PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS E AMOSTRAS BIOLÓGICAS

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1 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS E AMOSTRAS BIOLÓGICAS LABORATÓRIOS: Andrologia Animal e Ginecologia Animal Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal - DCCRA Docente responsável pelo laboratório: Prof. Carlos Antonio de Miranda Bomfim

2 1. Caracterização dos Laboratórios Os laboratórios de Andrologia Animal e Ginecologia Animal ficam localizados no Prédio 87 do Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal (DCCRA), onde são desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão, envolvendo manipulação de agentes químicos, físicos e de materiais biológicos com possibilidade de exposição baixa a agentes biológicos as Classes de Risco I (baixo risco individual e para a coletividade), II (risco individual moderado, risco comunitário limitado). As instalações são antigas e não foram projetadas com todos os critérios para biossegurança satisfatória, frente ao que se destina. Entretanto, temos tomado os cuidados necessários para minimizar ricos frente às falhas estruturais. O laboratório de Andrologia Animal é, atualmente, constituído por uma sala com bancada, pias, armários e equipamentos básicos (microscópios, lupas, mesas aquecedoras, banhos-maria, estufas, botijões de sêmen (nitrogênio líquido), banca de coloração, refrigerador, freezers, etc.) sendo utilizado, principalmente, pelos professores Carlos Antonio de Miranda Bomfim e Marion Burkhardt de Koivisto; pela técnica Martha Gonçales Patto dos Santos e pelo Auxiliar Agropecuário Esaú Medeiros da Silva Oliveira. O laboratório de Ginecologia Animal é constituído por duas pequenas salas com bancadas, pias, armários e equipamentos básicos (microscópios, mesas aquecedoras, banhosmaria, estufas, botijão de Nitrogênio Liquido, balanças, refrigerador, etc.) sendo utilizado, principalmente, pelos professores Carlos Antonio de Miranda Bomfim e Suely Regina Mogami Bomfim. Além das estruturas e equipamentos específicos para cada laboratório há ambientes e equipamentos de uso comum entre os dois laboratórios tais como: três salas de docentes; uma sala de estagiários utilizada para guarda de vestimentas e equipamentos individuais que não podem ficar nos ambientes dos laboratórios; uma copa fora do ambiente dos laboratórios, um quarto para deposito de material de limpeza, uma sala para guarda de material medicamentoso, dois ambientes externo para manipulação de peças de matadouro, cadáveres, animais enfermos ou não, e colheitas de materiais biológicos; uma sala interna de lavagem e esterilização de materiais e uma pia externa de lavagem materiais; dois banheiros precários sendo o masculino interno e sem nenhuma ventilação; e o feminino muito pequeno e sem

3 chuveiro, ambos de uso comum para todos os usuários internos dos laboratórios e externos que frequentam a Secretária do DCCRA. Ressaltamos que a secretária do DCCRA funciona numa sala na entrada principal do prédio 87 que dá acesso aos laboratórios em que os usuários compartilham a copa e os banheiros. Os agentes biológicos possíveis de contaminação individual são provenientes de animais com infecções gerais e específicas da esfera reprodutiva (fisiopatologia da reprodução e obstetrícia veterinária), cadáveres e peças de matadouros, bem como de secreções e amostras biológicas (sangue, urina, fezes, sêmen, pelos, secreção vaginal e uterinas, lavados uterinos, leite. entre outras). A Brucelose é a principal enfermidade a que os usuários do laboratório estão sob risco. Esta é uma zoonose causada por bactérias (Brucella spp) que tem maior risco de contaminação quando se manipula fetos e secreções genitais de animais. Entretanto, a maioria dos agentes infecciosos tem limitada propagação na comunidade e disseminação no meio ambiente, existindo meios terapêuticos e profiláticos de boa segurança. Os agentes físicos são referentes aos ruídos de equipamentos, risco de traumas por manipulação de material cortante (fio de fetótomo, tesoura, bisturi, agulha, vidraria, etc.), e possibilidade de queimaduras por manipulação de equipamentos (autoclave, estufas, bico de bunsen, botijão de Nitrogênio Líquido (-196 C), entre outros). Os agentes químicos são principalmente: Formoldeido, Fenol, Álcool, Éter, Ácido clorídrico, corantes, parafinas, nitrogênio líquido, etc. Estes são utilizados em técnicas de fixação, preservação e coloração de amostras biológicas; antissepsia e assepsia em procedimentos com animais e ambientes. Outros específicos para preservação da saúde animal e terapêuticos, tais como: vermífugos, carrapaticidas, repelentes, antibióticos, hormônios e drogas oncológicas. 2. Procedimentos operacionais padrão para manipulação de amostras biológicas, reagentes químicos e equipamentos

4 Todas as atividades dos laboratórios de Andrologia Animal e Ginecologia Animal devem ser realizadas de acordo com as condições previstas para o Nível de Biossegurança 2 (NB-2). Abaixo os procedimentos padrão comuns a todas as técnicas relacionadas à manipulação de amostras biológicas ou de reagentes químicos, visando à segurança do pessoal do laboratório. Os protocolos detalhados de cada técnica utilizada estão disponíveis nos laboratórios. 3.1 Procedimentos antes do início dos trabalhos Somente pessoas autorizadas podem entrar no laboratório. O uso de tamancos, sandálias e chinelos é proibido no ambiente do laboratório. Utilize calçados fechados. Objetos de uso pessoal devem ser guardados em armário localizado no prédio 87 e que fica disponível para essa finalidade, incluindo mochilas, pastas, etc. É proibido utilizar relógios, anéis, brincos ou outros objetos quando estiver trabalhando pois podem interferir na utilização de luvas ou serem contaminados durante a manipulação de amostras e animais. É proibida a utilização de aparelho celular durante a manipulação de amostras químicas ou biológicas. Usar os EPIs apropriados para cada tipo de procedimento antes do início das atividades laboratoriais, frente as atividades práticas de ensino e extensão e de aula práticas Procedimentos durante a execução dos trabalhos Lavar as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de reagentes químicos ou de amostras biológicas, mesmo após o uso de luvas de proteção, bem como antes de deixar o laboratório. Adquirir o hábito de conservar as mãos longe da boca, nariz, olhos e rosto. É obrigatória a utilização dos seguintes equipamentos de proteção individual (EPI):

5 Protetores faciais e oculares: Utilizar máscara, coro e óculos de proteção quando estiver manipulando material biológico e agentes químicos. Vestimenta tipo jaleco: a utilização de jalecos de cores claras (preferencialmente branca) é obrigatória no ambiente do laboratório. Luvas: É obrigatório utilizar luvas de procedimento (látex) descartáveis para manipulação de animais e amostras biológicas; luvas de látex (borracha) não descartáveis para lavagem de materiais não cortantes e luvas nitrílicas (resistentes aos alcoóis, ácidos e derivados de petróleo) para manipulação de produtos químicos. Os materiais cortantes devem ser manipulados utilizando luvas especiais (ainda não disponíveis nos laboratórios). É proibido utilizar qualquer EPI em ambientes fora do laboratório. A manipulação de substâncias líquidas voláteis ou irritantes como éter, fenol e ácido clorídrico deveria ser realizada em cabine de exaustão (ainda em falta no laboratório). Durante a manipulação de amostras biológicas (peças de matadouro, secreções de animais, etc.) que podem conter agentes infecciosos, todo o material reaproveitável (tubos, frascos de plástico, vidraria, metais cirúrgicos, etc.) deve ser lavado rigorosamente e esterilizado de forma adequada conforme o tipo de material Procedimentos após o término dos trabalhos Qualquer material armazenado no laboratório deve estar organizado e claramente identificado. Não armazene amostras ou reagentes em sacos plásticos, frascos de margarina, papel alumínio, etc.. Utilize frascos e caixas adequadas para armazenamento.

6 Sempre proceda à limpeza total de qualquer superfície ou equipamento, imediatamente após o uso, como pias, bancadas, armários, gavetas, banho-maria, balanças e centrífugas, utilizando papel toalha descartável embebido em álcool 70%. Remova qualquer solução ou reagente presentes em equipamentos como balança, centrífuga logo após o uso. Faça a limpeza com álcool 70%. Micropipetas ou qualquer outro material utilizado para manipulação de material biológico devem ser limpos rigorosamente, embalados e esterilizados de acordo com o grau de contaminação e tipo de material (vidraria, metais, plásticos, borrachas, etc.). Manter sempre o ambiente de trabalho limpo e organizado, nunca deixando qualquer material sobre a bancada que não esteja utilizando ou que não tenha utilidade, como pedaços de papel alumínio, tubos, adesivos, fitas, grampos, etc Descarte de resíduos biológicos Resíduos de material biológico devem ser descartados em recipiente adequado e seguindo os procedimentos padrões da FMVA, para lixo biológico e descarte de cadáveres Descarte de resíduos químicos Várias substâncias químicas são manipuladas no laboratório. Os resíduos químicos e seus recipientes devem ser embalados, rotulados e armazenados para posterior envio para destinação final, conforme preconizado pelo manual de descarte de resíduos químicos da unidade - FMVA Procedimentos em caso de acidentes Acidente com substâncias químicas

7 A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) dos produtos químicos utilizados no laboratório deve estar acessível a todas as pessoas que manipulam agentes químicos no laboratório. As informações dessa ficha, referentes à identificação dos perigos e medidas de primeiro-socorros, devem ser utilizadas para elaboração dos procedimentos necessários em caso de acidentes com agentes químicos. Como procedimento emergencial, em caso de: Contato com a pele: lavar abundantemente com água corrente e remover imediatamente as roupas contaminadas. Necessário seria disponibilizar chuveiro de emergência (ainda não existente nos laboratórios). Contato com os olhos: lavar de forma abundante, ideal seria utilizar o chuveiro lava-olhos (ainda não disponível nos laboratórios), por 15 minutos e procurar assistência médica. Acidente com material biológico: Brucella spp: A porta de entrada da bactéria principal é a via oral e, em menor frequência, as vias respiratórias, mucosas e pele. Em caso de contato com a mucosa oral ou a conjuntiva ocular, deve-se proceder imediatamente à lavagem com água corrente. O responsável pelo laboratório deve ser imediatamente comunicado. Em caso de contato de mucosas com agente infeccioso a pessoa possivelmente infectada deve ser encaminhada para assistência médica. Material biológico com status de contaminação desconhecido: Em caso de contato com a mucosa ocular, proceder à lavagem com água corrente. Após contato com a pele, lavar com água e sabão, enxaguar e realizar antissepsia com álcool 70%. Local de atendimento médico e contatos de plantões de informações Quando necessário, a pessoa exposta a substâncias químicas ou agentes biológicos deverá ser encaminhada ao Pronto Socorro Municipal de Araçatuba no endereço: rua Dona Ida, 1350, Bairro Aviação (Telefone: ). Em caso de impossibilidade de encaminhamento,

8 solicitar atendimento ao Serviço de Atendimento Municipal de Urgência SAMU (Telefone: 192). Para sanar dúvidas sobre qualquer tipo de intoxicação, utilize o Disque-Intoxicação, da ANVISA, pelo número A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). Outras alternativas para assistência em casos de intoxicação com produtos químicos: 1) Centro de Assistência Toxicológica de São José do Rio Preto/SP, Hospital de Base - Fundação Faculdade Regional de Medicina (FUNFARME). Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416, Bairro São Pedro. Telefone (17) , ramais 1380 ou Atendimento 24 h pelo telefone (17) ceatox.hbase@famerp.br 2) Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX) do Instituto de Biociências, UNESP, Campus de Botucatu. O CEATOX oferece atendimento telefônico na prevenção, orientação e informações tóxico-farmacológicas a profissionais de saúde, hospitais, prontos-socorros, postos de saúde e à comunidade em geral por meio dos contatos: telefone (14) e plantão telefônico 24 horas pelo número ceatox@ibb.unesp.br. Os contatos de outros centros de assistência toxicológica estão relacionados no endereço CIENTE E DE ACORDO: Carlos Antonio de Miranda Bomfim Esaú Medeiros da Silva Oliveira Marion Burkhardt de Koivisto Martha Gonçales Patto dos Santos Suely Regina Mogami Bomfim