

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1 Há espaços competitivos para a indústria farmoquímica brasileira? Reflexões e propostas para políticas públicas Trabalho publicado da Revista BNDES Setorial em março de 2015 Reunião de Conselho da Abifina Rio de Janeiro, 10 de Junho de 2015

2 Sumário Motivação Tendências da indústria farmoquímica mundial A indústria farmoquímica brasileira Oportunidades e políticas públicas

3 Sumário Motivação Tendências da indústria farmoquímica mundial A indústria farmoquímica brasileira Oportunidades e políticas públicas

4 Indústria Farmacêutica Explosão da demanda Bilhões de unidades Forte crescimento da demanda doméstica a partir de 2004 R$ 66 bi (2014) Principais fatores: mobilidade social (ascensão da classe C ) transição demográfica/epidemiológica política industrial ativa a partir de 2004 Crescimento médio 9% a.a. (qtd) 14% a.a. (R$) 3,5 3 2,5 2 1,5 1 28% 0,5 0 15% Genéricos (qtd) Não-genéricos (qtd) Não-genéricos incluem medicamentos referência, similares e sem prescrição Fonte: Sindusfarma (2014) e Capanema e Palmeira (2004)

5 Indústria Farmacêutica Fortalecimento da indústria local R$ Bilhões Participação das empresas nacionais ,56% 54,87% 60% 50% 40% 30% Aumento puxado pela demanda de genéricos % 10% % 2,5% Aumento das atividades internas de P,D&I Investimento em atividades internas de P&D/ RLV ( ) 2,0% Maior percentual dentre todos os setores da indústria de transformação 1,5% 1,0% 0,5% 0,5% 2,4% Fonte: IBGE / PINTEC Sindusfarma 0,0% Indústria Farmacêutica Média da Indústria de Transformação

6 Motivação Por que esse movimento não refletiu na farmoquímica? Ainda é possível ser competitivo em princípios ativos?

7 Novo cenário de concorrência Nova oportunidade? Biotecnologia Inovação incremental Inserção internacional Farmoquímica? Competição na indústria Concorrência Similares x Genéricos Pressão em preços Indústria Farmacêutica Pressão em portfólio Fortalecimento do varejo e pagadores institucionais Escassez de moléculas com patente a expirar

8 Metodologia Revisão da literatura Entrevistas: Empresas farmoquímicas Empresas farmacêuticas Associações (Abifina e Abiquif) Governo (Ministério da Saúde, Anvisa e Fiocruz) Dificuldade de dados: indústria intermediária Aquisição do Relatório da CPA (Chemical Pharmaceutical Generic Association) - Itália

9 Sumário Motivação Tendências da indústria farmoquímica mundial A indústria farmoquímica brasileira Oportunidades e políticas públicas

10 Estrutura da Indústria Farmoquímica Demanda mundial Reflete a estrutura da indústria farmacêutica Demanda (2012) Farmacêutica US$ 956 bi. Emergentes % Farmoquímica US$ 113 bi. (12%) Desenvolvidos % Taxas de crescimento da demanda por país ( ) Farmacêutica Farmoquímica Emergentes 16% 12% a.a. Desenvolvidos 3% 3% a.a.

11 Estrutura da Indústria Farmoquímica Tipos de empresa Prod. Independente 16% Predomínio dos produtores verticalizados (84% do valor da produção) Farma mercado 23% Farma produção própria 61% Dois movimentos distintos Desenvolvidos: Empresas líderes buscam proteger ativos proprietários Movimento de terceirização para moléculas não-exclusivas Emergentes (asiáticos): Iniciaram como produtores independentes Estratégia de verticalização para frente em busca de melhores margens Fonte: Chemical Pharmaceutical Generic Association

12 Estrutura da Indústria Farmoquímica Barreiras à entrada Domínio de competências tecnológicas Escala mínima de produção Atendimento à regulação sanitária e ambiental Elevada fragmentação grande concorrência

13 Mercado Mundial: IFAs exclusivos e não exclusivos Crescimento de IFAs não exclusivos duas vezes superior ao de IFAs exclusivos Patent cliff + ampliação de acesso nos emergentes Exclusivo Não-exclusivo Fonte: Chemical Pharmaceutical Generic Association

14 Mercado aberto de farmoquímicos Geografia da oferta Excluindo consumo próprio das farmacêuticas verticalizadas Países asiáticos: maiores produtores, com destaque para China e Índia Até os anos 90 a Europa era o maior produtor, hoje perdeu espaço Offshoring/Terceirização das multinacionais pioneiras Sucesso de políticas asiáticas de estímulo à produção Ásia % Ásia % Oriente Médio e África 840 5% América Latina 600 3% America do Norte 650 4% Europa % América Latina 700 3% Oriente Médio e África 910 4% America do Norte 720 3% Europa % Fonte: Chemical Pharmaceutical Generic Association

15 Mercado aberto Principais classes terapêuticas Mercado aberto por classe terapêutica Exclui consumo próprio das farmacêuticas verticalizadas Mercado 2012 US$ milhões CAGR ( ) Oncologia % a.a. Cardiovascular % a.a. Outros % a.a. 60% dos IFAs de alta potencia Maior complexidade de síntese Reflexo de dois movimentos conjuntos Transições epidemiológica e demográfica, seguindo tendência da farmacêutica Expiração de patentes de moléculas nessas classes terapêuticas Fonte: Chemical Pharmaceutical Generic Association

16 IFAs alta potência Oportunidade Características: Pequenas doses - elevado efeito terapêutico Terapias de alvo restrito Utilizados em conjunto com os Antibodys Drug Conjugate (ADCs): redução da toxicidade Mercado de nicho Elevada complexidade técnica Escalas pequenas Oncologia, Hormônios, Oftalmo: 85% Oportunidade para o Brasil? 80% dos princípios ativos protegidos por patentes

17 Sumário Motivação Tendências da indústria farmoquímica mundial A indústria farmoquímica brasileira Oportunidades e políticas públicas

18 Indústria brasileira Histórico: políticas contraditórias Anos 1980 Mecanismos de proteção tarifária Portaria interministerial n 4 Propriedade intelectual +CEME 1990 Abertura comercial Resultado: Proteção de IFAs comoditizados com preços decrescentes Abertura comercial abrupta Fechamento de plantas e linhas industriais

19 Mercado brasileiro Atendido por importações US$ milhões Fonte: Abiquifi, elaboração própria Importações representam 90% do consumo aparente (CA) Déficit comercial cresceu em média 6% a.a. no período Déficit comercial e participação das importações na demanda local % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Deficit Comercial Importações / Consumo Aparente

20 Farmoquímica Estrutura da oferta brasileira Fonte: Fiocruz, elaboração própria Levantamento Fiocruz BERMUDEZ, et al. (2013) 36 unidades farmoquímicas identificadas Poucas empresas atuando no Brasil Inclui farmacêuticas verticalizadas Empresas farmoquímicas por porte (Receita Operacional Bruta ROB) Fragilidade na produção de fármacos para doenças crônicas Maioria das empresas produz IFAs nãoexclusivos (sem patente) Não informou 9 25% ROB > R$ 30 milhões 9 25% Dificuldade de competição em custos / escala Não possui receita / fechou 6 17% ROB < R$ 30 milhões 12 33%

21 Farmoquímica Produção local voltada para exportação Fonte: Abiquifi, elaboração própria US$ milhões Ciclo da Heparina Incompatibilidade entre a demanda das empresas farmacêuticas privadas (genéricos) e a oferta das farmoquímicas Produção local cresceu 10% a.a. no entre 2009 e 2013 (PDPs) Exportações Prod. Local para Consumo Interno % %

22 Sumário Motivação Tendências da indústria farmoquímica mundial A indústria farmoquímica brasileira Oportunidades e políticas públicas

23 Políticas Públicas Atuação do BNDES Carteira do BNDES para o Complexo Industrial da Saúde Profarma 2004 a 2014 R$ milhões Farmoquímica R$ 91 mi. 2% EHMO R$ 192 mi. 4% Farmacêutica R$ mi. 66% BNDESPar Biotecnologia R$ mi. 28% Baixa participação da indústria farmoquímica na carteira de financiamento

24 Farmoquímica no Brasil Oportunidades para o Brasil Inovação Farmacêutica Competências para o desenvolvimento de inovações incrementais Novas moléculas Nichos Tecnológicos Oncológicos IFAs de alta potência Farmoquímica Segurança em produtos estratégicos Reserva de competência Produtos estratégicos SUS Propriedade intelectual Imagem sanitária dos asiáticos Competitividade internacional

25 Farmoquímica no Brasil Instrumentos-chave de política pública Regulação sanitária Ampliação gradativa da lista de registro de IFAs Fiscalização das plantas no exterior Farmoquímica Compras Públicas Financiamento Nichos tecnológicos (IFAs de alta potencia, oncológicos) Soberania em produtos estratégicos Induzir a inovação Apoio à estratégias de nicho Fortalecer a competitividade internacional

26 Obrigado João Paulo Pieroni Gerente Setorial Defarma Thiago Mitidieri Economista - Defarma Estudo disponível para download:

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