UMA PERSPECTIVA SOBRE O CRESCIMENTO DO AGRONEGÓCIO SOJA NO BRASIL

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1 UMA PERSPECTIVA SOBRE O CRESCIMENTO DO AGRONEGÓCIO SOJA NO BRASIL Apresentado por Fabio Trigueirinho Secretário Geral Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 1 ª Mesa Redonda sobre Soja Sustentável

2 Por que participar da Mesa Redonda sobre Soja Sustentável Pilares do Desenvolvimento Sustentado Desenvolvimento Sustentado Ambiental Econômico Social Soja Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 2

3 O Agronegócio Soja é complexo PALMA Produtores Rurais Processadores Exportadores de Óleo SOJA Produtores Rurais Processadores Exportadores Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 3

4 Os Maiores Poluidores do Planeta Participação nas emissões em mil toneladas de carbono/ano, em ,1% ,4% TOTAL ,5% 7,4% 4,3% 3,3% 3,1% 3,0% 2,7% 2,1% 1,9% 1,2% 1,2% 1,2% USA Russia Japan Germany UK Canada Italia Poland France Australia Spain Netherlands Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 4 Czechoslovakia Romania

5 Áreas Florestais nos EUA Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 5

6 Áreas Florestais no Brasil Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 6

7 A Amazônia Legal Um Continente ALEMANHA FRANÇA ITÁLIA ESPANHA Território Brasil: 8,5 milhões km 2 Amazônia Legal: 5,1 milhões km 2 Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 7

8 Áreas de Proteção Nacional Terras Indígenas Parques e Reservas Nacionais Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 8

9 Áreas de Proteção Nacional ITÁLIA ITÁLIA ITÁLIA 554 Territórios rios indígenas totalizando Km 2 11% do território rio nacional Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 9

10 Vantagens Ambientais da Matriz Energética Matriz Energética Limpa: Energia Elétrica mais de 90% é renovável vel Combustível - ¼ de toda gasolina consumida é substituída por álcool Programa de Biodiesel Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 10

11 Política Ambiental na Amazônia Legal Além da ampliação das áreas de preservação permanente nas margens dos rios, o uso do solo da Amazônia Legal foi sensivelmente restringido. RESERVA LEGAL Disponível Área Até 1998 Após 1998 para Plantio Floresta 50% 80% 20% Cerrado 20% 35% 65% Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 11

12 O Complexo Soja no Brasil ABIOVE Importância Econômica-Social A soja é a principal cultura agrícola do Brasil, em volume e geração de renda Mais de 243 mil produtores (pequenos, médios e grandes), espalhados em 17 estados Renda Agrícola 2003 Soja 19% Outros Fonte: CNA Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 12

13 O Complexo Soja no Brasil A produção nacional de soja cresceu à taxa média de 11% nos últimos 6 anos e tem potencial para continuar crescendo à taxas elevadas nos próximos anos toneladas (F) Fonte: ABIOVE (F) Previsão Jan/05 Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 13

14 O Complexo Soja no Brasil O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de soja em grão, farelo e óleo do soja O Complexo Soja é uma das principais fontes de divisas do país (US$ 10 bilhões em 2004 = 12% das exportações totais) US$ US$ milhões million (F) Fonte: ABIOVE (F) Previsão Jan/05 Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 14

15 A cultura da soja como vetor de desenvolvimento sustentado A evolução das técnicas de cultivo com a tropicalização da soja, permitiu a substituição da ocupação extensiva e rudimentar dos Cerrados por uma atividade baseada em tecnologia com sustentabilidade econômica, social e ambiental. O desenvolvimento da cultura da soja propiciou melhoria na qualidade de vida e o desenvolvimento da infraestrutura de transportes, educação e saúde. Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 15

16 Tecnologia amigável ao Meio Ambiente Benefícios do Plantio Direto Diminui as emissões de carbono Menor erosão e lixiviação Redução no uso de óleo diesel Melhor aproveitamento dos insumos Maior retenção de água Redução dos custos de produção Outras Técnicas Inoculação de sementes Controle Biológico de Pragas Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 16

17 CO2 FLUX (g/m^2/h) JOHN DEERE 510 DISK RIPPER CO2 FLUX DATA SWAN LAKE TILLAGE DEMONSTRATION AUGUST 24,1994 NOT TILLED J.D. 510 DISK RIPPER MOLDBOARD PLOW TIME AFTER TILLAGE (hours) Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 17 Source: USDA

18 A cultura da soja como vetor de desenvolvimento sustentado Fonte: IBGE OS 20 MUNICÍPIOS DO MATO GROSSO COM MELHOR IDH MUNICÍPIO IDH-M Classif.MT Classif.BR Economia Campos de Júlio 0, Agric.Empresarial Sorriso 0, Agric.Empresarial Cuiabá 0, Capital Lucas do Rio Verde 0, Agric.Empresarial Cláudia 0, Agric.Empresarial Campo Novo do Parecis 0, Agric.Empresarial Sinop 0, Agric.Empresarial Primavera do Leste 0, Agric.Empresarial Alto Taquari 0, Agric.Empresarial Sapezal 0, Agric.Empresarial Nova Mutum 0, Agric.Empresarial Campo Verde 0, Agric.Empresarial Alto Garças 0, Agric.Empresarial Rondonópolis 0, Agric.Empresarial Barra do Garças 0, Pec./Industrial Várzea Grande 0, Industrial Pontal do Araguaia 0, Pecuária Jaciara 0, Agric.Empresarial Diamantino 0, Agric.Empresarial Santa Carmem 0, Madeira Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 18

19 Soja na Alimentação É a fonte mais barata de proteína no mundo O farelo protéico e os óleos vegetais são consumidos por países em desenvolvimento e desenvolvidos É um alimento nobre para a saúde humana (propriedades nutraceuticas) Biodiesel Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 19

20 Agricultura na Amazônia Legal Estados Fonte: INPE 2002 e Conab 2005 Território Área Aberta Área Agrícola Partic. % sobre % sobre km 2 % km 2 território km 2 território MATO GROSSO MT ,7% ,5% ,6% MARANHÃO MA ,5% ,0% ,1% TOCANTINS TO ,4% ,1% ,1% SUB-TOTAL ,7% ,5% ,8% RONDONIA RO ,7% ,5% ,4% PARÁ PA ,5% ,2% ,5% ACRE AC ,0% ,0% 754 0,5% RORAIMA RR ,4% ,4% 555 0,2% AMAPA AP ,8% ,7% 56 0,0% AMAZONAS AM ,9% ,1% 304 0,0% SUB-TOTAL ,3% ,4% ,3% TOTAL % % % Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 20

21 Situação Fundiária na Amazônia Legal, Estados Território Terras Privadas 2 Áreas Protegidas 3 Terras Devolutas ou km 2 Situação Fundiária (%da Amazônia Legal) Privadas em Disputa ACRE AC AMAPA AP AMAZONAS AM MARANHÃO MA MATO GROSSO MT PARÁ PA RONDONIA RO RORAIMA RR TOCANTINS TO AMAZÔNIA LEGAL Fonte: Ibama (2002), Ricardo e Capobianco (2001), ISA (1999) e IBGE (1996) 2- Área total das propriedades privadas declararadas no Censo Agropecuário (IBGE 1996) 3- Inclui as Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 21

22 Agricultura na Amazônia Legal Área Aberta 15% Agricultura 2% Dos 2% plantados na Amazônia Legal, 88% estão concentrados nos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Amazônia Legal 85% A soja ocupa apenas 1,2% concentrada no Mato Grosso ( 87%). da área da Amazônia Legal, Portanto, o impacto da soja na Amazônia Legal é significativo. pouco Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 22

23 Agricultura na Amazônia Legal ABIOVE USOS DA TERRA NO MATO GROSSO Destinação Área Partic. km 2 % Agricultura ,6% Pecuária ,1% SUB-TOTAL ,7% Áreas Indígenas ,8% Reservas Ecológicas ,0% Pantanal ,0% SUB-TOTAL ,8% Cerrados e Florestas ,5% TOTAL % Mesmo no Mato Grosso, que apresenta as condições ideais para o plantio de soja, esta atividade ocupa apenas 6% da área total do estado. A legislação ambiental permite uso de 65% no Cerrado e 20% nas áreas de Floresta Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 23

24 Preservação Ambiental no Mato Grosso Programa Estadual de Preservação dos Ecossistemas PEPE Campanhas de redução de queimadas Gerenciamento Integrado da Bacia do Alto Paraguai e Estratégia para a Conservação da Biodiversidade de seus Ecossistemas Aquáticos GEF; Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PGAI Programa de Gerenciamento Ambiental Integral PPG7 Programa de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO Projeto de Recuperação da Bacia do Rio Cuiabá PEA/MT Piracema Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 24

25 Competitividade na Produção de Soja ABIOVE Descrição Mato-Grosso USA Argentina Preço FOB Porto (US$5/bushel) Frete do interior até o porto Despesas Portuárias Sub-Total Imposto / Subsídio Renda do Produtor Agrícola Fonte: ABIOVE Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 25

26 Barreiras Comerciais às Exportações Brasileiras (%) Produto UE EUA JAPÃO Açúcar Demerará 161* 167* 154* Álcool 47* 48* 83 Leite em Pó 69* 49* 197* Frango em Partes Congelados 95* 17* 12 Carne Suína 51* 0 310* Carne Bovina Congelada 177* Milho 85* 2* 95* Fumo 25* Suco de Laranja 15 45* 21 (*) indica que a tarifa específica foi convertida em equivalente em Ad Valorem (AVE). Números sublinhados indicam a existência de Mediada de Salvaguardas Especial (SSG). Células sombreadas indicam restrições sanitárias que agem com barreiras comerciais. Fonte: WTO, APEC, COMTRADE, USITC e TARIC12 e ICONE Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 26

27 Evolução da Produção de Soja ABIOVE 140 Production Produção (MM (milhões tons) t) Acreage Áreas (milhões (MM ha) de há) 210 Production Produção (2005=100) Acreage Áreas (2005=100) Em 2020, o Brasil deve produzir cerca de 105 milhões de toneladas de soja, ocupando uma área adicional de 8 milhões de hectares, distribuídos pelo país. O aumento de 70% da produção exigirá um acréscimo de apenas 37% da área, graças ao ganhos de produtividade previstos (1,5% aa). Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 27

28 Integração da Soja com a Pecuária PECUÁRIA ÁREA DE PASTAGEM Pastagem degrada dád lugar a plantação de soja A área recebe adubos e correção do solo ROTAÇÃO INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECU PECUÁRIA SOJA ÁREA DE CULTIVO Com o pasto recuperado é possível engordar mais cabeças as de gado do que anteriormente Depois de algumas colheitas a área pode ser novamente convertida em pastagem A soja retém m nitrogênio, ajudando na melhoria do solo Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 28

29 Integração da Soja com a Pecuária ABIOVE Vantagens do Sistema de Integração: O pecuarista não gasta com a recuperação das pastagens e ainda ganha com a soja (arrendamento) Há um beneficio ambiental e também econômico na adoção da integração das duas atividades Usa-se a propriedade de forma mais intensiva, reduzindo a pressão por novas áreas para produção agrícola Existem cerca de 30 milhões de hectares de pastagem com baixa produtividade que poderão ser substituídos pela agricultura Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 29

30 Conclusões O Brasil não polui o Meio Ambiente como os países desenvolvidos A soja é amigável ao Meio Ambiente e não está devastando a Floresta Amazônica. A Indústria processadora não produz soja, mas irá colaborar na discussão de uma certificação voluntária sobre sustentabilidade da soja, que requer: A cadeia produtiva seja remunerada adequadamente (consumidor) Aceita pelo sojicultor e demais players (condições exeqüíveis) Não haja discriminação entre países Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 30