CONFLITOS DE CLASSES E REPRODUÇÃO CAMPONESA NO CAMPO BRASILEIRO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 1.

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1 CONFLITOS DE CLASSES E REPRODUÇÃO CAMPONESA NO CAMPO BRASILEIRO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 1. Suzane Tosta Souza. Professora Assistente do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal da Sergipe. Av. Brasil, nº 1.000, Bl. A Apt Alameda das Acácias. Bairro: Candeias. Cep Vitória da Conquista/BA. stosta@uesb.br. Introdução O presente trabalho tem por finalidade analisar a luta de classes em curso no campo brasileiro e seus rebatimentos no Sudoeste da Bahia. Para tanto, parte do entendimento do que está acontecendo no campo, quais os sujeitos sociais que estabelecem esta luta? O que significa os interesses diversos destes sujeitos no campo, partindo da premissa básica dos conflitos estabelecidos entre os capitalistas e proprietários de um lado e os trabalhadores rurais e camponeses do outro? Neste entendimento, a retomada à teoria se faz no sentido de compreender esta realidade e suas diversas facetas e, até mesmo, na possibilidade de confrontar teoria e empiria, teoria e prática, na captação da realidade movente da sociedade 2. Neste sentido, parte-se da análise elaborada por Marx, em O capital e, daí em diante, busca-se estabelecer os nexos com a realidade que caracteriza os conflitos de classes no campo brasileiro. 1 Parte das reflexões que constituem nossa pesquisa de Doutorado em Geografia, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Sergipe - UFS. 2 Conforme destacado por PAULO Netto, José. Introdução. In: LÊNIN, Vladimir I. O desenvolvimento do Capitalismo na Rússia. O Processo de Formação do Mercado Interno para a Grande Indústria. Tradução de José Paulo Netto. Revisão, com base no original russo por Paulo Bezerra; introdução de José Paulo Netto. São Paulo: Abril Cultural, 1992 (Os Economistas).

2 Pontuando algumas questões sobre o desenvolvimento contraditório e desigual do capitalismo no campo brasileiro O objetivo maior deste estudo, automaticamente, centra-se na análise da contradição básica apontada por Marx e que caracteriza a sociedade capitalista, qual seja: o caráter social da produção e a apropriação privada daquilo que foi socialmente produzido; portanto, trata-se de considerar os conflitos entre capital e trabalho. Por outro lado, no caso do campo brasileiro torna-se fundamental entender, na análise do processo histórico, as relações sociais e de produção estabelecidas e como estas permanecem, na atualidade, bem como os conflitos entre terra x trabalho, capital x terra, capital x trabalho; mas, ao mesmo tempo, as estratégias do capital para se apropriar tanto do trabalho, quanto da terra. Portanto, aceita-se o fato de que o desenvolvimento do capitalismo se dá de forma contraditória e desigual, ou seja, reproduzindo relações que, inicialmente, se dão fora do funcionamento especificamente próprio do modo de produção capitalista. Isto quer dizer que o capitalismo para se reproduzir se vale de relações de produção que não são, eminentemente, capitalistas, mas fundamentais à reprodução do capital. No Brasil, um exemplo claro desta realidade é apontado por Martins (1981) para quem o capitalismo para garantir a sua reprodução se vale de relações não-capitalistas de produção, inicialmente, sobretudo, com o trabalho escravo e, posteriormente a partir de relações como as parcerias, o colonato (que mistura trabalho assalariado com outras relações nãocapitalistas) e outras, o que significa que não houve a predominância absoluta das relações de produção tipicamente capitalistas, com base no trabalho assalariado. É a partir deste argumento que o autor defende que o processo de produção do capital, no Brasil, se dá por via de relações não-capitalistas de produção, mas fundamentais para o

3 desenvolvimento do capitalismo, com vistas a sua reprodução ampliada. Entretanto, para entender como tais contradições são possíveis e permanecem no campo brasileiro, tornase fundamental compreender melhor os conflitos existentes entre as classes sociais no campo brasileiro, por isso retoma-se o debate realizado por Marx, em O Capital. Marx (1984) em O Capital, vol 3, t. 2, cap LII, num capítulo intitulado As Classes, destaca a existência de três classes sociais: os capitalistas, os proprietários de terras e os trabalhadores. No mesmo livro, no capítulo XLVIII o autor acrescenta que o capital extrai o lucro, ou seja, ganho empresarial mais juros; a terra representando a classe dos proprietários extrai a renda; e o trabalho realizado pelo trabalhador que participa no processo produtivo através da venda de sua força de trabalho recebe o salário (que representa a forma de pagamento pelo trabalho realizado, entretanto, incluindo trabalho pago e trabalho não-pago). Estes, portanto, constituem-se a fórmula trinaria que compreende todos os segredos do processo de produção social (MARX, 1984, p. 269). Tais análises surpreendem pela profundidade com que o autor busca argumentar a respeito do caráter desigual e contraditório do modo de produção capitalista, onde centrase, sobretudo, na contradição central deste modo de produção: o caráter social da produção e sua apropriação privada por parte dos capitalistas. Sobre isto Martins (1981) ao analisar as contradições entre capital x trabalho destaca a diferença entre as relações capitalistas de produção e as relações não-capitalistas de produção. Quanto às primeiras estas pressupõe uma troca entre capital e trabalho, sendo o capital, trabalho humano acumulado de muitos trabalhadores e apropriado, contraditoriamente, nas mãos particulares do capitalista. Isto acontece pelo fato de que o capitalismo parte do pressuposto que os trabalhadores são livres, o que significa que eles sejam libertos de toda propriedade (instrumentos de produção) que não apenas sua força de trabalho e, por conta disso, não possua alternativa a não ser vender sua força de

4 trabalho para aqueles que detêm os meios de produção os capitalistas, dando uma falsa impressão de uma relação estabelecida entre homens livres. Ocorre que no processo produtivo, os capitalistas e os trabalhadores obtêm resultados diferentes o trabalhador recebe o salário (que se constitui no mínimo que ele necessita para se reproduzir enquanto força de trabalho) e o capitalista o lucro. Assim, sendo a riqueza produzida no processo produtivo maior do que a que o capitalista investiu, para produzir a mercadoria, este valor, é criado pelo trabalhador, mas fica com o capitalista. Aparece como resultado do capital, não do trabalhador (que é a única mercadoria capaz de criar valor, riqueza). É o resultado do trabalho materializado nas mercadorias que vai produzir o lucro do capitalista, este é produzido pelo trabalhador, porém apropriado pelo capitalista. O trabalhador, por sua vez, entrega sua capacidade de produzir riqueza ao capitalista, que se apropria do salário não-pago ao trabalhador, convertendo em capital. Assim, o trabalhador entrega o trabalho que excede aquele que não se materializou em salário. Ao considerar as relações não-capitalistas de produção Martins (1981) acrescenta que estas pressupõem a relação direta entre proprietários e camponeses, onde estes últimos pagam aos primeiros sob a forma de renda em trabalho, renda em espécie ou renda em dinheiro, o direito de utilizar a terra, que se constitui em propriedade privada dos proprietários; portanto, não requerendo a mediação do capitalista. Exemplos destas relações multiplicam-se no campo brasileiro, nos cultivos de café no Espírito Santo quando o camponês entrega a meia da produção ao proprietário da terra (renda em espécie); no Nordeste, através do morador de condição que realiza dias de trabalho de graça nas terras do proprietário (renda em trabalho) e outras experiências. Ao considerar as três classes apontadas por Marx (1984) que analisou um determinado período histórico, mais especificamente o final do século 19, quando estava acontecendo um desenvolvimento das forças produtivas, numa escala nunca antes assistida pela

5 humanidade; o autor conclui que este avanço permitiria a consolidação das relações capitalistas de produção, ao tempo que esta promoveria a destruição de outras formas de produzir. Por outro lado, o movimento da sociedade, no tempo e no espaço, demonstra uma outra realidade, ou seja ocorre de fato uma predominância das relações capitalistas de produção, mas esta não se dá de forma absoluta, o que significa a permanência de relações de produção não-capitalistas, mas fundamentais à própria reprodução do capitalismo. Portanto, retorna-se ao já destacado no início desta discussão, ou seja, a reprodução destas relações não-capitalistas de produção requer, desta forma, um processo de reprodução do campesinato, ainda que subordinado ao capitalismo. No entanto, não se tem aqui a pretensão de criticar Marx, de buscar descaracterizar sua análise, indispensável para se compreender a sociedade capitalista, inclusive neste início de século 21. Portanto, não se trata de reforçar muitas das deturpações feitas a esta obra, inclusive na academia. Ao destacar o não desaparecimento do campesinato, busca-se destacar o movimento da História, com base no método de análise escolhido o materialismo histórico dialético, conforme apontado pelo próprio Marx e, tão logo, entender as contradições deste modo de produção, condição fundamental para se pensar a sua superação. Ao pensar o campesinato, considera-se este sujeito social como parte de uma realidade bastante diferenciada do que a perspectiva de se pensar a sociedade enquanto composta por três classes sociais apenas. Indaga-se: Onde caberia, portanto, o campesinato? Estes podem, sem dúvida, serem considerados como trabalhadores, mas apresentam diversas especificidades com relação ao trabalhador assalariado do tipo capitalista. O camponês geralmente detém seus instrumentos de produção, em determinadas circunstâncias até mesmo a terra. Pode até desenvolver, provisoriamente, ou de forma complementar, o

6 trabalho assalariado, mas este não se constitui no princípio básico da sua reprodução social, cujos valores principais são: a terra, o trabalho e a família. Por outro lado, ao possuir a posse (e não, imediatamente a propriedade) o camponês pode até ser considerado proprietário, mas nem sempre ele possui este instrumento de produção e, por isso mesmo, busca alternativas de reprodução utilizando a terra controlada por outrem. Além disso, a terra camponesa, como já destacado, constitui-se na terra da família, portanto, possibilidade desta família garantir sua existência, diferente da terra dos proprietários, em sua maioria utilizada como forma de extorquir a renda da terra, utilizando-se, inclusive, do trabalho camponês. De acordo com Oliveira (1994, p. 46) O desenvolvimento do capitalismo se faz movido pelas suas contradições. Ele é, portanto, em si, contraditório e desigual. Isto significa dizer que para que seu desenvolvimento seja possível ele tem que desenvolver aqueles aspectos aparentemente contraditórios. É por isso que vamos encontrar, junto com o processo geral de desenvolvimento capitalista que se caracteriza pela implantação das relações de trabalho assalariado, os bóias-frias, por exemplo, a presença das relações de trabalho nãocapitalistas como, por exemplo, a parceria, o trabalho familiar camponês, etc. Assim sendo, o desenvolvimento contraditório do capitalismo se dá por conta dos próprios interesses dos capitalistas em utilizar estas relações de trabalho para não ter que investir parte do seu capital na contratação da força de trabalho necessária. Exemplo desta forma de exploração do trabalho camponês é apontado por Santos (2003), nos cultivos da laranja, no Centro Sul de Sergipe e Litoral Norte da Bahia, onde os proprietários utilizam o sistema de parcerias, com base na meia durante os quatro primeiros anos após o plantio da laranja. Nos espaços entre os laranjais os camponeses plantam cultivos destinados a sua subsistência (geralmente feijão e mandioca). Terminado o período do acordo com o proprietário, o camponês entrega a este o laranjal formado, a terra melhorada, sem que para isso o proprietário tenha que despender nenhum capital no pagamento desta força

7 de trabalho. Este trabalho acumulado constitui-se na cristalização da renda da terra, entregue de graça ao proprietário. Quanto ao camponês, este continua sua odisséia na busca de novas terras onde possa cultivar. Com isso, esbarra-se numa outra questão fundamental, inclusive para se compreender o desenvolvimento contraditório do capitalismo no campo a terra, ou melhor, a apropriação privada da terra. Reportando a Marx (1984) pode-se concluir que a terra não possui valor, não é capital, já que não é produto do trabalho humano. Entretanto, a apropriação privada da terra nas mãos de alguns poucos produtores faz com que estes detenham o controle sobre a utilização da mesma. Assim, a terra se transforma em uma falsa mercadoria, onde para aqueles que não a possui, e dela necessite, tenham que pagar um tributo que corresponde ao direito de utilizar uma determinada quantidade de terra por um período contratualmente estipulado, ou seja, tem que pagar a renda da terra. Martins (1998) ao analisar a permanência de relações não-capitalistas de produção na produção capitalista do campo brasileiro destaca que após a colonização até a metade do século 19, o escravo utilizado nas grandes lavouras brasileiras (na cana, no café, etc) constituía-se na principal mercadoria do fazendeiro, era, portanto, objeto da renda capitalizada, ou seja, era nele que estava investido a maior parte do capital do proprietário. No entanto, após a proibição desse tipo de relação de trabalho no Brasil, e a introdução do trabalho livre (o que não acontece na totalidade), a terra passa a ser o principal objeto da renda capitalizada; é por isso que o autor afirma que num sistema de terra livre o trabalho tinha que ser cativo, no de trabalho livre a terra tinha que ser cativa. A partir daí, pode-se entender o processo de apropriação privada da terra no Brasil, como meio de extorquir o trabalho daqueles que não dispunham deste instrumento de produção, cuja primeira forma de controle ocorre a partir de 1850, não por acaso, quando é sancionada a Lei das Terras, no mesmo ano de proibição do tráfico negreiro.

8 Mas, e quanto ao capitalista? Retomemos, portanto, a análise de Marx sobre as classes, quando deixa claro que os capitalistas extraem o lucro, e o proprietário a renda da terra, tratando-se, tão logo, de realidades distintas. Assim sendo, para que o capitalista possa realizar seu objetivo de transformar a agricultura num dos ramos do capital, logo da indústria, restam-lhes dois caminhos: ou ele adquire por via da compra as terras nas mãos dos proprietários, neste caso o proprietário recebe toda renda de uma só vez, ou ele paga a renda da terra pelo direito de utilizar a terra por determinado período. No primeiro caso, o capitalista necessitaria imobilizar parte do seu capital para adquirir a terra de que necessita, diminuindo seu montante de capital disponível para fazer o capital produzir, o que segundo Martins (1981) constituiria uma irracionalidade para o capital. Por outro lado, o capitalista passa a se apropriar de todos os instrumentos de produção, e se apropria da parte da mais-valia social antes destinada ao proprietário, ou seja, compra não a terra em si, mas a renda da terra. Com isso, o capitalista torna-se também proprietário, passando a extorquir o lucro e a renda; o que, para Martins (1981), não supera, apenas encobre, a contradição terra e capital. Para Oliveira (1998) o capitalista passa a operar na esfera de produção, como também na esfera da circulação, ocorrendo o que denomina de territorialização do capital. O outro caminho aponta para o fato do capitalista não precisar, necessariamente, adquirir terras para expandir, no campo, a produção capitalista. Ele pode fazer isto mediante o pagamento da renda da terra. Por isso, Martins (1981, p. 170) afirma que a propriedade da terra não é exatamente um empecilho à expansão do capital no campo; ela é fundamentalmente uma das contradições do capitalismo, movimento, transformação e possibilidade de transformação. Neste processo, o capitalista, conforme apontado por Oliveira (1998) não necessita territorializar-se, ou seja, comprar terras, mas este se apropria da produção na esfera da circulação, através do que considera de processo de

9 monopolização da produção pelo capital. Além disso, pode-se destacar que embora capitalistas e proprietários personifiquem realidades diferentes, ambos detêm o controle dos instrumentos de produção, por isso, têm interesses comuns a apropriação do trabalho não-pago (mais-valia), produzida pelo trabalhador. Pode-se considerar, portanto, que quando interessa o capitalista se transforma também em proprietário de terra, o que ocorre nos locais onde a renda é alta. Onde a renda da terra é baixa, o capitalista busca garantir a sujeição da renda da terra ao capital, o que ocorre, geralmente nas unidades de produção camponesa, onde o capital tenta garantir a dependência dos produtores diretos, sobretudo, por meio dos endividamentos via capital financeiro, cujos juros bancários acabam por permitir a apropriação da renda da terra pelo capital, do que deveria ser destinado ao camponês. Com isso, o camponês, ao cair no circuito financeiro perde todas as suas possibilidades de se reproduzir com o mínimo de autonomia, fica nas mãos do capital financeiro e se torna, por assim dizer, um trabalhador para o capital. Não se pretende, com essa análise, prever um cenário de uma nova forma de destruição do campesinato brasileiro, mas buscar entender as formas em que o capital tem desenvolvido para dominar a agricultura e sujeitar os trabalhadores e camponeses. Acredita-se, portanto, que é preciso entender a fundo estas formas de atuação do capitalismo no campo, até para que se possa pensar em sua superação. O capital se apropria do trabalho não-pago, que pertence ao trabalhador, mas também, busca estratégias de se apropriar da terra, sobretudo a partir da sujeição da renda da terra ao capital. Os movimentos de luta pela terra, em ascensão no Brasil desde meados do século 20, vêm demonstrar essa triste realidade, do controle do capital sobre o trabalho e sobre a terra e a buscar, na luta pela terra, reacender os conflitos de classes no campo.

10 Conclusões Como se pode verificar, para além das abordagens teóricas que sinalizam o fim das lutas de classes, está à realidade da luta histórica de milhares de trabalhadores rurais e camponeses, na labuta pela apropriação do produto do trabalho, na distribuição da terra no país, enquanto possibilidade da garantia da reprodução das famílias camponesas. Na posse pela terra de trabalho, versus a garantia da extorsão crescente da renda, por parte daqueles que detêm o monopólio privado da terra. É nesse conflito de classes, que caracterizam o campo brasileiro, que homens e mulheres vão construindo a sua História, a História de um povo sofrido, mas lutador. É nesse momento, que se pode ventilar a possibilidade de uma verdadeira tomada de consciência, de um projeto capaz de transformar a realidade vigente. Na socialização da terra e na socialização das condições de existência o que perpassa também pela socialização dos outros instrumentos de produção. Na territorialização da luta. O movimento está em curso, os rumos da História também... Referências Bibliográficas LÊNIN, Vladimir I. O desenvolvimento do Capitalismo na Rússia. O Processo de Formação do Mercado Interno para a Grande Indústria. Tradução de José Paulo Netto. Revisão, com base no original russo por Paulo Bezerra; introdução de José Paulo Netto. São Paulo: Abril Cultural, 1992 (Os Economistas). MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. As lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. Petrópolis: Vozes, O Cativeiro da terra. 7ª edição. São Paulo: HUCITEC, 1998.

11 MARX, Karl. Manuscritos Económicos-Filosóficos. Tradução, apresentação e notas Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo Editorial, O Capital. Crítica da Economia Política. Editado por Friedrich Engels, Apresentação de Jacob Gorender, Coordenação e revisão Paul Singer, tradução Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo: Abril Cultura, OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. O campo brasileiro no final dos anos 80. In: A Questão Agrária Hoje. 2ª edição. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Transformações Territoriais recentes no campo brasileiro. Prova do Concurso para provimento de cargo de Professor Titular. FFLCH- USP, 03/03/ Barbárie e Modernidade: As Transformações no Campo Brasileiro e o Agronegócio no Brasil. In: Revista Terra Livre, São Paulo: AGB, ano 19, n. 21, jul-dez, 2003, p SANTOS, Jânio Roberto Diniz dos. Relações de Produção e Modificações Sócio-espaciais no Centro-Sul de Sergipe e no Litoral Norte da Bahia a partir da Citricultura ( ). Salvador: UFBA, f. (Dissertação de Mestrado). STÉDILE, João Pedro (Coord.). A Questão Agrária Hoje. 2ª edição. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1994.

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