PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS

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1 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS LABORATÓRIO: LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE ALIMENTOS - LAA Docente responsável pelo laboratório - Prof a Elisa Helena Giglio Ponsano

2 LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE ALIMENTOS - LAA Apresentação No Laboratório de Análise de Alimentos (LAA) são manipuladas amostras de água e alimentos de origem animal (e, eventualmente, de origem vegetal) no cumprimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. As técnicas analíticas empregadas na análise dessas amostras baseiam-se na literatura científica e nas recomendações legais para cada tipo de alimento. Os microrganismos eventualmente presentes na água e nos alimentos manipulados no LAA são classificados na Classe de Risco I (baixo risco individual e para a coletividade), que inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios e na Classe de Risco II (risco individual moderado, risco comunitário limitado), que inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Dentre as análises microbiológicas realizadas no LAA podem-se citar as pesquisas de microrganismos indicadores (bactérias mesófilas aeróbias, bactérias psicrotróficas, coliformes, bolores e leveduras) e de alguns patógenos veiculados por alimentos, tais como Salmonella spp e Staphylococcus aureus. Além disso, no LAA também é feita a manipulação de efluentes industriais para o cultivo da bactéria fototrofica Rubrivivax gelatinosus, não patogênica para o homem. No entanto, nos efluentes industriais é possível haver organismos das Classes de Risco 1 e 2. As técnicas fisicoquímicas utilizadas no LAA para análises de água e alimentos de origem animal frequentemente utilizam reagentes químicos com a finalidade de participar de reações químicas desejáveis, provocando a transformação de determinadas substâncias em outras. Os riscos químicos inerentes a cada reagente estão representados em seus rótulos por meio de símbolos internacionais. Neste documento, estão relacionados os procedimentos padrões comuns a todas as técnicas que envolvem a análise de alimentos e de água no LAA, visando à segurança do pessoal do laboratório. Os protocolos detalhados para cada técnica utilizada, assim como os

3 Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) para a utilização de cada equipamento estão disponíveis no laboratório. 1 Procedimentos Operacionais Padrões para a realização de análises microbiológicas de alimentos de origem animal e água 1.1 Doenças Transmitidas por Alimentos As doenças transmitidas por alimentos (DTA) são causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contendo agentes tóxicos ou infecciosos e manifestam-se por sintomas que variam de acordo com o agente causal, a quantidade consumida e o estado geral da pessoa contaminada. Dentre esses microrganismos, destacam-se bactérias, vírus e parasitas sendo que, no Brasil, os principais agentes causais de surtos de DTA de origem bacteriana são Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella spp, Bacillus cereus e Clostridium perfringens. A contaminação do alimento por bactérias patogênicas pode ocorrer na sua obtenção, durante o processamento, transporte e comercialização, ou na manipulação para o consumo, em função das práticas higiênicas utilizadas nessas etapas. Dentre os sintomas das DTA de origem bacteriana estão anorexia, náuseas, vômitos, cólicas, diarreia e febre. Além dos sintomas digestivos, alguns agentes podem causar afecções extra intestinais, em diferentes órgãos e sistemas do corpo humano. Todas as atividades relacionadas a microbiologia realizadas no LAA devem ser condizentes com as condições previstas para o Nível de Biossegurança 2 (NB-2), explicitado no Manual de Biossegurança da Faculdade de Medicina Veterinária. 1.2 Procedimentos Operacionais Padrões no laboratório de microbiologia

4 Não fume no laboratório Não coma ou armazene comida no laboratório Não coloque objetos pessoais sobre a bancada Não utilize roupas de tecido sintético ou facilmente inflamável Não utilize adornos nas mãos ou braços Não use lentes de contato Não pipete com a boca Não leve as mãos à boca, ao nariz ou aos olhos Lave as mãos com água e sabão e desinfete-as com álcool 70% antes de iniciar o trabalho e ao finaliza-lo Utilize vestimenta tipo jaleco e calçado fechado Para manipulação de amostras biológicas, utilize luvas de látex descartáveis e óculos de proteção. Para manipulação de reagentes químicos, utilize luvas de acordo com sua resistência química ( Trabalhe com os cabelos presos Higienize e desinfete com álcool 70% a bancada e/ou a Cabine de Segurança Biológica antes de iniciar o trabalho e ao finaliza-lo Trabalhe na bancada com o bico de Bunsen aceso quando se tratar da detecção de microrganismos indicadores Trabalhe na Cabine de Segurança Biológica de Fluxo Laminar de Ar com o bico de Bunsen aceso quando se tratar do cultivo de patógenos ou de microrganismos para pesquisa Caso esteja usando um aparelho pela primeira vez, leia sempre seu manual de instruções ou consulte seu POP (procedimento operacional padronizado) Certifique-se de ter desligado o bico de Bunsen após o uso Retire da bancada e/ou da Cabine de Segurança Biológica e guarde os materiais, amostras e reagentes empregados no trabalho, logo após terminá-lo Mergulhe as pipetas reutilizáveis utilizadas durante o trabalho em hipoclorito de sódio a 0,5% até o momento da descontaminação Feche todas as gavetas e portas que abrir

5 Limpe imediatamente todo e qualquer derramamento de amostras, diluições e meios de cultivo com papel toalha descartável e proceda à desinfecção do local com álcool 70% ou hipoclorito 0,5%. Antes de usar um ingrediente ou meio de cultivo, leia o rótulo do frasco para conhecer as instruções de preparo Recoloque no lugar todo material que utilizar 1.3 Descarte de resíduos biológicos Os meios de cultura sólidos e/ou líquidos utilizados nas análises microbiológicas devem ser autoclavados por 20 minutos a 121º C antes de serem descartados em lixo destinado a material biológico Resíduos de material biológico, incluindo amostras de alimentos e material de consumo contaminado com amostras de alimentos devem ser descartados em recipiente adequado para lixo biológico. 1.4 Acidente com material contaminado Em caso de contato com a pele, proceder à lavagem da área com água corrente e desinfecção com etanol 70%. Em caso de contato da mucosa ocular com amostras contaminadas, deve-se proceder à lavagem do local com chuveiro lava-olhos (conjuntiva) ou água corrente. Em caso de ingestão acidental, procurar assistência médica. 2 Procedimentos Operacionais Padrões para a realização de análises fisicoquímicas de alimentos de origem animal e água 2.1 Acidentes com reagentes químicos A penetração de produtos químicos no organismo humano pode ocorrer pelas vias respiratória, dérmica ou digestiva. Portanto, a manipulação ou o armazenamento inadequados dessas substâncias no LAA poderá levar à contaminação do manipulador. Dentre os sintomas de intoxicação aguda por reagentes químicos, podem-se citar tonturas, anorexia, cansaço,

6 descoordenação dos movimentos, náuseas, diarreia, dores de cabeça e, até, perda de consciência, dependendo do agente químico em questão. 2.2 Procedimentos Operacionais Padrões no laboratório de fisicoquímica Não fume no laboratório Não coma ou armazene comida no laboratório Não coloque objetos pessoais sobre a bancada Não utilize roupas de tecido sintético ou facilmente inflamável Não utilize adornos nas mãos ou braços Não use lentes de contato Não pipete com a boca Não leve as mãos à boca, ao nariz ou aos olhos Lave as mãos com água e sabão antes de iniciar o trabalho e ao finaliza-lo Utilize vestimenta tipo jaleco e calçado fechado Utilize luvas de látex descartáveis e óculos de proteção Trabalhe com os cabelos presos Utilize a Cabine de Exaustão ao manusear produtos voláteis e/ou irritantes Limpe a bancada antes de iniciar o trabalho e ao finaliza-lo Retire da bancada e guarde os materiais, amostras e reagentes empregados no trabalho, logo após terminá-lo Feche todas as gavetas e portas que abrir Recoloque no lugar todo reagente que utilizar Rotule imediatamente todo e qualquer reagente, solução e amostra Limpe imediatamente todo e qualquer derramamento de produtos e reagentes Caso esteja usando um aparelho pela primeira vez, leia sempre seu manual de instruções ou consulte seu POP (procedimento operacional padronizado) Antes de usar um reagente, leia o rótulo do frasco para ter certeza de que aquele é o reagente desejado e, para obter mais informações sobre ele, consulte sua Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)

7 2.3 Descarte de resíduos químicos Os resíduos químicos devem ser devem ser embalados, rotulados e armazenados para posterior envio para destinação final, conforme preconizado pelo manual de descarte de resíduos químicos da Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba. 2.4 Procedimentos em caso de acidentes A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) dos produtos químicos utilizados no laboratório deve estar acessível a todas as pessoas que manipulam reagentes químicos no laboratório. As informações dessa ficha, referentes à identificação dos perigos e medidas de primeiro-socorros, devem ser utilizadas para elaboração dos procedimentos necessários em caso de acidentes com agentes químicos. Como procedimento emergencial, em caso de contato com a pele, lavar abundantemente com água corrente e remover imediatamente as roupas contaminadas. Se necessário, utilizar o chuveiro de emergência. Em caso de contato com os olhos, lavar com o chuveiro lava-olhos por 15 minutos e procurar assistência médica. Local de atendimento médico e contatos de plantões de informações Quando necessário, a pessoa exposta a substâncias químicas ou agentes biológicos deverá ser encaminhada ao Pronto Socorro Municipal de Araçatuba no endereço: rua Dona Ida, 1350, Bairro Aviação (Telefone: ). Em caso de impossibilidade de encaminhamento, solicitar atendimento ao Serviço de Atendimento Municipal de Urgência SAMU (Telefone: 192). Para sanar dúvidas sobre qualquer tipo de intoxicação, utilize o Disque-Intoxicação, da ANVISA, pelo número A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). Outras alternativas para assistência em casos de intoxicação com produtos químicos:

8 1) Centro de Assistência Toxicológica de São José do Rio Preto/SP, Hospital de Base - Fundação Faculdade Regional de Medicina (FUNFARME). Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416, Bairro São Pedro. Telefone (17) , ramais 1380 ou Atendimento 24 h pelo telefone (17) ceatox.hbase@famerp.br. 2) Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX) do Instituto de Biociências, UNESP, Campus de Botucatu. O CEATOX oferece atendimento telefônico na prevenção, orientação e informações tóxico-farmacológicas a profissionais de saúde, hospitais, prontos-socorros, postos de saúde e à comunidade em geral por meio dos contatos: telefone (14) e plantão telefônico 24 horas pelo número ceatox@ibb.unesp.br. Os contatos de outros centros de assistência toxicológica estão relacionados no endereço CIENTE E DE ACORDO: Todos que realizam atividades no laboratório.