FERNANDA PELÓGIA CAMARGO ADAPTAÇÃO MARGINAL DE COPINGS DE OURO SINTERIZADO PARA RESTAURAÇÕES METALO-CERÂMICA COM DIFERENTES TÉRMINOS

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1 FERNANDA PELÓGIA CAMARGO ADAPTAÇÃO MARGINAL DE COPINGS DE OURO SINTERIZADO PARA RESTAURAÇÕES METALO-CERÂMICA COM DIFERENTES TÉRMINOS Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de São José dos Campos Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para a obtenção do título de MESTRE, pelo programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA RESTAURADORA, Especialidade Prótese Dentária. Orientador: Prof. Dr. Lafayette Nogueira Júnior Co-orientador: Prof. Dr. Álvaro Della Bona São José dos Campos 2005

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3 2 A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. Isaac Newton

4 3 À Deus, que me deu a glória da vida, a força para conquistar meus objetivos e o privilégio da saúde e do amor. Aos meus pais Marcos e Regina, exemplos de carinho e amor. Agradeço pelas palavras de ensino e apoio nos momentos de alegria e de tristeza. Muito obrigada por me dar não apenas uma família mas sim um verdadeiro lar. Aos meus irmãos Fabrício, Fabiana e Juliana, pela amizade e companhia constante. Dedico este trabalho

5 4 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Ao meu orientador, Prof. Dr. Lafayette Nogueira Júnior, que sempre me dedicou muito respeito, liberdade e confiança em todos os momentos. Ao Prof. Dr. Marco Antonio Bottino, pela admirável capacidade de conduzir com seriedade e dedicação o curso de Pós-Graduação. Sua inteligência e devotamento profissional são dignas de muito apresso. Por seus valiosos ensinamentos a serem guardados por toda a vida, minha eterna gratidão. Ao amigo e Profº. Dr. Maximiliano Piero Neisser, faltam-me palavras para expressar tamanha admiração. Sua dedicação ao ensino e seriedade em pesquisa são veneráveis. Meu muito obrigada por seu cuidado e preocupação em promover meu crescimento pessoal e profissional. Espero devolver à altura tudo o que a mim confiou.

6 5 AGRADECIMENTOS À Faculdade de Odontologia de São José dos Campos UNESP, na pessoa do Diretor Profº. Dr. Paulo Villela Santos Júnior, pela oportunidade concedida. Ao Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Odontologia Restauradora Profº Dr. Clovis Pagani, por sua luta e vontade de fazer um curso cada vez melhor. Aos Professores desta Universidade que contribuíram para o meu crescimento desde a graduação. Às professoras Maria Auxiliadora Junho de Araújo, minha primeira orientadora e Regina Célia Santos Pinto Silva, patronesse da minha turma de graduação, pessoas admiráveis em quem procuro me espelhar. Às secretárias do Programa de Pós-Graduação Erena, Rose e Cidinha pelos constantes esclarecimentos prestados. Às secretárias do departamento de Materiais Odontológicos e Prótese Eliane e Suzana pela convivência agradável durante todo o curso. À secretária da Revista Ciência Odontológica Brasileira Nilza Maria pela amizade, disponibilidade e apoio a mim concedida.

7 6 Ao engenheiro Fernando Claro, pela realização da analise estatística desse trabalho e pela clareza de suas informações, sempre atendendo-me com disponibilidade e de maneira solícita. Às colegas de graduação e de mestrado Graziela e Renata Melo, amigas que quero manter para sempre. À Renata Faria, primeiro colega de curso e hoje uma grande amiga de palavras sábias e bom coração. Aos colegas Alfredo, Gilberto e Nori, por todos os momentos agradáveis. À amiga Silvia, pessoa sincera, dedicada e sempre disposta a ajudar. Espero poder retribuir sua amizade. Ao amigo Leonardo Buso, por sua inestimável ajuda em todas as fases desse trabalho e sua namorada e minha amiga Giovana, por suas palavras sempre acolhedoras. Aos colegas de pós-graduação Fabíola, Felipe, Diego, Daniel, Renato, Silvia, Leonardo, Vanessa, Edson, Elza, Rander, Denise, Guilherme, Karine e Alexandre, grupo seleto de alunos de qual tenho orgulho de fazer parte. Ao amigo e Profº Titular Walter Nicolli Filho e a amiga Aline Cantarelli Morosolli, pelos momentos de convivência extremamente agradáveis. Aos amigos Wagner, Priscila e Glaucia, que mesmo com distância estão sempre presentes.

8 7 À Labordental, na pessoa da Sra. Elisa pela doação de todo o material utilizado nessa pesquisa. Aos técnicos de Prótese Roberto Devólio e Carlos Eduardo Souza pela confecção dos corpos-de-prova. Obrigada pela atenção e pelos conhecimentos gentilmente transmitidos. À Conexão Sistema de Prótese, na pessoa do engenheiro Wagner Tadashi Akamine, pela concessão do microscópio para efetuar as medições da parte experimental desse trabalho. À Ângela de Brito Bellini, pela revisão bibliográfica e normalização deste trabalho e às funcionárias do Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos. À CAPES, pelo apoio ao Programa de Pós-Graduação e pelo auxílio a mim concedido.

9 8 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS...9 LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS...10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...11 RESUMO INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODO Confecção dos padrões metálicos Reprodução do padrão metálico Obtenção do troquel de gesso Aplicação do espaçador Aplicação lâmina de Sintercast Gold Revestimento e sinterização Análise da justeza de adaptação dos copings Aplicação da cerâmica Análise da justeza de adaptação das coroas RESULTADOS DISCUSSÃO Motivo da pesquisa Seleção do padrão Geometria do preparo Material e técnica de duplicação Material do modelo Aplicação do espaçador Comparação dos passos laboratoriais convencionais em relação à técnica empregada Infra-estrutura Material de recobrimento estético Método de mensuração Discussão dos resultados frente à literatura CONCLUSÃO...90 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...91 APÊNDICE ABSTRACT...104

10 9 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Desenho esquemático do modelo padrão de aço inoxidável; detalhe do término cervical em ombro arredondado e chanfro largo (medidas em mm) FIGURA 2 - Troqueis metálicos: chanfro largo biselado e ombro arredondado biselado FIGURA 3 - Representação esquemática do delineador preparado para a padronização da moldagem FIGURA 4 - Aplicação da lâmina: a) Lâmina de Sintercast; b) porção recortada a partir do molde em papel alumínio FIGURA 5 - Adaptação da lâmina ao troquel FIGURA 6 - Coping esculpido FIGURA 7 - Inclusão do coping no revestimento FIGURA 8 - Coping após a sinterização FIGURA 9 - Base, padrão metálico e coping FIGURA 10 - Dispositivo de fixação do coping posicionado na base de madeira FIGURA 11 - Coroa metalo-cerâmica FIGURA 12 - Coroa adaptada ao troquel para realização da mensuração. 68 FIGURA 13 - Box plot das diferenças no teste t entre os grupos OAB-A e CLB-A FIGURA 14 - Box plot das diferenças no teste t entre os grupos OAB-D e CLB-D FIGURA 15 - Desenho esquemático da interface coping/dente FIGURA 16- Imagens obtidas no microscópio durante a mensuração da fenda... 86

11 10 LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS TABELA 1 - Médias finais de discrepância marginal vertical referente às condições experimentais em cada troquel (em µm) TABELA 2 - Razão padrão em função do número de amostras TABELA 3 - Valores de Y max e Y min TABELA 4 - Valores de Y max e Y min TABELA 5 - Parâmetros de centralização e dispersão TABELA 6 - Resultados obtidos no teste de Anderson Darling TABELA 7 - Teste t TABELA 8 - TABELA 9- TABELA 10- TABELA 11- Dados das medições (em µm) dos copings com término cervical em ombro arredondado biselado antes da aplicação da cerâmica... Dados das medições (em µm) dos copings com término cervical em chanfro largo biselado antes da aplicação da cerâmica... Dados das medições (em µm) dos copings com término cervical em ombro arredondado biselado após a aplicação da cerâmica... Dados das medições (em µm) dos copings com término cervical em chanfro largo biselado após a aplicação da cerâmica

12 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS µm= micrometros CuAl= Cobre Alumínio h= hora Kg= quilogramas Kgf= quilogramas força MEV= microscopia eletrônica de varredura ml= mililitro min= minuto mm= milímetros N= Newton NiCr= Níquel Crômio nº= número PdCu= Paládio Cobre PdCuGa= Paládio Cobre Gálio rpm: rotações por minuto s= segundo sen= seno x= vezes %= por cento = graus C/min= graus Celsius por minuto C= graus Celsius

13 12 CAMARGO, F.P. Adaptação marginal de copings de ouro sinterizado para restaurações metalo-cerâmica com diferentes términos. São José dos Campos, f. Dissertação (Mestrado em Odontologia Restauradora, Especialidade Prótese Dentária) Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista, São José dos Campos, RESUMO O objetivo desse trabalho foi avaliar a discrepância marginal vertical de copings de ouro sinterizado (Sintercast Gold), antes e após a aplicação de porcelana, variando o término cervical. Foram usinados 2 modelos padrão em aço com preparo para coroa total, um com término cervical em ombro arredondado biselado (OAB) e outro em chanfro largo biselado (CLB). As moldagens foram realizadas com silicona de adição pela técnica da dupla moldagem, obtendo-se 10 moldes para cada preparo. Os moldes foram preenchidos com gesso tipo IV e sobre os modelos foi aplicado espaçador de troquel 1mm aquém da margem. A lâmina de Sintercast foi recortada e adaptada sobre cada troquel de gesso, para a confecção dos copings. Após a sinterização e ajustes, os copings foram posicionados sobre o modelo padrão e acoplados ao dispositivo de leitura para mensuração da desadaptação marginal em 24 pontos da margem, padronizados com marcações a laser no troquel metálico, utilizando um microscópio óptico com magnificação de 230x. Em seguida os copings receberam a aplicação de uma camada de opaco e duas camadas de cerâmica. Após a cocção da cerâmica os mesmos procedimentos de observação e medição foram realizados. Os dados obtidos foram submetidos ao teste t com nível de significância de 5%. Os valores médios de OAB e de CLB, antes e depois da aplicação da cerâmica, foram, respectivamente, 61,8µm, 57,0µm, 6,4µm e 6,2µm. Concluiu-se que as medidas de adaptação feitas antes ou após a aplicação da cerâmica, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas; entretanto a adaptação obtida pelo término em ombro arredondado biselado foi estatisticamente maior que a obtida para o término em chanfro largo biselado, porém, ambas estão bem abaixo dos valores de desadaptação clinicamente aceitáveis. PALAVRAS-CHAVE: Ouro, Ouro sinterizado; coroas metalo-cerâmicas, adaptação marginal (Odontologia); término cervical; porcelana dentária.

14 13 1 INTRODUÇÃO A substituição da estrutura dental perdida por materiais que imitem a cor do dente foi introduzida por Land em 1887 (DELLA BONA 23, 2004). Desde então vários materiais e técnicas vêm sendo empregados e aprimorados com o intuito de tornar a restauração o mais natural possível a ponto de não se diferenciá-la do dente natural. Essa busca se dá também no sentido de obterem-se materiais que sejam altamente estáveis e resistentes para que as restaurações mantenham suas características por um extenso período, uma vez que esse tipo de tratamento normalmente é dispendioso e longo (GREY et al. 36, 1993). Nos últimos anos, foram lançados no mercado diversos materiais e técnicas, que procuram copiar as características dos dentes naturais, na tentativa de tornar a restauração imperceptível e com características biológicas compatíveis com os tecidos adjacentes (CHO et al. 20, 2004; QUINTAS et al. 60, 2004). O sucesso clínico dos procedimentos restauradores está intimamente ligado ao sucesso funcional e estético dos materiais empregados. No que diz respeito ao sucesso estético, o material restaurador deve possuir alta estabilidade de cor para que não sejam necessárias sucessivas substituições da restauração. Segundo Bottino 12 (1998) a margem cervical dos preparos é um dos componentes das restaurações mais susceptíveis à falha. As coroas metalocerâmicas são produzidas com uma variedade de términos cervicais com o intuito de se conseguir a melhor adaptação e estética possível. Algumas restaurações com infra-estrutura metálica apresentam término cervical

15 14 biselado, uma vez que, do ponto de vista geométrico, o bisel permite uma melhor adaptação entre a coroa e o dente (KASHANI et al ). Para a obtenção do sucesso funcional é de suma importância observar a qualidade da adaptação marginal do material escolhido. A existência de fendas marginais promove uma junção descontínua, formando um meio propício para a retenção de biofilme (ABBATE et al. 1, 1989), causando inflamação dos tecidos adjacentes (SHAFAGH 66, 1986), degradação do agente cimentante, permitindo a passagem de fluidos gengivais e bactérias para a interface dente-restauração (HARRIS & WICKENS 38, 1994), gerando o aparecimento de cárie (GROTEN et al. 37, 1997) e lesões pulpares inflamatórias irreversíveis (KYDD et al. 51, 1996). Assim, o menor espaço existente entre o dente preparado e a restauração final propicia a mínima película do agente cimentante, fator essencial e indispensável para se obter adequada propriedade física, estética e biológica. As coroas metalo-cerâmicas ainda são o tipo de restauração mais utilizado para a confecção de coroas totais e próteses parciais fixas (BAGBY et al. 8, 1990; CASTELANI et al. 16, 1994; GEMALMAZ & ALKUMRU 32, 1995). A infra-estrutura metálica pode ser confeccionada com diversos metais ou ligas metálicas. Os metais utilizados para a confecção das infra-estruturas podem ser classificados em nobres e básicos. Dentre as ligas nobres encontram-se aquelas com alto teor de ouro, paládio ou platina (ANUSAVICE 3, 2005). Como exemplo de ligas metálicas básicas, utilizadas em odontologia, temos: níquel-crômio, cobalto-crômio (USHIWATA et al. 76, 2000; ANUSAVICE 3, 2005). As ligas básicas, apesar de apresentarem menor custo em relação às outras, apresentam algumas desvantagens como alta reatividade no meio bucal podendo levar a reações alérgicas aos componentes da liga. (ANUSAVICE 3, 2005). Essas situações podem, também, levar ao insucesso do trabalho final (WEAVER et al. 78, 1991;

16 15 PETTENÓ et al. 58, 2000), como processos de corrosão e escurecimento das margens cervicais influenciando negativamente tanto no sucesso funcional quanto estético. Por séculos o ouro foi utilizado para a confecção de próteses fixas devido a sua alta qualidade, desempenho e padrões de segurança (AYAD 7, 2002). As infra-estruturas metálicas são comumente confeccionadas pela técnica da cera perdida difundida por Taggart em 1907 (ANUSAVICE 3, 2005). Dentre a série de passos laboratoriais presentes nessa técnica (EAMES 25, 1981) temos: o enceramento, a inclusão, eliminação da cera, a fundição e a usinagem, passos esses que podem causar distorções e degradações das margens, necessitando de cuidados especiais (HUNTER & HUNTER 45, 1990) para minimizar as interferências no resultado final da adaptação marginal das restaurações (HARRIS & WICKENS 38, 1994). Somados a esses fatores temos os ciclos de queima do opaco e da cerâmica. Durante os ciclos de queima da cerâmica algumas alterações podem ocorrer e, segundo Castellani et al. 16 (1994) e Campbell et al. 15 (1995) estas alterações podem estar associadas ao tipo de liga e sua oxidação, contração da cerâmica, diferença de coeficiente de expansão térmica entre liga e cerâmica, desenho da infra-estrutura metálica e tipo de término cervical. Problemas estéticos com as restaurações metalo-cerâmicas podem, também, ser relacionados ao coping metálico, o que afeta a translucência da coroa por restringir a transmissão de luz e aumentar sua refletividade. Para contornar esse problema, vários sistemas de coroas cerâmicas reforçadas foram introduzidos no mercado como a eletrodeposição e ligas compostas (Captek), os quais reduzem a infra-estrutura a uma fina lâmina. Copings metálicos extremamente delgados permitem uma maior espessura da

17 16 porcelana de cobertura, melhorando a estética e mantendo propriedades de resistência (PETTENÓ 58, 2000). A possibilidade de se eliminar algumas das inúmeras fases laboratoriais utilizadas no processo de fundição, foi possível através da técnica de eletrodeposição um material cito e biocompatível como o ouro. Essa técnica confecciona a infra-estrutura metálica diretamente sobre o troquel. A eficiência deste processo com o intuito de se conseguir menores fendas marginais foi observado por Setz et al. 64 (1989) que utilizaram dentes extraídos e preparados com término cervical em ombro arredondado, que obtiveram, após a aplicação da cerâmica sobre os copings eletroformados valores de fendas marginais bem abaixo do limite clinicamente aceitável. Recentemente foi apresentada à classe odontológica uma nova tecnologia que visa eliminar fases laboratoriais utilizando ouro puro disperso em uma lâmina de cera que será posteriormente sinterizado, resultando num coping de aproximadamente 0,3mm de espessura. Numa busca na literatura, pudemos observar que não há nenhum relato sobre a utilização desse sistema, bem como estudos que objetivaram analisar a adaptação de coroas assim confeccionadas. Sendo assim, houvemos por bem avaliar, sob mesmas condições, o desajuste marginal vertical de copings sinterizados (Sintercast Gold), antes e após a aplicação da cerâmica, comparando dois tipos de término cervical.

18 17 2 REVISÃO DA LITERATURA Estudando a influência da carga de cimentação, convergência e altura dos preparos e alívios internos da coroa, Fusayama et al. 29 (1964) observaram a adaptação cervical de restaurações fabricadas com ligas de ouro a partir de molares extraídos e preparados para coroa total, com término em ombro na face vestibular e lâmina de faca na face lingual. Sobre os troquéis de gesso foram feitos tratamentos para criar diferentes tipos de alívio, sendo o primeiro grupo com uma folha de estanho e o segundo com esmalte de unha. Após inclusão e fundição as peças foram cimentadas com fosfato de zinco sob carga de 15Kg ou 50Kg e seccionadas no sentido vestíbulo-lingual, com a espessura de cimento medida em microscopia óptica. Os autores observaram que a excessiva força de assentamento não melhora a adaptação da peça e que o aumento da convergência e a diminuição da altura do preparo melhoram a adaptação, embora percam em outros requisitos, sendo que a espessura média de cimento encontrada na parece oclusal foi de 90µm sem alívio e 46µm quando alívios internos eram realizados. A adaptação marginal de coroas totais metálicas foi avaliada antes e após cimentação com fosfato de zinco por Bassett 9 (1966) quando utilizados diferentes alívios internos, perfuração oclusal e sobre-enceramento das margens gengivais. A partir de um modelo padrão com 10mm de altura, 13mm de diâmetro e término cervical em chanfro, duas coroas foram confeccionadas sendo uma com alívio interno produzido por ataque eletrolítico (C1) e outra por ataque com água-régia (C2), as quais retornaram ao modelo para medidas de desajustes previamente à cimentação. O correto posicionamento das coroas foi possibilitado graças à confecção de uma

19 18 ranhura na superfície vestibular, servindo como gabarito para o assentamento das peças. Após cimentação, os seguintes testes foram realizados para ambas as coroas: a) teste 1: cimentação com pressão de 45Kgf, remoção do cimento extravasado, leitura, remoção da peça, limpeza e repetição do procedimento por cinco vezes; b) teste 2: perfuração de 0,75mm de diâmetro na superfície oclusal, cimentação com pressão de 45Kgf, remoção do cimento extravasado, leitura, remoção da peça, limpeza e repetição do procedimento por cinco vezes. Os resultados mostraram que a média da discrepância marginal para C1 e C2 no teste 1 foi, respectivamente 170µm e 150µm; enquanto que no teste 2 a média foi de 20µm para C1 e 10µm para C2. Christensen 21 (1966) comparou pelos métodos microscópico, radiográfico e sonda exploradora a adaptação marginal de restaurações do tipo inlay de ouro cimentadas em dez pré-molares preparados e montados em uma base de resina acrílica, simulando as condições clínicas. Após enceramento, fundição e cimentação, as peças foram analisadas por dez cirurgiões-dentistas utilizando radiografia e sonda exploradora. Num terceiro estágio, os dentes já seccionados foram examinados em microscopia. Os valores aceitáveis pelos examinadores foram de 119µm na margem subgengival, enquanto que na proximal ou oclusal desajustes próximos de 26µm foram rejeitados. O autor concluiu que em áreas acessíveis o desajuste clinicamente aceitável foi de 39µm, observando grande variabilidade entre os observadores. Teteruck & Munford 74 (1966) investigando a adaptação de três ligas metálicas, utilizaram diferentes revestimentos e técnicas de inclusão na tentativa de se determinar qual combinação resultaria em melhores resultados para que pudessem ser empregados no uso diário em laboratórios. Os autores observaram que todas as ligas falharam no total assentamento das peças, independente do revestimento e técnica utilizada;

20 19 no entanto concluíram que todas estão dentro das médias aceitáveis clinicamente, sendo que as ligas de ouro obtiveram melhores resultados. Mc Lean & von Fraunhofer 54, em 1971, realizaram in vivo, pela primeira vez, a mensuração da linha de cimentação de restaurações indiretas (restauração metálica fundida, coroa metalo-cerâmica, coroa total metálica, e coroa oca de porcelana) com a utilização de elastômero simulando a película de cimentação. Após a confecção da restauração, essa era provada e radiografada, em seguida o material de moldagem era preparado e inserido no interior da restauração. A restauração era posicionada novamente no dente e pressionada com instrumento de ponta romba. Após a polimerização do material, a restauração era cuidadosamente removida e a película de material de moldagem embutida em resina e seccionados no sentido vestíbulo lingual. As restaurações consideradas clinicamente aceitáveis por meio de radiografias e testes clínicos com o explorador apresentaram discrepâncias de 10 a 160µm na margem cervical. Segundo os autores, restaurações com espessura de cimento menor que 120µm podem ser consideradas bem sucedidas clinicamente. Shillingburg et al. 67 (1973) avaliaram a relação de quatro diferentes términos cervicais vestibulares e a estabilidade marginal de restaurações metalo-cerâmicas durante os seguintes estágios de confecção da coroa: fundição dos copings, aplicação do opaco, aplicação da primeira camada de porcelana, aplicação da segunda camada de porcelana e aplicação do glaze. Foram analisados os términos em chanfro e ombro, ambos com e sem bisel. Obtiveram cinco copings para cada tipo de término, todos apresentando colar metálico lingual de 3mm e espessura marginal vestibular de 0,35 a 0,5mm. Os términos em ombro, com ou sem bisel, apresentaram distorção significantemente menor na margem vestibular que os términos em chanfro, com ou sem bisel.

21 20 Palomo & Peden 55 (1976) teceram algumas considerações sobre os procedimentos restauradores do ponto de vista periodontal. Os autores relataram que o erro mais comum na confecção de coroas é a ocorrência de sobrecontorno nas faces proximais, região onde o fio dental pode enroscar ou se dilacerar, causando incômodos para o paciente que freqüentemente abandona o seu uso, facilitando o acúmulo de placa nesse local. Os autores proferiram também que idealmente o tecido dental deveria ser substituído por uma material que seja bem tolerado pelos tecidos gengivais, e que restaurações subgengivais com superfície rugosa são fortemente relacionadas a inflamações gengivais. Duncan 24 (1982) comparou a adaptação marginal de copings de quatro ligas de níquel-crômio e uma liga com alto teor de ouro (grupo controle). Foram confeccionados dez copings de cada liga a partir de um troquel metálico de um preparo para coroa total de um incisivo central com espessura de término entre 0,3 e 0,6mm. Após a fundição foi realizado o acabamento nas estruturas sendo removidas bolhas e irregularidades com broca carbide nº 2. A partir dos resultados obtidos o autor verificou que o grupo controle apresentou a menor média de fenda marginal. Faucher & Nicholls 27, em 1980, introduziram uma técnica para monitorizar mudanças marginais ocorridas durante os diferentes ciclos de queima durante a confecção de uma coroa metalo-cerâmica. Era traçado o perfil externo da margem da coroas de incisivos centrais superiores com término em chanfro, ombro e ombro biselado. Os copings metálicos eram totalmente recobertos com cerâmica, com exceção da cinta metálica lingual, e em cada fase da aplicação da cerâmica era obtido um novo perfil na margem externa. Em todas as coroas houve um aumento nas dimensões mésio-distal e uma diminuição no sentido vestíbulo-lingual. Embora as maiores distorções tenham ocorrido durante o ciclo de oxidação, mudanças adicionais nas dimensões ocorreram durante as etapas subseqüentes. As

22 21 amostras com término em chanfro apresentaram distorção significantemente maior que as com término em ombro e ombro-biselado, não havendo diferenças estatisticamente significante entre os últimos. Gilboe & Thayler 33 (1980) ao realizar uma análise crítica sobre coroas totais em ouro com ombro biselado asseguraram que a forma de retenção e resistência da coroa é dada pela redução das paredes axiais e que quando essa é realizada tendo profundidades inadequadas são confeccionadas restaurações com sobrecontorno com prejuízos à saúde do periodonto. Afirmaram também que o preparo deve garantir um término cervical em esmalte com capacidade de resistir à fratura e a desintegração. Relataram ainda, que o bisel cervical elimina a possibilidade de restarem porções de esmalte frágil ou sem suporte, estabiliza a estrutura dental formando um ângulo obtuso e resulta em uma restauração com término em ângulo agudo facilitando o brunimento do metal. Em 1980, Rogers 62 publicou um trabalho sobre a possibilidade de interpor, entre a cerâmica e ligas metálicas básicas, uma camada de ouro para melhorar a adesão na interface metal-cerâmica, destacando que os metais nobres apresentam superior adesão e melhoram a adaptação marginal. Esse autor, em 1980, escreveu um trabalho sobre a obtenção de inlays em porcelana com substrato de ouro puro eletrodepositado. Destacou a possibilidade de conseguir infra-estruturas de outras ligas metálicas com margem em ouro igualmente eletrodepositado sobre elas, relevando a importância deste procedimento para melhorar a adaptação marginal e a integridade do tecido gengival (ROGERS 63, 1980). Anusavice et al. 6 (1981) empregaram um teste de choque térmico para determinar a resistência à trinca de 55 sistemas metalo-cerâmicos. Foram utilizadas ligas metálicas de onze marcas comerciais diferentes, sendo seis ligas não nobres e cinco ligas nobres combinadas com cinco

23 22 diferentes marcas comerciais de porcelana. Após a confecção das amostras, essas eram levadas a uma máquina de ensaio que possibilitava o aquecimento a uma temperatura pré-estabelecida e o resfriamento brusco com a imersão em água gelada. A temperatura de aquecimento utilizada no primeiro ensaio foi de 90 C. Após o resfriamento, as amostras eram observadas com o auxílio de um microscópio com 10x de aumento e uma fibra óptica de transiluminação. No caso da amostra não apresentar falhas, elas retornavam à máquina de ensaio e então a temperatura era elevada a 100 C. Esse processo era repetido com aumento incremental de 10 C até que fosse observada a trinca na amostra. Após a obtenção e análise dos resultados os autores concluíram que o efeito da porcelana utilizada foi mais significante para a determinação da resistência à trinca que o tipo de liga, e que, nas condições empregadas, o teste de resistência ao choque térmico é capaz de diferenciar sensivelmente a resistência à trinca dos sistemas metalo-cerâmicos. Eames 25 (1981) faz uma análise sobre os materiais utilizados na confecção de restaurações indiretas, relata alguns fatores que afetam na adaptação marginal e sugere que esses podem ser minimizados com a escolha adequada dos materiais. Dentre os fatores citados encontra-se os materiais de moldagem, tipo de gesso dos modelos, técnicas de alívio e tipo de cimentos. Gavelis et al. 30, em 1981, verificaram a influência de vários tipos de términos cervicais no selamento marginal e assentamento oclusal de coroas totais metálicas fundidas. Foram confeccionados oito troquéis em aço inoxidável simulando um preparo para coroa total em molar. A altura dos preparos era de 6mm e ângulo de 10º de convergência das paredes axiais. Os tipos de término estudados foram: ombro de 90º, ombro de 45º, ombro de 90º com bisel paralelo, ombro de 90º com bisel de 45º, ombro de 90º com bisel de 30º, chanfro com bisel paralelo e lamina de faca, sendo que para

24 23 esse tipo de término foram confeccionados dois troquéis, um com 10mm de diâmetro e um com 8mm de diâmetro. Para cada padrão metálico foram confeccionadas cinco coroas em liga áurica tipo III. Dentro de cada coroa fundida foi vertida resina Duralay, para a confecção de um troquel. Sobre estes troquéis de resina acrílica as coroas foram cimentadas, incluídas, seccionadas e polidas para a avaliação em microscopia. A linha de cimentação foi medida na margem, ombro, parede axial e superfície oclusal. Os resultados mostraram que o melhor selamento marginal foi obtido com os términos em lâmina de faca (3µm e 34µm) e os com bisel paralelo à parede axial (41µm para ombro e 44µm para chanfro), sendo que o pior selamento marginal ocorreu para os términos: ombro de 45º (95µm), ombro com bisel de 30º (99µm) e ombro com bisel de 45º (105µm). O melhor assentamento oclusal foi encontrado nas coroas com ombro puro de 90º. Kashani et al. 48 (1981) descreveram geometricamente os efeitos da angulação do bisel na adaptação marginal de coroas totais. Os autores demonstraram através da trigonometria do triângulo retângulo que quando o ângulo do bisel diminui em relação ao ombro, reduz também a espessura de cimento. Em casos de ombro reto a discrepância marginal é idêntica à espessura de cimento. A extremidade apical do coping (ponto F), extremidade externa do preparo (ponto G) e a ou projeção perpendicular da extremidade apical do coping na superfície do bisel (ponto H) formam o triângulo retângulo FGH, sendo que a medida GH é igual a GF.sen α (α é igual a angulação do bisel). Quanto mais íngreme for a inclinação do bisel tanto menor será o α e o sem α (espessura de cimento). Entretanto, uma margem muito fina poderia criar dificuldades durante a confecção da restauração. Portanto, o bisel deve ter ângulo entre 30 e 45. Koth 49 (1982) verificou a qualidade do tecido gengival ao redor de dentes restaurados com coroas totais em 26 pacientes. Os pacientes foram selecionados em uma clínica particular e haviam recebido as restaurações

25 24 em um período entre um a nove anos, com média de três anos e meio. A saúde gengival dos dentes restaurados foi avaliada pela verificação do volume do fluido crevicular gengival e comparada com o fluido do dente colateral hígido. O autor se preocupou também em relacionar o volume de fluido crevicular e a localização da margem cervical: subgengival, ao nível gengival e supragengival. Não houve diferença entre os dentes hígidos e os dentes restaurados, bem como não foi encontrada diferença em relação à margem. O autor atribuiu esses resultados ao rígido programa de controle da saúde periodontal a que esses pacientes foram submetidos. Pascoe 56 (1983) avaliou o desajuste cervical vertical em coroas totais metálicas com término em ombro puro e em ombro biselado, antes e após a cimentação. As coroas com término biselado apresentaram menor média de abertura marginal. DeHoff & Anusavice 22 (1984) fizeram uma análise através de elementos finitos para avaliar a influência do desenho do término cervical na distorção marginal de coroas metalo-cerâmicas causadas por diferenças de contração térmica entre o metal e a porcelana. O stress residual e as distorções marginais foram calculados usando análise de elemento finito bidimensional. Foram modeladas coroas totais metalo-cerâmicas para prémolares com término em chanfro fino, chanfro com colar, ombro com colar e ombro-biselado com colar. Foi confeccionado também um modelo de incisivo central superior com término em chanfro fino. Os cálculos foram feitos combinando duas ligas: níquel-crômio e ouro-paládio com três cerâmicas com coeficiente de contração térmica diferentes. Concluíram que as distorções marginais dependem principalmente da combinação entre o metal e a porcelana e não do desenho do coping. Em 1985, Anusavice 2 realizou uma análise comparativa das características positivas e negativas das ligas metálicas nobres. Dentre os metais nobres inclui-se o ouro, platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio.

26 25 Simplificadamente, todas as ligas odontológicas nobres possuem em sua composição ou ouro ou paládio como principal metal. Em odontologia, um metal é considerado nobre por não oxidar facilmente e por sua resistência à corrosão e ao manchamento intrabucal, sendo assim, a prata não é considerada um metal nobre. Segundo o autor, a presença de prata nas ligas odontológicas para coroas metalo-cerâmicas em concentrações maiores que 5% torna a restauração susceptível à descoloração da porcelana. Entretanto, maiores concentrações desse metal nas ligas as tornam mais baratas. O autor pondera que a seleção da liga deve estar baseada em resultados clínicos de longo prazo, propriedades físicas, potencial estético e dados laboratoriais de resistência adesiva e compatibilidade térmica entre a liga metálica e a porcelana dental. Comparando clinicamente a adaptação marginal de três tipos de coroas totais metalo-cerâmicas, Belser et al. 10 (1985) selecionaram 36 dentes com necessidade de restaurações, sendo que em todos era possível que a margem vestibular estivesse localizada supragengivalmente para a viabilidade da leitura da adaptação. Os dentes foram separados em três grupos segundo o tipo de término cervical vestibular: a) ombro biselado terminado em metal; b) ombro terminando em metal; c) ombro cerâmico. Na face lingual todos os dentes receberam preparo com término em chanfro. Após a confecção e ajuste, as coroas foram adaptadas aos preparos e moldagens das faces vestibulares foram realizadas. Em seguida as mesmas foram cimentadas e após a remoção dos excessos de cimento, foi realizada nova impressão. Foram obtidos modelos em resina epóxica da região marginal antes e após a cimentação das coroas e esses foram preparados para análise em microscópio eletrônico de varredura, com 170 vezes de aumento. A leitura da fenda marginal antes e após a cimentação mostrou que em todas as coroas a fenda aumentou depois da cimentação.

27 26 Anusavice et al. 4 (1986) calcularam pela análise de elementos finitos bidimensional a distribuição de estresse induzido em coroas metalocerâmicas de incisivos centrais anteriores confeccionadas em liga de ouro ou liga de níquel com espessura convencional de 0,3mm e com espessura reduzida a 0,1mm. As análises foram feitas em três desenhos de coroas submetidas a cargas verticais. A hipótese dos autores era de que a indução de estresse seria fortemente influenciada pela espessura do coping e, em menor extensão, pelo modulo de elasticidade da liga metálica. O modelo da coroa utilizado para análise possuía término em chanfro. Uma força 200N simulando uma mordida foi realizada verticalmente na porcelana da face lingual próxima à união metalo-cerâmica. Os autores relataram que o maior achado do trabalho foi que a redução da espessura do coping é insignificante nos níveis de stress ocorridos na porcelana. Shafagh 66 (1986) comparou, in vivo, o acúmulo de placa em coroas totais em função do polimento: convencional e experimental (realizada sob microscópio com aumento de 40 a 70 vezes). Foram selecionados dez pacientes que necessitavam coroas nos primeiro e segundo molares. Esses dentes foram preparados com término em chanfro, as coroas foram confeccionadas em liga de ouro tipo III, variando apenas o tipo de polimento final. Após a cimentação provisória das coroas os pacientes receberam a orientação abster a escovação por 72h. A verificação da quantidade de placa foi observada a cada 24h, revelando que houve diferença estatisticamente significante entre as duas técnicas de polimento, sendo a técnica experimental acumulou menor quantidade de placa. Anusavice & Carroll 4 (1987) avaliaram a hipótese de que a tensão gerada devido à incompatibilidade de contração térmica entre metal e porcelana não é o principal fator responsável pela distorção marginal ou generalizada de coroas metalo-cerâmicas. Para tanto, foram confeccionados trinta copings em liga de PdCuGa, divididos em dois grupos de acordo com a

28 27 espessura do coping (0,1 e 0,2mm). Cada grupo foi subdividido em três, de acordo com o tipo de porcelana: grupo controle (sem aplicação de porcelana); porcelana de baixa expansão; e porcelana compatível com a liga. A mensuração da desadaptação foi realizada nas diferentes etapas da confecção das coroas em quatro pontos previamente marcados para que elas sempre ocorressem no mesmo local. A máxima alteração de desadaptação entre os estágios de oxidação e glazeamento foi de +17µm e +1µm para os copings de 0,1 e 0,2mm respectivamente quando sinterizado 1,3mm de porcelana compatível. Para a porcelana incompatível a máxima alteração encontrada entre o mesmo intervalo foi de 2µm e + 7µm para os copings de 0,1 e 0,2mm, respectivamente, sendo que essas diferenças não são consideradas clinicamente significantes. Abbate et al. 1 (1989) compararam a adaptação marginal de quatro tipos de sistemas cerâmicos em coroas totais: metalo-cerâmicas com margem metálica, metalo-cerâmicas com ombro cerâmico vestibular, coroas do sistema Cerestore e coroas cerâmicas Dicor. Dois tipos de preparos foram realizados: um para coroas metalo-cerâmicas e outro para coroas cerâmicas. As coroas metalo-cerâmicas tinham término em plano inclinado de 120 e chanfro lingual e as de sistemas totalmente cerâmicos tinham término em ombro puro de 120 com ângulos arredondados e largura de 1,3mm. Os preparos foram realizados em dentes de resina e duplicados em gesso especial para os grupos de coroas metalo-cerâmicas e para o grupo de cerâmica Dicor. Para as coroas em Cerestore, os troquéis foram feitos em resina epóxica. Em todos os grupos foi aplicado espaçador de troquel e as coroas metalo-cerâmicas foram fundidas em ouro cerâmico. As coroas totalmente cerâmicas foram elaboradas de acordo com as especificações dos fabricantes. As coroas obtidas foram cimentadas nos respectivos dentes preparados com cimento de fosfato de zinco. Os conjuntos coroa-dente foram incluídos em resina epóxica e seccionados no sentido vestíbulo-

29 28 lingual. Assim, mediu-se a espessura do cimento de fosfato de zinco com um micrômetro digital nas faces vestibular e lingual 100, 200 e 300µm internamente à margem, resultando em seis pontos de mensuração por coroa. Os resultados obtidos mostraram não haver diferenças estatisticamente significantes nos quatro sistemas. Chan et al. 18 (1989) utilizaram 18 dentes humanos extraídos e preparados para coroa total com término em ombro arredondado para comparar a adaptação marginal de três tipos de coroas estéticas por meio de microscopia eletrônica de varredura. Os sistemas avaliados foram: coroas metal-free em Cerestone, coroas metalo-cerâmicas e coroas metalocerâmicas com ombro cerâmico vestibular. As coroas foram cimentadas aos respectivos dentes e levadas ao microscópio eletrônico de varredura para a mensuração da desadaptação ao redor de todo o término. A média de fenda marginal para as coroas de Cerestone, metalo-cerâmicas e metalo-cerâmicas com ombro vestibular cerâmico foi de 75µm, 65µm e 95µm, respectivamente. Gegauff & Rosenstiel 31 (1989) verificaram os possíveis efeitos da aplicação de diferentes quantidades de camadas de espaçadores associada à aplicação de forças dinâmicas no assentamento de coroas totais metálicas. Três molares extraídos foram incluídos em resina acrílica e reparados para coroas totais metálicas com um sulco na superfície oclusal. Esses dentes foram moldados com silicona de adição e foram obtidos sete modelos em gesso tipo IV para cada dente preparado. Os modelos receberam de zero a seis camadas de espaçador ficando esse 1mm aquém do término cervical. Seguindo um protocolo pré-estabelecido para minimizar distorções, foram enceradas e fundidas as coroas em liga nobre. As mensurações de desajustes foram realizadas em quatro pares de pontos padronizados, antes e após a cimentação. Para a leitura inicial, as coroas foram mantidas em posição com o auxílio de dois elásticos ortodônticos. As coroas foram preenchidas com cimento de fosfato de zinco, assentando-as inicialmente

30 29 com pressão digital e em seguida foi exercida uma carga de 49N tendo um bastão de madeira interposto entre a coroa o dispositivo de aplicação de carga. Esse bastão foi movimentado para cima e para baixo, durante 30s; a partir daí, a carga permaneceu estática por 9,5min. Após a remoção dos excessos, foram realizadas novas mensurações de desajustes e posteriormente foi realizada a remoção da coroa. Os valores de desajuste cervical vertical obtidos todos negativos em relação às medidas iniciais, não havendo diferença estatisticamente significante entre as diferentes quantidades de camadas de espaçadores. Setz et al. 64 (1989) avaliaram a fenda marginal de coroas metalocerâmicas com copings obtidos por eletrodeposição após a cimentação. Cinco dentes humanos extraídos foram preparados com término em ombro de 1mm e moldados com silicona de adição para a obtenção de modelosmestres em gesso tipo IV. Esses foram duplicados e obtidos troquéis em gesso tipo III, sobre os quais foram realizados os copings eletroformados. Após sua confecção, os copings foram posicionados no modelo-mestre para a aplicação de porcelana e cocção. Em seguida, as coroas foram cimentadas nos respectivos dentes. As margens das coroas foram avaliadas de duas formas: teste circunferencial e pela secção das amostras. No teste circunferencial, foram obtidas fotomicrografias com 33x de aumento em toda a circunferência da coroa, obtendo-se uma imagem a cada mm, gerando um total de 1057 mensurações para os cinco corpos-de-prova, com uma média de 18µm de fenda. Após o teste circunferencial, as amostras foram embutidas em resina e cortadas longitudinalmente ao centro. As faces expostas foram polidas e suas margens observadas em um microscópio com 125x de aumento, obtendo um total de vinte mensurações para os cinco corpos-de-prova, com média de 19µm de fenda. Os autores relataram as vantagens e desvantagens de cada teste, sendo a menor magnificação do teste circunferencial considerada a sua pior desvantagem.

31 30 Em 1989, Sorensen 69 publicou uma revisão sobre a iniciação, formação, desenvolvimento e maturação da placa dental na qual relatou haver uma forte relação entre rugosidade, desadaptação marginal e sobreextensão de coroas totais metalo-cerâmicas e as doenças do periodonto. Para avaliar quantitativa e qualitativamente a adaptação cervical de coroas metálica, Stephano et al. 71 (1989), utilizaram um troquel-padrão metálico em NiCr obtido a partir da moldagem de um dente humano preparado para coroa total com término cervical em ombro. O troquel metálico foi reproduzido para a obtenção de oito troquéis em gesso pedra melhorado. Cada troquel de gesso foi encerado oito vezes, quatro sem espaçador e quatro com espaçador 0,5mm aquém da margem. Após a inclusão a fundição foi realizada em liga de ouro, NiCr e CuAl. A mensuração da desadaptação foi realizada utilizando microscópio de mensuração linear em dois locais previamente demarcados no troquel, com três leituras em cassa ponto. Os autores concluíram que os valores obtidos de desadaptação marginal para as coroas confeccionadas sem a aplicação do espaçador excederam consideravelmente os valores aceitáveis clinicamente, enquanto que as coroas obtidas após a aplicação do espaçador apresentaram menores desajustes, mas somente as médias das coroas em liga de ouro (18,56µm) estavam dentro dos valores clinicamente aceitáveis. As restaurações metalo-cerâmicas são amplamente utilizadas na prática odontologia. Segundo Bagby et al. 8 (1990), embora os mecanismos de adesão sejam entendidos, definir compatibilidade entre liga metálica e porcelana é algo ilusório. Em uma revisão de literatura sobre compatibilidade entre metal e porcelana os autores abordaram os tipos de adesão entre esses materiais, sendo eles a retenção mecânica, força de van der Walls e adesão química. Para a ocorrência de adesão química é necessária uma camada de óxido intermediando a interface metal-porcelana. Existem algumas controvérsias sobre a eficiência da retenção mecânica na adesão

32 31 entre o metal e a porcelana, porque, embora ela possa auxiliar na retenção, podem se formar lacunas na interface, podendo diminuir a adesão. As forças de van der Walls parecerem contribuir na adesão entre metal e a porcelana, e parece ser intensificada na presença da camada de óxido. Os autores ponderaram também sobre os ensaios mecânicos realizados para avaliar a compatibilidade entre os materiais, ressaltando que raramente ocorre concordância entre os resultados esperados e os obtidos nesses ensaios, dada a complexidade da interação metal-cerâmica. Hung et al. 43 (1990) avaliaram a adaptação marginal de dois tipos de coroas totalmente cerâmicas (Dicor e Cerestore) e coroas metalo-cerâmicas cimentadas. Utilizaram trinta pré-molares humanos extraídos que foram preparados, sendo os dentes que receberam coroas totalmente cerâmicas preparados com término em ombro e os dentes preparados para coroas metalo-cerâmicas com término em ombro biselado. As fendas marginais foram mensuradas, antes e após a cimentação e após 1500 ciclos térmicos (5 C e 60 C). Segundo os resultados obtidos as coroas não apresentaram diferenças estatísticas antes da cimentação, porém, após a cimentação, as coroas metalo-cerâmicas apresentaram fendas marginais significantemente menores. Hunter & Hunter 44 (1990) realizaram uma revisão de literatura sobre a configuração marginal de coroas. A primeira parte do trabalho focou as terminologias empregadas para definir os términos cervicais e as espessuras preconizadas. Segundo os autores, a decisão sobre o preparo dental a ser realizado para a colocação de próteses fixas deve ser baseada na configuração da margem. O desenho do preparo determina a forma e o volume da estrutura protética e influencia na adaptação final. Entretanto, segundo os autores não existe um consenso na literatura sobre qual é a geometria e a espessura ideal de um preparo. No levantamento sobre os termos utilizados para definir o tipo do término cervical os autores

33 32 encontraram algumas divergências. Os autores concluíram que embora tradicionalmente a literatura indique preparos com desgaste mínimo, o risco de serem confeccionadas restaurações com sobrecontorno e com perfil de emergência alterado é muito grande e que as vantagens em aumentar o desgaste axial são mais importantes que conservar tecido dental. Na segunda parte da revisão publicada por Hunter & Hunter 45, em 1990, os autores discutiram sobre a significância clínica das fendas marginais evidenciando a predisposição a ocorrência de cáries, problemas periodontais e oclusais, sugerindo que os términos biselados ou em lâmina de faca podem minimizar esses problemas. Mantovani et al. 53 (1990) estudaram quantitativamente se a utilização de espaçadores de troquel melhora a adaptação marginal de coroas de ligas de ouro. As coroas foram obtidas a partir de três condições: a) enceramento direto sobre o troquel padrão de aço; b) enceramento direto sobre um espaçador de cobre com 30µm de espessura, assentado sobre o troquel padrão de aço; c) pelo enceramento direto sobre um espaçador de cobre com 40µm, assentado sobre o troquel padrão de aço, sendo que os espaçadores foram obtidos por eletrodeposição. O troquel padrão foi moldado com quatro tipos de elastômeros, num total de 11 diferentes materiais, obtendo-se 99 corpos-de-prova em gesso pedra. As coroas foram fundidas pelo processo de expansão térmica do revestimento e as medidas dos desajustes realizadas em três pontos demarcados no troquel padrão com auxílio de um microscópio de mensuração linear com aproximação de leitura de 1µm. Para cada ponto foram realizadas três medidas, somando-se nove medições por troquel. Os resultados obtidos mostraram que o espaçador de 40µm apresentou melhor resultado (desajuste médio de 9µm), seguido pelo espaçador de 30µm (desajuste médio de 18µm) e sem espaçador (desajuste médio de 284µm).

34 33 Sorensen 70 (1989) introduziu um método padronizado para a determinação da fidelidade das margens de coroas. Nesse método um incisivo central foi preparado com redução axial de 1,5mm e incisal de 2mm; a linha de término tinha forma de ombro de 90. Dez modelos-padrão foram criados a partir de dentes de ivorine metalizados com prata, numerados e moldados para a confecção de coroas. Essas foram cimentadas nos troquéis mestres, incluídas em resina e seccionadas na direção mésio-distal e vestíbulo-lingual. Para determinar a discrepância marginal vertical foram obtidas fotografias com 120x de magnificação. Uma retícula padronizada com uma escala dividida em incrementos de 5µm é colocada sobre a foto fornecendo imagens com a escala sobreposta nas impressões para a padronização e os cálculos. A determinação das fendas das coroas foi feita por três observadores independentes. Foi obtida uma variação interobservador de 10µm na horizontal e 9µm na discrepância marginal vertical. Wilson et al. 81 (1990) verificaram a influência de algumas variáveis na deformação de coroas totais metálicas no ato da cimentação. Um modelopadrão foi confeccionado em aço inoxidável simulando um preparo para coroa total. Sobre ele, criaram duas espessuras de padrões em resina acrílica de polimerização rápida, contendo uma perfuração oclusal. As coroas foram fundidas em liga de ouro e as margens brunidas até que nenhuma abertura marginal fosse visualizada com o auxílio de lupas. Para obstruir a perfuração oclusal foram usados parafusos. Líquidos com diferentes viscosidades foram empregados para simular várias consistências de misturas de cimento de fosfato de zinco. Ao final do experimento, a cimentação foi feita com cimento de fosfato de zinco para a comparação. Os modelos-padrão metálicos tiveram sua espessura diminuída com condicionamento em água-régia, a fim de simular alívio interno das coroas. Através de um dispositivo especial, a deformação das coroas foi medida, Os resultados mostraram que houve maior deformação nas coroas com menor

35 34 espessura de metal e com cimento mais espesso, porém o alívio interno não exerceu influência estatisticamente significante. O intervalo de tempo requerido para o assentamento total das coroas foi maior para coroas não aliviadas e para cimentos mais viscosos. Chaffee et al. 17 (1991) avaliaram a adaptação marginal de coroas metalo-cerâmicas em ouro-paládio com ombro cerâmico na face vestibular com coroas metalo-cerâmicas com cinta metálica vestibular. Após a mensuração da adaptação em microscópio eletrônico de varredura com magnificação de 100x, os autores observaram que as coroas com ombro cerâmico apresentaram valores médio de desadaptação na face vestibular 43µm maiores que as coroas metalo-cerâmicas com cinta metálica vestibular. Não houve diferença significante na adaptação marginal na face lingual de ambos os grupos, sendo que essas possuíam espessura de 0,4mm. Wang et al. 77 (1992) avaliaram o desajuste cervical vertical de coroas totais metálicas antes e após a cimentação empregando as seguintes variáveis: configuração marginal, presença ou não de espaçador de troquéis, tipos de cimento (fosfato de zinco e ionômero de vidro), dispositivos para assentamento (madeira ou um dispositivo denominado E-Z Bite) e forças empregadas durante o assentamento (5 e 30 libras). Dois modelos-padrão foram confeccionados em aço inoxidável (6mm de altura de preparo, 10 de convergência das paredes axiais) com términos em forma de ombro e ombro biselado. Após a duplicação dos modelos e obtenção dos troquéis, foram aplicadas quatro camadas de espaçador em metade das amostras para assegurar 24µm de espessura. Após a fundição, foram realizados os ajustes internos com broca esférica e limpeza com ultra-som. Para a mensuração inicial realizada com um micrômetro digital, foram utilizadas cargas de assentamento de 5 e 30 libras. As amostras foram cimentadas e assentadas com a mesma carga utilizada na mensuração inicial. Da interação dos

36 35 resultados os autores obtiveram que a presença do espaçador foi responsável por um desajuste cervical vertical menor comparando com os grupos sem espaçador. Em relação à carga de assentamento aplicada, as amostras cimentadas com carga de 5 libras apresentaram maior desajuste cervical vertical. A melhor adaptação foi observada nas coroas com término em ombro biselado cimentadas com carga de 30 libras. Grey et al. 36 (1993) compararam a fenda de adaptação de três tipos de coroas totais: puras de porcelana feldspática, metal-free com infraestrutura em In-Ceram e metalo-cerâmicas. Após a confecção e ajustes, as coroas foram assentadas no troquel metálico e pesadas em uma balança eletrônica. Em seguida, uma silicona de moldagem foi manipulada, aplicada uma camada internamente à coroa e essa foi adaptada ao troquel metálico. Os excessos de matérias de moldagem foram removidos e após a polimerização o conjunto foi novamente pesado. A espessura de silicona, que simulou a espessura de cimento, foi calculada a partir da área de superfície do troquel, da densidade do material e da massa da película de silicona. As coroas metalo-cerâmicas apresentaram valores de adaptação significantemente menores que as coroas de In-Ceram e as puras de porcelana (95 µm, 123µm e 154µm, respectivamente). Syu et al. 73 (1993) verificaram a influência da geometria do término cervical na adaptação axial e marginal de copings metálicos com alto teor de paládio. Foram utilizados três incisivos centrais superiores artificiais preparados para coroa metalo-cerâmica com as seguintes configurações de término cervical vestibular: a ombro com ângulo cavosuperficial de 110 ; b) ombro biselado com o bisel formando um ângulo de 45 com o longo eixo do dente e c) chanfro. Os dentes foram preparados foram moldados e obtidos dez modelos em gesso extra-duro para cada grupo. Os copings foram encerados de forma padronizada, fundidos e as imperfeições foram removidas. Os copings metálicos foram posicionados nos respectivos

37 36 troquéis de gesso, incluídos em resina epóxica e seccionados no sentido vestíbulo-lingual. Após o polimento, a mensuração da fenda marginal foi realizada a 100µm do ângulo cavo superficial em direção à polpa e a mensuração da fenda axial foi realizada 1mm acima da linha do ângulo marginal. Os resultados indicaram que as diferenças na geometria do término cervical não influenciaram na precisão de adaptação dos copings. White & Kipnis 79 (1993) avaliaram o efeito do ajuste e da cimentação no assentamento tridimensional de coroas. Foram empregados 35 dentes recém-extraídos, armazenados em água a 37 C. Os preparos coronários convencionais, feitos com o auxílio de um paralelômetro foram moldados e os troquéis em gesso receberam três camadas de espaçador. No enceramento foram executadas marcas de referências em quatro pontos de cada coroa. Após a fundição, acabamento e polimento, as coroas foram assentadas sobre o dente preparado sob uma carga de 49N e a abertura marginal foi medida nos quatro pontos de referência por três operadores diferentes em microscópio com aumento de 500x. O ajuste final das coroas foi realizado com silicone aplicado internamente: cada ponto de metal que apareceu sob o silicone foi ajustado com broca esférica e foi realizada nova mensuração de desadaptação. Os corpos-de-prova então, foram divididos em cinco grupos de acordo com o agente de fixação utilizado: ionômero de vidro, policarboxilato de zinco, fosfato de zinco, cimento resinoso com adesivo dentinário e cimento resinoso. Uma ponta achatada exerceu carga vertical de 49N sobre a superfície oclusal durante a cimentação. Passadas 24h da cimentação, foram obtidas novas medidas de desajuste nos pontos de referência. Para avaliar a possível inclinação das coroas, subtraiu-se cada nova medida de desajuste da média inicial de cada corpo-de-prova, resultando em quatro desvios; com essas medidas da inclinação das coroas foi tirada a raiz quadrada da somatória dos desvios-padrão dividida pelo grau de liberdade. A análise estatística foi feita intra-grupo e inter-

38 37 resultados demonstraram a acuidade entre os três observadores com relação à técnica. Não houve diferença estatística entre os estados inicial e ajustado quanto à inclinação da coroa. Após a cimentação, entretanto, houve diferença estatística para os grupos cimentados com cimentos resinosos, sendo esse o mais desadaptado. Castellani et al. 16 (1994) compararam a distorção térmica de coroas totalmente cerâmicas com coroas metalo-cerâmicas. Para tanto, foi comparada a adaptação marginal de quatro sistemas, a saber: a) metalocerâmica com infra-estrutura em liga de ouro-paládio; b) cerâmo-cerâmica com infra-estrutura em Willi Glas Dicor; c) cerâmo-cerâmica com infraestrutura em Hi-Ceram; d) cerâmo-cerâmica com infra-estrutura em In- Ceram. As infra-estruturas foram confeccionadas sobre réplicas de um troquel metálico que simulava um preparo para coroa total com término em ombro. Após a realização dos ajustes internos, as coroas eram encaixadas no troquel metálico, observadas em um estereomicroscópio e pressionadas até o momento em que o aumento da pressão não alterasse a qualidade da adaptação marginal. Nesse momento era obtido um molde de precisão com silicona de adição, incluído em resina epóxica e o conjunto formado seccionado em cinco fatias verticais com 0,8mm de espessura. A discrepância vertical foi mensurada após a confecção da infra-estrutura e após cada um dos três ciclos de queima da porcelana de cobertura, realizada nas extremidades das fatias, num total de dez medições por amostra. A partir dos resultados obtidos, os autores concluíram que as coroas metalocerâmicas foram mais resistentes às distorções térmicas. Harris & Wickens 38 (1994) compararam a adaptação de copings de titânio usinados com copings de liga de ouro fundidos. Para a análise da adaptação foram confeccionados dez copings de cada técnica. Foi simulada a cimentação dos copings sobre os respectivos modelos metálicos utilizando material de moldagem como análogo do cimento. O filme de material de

39 38 moldagem obtido foi incluído em um bloco de outro material de moldagem de cor diferente e contrastante. Foram obtidos dois blocos para cada coping, um seccionado no sentido vestíbulo-lingual e outro mésio-distal. A espessura de cimento foi observada em sete regiões diferentes em um microscópio óptico com 55x de magnificação. Os autores concluíram que ambos os materiais apresentaram linha de cimentação não-uniforme e que todos os copings de titânio apresentaram maior linha de cimento na região das margens. Leong et al. 52 (1994) compararam a adaptação marginal de coroas com copings de titânio usinado, fundido e de ligas de ouro fundido. Foram confeccionados seis copings de cada grupo e a adaptação foi mensurada em quatro pontos cardeais em cinco diferentes estágios da confecção das coroas: a) após fundição/usinagem; b) depois da degaseificação; c) após o ciclo de queima do opaco; d) após a queima da porcelana de corpo e incisal; e) após a aplicação do glaze. As medidas foram feitas em microscópio óptico com 100x de aumento e precisão de 2,5µm. Durante a mensuração, os corpos-de-prova um dispositivo para manter a mesma pressão de assentamento (aproximadamente 1,36kg). Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre a fenda marginal das coroas de titânio usinado (54µm) e fundido (60µm) sendo ambas significantemente maior que as coroas com infra-estrutura em liga nobre (25µm). Os autores observaram que as discrepâncias marginais foram resultantes principalmente da etapa de confecção dos copings e que a adição da porcelana não causou mudanças significativas na integridade das margens. Campbell et al. 15 (1995) avaliaram a influência do acabamento do metal e dos sucessivos ciclos de cocção da porcelana na adaptação marginal de coroas metalo-cerâmicas. O padrão metálico simulando um dente preparado foi moldado com silicona de adição e os modelos foram obtidos em gesso. Sobre os troquéis de gesso foram confeccionados os

40 39 padrões em cera que foram incluídos e fundidos em liga de ouro-paládio. Nessa etapa foi realizada a primeira mensuração da desadaptação em todos os copings. Três pontos na face vestibular e dois pontos na lingual foram escolhidos para padronizar as mensurações. Em seguida os copings foram divididos em três grupos de acordo com o tipo de acabamento: a) a superfície externa dos copings foi tratada com pedras abrasivas, a adaptação foi novamente verificada, os copings foram jateados com óxido de alumínio e o primeiro ciclo térmico (oxidação) foi realizado, seguido de mais uma mensuração; b) após a primeira mensuração os copings foram levados diretamente para o primeiro ciclo térmico (oxidação) para depois ser realizado o acabamento seguindo as mesmas etapas do primeiro grupo; c) após a fundição as amostras foram reincluídas para tratamento térmico a 1038 C durante 20min, e passado esse período as amostras foram tratadas igualmente às do primeiro grupo. Os autores concluíram que todos os ciclos térmicos aumentaram a fenda marginal e que as maiores alterações ocorrem durante o primeiro ciclo térmico da liga. Gemalmaz & Alkumuru 32 (1995) avaliaram, por meio de microscopia eletrônica de varredura, as alterações ocorridas na adaptação marginal durante os ciclos de queima da porcelana em copings de paládio-cobre e níquel-crômio em função do término cervical: chanfro e ombro. Foram confeccionados dois troquéis metálicos simulando um incisivo central superior preparado para coroa total com redução de 1,3mm e redução lingual, mesial e distal de 1mm, altura de 7mm e 6 de convergência das paredes axiais. Os troquéis foram inseridos num dispositivo que padronizava o enceramento para fundição em 0,5mm de espessura. A adaptação marginal foi verificada em um microscópio eletrônico de varredura com 350x de magnificação em pontos pré-determinados após os seguintes estágios: fundição, oxidação, aplicação do opaco, cerâmica de corpo e glaze. Para padronizar a espessura da cerâmica foi utilizado um jig que possibilitava a

41 40 obtenção de um contorno uniforme. As maiores alterações de adaptação foram verificadas após o ciclo de oxidação da liga; os copings confeccionados com liga de PdCu apresentaram maiores alterações de adaptação marginal que os copings confeccionados em liga de NiCr. O desenho do término não influenciou na alteração de adaptação marginal. Pippin et al. 59 (1995) realizaram um estudo clínico retrospectivo avaliando a saúde periodontal de sessenta pacientes que apresentavam os incisivos superiores restaurados com facetas cerâmicas ou coroas totais metalo-cerâmicas. Os pacientes foram divididos em grupos de acordo com o tipo de restauração (faceta ou coroa total) e o tempo decorrido após a cimentação definitiva das restaurações (zero a seis meses, sete a 24 meses, 25 a sessenta meses). Após a mensuração da profundidade de bolsa, sangramento gengival, escoamento do fluido crevicular e verificação dos índices de placa os autores concluíram que a localização subgengival das margens das restaurações afeta negativamente a saúde periodontal e que as margens das facetas cerâmicas geralmente estavam localizadas mais supragengival. White et al. 80 (1995) avaliaram in vivo a adaptação marginal vertical e horizontal de coroas metálicas cimentadas com diferentes agentes de cimentação. Os pacientes apresentavam molares vitalizados, livres de cárie e com doença periodontal avançada. Os dentes foram reparados para coroa total com término em chanfro e remoção axial de 1,2mm. Após os preparos, foram obtidos moldes com silicona de adição preenchidos com gesso tipo IV. Os troquéis receberam três camadas de espaçador, os copings foram encerados e fundidos em liga com alto teor de ouro. Após a remoção de bolhas positivas sobre o troquel e verificação sobre o respectivo dente, foram cimentados segundo um dos três grupos aos quais pertenciam: cimento de fosfato de zinco, ionômero de vidro modificado por resina com e sem adesivo dentinário. Seis meses após a cimentação definitiva, os dentes foram

42 41 extraídos, incluídos em resina epóxica e seccionados. O desajuste vertical de assentamento foi determinado como a máxima distância entre a margem do preparo coronário e a porção mais apical da fundição; o desajuste cervical horizontal foi estabelecido como a máxima distância entre a margem do preparo coronário e a porção mais apical da fundição num plano perpendicular ao longo eixo da coroa. Os resultados mostraram que o desajuste cervical vertical foi semelhante para os três grupos. Holmes et al. 42 (1996) compararam a adaptação marginal de coroas metalo-cerâmicas feitas pela técnica da eletrodeposição e pela técnica da cera perdida. Os autores prepararam dez incisivos centrais humanos extraídos para receberem coroas totais, padronizando o término em chanfro largo. Foram confeccionados cinco copings para cada grupo sobre os quais foram aplicadas duas camadas de opaco, uma camada de porcelana de corpo e uma camada de incisal. As coroas foram cimentadas, embutidas em resina acrílica, seccionadas e polidas. A mensuração da fenda foi realizada em microscópio óptico com 250x de magnificação. A partir dos resultados obtidos (36µm ± 24,1µm para os copings eletroformados e 64µm ± 32,7µm para os feitos pela técnica convencional) os autores concluíram que as restaurações feitas pela técnica da eletrodeposição apresentam melhor justeza de adaptação que as confeccionadas pela técnica convencional. Kydd et al. 51 (1996) analisaram, in vivo, a microinfiltração marginal em dentes que haviam sido restaurados com coroas em ouro ou coroas metalo-cerâmicas e cimentadas com fosfato de zinco a pelo menos vinte anos antes do início do estudo. Para análise foram utilizados oito dentes extraídos por razões periodontais, os quais foram selados com esmalte a 2mm da união dente-restauração e submersos em solução aquosa de fucsina a 0,05% durante 24h. Decorrido este período, as amostras foram lavadas, embutidas em resina acrílica e seccionadas paralelamente ao longo eixo axial, separando o lado mesial e distal, sendo que cada um desses

43 42 lados recebeu mais quatro cortes. Nesses cortes foram feitas as análises da espessura de cimento com microscopia de 50x de aumento e precisão de 0,001mm em ambos os eixos X e Y, sendo que a medida foi realizada da margem da coroa até a linha final externa do dente. Os autores encontraram em média 74µm na superfície mesial e 47µm na distal em espessura de cimento e sua presença em toda extensão, concluindo que mesmo após vinte anos de permanência na boca estas coroas eram aceitáveis clinicamente. Seymour et al. 65 (1996) avaliaram as dimensões do ombro cervical e a angulação dos términos de dentes preparados para coroas totais metalocerâmicas. Vinte e quatro dentes humanos unirradiculares extraídos foram moldados com silicona de adição, fixados em tubos metálicos e distribuído para três dentistas membros de uma faculdade a pelo menos seis anos sendo solicitado que esses realizassem preparos para coroas metalocerâmicas com infra-estrutura em liga nobre. Após a realização dos preparos os dentes foram mensurados e os resultados mostraram média de redução axial de 0,75mm, ficando esses resultados abaixo do recomendado para coroas metalo-cerâmicas com infra-estrutura em liga nobre que está entre 1,2 e 1,5mm. Groten et al. 37 (1997) compararam a adaptação marginal de coroas totais cerâmicas utilizando dois métodos de mensuração: microscópio eletrônico de varredura e microscópio óptico. A partir de um padrão metálico simulando preparo para coroa total em um incisivo central com término em ombro foram obtidos dez troquéis de gesso. Esses foram utilizados para a confecção de dez copings de cerâmica usinados (Celay). A mensuração em microscópio óptico foi realizada com o auxílio de um sistema de análise de imagens computadorizadas acoplado a um microscópio com magnificação de 50x, efetuada em três estágios da confecção dos copings: usinagem, infiltração do vidro e aplicação da porcelana. Após esse último estágio foi

44 43 realizada a mensuração em MEV. A partir dos resultados, os autores concluíram que as diferenças encontradas entre os diferentes estágios de confecção não apresentaram diferença significante, e que as mensurações realizadas em MEV confirmaram os resultados obtidos em microscópio óptico. Bottino 12 (1998) avaliou a adaptação cervical de coroas totais metálicas em função do tipo de término, presença ou não de alívio interno e agentes de cimentação. A partir de cinco padrões metálicos simulando preparos para coroas totais idênticos, com exceção do término, foram confeccionadas cápsulas com e sem alívio interno de 30µm e cimentadas com os diferentes agentes cimentantes. A partir dos resultados obtidos o autor concluiu que o alívio da superfície interna melhorou significativamente a adaptação, e que os términos em ombro 90 e degrau em 90 com bisel de 45 apresentaram as piores médias de adaptação cervical. Figueiredo et al. 28 (1998) analisaram as discrepâncias de assentamento ocorridas na cimentação de coroas totais metálicas, aliviadas internamente ou não, sobre preparos com término cervical em chanfro, lâmina de faca, plano inclinado de 135º, degrau em 90º e degrau de 90º associado a bisel de 45º. A cimentação das cápsulas foi realizada sob carga de 5Kg e a fenda marginal foi observada e mensurada em metroscópio horizontal. A partir dos resultados obtidos, os autores concluíram que o alívio executado na superfície interna da coroa diminui a discrepância marginal e que os términos em chanfro, plano inclinado de 135º e lâmina de faca dos corpos-de-prova aliviados apresentaram assentamento semelhante e estatisticamente menor que os mesmos términos sem alívio. Pettenó et al. 58 (2000) compararam a adaptação marginal de coroas metalo-cerâmicas confeccionadas com três tipos de infra-estruturas metálicas: liga fundida nobre (Keramit Bio, Nobil Metal), liga composta, na qual os metais se conectam por capilaridade (Captek, Precious Chemicals) e

45 44 ouro eletrodepositado (AGC, Wieland). A partir de um modelo-padrão em aço simulando um preparo de incisivo central superior com término cervical em ombro biselado, foram obtidos 75 troquéis de gesso tipo IV divididos aleatoriamente em três grupos (n=25). As infra-estruturas foram confeccionadas conforme a orientação do fabricante e a adaptação marginal foi analisada em oito pontos diferentes do modelo em um estereomicroscópio com aumento de 200x e precisão de 9µm. Esta análise foi realizada no modelo de gesso antes e após a aplicação da cerâmica e no modelo de aço após a aplicação da cerâmica. Os resultados obtidos mostraram que antes da aplicação da cerâmica a adaptação dos copings do sistema Captek foi a mais precisa (11±2µm) seguida do sistema AGC (14±5µm). Após a aplicação da cerâmica a fenda marginal sobre o modelo de aço foi de 31±20µm para os copings em liga nobre, 32±2µm para os copings em ouro eletrodepositado e 68 ± 28µm para os copings do sistema Captek. Os autores concluíram que as coroas metalo-cerâmicas confeccionadas com liga nobre e ouro puro apresentaram melhores resultados, porém com os três sistemas dentro dos limites aceitáveis clinicamente. Ushiwata et al. 76 (2000) analisaram a influência do grau de convergência das paredes axiais (6º e 18º) e a efetividade dos ajustes internos utilizando um meio detector de interferências na justeza de adaptação marginal de copings de NiCr. A partir de dois troquéis metálicos em aço inoxidável simulando preparos coronários de primeiro molar superior e diferindo apenas no grau de convergência das paredes axiais foram obtidas réplicas em gesso, sobre as quais foram confeccionados copings em NiCr sem alívio interno. Em seguida, os troquéis metálicos receberam cinco camadas de espaçador e novamente foram confeccionadas as réplicas em gesso. Uma primeira mensuração da justeza de adaptação marginal foi realizada em um microscópio de medição e em seguida foram realizados ajustes internos utilizando um detector de interferências. A partir dos

46 45 resultados obtidos, os autores observaram que preparos com maior convergência axial e construídos com alívio interno apresentam melhor justeza de adaptação marginal. Esquivel-Upshaw et al. 26 (2001) compararam a resistência à fratura de inlays totalmente cerâmicas com inlays metalo-cerâmicas e a relação desses valores com a adaptação marginal. Para tanto, sessenta primeiros molares foram preparados para inlay variando a angulação das paredes axiais em 5, 10 e 20. Metade dos dentes foi restaurada com inlays metalocerâmicas com infra-estrutura em liga nobre e a outra metade com restaurações confeccionadas em porcelana prensada. A adaptação marginal foi verificada em seis pontos em microscópio com 30x de aumento. Em seguida as restaurações foram cimentadas com cimento de ionômero de vidro e a resistência à fratura foi medida usando uma máquina de ensaios universal. Os autores concluíram que não existe uma correlação entre o tamanho da fenda marginal e a resistência à fratura das restaurações. Goodacre et al. 34, em 2001, publicaram uma revisão de literatura sobre os diversos aspectos envolvidos no preparo dental para coroas totais. Foram criteriosamente analisadas a convergência das paredes axiais, a dimensão ocluso-cervical e sua razão com a dimensão vestíbulo-lingual, o formato da circunferência do dente preparado, a localização, o formato e a profundidade em do término cervical, a nitidez dos ângulos internos e a rugosidade da superfície dental. Dentre as conclusões obtidas pelos autores, têm-se que os dentes incisivos e pré-molares devem apresentar, após a realização do preparo, altura mínima de 3mm; a razão das dimensões ocluso-cervical/vestíbulo-lingual deve ser de pelo menos 0,4. Quando as condições do dente e a estética permitirem, o término cervical deve estar localizado supragengivalmente; quando for necessária a localização do término dentro do sulco, esse não deve atingir a inserção epitelial; o tipo de término cervical para coroas metalo-cerâmicas não precisa ser baseado na

47 46 adaptação marginal e sim na preferência do dentista, na estética e na facilidade de execução; e que em coroas metalo-cerâmicas os ângulos internos devem ser arredondados para facilitar a obtenção dos modelos de gesso e dos padrões de cera. Goodson et al. 35 (2001) com o objetivo de avaliar as características das restaurações expostas aos processos destrutivos que ocorrem no meio bucal, selecionaram nove pacientes com um total de 42 restaurações indiretas feitas com coping de ouro compósito instaladas pelo menos quatro anos antes do início do estudo. Para a comparação da quantidade de placa retida sobre a superfície de ouro exposta foram escolhidas aproximadamente a mesma quantidade de dentes na mesma boca para servir de amostrascontrole. Kancyper & Koka 47 (2001) avaliaram a influência de coroas com margens intrasulculares na saúde periodontal. Sendo assim, foi realizada a contagem de Porphyromonas gingivalis, Acnobacillus actinomycetemcomitans e Prevotella intermedia no sulco gengival de trinta pacientes que foram restaurados com uma das seguintes restaurações: coroa totalmente cerâmica (Procera All Ceram) cimentada à dente natural, coroa totalmente cerâmica (Procera All Ceram) cimentada ao intermediário do implante de titânio, coroa metalo-cerâmica (liga metálica nobre) cimentada à dente natural, coroa metalo-cerâmica (liga metálica nobre) cimentada ao intermediário de implante de titânio, coroa metalo-cerâmica (Procera de titânio) cimentada ao intermediário de implante de titânio. Após seis meses da cimentação definitiva das coroas, pontas de papel estéreis foram colocadas no sulco gengival do dente restaurado e de um dente hígido de cada paciente. Nenhum dos sulcos sondados apresentou quantidades detectáveis das bactérias analisadas. Os autores concluíram, também, que as coroas/intermediários estudados apresentaram respostas favoráveis quanto à vermelhidão, edema e sangramento do tecido gengival.

48 47 Pavanelli et al. 56 (2001) confeccionaram um dispositivo mecânico para padronizar e manter constante a aplicação de pressão de assentamento durante processos de mensuração de discrepâncias verticais de assentamento de coroas sobre seus respectivos troquéis. Esse dispositivo possui um o cilindro para contenção do corpo-de-prova por onde percorre um êmbolo. Esse êmbolo, quando baixado e fixado pelo parafuso presente na lateral do cilindro, mantém a coroa assentada sobre o troquel, sob pressão constante. Stoll et al. 72 (2001) verificaram a adaptação marginal de coroas parciais de titânio puro e de liga de ouro após duas técnicas de cimentação diferentes. Os autores utilizaram quarenta molares humanos extraídos preparados para coroas parciais. Os dentes foram divididos em quatro grupos, sendo dois restaurados com liga de ouro e o restante com titânio puro. Todas as coroas foram cimentadas com cimento de fosfato de zinco. Um grupo de cada liga recebeu brunimento adicional das margens após a cimentação. Os resultados da mensuração da fenda marginal revelaram não haver diferença entre os grupos com e sem brunimento e que as restaurações em liga nobre apresentaram adaptação significantemente melhor que as restaurações em titânio. Ayad 7 (2002) avaliou a influência da reutilização de ligas de ouro tipo III quanto à estabilidade de composição e a adaptação marginal de copings confeccionados com esse tipo de liga. Para tanto, foram obtidos: G(A) vinte copings de liga nova ; G(B) vinte copings com 50% de liga nova e 50% de liga refundida; e G(C) vinte copings confeccionados com 100% de liga refundida. A análise da composição foi feita por meio de espectroscopia de energia dispersiva e a adaptação marginal foi mensurada em quatro pontos cardeais de cada coping antes e após a cimentação. Foram observadas diferenças estatisticamente significantes, mas não clinicamente, uma vez que

49 48 para todos os grupos (A= 7µm; B= 9µm e C=12 µm) a discrepância marginal foi menor que 25µm. Cho et al. 19 (2002) avaliaram o efeito da variação da convergência das paredes axiais de preparos para coroa total na adaptação marginal de coroas do Sistema Targis/Vectris. A partir de três troquéis metálicos foram confeccionados trinta coroas (n=10) com as seguintes variações no ângulo de convergência oclusal: 6º, 10º e 15º. A fenda marginal foi mensurada em 48 pontos ao longo do término cervical antes e após a cimentação das coroas. Após a obtenção dos resultados, os autores observaram que a melhor adaptação (média = 47µm) antes da cimentação foi verificada no grupo com 6º de convergência de parede axial, que a média da desadaptação marginal aumentou significantemente após a cimentação em todos os grupos, sendo que o maior aumento ocorreu no grupo de 6, tornando os três grupos estatisticamente iguais. Ku et al. 50 (2002) compararam a resistência à fratura de coroas totais metalo-cerâmicas e coroas totais confeccionadas com três diferentes marcas de cerômeros. Um incisivo central superior de resina foi preparado com término em ombro de 1mm de espessura e replicado em NiCr. Em seguida foram confeccionadas dez coroas para cada sistema: metalo-cerâmica, Artglass, Sculpture e Targis. As coroas foram cimentadas com cimento de ionômero de vidro e levadas a uma máquina de ensaios universal, para a aplicação da carga direcionada a 13 do longo eixo do dente. A resistência à fratura das coroas metalo-cerâmicas (média de 11317N) foi significantemente maior que a dos três tipos de cerômeros (Artglass: 575N, Sculpture: 621N e Targis: 602N). Hilgert et al. 39 (2003) avaliaram a adaptação marginal de copings totalmente cerâmicos (In-Ceram, Vita) frente a dois términos cervicais e a tratamento interno de superfície (Rocatec, 3M/ESPE). Para tal foram usinados dois troquéis metálicos com preparo para coroas totais, um com

50 49 término cervical em ombro arredondado e o outro em chanfro largo. A partir de cada um deles, foram confeccionados vinte copings, e a discrepância cervical avaliada em microscópio para medição. Foram observados valores de discrepância marginal média de 42,37±18,78µm para o chanfro largo e 33,35±20,08µm para o ombro arredondado, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos. Yeo et al. 82 (2003) compararam a adaptação marginal de três sistemas metal-free com coroas unitárias metalocerâmicas. A partir de um incisivo central superior humano extraído e preparado com redução incisal de aproximadamente 2mm, redução axial de 1mm e término cervical em ombro, foram confeccionadas 120 réplicas em resina acrílica. Essas réplicas foram moldadas com silicona de adição e o gesso foi vazado para a obtenção de 120 modelos, divididos em quatro grupos (n=30) de acordo com o tipo de coroa confeccionada: metalo-cerâmica com margem metálica (controle); e três sistemas livres de metal: Celay In-Ceram; In-Ceram alumina e IPS Empress 2. A adaptação marginal foi avaliada pela mensuração da fenda em cinquenta pontos ao longo da margem entre o término da coroa e a margem do dente preparado em microscópio óptico com 240 vezes de aumento. As médias de desadaptação marginal foram de 87µm para o grupo controle, 83µm para o Celay, 112µm para o In-Ceram e 46µm para o IPS Empress 2. Os autores concluíram que as discrepâncias marginais encontradas em todos os grupos estavam dentro dos padrões de aceitabilidade clínica (120µm). Buso et al. 13 (2004) avaliaram a adaptação marginal de copings de ouro confeccionados por eletrodeposição variando o término cervical. Dois modelos padrão em aço inoxidável foram usinados simulando preparo de coroa total, sendo um com término cervical em chanfro largo e o outro em ombro arredondado. As moldagens foram feitas com silicona de adição pela técnica da dupla moldagem, obtendo-se dez moldes para cada preparo. Para

51 50 padronizar a moldagem foi confeccionado um alívio com uma placa de acetato com 1,4mm de espessura. Um delineador foi modificado para manter constante o eixo de inserção e remoção do modelo padrão durante as moldagens. Os moldes foram preenchidos com gesso tipo IV e sobre o modelo do preparo obtido foi aplicado espaçador de troquel 1mm aquém da margem. Estes troquéis foram duplicados com silicona de laboratório para a obtenção de um segundo troquel com gesso especial, o qual recebeu uma cobertura com laca de prata e uma ligação com fio de cobre, permitindo a passagem de corrente galvânica e a deposição do ouro. Após a limpeza e ajuste, os copings retornaram ao modelo padrão fixado numa base metálica octogonal para a padronização da leitura, iniciando-se a leitura em microscópio óptico com mesa digital. Os valores médios obtidos foram 29,77µm para o término em chanfro largo e 26,77µm para o ombro arredondado. Os autores concluíram que ambas configurações marginais podem ser utilizadas durante o preparo dental. Buso et al. 14 (2004) compararam a adaptação marginal de copings de ouro eletroformados antes e após o ciclo de cocção da cerâmica em função de dois términos cervicais. Para confecção dos copings foram confeccionados dois troquéis metálicos um com término em chanfro e outro com término em ombro arredondado. Esses troquéis foram moldados com silicona de adição pela técnica da dupla moldagem. Durante a primeira moldagem foi utilizado um alívio de acetato de 1,4mm. As moldagens foram realizadas com o auxílio de um delineador especialmente preparado para a padronizar o eixo de inserção e remoção do troquéis. Foram confeccionados dez moldes para cada tipo término e os modelos foram confeccionados em gesse tipo IV, espatulado à vácuo. Após a presa os troquéis receberam duas camadas de espaçador de troquel, e foram duplicados com silicona de laboratório e vazados com gesso especial para troquéis. Pela técnica de eletrodeposição, foram confeccionados dez copings para cada tipo de

52 51 término com 0,2mm de espessura. Após os ajustes o conjunto coping/troquel metálico foi fixado numa base octogonal e acoplados a um dispositivo que possibilitava força constante de assentamento. Em um microscópio óptico com 30x de aumento foram obtidas oito medidas de discrepância marginal absoluta. Após essa primeira medição, foi aplicada uma camada de agente de união, duas camadas de porcelana opaca, duas camadas de corpo e realizado o glaze. Após os ajustes foram realizadas novas medições seguindo os mesmos passos descritos anteriormente. Antes da aplicação da cerâmica os copings com término em chanfro e em ombro arredondado apresentaram média discrepância marginal absoluta de 29,77µm e 26,77µm em respectivamente. Após a aplicação da cerâmica a discrepância foi de 22,58µm e 23,02µm, resultados esses estatisticamente iguais tanto com relação ao tipo de término como em relação ao estágio de confecção. Cho et al. 20, em 2004, avaliaram o efeito da variação da configuração do término cervical de preparos para coroa total realizados em incisivos centrais superiores na adaptação marginal de coroas do Sistema Targis/Vectris (Ivoclar). A partir de quatro troquéis metálicos foram confeccionados quarenta coroas (n=10) com os seguintes tipos de término cervical: chanfro (0,9mm), chanfro (1,2mm), ombro e ombro arredondado. A fenda marginal foi mensurada em 56 pontos ao longo do termino cervical antes e após a cimentação das coroas. Segundo os resultados obtidos, tanto antes quanto após a cimentação, as coroas com término em ombro e ombro arredondado apresentaram melhor adaptação que as coroas com términos em chanfro, e a menor diferença de fenda antes e após a cimentação foi apresentada pelo grupo com término em ombro arredondado. Quintas et al. 60 (2004) avaliaram a discrepância cervical vertical in vitro de copings cerâmicos confeccionados a partir de dois modelos-padrão em aço inoxidável simulando um molar preparado diferindo apenas no término: um com término em chanfro largo e outro em ombro arredondado.

53 52 Foram confeccionados, para os dois troquéis copings em Procera (Nobel Biocare), em IPS Empress II (Ivoclar Vivadent) e em In-Ceram (Vita Zahnfabrik). O conjunto modelo-padrão/coping cerâmico foi parafusado em um dispositivo em forma de morsa, sobre o qual se aplicou torque de 10N antes da mensuração. As mensurações realizadas mostraram haver diferenças estatisticamente significantes entre os términos, sendo que o chanfro largo apresentou maior média de desajuste cervical. Os copings de Procera apresentaram média de desadaptação significantemente menor que dos outros dois sistemas. Jahangiri et al. 46 (2005) compararam a adaptação marginal de copings metálicos confeccionados a partir de três tipos de preparos. Os autores compararam também a sensibilidade e a especificidade de métodos clínicos de avaliação da adaptação marginal com as mensurações realizadas em estereomicroscópio. Assim, três dentes de resina foram preparados da seguinte forma: preparo para coroa total com término em chanfro, preparo para coroa total com término em ombro na vestibular e o restante em bisel e preparo para coroa três quartos com caixas proximais e término biselado. Em seguida os preparos foram moldados e para cada dente de resina foram obtidas oito réplicas em gesso. Vinte e quatro copings foram encerados, fundidos e adaptados aos respectivos modelos. Todos os copings foram submetidos à análise com explorador, método evidenciador e em estereomicroscópio com 108x de aumento e precisão de 5µm. As análises com o explorador e o método evidenciador foram realizadas em vinte pontos aleatoriamente distribuídos em todo o término. A partir da comparação dos resultados obtidos, os autores verificaram quem o tipo de término não influenciou na adaptação marginal. Em relação ao método de verificação, obtiveram 58,3% de concordância entre os resultados apresentados pelo estereomicroscópio e a inspeção com o explorador e que a combinação de

54 53 explorador mais o método evidenciador não apresentaram maior concordância que o uso isolado do explorador.

55 54 3 PROPOSIÇÃO Este trabalho teve como objetivo analisar a discrepância marginal vertical de coroas metalo-cerâmicas, antes e após a aplicação da cerâmica, confeccionadas com copings em ouro sinterizado em função do término cervical do preparo. Os términos analisados foram chanfro largo biselado e ombro arredondado biselado.

56 55 4 MATERIAL E MÉTODO Foram estudados dois términos cervicais: CLB = chanfro largo biselado e OAB = ombro arredondado biselado. Para cada tipo de término cervical foi confeccionado um modelo-padrão, a partir dos quais foram confeccionadas dez coroas. 4.1 Confecção dos padrões metálicos Para análise do desajuste cervical, foram confeccionados dois troquéis metálicos utilizados como modelo-padrão, usinados a partir de uma barra metálica de aço inoxidável com 12mm de diâmetro. Essa foi cortada em dois segmentos de 20mm e, em um torno mecânico, usinada de forma a simular preparos para coroas totais, com paredes axiais lisas, com 3 de expulsividade, resultando numa convergência de 6º. Segundo Shillingburg et al. 68 (1995), essa é a inclinação ideal para retenção e estabilidade das peças protéticas. Os troquéis diferiram apenas quanto ao término cervical, em chanfro largo e ombro arredondado, ambos biselados, baseado nos trabalhos de Hunter & Hunter 44-5 (1990) e Kashani et al. 48 (1981), que comprovam geometricamente a importância do bisel na diminuição das fendas marginais. Na Figura 1 são apresentados os desenhos esquemáticos dos troquéis, e suas respectivas dimensões. Os dois troquéis apresentam um entalhe na parte oclusal para permitir o exato reposicionamento dos copings para a mensuração em microscopia óptica. Em sua extremidade inferior há uma rosca interna que permite o

57 56 encaixe na haste vertical móvel do delineador, durante a moldagem, e na base que se encaixa no dispositivo de leitura. Logo abaixo da linha de término foram feitas 24 marcas a laser, para padronizar o local da leitura em todos os copings. 12,0 6,0 4,0 R= 0,4 B 21,0 R=1,0 15,0 2,0 4,0 A C FIGURA 1- Desenho esquemático do modelo padrão de aço inoxidável (A); detalhe do término cervical em ombro arredondado (B) e chanfro largo (C) (medidas em mm).

58 57 C O FIGURA 2- Troqueis metálicos: (C) chanfro largo biselado e (O) ombro arredondado biselado 4.2 Reprodução do troquel metálico Para padronizar o eixo de inserção e remoção do troquel metálico durante a moldagem, foi empregado um delineador tipo Ney especialmente preparado para este fim desenvolvido por Buso et al. 13 (2004), pois a inserção desorientada do padrão metálico poderia ocasionar alterações no molde e no resultado final da adaptação marginal (STEPHANO et al. 71, 1989). No centro da base porta-modelo do delineador há um dispositivo para fixar as moldeiras individuais sempre na mesma posição. Permitindo assim que o conjunto haste móvel e troquel metálico permanecessem centralizados na moldeira durante todas as moldagens (Figura 3). As moldeiras individuais perfuradas foram fabricadas com aço Vilares SAE 5115, com 25mm de altura e 38mm de diâmetro. A presença de uma mola entre a região superior do braço horizontal fixo e da haste vertical móvel do delineador agiu com um

59 58 stop, padronizando a profundidade do troquel no material de moldagem presente na moldeira. Foi utilizada a técnica corretiva da dupla moldagem (Mantovani et al. 53, 1990) com silicona de adição Elite H-D Putty Soft (Normal Setting) e Regular Setting (Normal Setting) (Zhermack S.p.A., Rovigo, Itália). As proporções de a manipulação do material de moldagem seguiram rigorosamente as recomendações do fabricante. Para a moldagem com o material pesado foi confeccionado a vácuo, um alívio com lâmina de acetato de 1,4mm de espessura, sobre os dois padrões metálicos. O material foi proporcionado utilizando-se as colheres de dosagem, misturados durante 30s até a obtenção de uma massa homogênea e isenta de estrias. Com a moldeira carregada com o material, posicionada no dispositivo e o padrão metálico rosqueado na haste móvel do delineador, foi efetuada a moldagem. O conjunto haste móvel/padrão metálico foi baixado até a profundidade determinada pelo stop, travando-se o parafuso da bainha. Após a presa da silicona pesada o parafuso foi liberado, a haste móvel suspendida e removido o alívio do troquel para realizar a moldagem com o material fluido.

60 59 FIGURA 3- Representação esquemática do delineador preparado para a padronização da moldagem (A= base porta modelo, B= dispositivo receptor da moldeira, C= moldeira individual, D= haste vertical móvel, E= braço horizontal fixo, F= mola, G= parafuso da bainha). Com o cartucho da silicona fluida adaptado na pistola proporcionadora foram dispensadas medidas iguais do material fluido numa placa de vidro e espatulados até a obtenção de um material homogêneo. Com o auxílio de uma espátula n 7 o material foi colocado no interior do molde inicial e uma pequena quantidade foi passada no troquel metálico, evitando-se a incorporação de bolhas na parte coronária do preparo. Todas as moldagens

61 60 foram realizadas no mesmo ambiente e nas mesmas condições e pelo mesmo operador. Após a presa do material, novamente suspendia-se a haste móvel com o troquel. Iniciou-se então a análise do molde final e quando verificada a existência de bolhas na região do preparo o molde era descartado e nova moldagem foi realizada. Para cada tipo de preparo foram selecionados dez moldes, obtendo-se um total de vinte moldes. 4.3 Obtenção do troquel de gesso O preenchimento dos moldes foi realizado logo após sua obtenção utilizando gesso tipo IV (Elite Rock Thixotropic Zhermack SpA Rovigo, Itália). Foi utilizada a proporção de 100g do pó, pesado em balança de precisão, para 20ml de água, medida em uma proveta graduada, seguindo a recomendação do fabricante. A incorporação do pó na água foi realizada manualmente seguida pela espatulação a vácuo (Whip Mix) por 60s. Com o auxílio de um vibrador, um gotejador e uma espátula n 7 os moldes foram preenchidos. Após sua separação, foram observados visualmente, sendo descartados os que apresentassem irregularidades, e realizados novos modelos. Os troquéis de gesso obtidos foram numerados de 1 a 10, antecedidos pelas letras O (ombro) e C (chanfro). 4.4 Aplicação do espaçador

62 61 Foram utilizadas duas camadas (aproximadamente 11µm cada) de espaçador de troquel (Die Space, Yeti, Suíça), 1mm aquém da margem (HOLMES et al. 42, 1996). 4.5 Aplicação lâmina de Sintercast Gold Um pedaço de papel alumínio foi adaptado ao redor do preparo e recortado deixando um ligeiro excesso além do término cervical para servir de molde. Em seguida esse molde foi removido, planificado e posicionado sobre a lâmina original de Sintercast Gold para que fosse recortada uma tira do material, evitando desperdícios (Figura 4). A B FIGURA 4- Aplicação da lâmina: a) Lâmina de Sintercast; b) porção recortada a partir do molde em papel alumínio A tira foi aplicada em torno do troquel de gesso, adaptando-a precisamente em toda a extensão, com o auxílio de instrumentos de ponta grande e arredondada e de uma espátula ligeiramente aquecida (Figura 5). Tomou-se o cuidado para que a tira não fosse esticada, evitando alterações de espessura na futura infra-estrutura. Um outro cuidado tomado foi deixar a união do material sempre para o mesmo lado, realizando uma união uniforme e sem defeitos, conseguido com a utilização da espátula pré-aquecida.

63 62 FIGURA 5 Adaptação da lâmina ao troquel. Os excessos foram recortados com um instrumento de corte aproximadamente 1mm abaixo da linha de término, tomando-se o cuidado de não causar danos na adaptação marginal (Figura 6). FIGURA 6- Coping esculpido

64 Revestimento e sinterização O revestimento RDM Nobil Metal foi preparado dispensando uma quantidade suficiente num gral de borracha e acrescentando acetona pura (Acetona P.A., Nuclear, Brasil) até a obtenção de um composto com consistência suficiente para que o material não escoasse. Em seguida esse composto foi colocado sobre o refratário do forno de cerâmica formando um suspiro de aproximadamente 2,5mm de diâmetro. O troquel de gesso foi emborcado e introduzido no revestimento até a inserção completa do coping modelado (Figura 7). FIGURA 7 Inclusão do coping no revestimento Após aproximadamente 5min o troquel de gesso foi separado do coping e removido para que fosse realizado o preenchimento da porção interna do coping com o mesmo material. Então, novamente, o revestimento foi preparado e inserido cuidadosamente na parte interna deste, então, sobre todo o revestimento até a formação de uma camada uniforme de 3-4mm de refratário. Aguardou-se a volatilização completa da acetona e o revestimento foi levado ao forno de cerâmica (Compact 100, Ugin, França) a uma

65 64 temperatura inicial de 300 C. Após o fechamento do forno a temperatura foi elevada em 70 C/min até atingir 1030 C, permanecendo nessa temperatura por 4 minutos. Esse ciclo seguiu rigorosamente as recomendações do fabricante. Ao final da sinterização, aguardou-se o resfriamento do conjunto e a peça modelada foi removida cuidadosamente do revestimento utilizando água e um instrumento manual. As amostras que apresentaram mínimas imperfeições foram corrigidas com o acréscimo de pequenas porções de Sintercast Gold, com o auxílio de um instrumento aquecido. Nesse caso as amostras eram reincluídas em passavam novamente pelo ciclo de sinterização. Os copings sinterizados (Figura 8) foram recolocados nos respectivos troquéis de gesso iniciando-se o ajuste e acabamento com pontas montadas para polimento (Exa-Intrapol Branca Edenta AG Suiça) com velocidade de até 10000rpm. FIGURA 8 Coping após a sinterização Após o acabamento, as margens foram brunidas com um instrumento arredondado para promover o fechamento das margens.

66 Análise da adaptação dos copings A análise da adaptação marginal vertical foi realizada em 24 pontos da margem eqüidistantes e pré-determinados. Para que fossem analisados sempre os mesmos pontos, os dois padrões metálicos receberam 24 marcações a laser localizadas 1mm abaixo do término cervical. Os copings foram então posicionados no padrão metálico para a realização das mensurações (Figura 9). O padrão metálico mais o coping foi fixado numa base que era acoplada ao dispositivo desenvolvido por Pavanelli et al. 56 (2001) que possibilitava a aplicação de força constante no assentamento, durante todo o processo de mensuração. Com o coping posicionado no padrão metálico e fixado sobre a base, o êmbolo do dispositivo era baixado, e sob pressão digital eram travados os parafusos laterais, mantendo a posição de assentamento constante. Esse dispositivo era colocado sobre uma base de madeira que permitia a sua rotação para a realização da leitura nos diferentes pontos (Figura 10). A análise da discrepância marginal foi medida do ângulo cavosuperficial do padrão metálico até a margem do coping, com auxílio de um microscópio óptico ROY, com uma câmera acoplada que transmite a imagem a um monitor. Desta forma, a marcação a laser no padrão metálico foi adotada como referência, alinhando-a ao eixo X das coordenadas do monitor e medindo a distância entre o término e a margem do coping. Foram realizadas vinte e quatro leituras para cada amostra e obtida a média aritmética desta amostra. Este processo se repetiu para todos os corpos-de-prova, sendo no final realizada a média geral para cada grupo.

67 66 FIGURA 9 Base, padrão metálico e coping. A B FIGURA 10 Dispositivo de fixação do coping (A), posicionado na base de madeira (B).

68 Aplicação da cerâmica Após a primeira mensuração, os copings voltaram aos respectivos troquéis de gesso para que fosse iniciada a aplicação da cerâmica do Sistema Vintage Halo (Shofu). Inicialmente foi aplicada uma fina camada de opaco em pó misturado com líquido modelador em cada corpo-de-prova utilizando pincel nº 4 (Smile Line, Smile Line, Suíça). Esses foram levados ao forno (Compact 100, Ugin, França) seguindo o ciclo térmico recomendado pelo fabricante e apresentado no Quadro 1. Após o esfriamento das amostras, foi aplicada a primeira camada de porcelana de corpo utilizando o pincel n 8 (Smile Line, Smile Line, Suíça) com espessura de aproximadamente 1 mm em toda a superfície do coping com exceção da cinta metálica cervical que foi brunida. Essa etapa também seguiu o ciclo térmico recomendado pelo fabricante e apresentada no Quadro 1. Por último foi aplicada uma segunda camada de porcelana de corpo da mesma forma que a primeira e seguindo o ciclo de queima específico indicado pelo fabricante (Figura11). Quadro 1 Temperaturas e tempos do ciclo de queima da porcelana Préaquecimento Vácuo temp. de vácuo Incremento Temp. final Secagem (min) ( C) ( C/min) ( C) Queima do opaco 1ª queima do corpo 2ª queima do corpo Temp. final ( C) Tempo de espera (min) total total total

69 68 FIGURA 11- Coroa metalo-cerâmica 4.9 Análise da justeza de adaptação das coroas A análise da discrepância marginal nessa etapa foi realizada nos mesmos pontos utilizados anteriormente seguindo os mesmos passos da primeira leitura (Figura 12). FIGURA 12- Coroa adaptada ao troquel para realização da mensuração.

70 69 5 RESULTADOS Durante o processo de medições e cálculo das médias de desadaptação marginal obtivemos, antes da aplicação da cerâmica, um total de 480 medidas, sendo 240 para ombro arredondado biselado (OAB) e 240 para chanfro largo biselado (CLB). Após a aplicação da cerâmica as amostras foram mensuradas nos mesmos pontos, resultando com isso um total de 960 medidas (Apêndice). Essa quantidade de medições foi possível devido à existência de vinte corpos-de-prova que foram mensurados em 24 pontos pré-determinados. Desta forma, para cada coping foram obtidas 24 medidas, antes e após a aplicação da cerâmica, as quais foram submetidas à média aritmética resultando em dois valores pareados de desadaptação marginal para cada corpo-de-prova (Tabela 1). Tabela 1- Médias finais de discrepância marginal vertical referente às condições experimentais em cada troquel (em µm) Término cervical Chanfro largo biselado Ombro arredondado biselado Coping Sem cerâmica Com Cerâmica Sem cerâmica Com Cerâmica 1 7,63 8,17 57,25 58, ,88 20,63 3 8,50 7,17 3, ,63 2,96 0 3,38 5 3,83 6,46 106,21 100, ,88 43, , ,8 107, , ,17 5, Média Final 7,35 7,68 37,37 34,51

71 70 Como as médias aritméticas de um coping com valores igual a zero podem indicar uma limitação da técnica, pois não é possível medir uma eventual sobre-extensão do bordo do coping, e nessa ocasião ponto recebia medida igual a zero, para a realização da análise estatística esses valores foram removidos, resultando em: grupo OAB com seis amostras em cada etapa e o grupo CLB com cinco amostras em cada etapa. As médias das medições foram submetidas ao procedimento de Chauvenet utilizado como critério para rejeitar ou manter dados na amostra. Os valores limites para manutenção dos dados são fornecidos pelas seguintes equações: Y max = s.dr o + y/ Y min = y/ - s.dr o Onde: s = desvio-padrão da amostra y/ = média da amostra DR o = razão padrão obtida em função do número de amostras conforme a Tabela 2: Tabela 2- Razão padrão em função do número de amostras Número de amostras Razão padrão 4 1,54 5 1,65 6 1,72 Aplicado o procedimento, foram encontrados os seguintes valores (Tabela 3):

72 71 Tabela 3- Valores de Y max e Y min Grupo Y min Y max OAB-A 138,7-15,1 OAB-D 126,7-12,7 CLB-A 45,5-16,07 CLB-D 41,7-14,3 A partir dos resultados obtidos, foram excluídos os corpos de prova CC6 e CS6, e reaplicado o procedimento nos grupos CLB obtendo-se os seguintes resultados (Tabela 4): Tabela 4- Valores de Y max e Y min Grupo Y min Y max CLB-A 9,6 3,2 CLB-D 9,7 2,7 Com base nos valores da Tabela 4, os dados remanescentes foram considerados aceitáveis para aplicação dos métodos estatísticos. Principais parâmetros de centralização e dispersão estão apresentados na Tabela 5: Tabela 5- Parâmetros de centralização e dispersão Grupo Número de amostras Média Mediana Desvio padrão OAB-A 6 61,8 55,8 44,7 OAB-D 6 57,0 51,3 40,5 CLB-A 4 6,4 6,6 2,1 CLB-D 4 6,2 6,8 2,3 A avaliação da normalidade foi realizada para investigar o tipo de distribuição dos grupos em estudo. Quando a distribuição se apresenta Normal, as inferências são conduzidas através de testes paramétricos. Neste

73 72 trabalho foi utilizado o método de Anderson Darling, com as seguintes hipóteses: Ho: a distribuição é normal H1: a distribuição é não normal Os resultados encontrados, apresentados na Tabela 6, mostram que todos os grupos em estudo distribuem-se conforme uma Normal. Tabela 6 Resultados obtidos no teste de Anderson Darling Grupo p-value Teste de normalidade Normal Não-normal OAB-A 0,615 X OAB-D 0,525 X CLB-A 0,649 X CLB-D 0,273 X A comparação entre os grupos foi feita através do teste t para médias e os resultados são apresentados na Tabela 7 e nas figuras 13 e 14. O efeito do instante de medição (antes ou após a aplicação da cerâmica) foi avaliado através do teste t homocedástico pareado, e o efeito do método (ombro ou chanfro) foi medido através do teste t heterocedástico para amostras independentes. Tabela 7 Teste t Grupos comparados Teste executado p-value Diferença significante? sim não OAB-A x OAB-D 0,15 X t pareado DDD CLB-A x CLB-D 0,87 X OAB-A x CLB-A t independente 0,03 X OAB-D x CLB-D 0,03 X

74 73 Boxplots of OAB-A and CLB-A OAB-A CLB-A FIGURA 13- Box plot das diferenças no teste t entre os grupos OAB-A e CLB-A Boxplots of OAB-D and CLB-D OAB-D CLB-D Figura 14- Box plot das diferenças no teste t entre os grupos OAB-D e CLB-D

75 74 6 DISCUSSÃO 6.1 Motivo da pesquisa Quando uma coroa protética é colocada sobre um dente que apresenta o tecido gengival sadio, a manutenção dessa saúde gengival evidentemente depende da integridade marginal, contorno da coroa, higiene bucal e da resistência intrínseca do paciente às doenças periodontais (KOTH 49, 1982). Há um consenso na literatura de que ainda não existe no mercado nenhum sistema odontológico restaurador capaz de proporcionar restaurações com adaptação perfeita, livre de fendas (PALOMO & PEDEN 55, 1976; FIGUEIREDO et al ; ABBATE et al ; SORENSEN 69, 1989). Os cimentos odontológicos no meio bucal estão invariavelmente imersos em uma solução aquosa. Neste meio, a camada de cimento próxima à margem pode se dissolver, formando uma superfície rugosa, propícia à retenção de placa (ANUSAVICE 3, 2005) e à infiltração bacteriana. Sendo assim, muitas pesquisas são realizadas no intuito de obter materiais que apresentem menores níveis de desadaptação marginal propiciando melhor vedamento da interface dente/restauração, com diminuição da espessura de cimento odontológico exposta. O acúmulo de placa bacteriana é intensificado na presença de coroas mal adaptadas, predispondo à recorrência de cáries próximo ao término cervical (ABBATE, et al ). A técnica desenvolvida pela indústria italiana Nobil-Metal, e por nós utilizada na confecção dos copings visa à eliminação de algumas etapas laboratoriais, com isso reduzindo o tempo de elaboração e melhorando a adaptação marginal. Nessa técnica não há necessidade de realizar o

76 75 enceramento da infra-estrutura, inclusão em revestimento refratário, fundição e injeção da liga. O metal é aplicado diretamente sobre o troquel de gesso e levado ao forno para sinterização envolto pelo revestimento próprio do sistema, que é manipulado com acetona pura, não ocorrendo a reação água/pó. Os copings obtidos por essa técnica são compostos por 99,9% de ouro. O ouro comercialmente puro é o mais nobre dos metais empregados na odontologia, raramente sofrendo manchamento ou corrosão na cavidade bucal. Ele é inativo quimicamente, e não é afetado pelo ar, calor, umidade e pela maioria dos solventes. É o mais dúctil dos metais e também o mais maleável (ANUSAVICE 3, 2005). Esta característica facilita o brunimento das margens para a obtenção de uma adaptação clinicamente precisa. Diversos trabalhos relatam melhores valores de adaptação para copings confeccionados com ligas com alto teor de ouro (TETERUCK & MUNFORD 74, 1966; DUNCAN 24, 1982; ROGERS 62, 1980, HARRIS & WICKENS 38, 1994; LEONG et al. 52, 1994; PETTENÓ et al. 58, 2000; STOLL et al. 72, 2001). Rogers 63 (1980) destacou que os metais nobres apresentam superior adesão e melhoram a adaptação marginal e a integridade do tecido gengival. Kydd et al. 51 (1996) relataram que mesmo após vinte anos de permanência na boca coroas com infra-estrutura em ouro estavam em condições aceitáveis clinicamente. 6.2 Seleção do padrão Autores como Fusayama et al. 29 (1964), Chan et al. 18 (1989), Setz et al. 64 (1989) utilizam dentes naturais em seus estudos. Beschnidt & Strub 11

77 76 (1999) relatam que dentes naturais apresentam grande variação devido à idade, estrutura individual, tempo de armazenagem após extração, dificultando a padronização dos pilares e, por isso, vários autores têm empregado modelos metálicos ou em resina para medição da fidelidade marginal. (DUNCAN ; GAVELIS et al. 30, 1981; STEPHANO et al. 71, 1989; WILSON et al. 81, 1990). Neste estudo foram utilizados dois modelospadrão metálicos, em substituição a dentes naturais, sendo os ensaios realizados sobre os mesmos. Embora estes ensaios não dêem nem a informação real sobre a microestrutura do tecido duro do dente após preparo, nem a adaptação micro e químico-mecânica do agente cimentante à dentina, a literatura mostra inúmeros trabalhos com a utilização de dentes ou modelos-padrão artificiais (BASSETT 9, 1966; DUNCAN 24, 1980; WILSON et al , FIGUEIREDO et al. 28, 1998; PETENNÓ et al. 58, 2000; BUSO et al. 13, 2004; QUINTAS et al. 60, 2004) com algumas vantagens. Dentre elas, a fácil reprodução e obtenção, as poucas variáveis presentes e a possibilidade de reprodutibilidade caso necessária. Concordamos com Gavelis et al. 30 (1981) quando afirmam que, em estudos in vitro, falhas clínicas e parâmetros perturbadores não relacionados à técnica de confecção podem ser evitados ou reduzidos tanto quanto possível, e o uso de um único modelo-mestre em aço torna possível a confecção de todas amostras em uma mesma situação inicial. 6.3 Geometria do preparo A configuração do tipo de término cervical e a inclinação das paredes axiais foram estudadas por diversos autores (HUNTER & HUNTER 44-5, 1990; USHIWATA et al. 76, 2000; CHO et al. 19, 2002) com o

78 77 objetivo de verificar a sua influência no resultado final de assentamento das peças. Shillingburg et al. 68 (1995) recomendam 6 de conicidade entre paredes opostas do preparo. Entretanto, autores como Cho et al. 19 (2002), Ushiwata et al. 76 (2000) concordam que preparos com paredes axiais com maior grau de convergência apresentam melhores resultados de adaptação marginal. Goodacre et al. 34 (2001) sugeriram que o ângulo de convergência das paredes axiais deve promover adequada resistência ao deslocamento das restaurações, ao mesmo tempo em que seja passível de ser executado clinicamente. A inclinação de 6 empregada nesta metodologia fornece maior retenção à peça, apesar dessa não ser a inclinação comumente encontrada nos preparos clínicos (GOODACRE et al ). Seymour et al. 65 (1996) avaliaram as dimensões do ombro cervical e a angulação dos términos de dentes preparados por três dentistas para coroas totais metalo-cerâmicas. Os resultados da mensuração dos dentes preparados mostraram média de redução axial de 0,75mm, ficando esses abaixo do recomendado para coroas metalo-cerâmicas com infra-estrutura em liga nobre que gira em torno de 1,2 a 1,5mm. Gavelis et al. 30 (1981) associaram o desenho da margem com o assentamento e selamento das coroas. Os melhores resultados foram obtidos com os términos do tipo lâmina de faca e bisel paralelo à parede axial. Shillingburg et al. 68 (1995) preconizam o término cervical em chanfro para as restaurações metálicas pois acreditam que este tipo de término produz menos tensão; já para restaurações metalo-cerâmicas preconizam o término em bisel, que se caracteriza como uma forma modificada do ombro, uma vez que o degrau formado não apresenta um ângulo de 90, mas sim um ângulo obtuso.

79 78 Em nosso estudo, foram utilizados dois tipos de término cervical, o chanfro largo e o ombro arredondado, com 1mm de desgaste axial na margem; ambos com um bisel de 0,5mm com 45 de angulação. Gilboe & Thayler 33 (1980) relataram que o bisel cervical elimina a possibilidade de restarem porções de esmalte frágil ou sem suporte, estabiliza a estrutura dental formando um ângulo obtuso e resulta em uma restauração com término em ângulo agudo facilitando o brunimento do metal. Kashani et al. 48 (1981) recomenda preparos com términos biselados com ângulo de 45 e ressalta que esses não devem ser menores que 30. Esta recomendação prende-se ao fato de considerar que a angulação do bisel é o ângulo formado pela intersecção da linha terminal do bisel e o prolongamento da linha externa da porção não preparada do dente. Margens finas de fundições podem dificultar a confecção laboratorial. Durante a cimentação, as coroas metálicas com margens muito finas poderão sofrer alterações dimensionais. 6.4 Material e técnica de duplicação Durante o procedimento de moldagem, o uso de materiais com alta precisão fornece maior fidelidade do molde e modelo, como comprovaram Mantovani et al. 53 (1990) ao avaliarem a desadaptação cervical de coroas de ligas de ouro obtidas por diversos materiais de moldagem tais como mercaptana, silicona de condensação, poliéter e silicona de adição. Os copings confeccionados a partir de modelos obtidos de moldes de silicona de adição apresentaram melhores resultados de adaptação marginal, sendo esse o material utilizado nesse trabalho. Para eliminar distorções e evitar indução de tensões durante a remoção do troquel metálico, conforme Stephano et al. 71 (1989), foi utilizado um dispositivo desenvolvido por Buso et

80 79 al. 13 (2004), que permitiu a inserção e remoção do troquel metálico no molde sempre no mesmo eixo. 6.5 Material do modelo Eames 25 (1981) ressalta as diferenças existentes entre os vários tipos de gesso quanto à resistência à compressão, indicando preferencialmente a utilização de materiais com maiores valores de dureza. Sendo assim, nesse trabalho nos preocupamos em utilizar gesso tipo IV, especial para troquéis, tal como utilizou Castellani et al. 16 (1994), Pettenó et al. 58 (2000), Buso et al. 13 (2004). 6.6 Aplicação do espaçador A criação de um espaçamento entre as paredes axiais do preparo e do coping é mencionada por vários autores como essencial para a obtenção de menores valores de desajuste cervical vertical em coroas totais (FUSAYAMA et al. 29, 1964; EAMES 25, 1981; WANG et al. 77, 1992, BOTTINO 12, 1998; FIGUEIREDO et al ). Embora Gegauff & Rosenstiel 31 (1989) não tenham encontrado diferenças estatisticamente significantes no assentamento de coroas totais quando do emprego de zero a seis camadas de espaçadores de troqueis, Mantovani et al. 53 (1990) obtiveram melhores resultados de adaptação na utilização de espaçador de 40µm (9µm), seguido pelo espaçador de 30µm (18µm), sendo que sem espaçador os valores encontrados não são clinicamente aceitáveis (284µm). Esses resultados estão de acordo com os obtidos por Wang et al. 77 (1992) que obtiveram menores valores de desajuste cervical vertical na presença do espaçador.

81 80 Nesse trabalho utilizamos duas camadas de espaçador de troquel (aproximadamente 22µm) passadas nos modelos de gesso 1mm aquém do término do preparo, sendo esse procedimento similar ao realizado por Stephano, et al. 71 (1989), Holmes et al. 42 (1996), Buso et al. 13 (2004). 6.7 Comparação dos passos laboratoriais convencionais em relação à técnica empregada Na confecção de uma coroa existem diversos passos clínicos e laboratoriais que podem embutir mínimas distorções, a somatória dessas podem alterar de forma negativa e significantemente a adaptação marginal da restauração. A geometria do preparo (FUSAYAMA et al. 29, 1964, GAVELIS et al. 30, 1981), o material de moldagem (MANTOVANI et al. 53, 1990), o eixo de inserção e remoção do dente preparado na moldagem (STEPHANO et al. 71, 1989), as técnicas de acabamento (CAMPBELL et al. 15, 1995; SHAFAGH 66, 1986), o tipo de cimento (WHITE & KIPNIS 79, 1993; BELSER 10, 1985), a pressão e a duração do assentamento durante a cimentação (FUSAYAMA et al. 29, 1964, GEGAUFF & ROSENSTIEL 31, 1989) são alguns dos fatores responsáveis pela desadaptação da restauração final. No laboratório, o enceramento, inclusão, eliminação da cera, fundição da liga metálica, acabamento e polimento da infra-estrutura são etapas que também podem influenciar a adaptação da coroa protética. O sistema de confecção da infra-estrutura empregado nesse trabalho elimina importantes fases laboratoriais empregadas nas técnicas convencionais como o enceramento, a inclusão, a eliminação da cera e a fundição. A técnica de confecção de infra-estruturas por eletrodeposição de ouro sobre o troquel também visa eliminar passos laboratoriais, porém requer

82 81 aparelhagem especial e muito tempo (de 8 a 10h) para a deposição do metal (Buso et al. 13, 2004). Esse sistema tem como mais uma vantagem o fato de não haver sobras de materiais fundidos. Nas técnicas convencionais, as sobras de ligas nobres são rotineiramente refundidas, sendo que Ayad 7, em 2002, concluiu que a refundição das ligas pode alterar a composição e o desempenho clínico. 6.8 Infra-estrutura Apesar de atualmente existirem vários sistemas totalmente cerâmicos com alta resistência e indicações diversas, desde coroas anteriores, posteriores a pontes, inlays e onlays disponíveis no mercado, a adaptação marginal desses materiais deixam um pouco a desejar, quando comparadas aos sistemas com infra-estruturas metálicas (GREY et al. 36, 1993). Em relação à resistência à fratura, Ku et al. 50, (2002), obtiveram melhores resultados para coroas totais metalo-cerâmicas que para coroas totais confeccionadas com cerômeros. Embora seja possível confeccionar coroas com término em porcelana ou término metálico totalmente recoberto por porcelana, sem cinta metálica (ABBATE et al ; BELSER 10, 1985), muitos clínicos defendem uma pequena cinta metálica na face vestibular das restaurações para garantir uma melhor adaptação (CHAFEE et al ; HOLMES et al ). A coloração prateada da maior parte das ligas metálicas utilizadas em odontologia provocam um acinzentamento da margem cervical das coroas, tornando o trabalho antiestético (HOLMES et al ). A coloração amarela do material utilizado nesse trabalho minimiza as dificuldades

83 82 técnicas por não ter que mascarar a cor acinzentada do metal, garantindo uma importante vantagem estética ao trabalho final. A espessura reduzida de metal (0,3mm) também favorece a estética, uma vez que possibilita uma maior espessura do material de recobrimento estético. Essa redução da infra-estrutura, de acordo, com Anusavice et al. 4 (1986) não altera a distribuição de estresse induzido na coroa metalo-cerâmica. 6.9 Material de recobrimento estético Ocasionalmente um coping metálico bem adaptado pode perder a adaptação depois da aplicação da porcelana (SHILLINGBURG et al. 67, 1973; BAGBY 8, 1990; FAUCHER & NICHOLLS 27, 1980). Alguns autores acreditam que a mudança mais significante ocorre durante o ciclo de oxidação da liga (DEHOFF & ANUSAVICE 22, 1984; FAUCHER & NICHOLLS 27, 1980;). Devido ao fato de não existir uma teoria concreta que explique as incompatibilidades entre a interação metal-cerâmica, pesquisadores investigaram diversos métodos para mensurar a compatibilidades dos sistemas metalo-cerâmicos. Como exemplo: medição da distorção dos corpos de prova após a aplicação da porcelana, testes de resistência adesiva, testes de aderência da porcelana e diversos métodos de medição do estresse residual (DE HOFF & ANUSAVICE 22, 1984). DeHoff & Anusavice 22 (1984) fizeram uma análise através de elementos finitos para avaliar a influência do desenho do término cervical na distorção marginal de coroas metalo-cerâmicas causadas por diferenças de contração térmica entre o metal e a porcelana e concluíram que as distorções marginais dependem principalmente da combinação entre o metal e a porcelana e não do desenho do coping.

84 83 Nesse trabalho não foram encontradas diferenças de desadaptação marginal antes e após a aplicação da porcelana. Autores como Leong et al. 52 (1994), Buso et al. 14 (2004) também não se depararam com alterações na adaptação após a aplicação da cerâmica. Entretanto, nos trabalhos de Campbell et al. 15 (1995), Gemalmaz & Alkumuru 32 (1995), a fenda marginal aumentou significativamente após a aplicação da porcelana. Durante a seleção da porcelana, nos preocupamos em escolher um material com coeficiente de expansão térmica linear entre 13,8 e 15,2x10 6 x C -1 como preconizado pelo fabricante Método de mensuração Uma análise meticulosa da adaptação marginal entre uma coroa protética e o respectivo dente preparado é clinicamente muito trabalhosa, demandando extrema habilidade e sensibilidade do profissional. Essa análise é rotineiramente realizada com sonda exploradora ou exame radiográfico. Porém, fendas marginais menores que 50µm não são facilmente detectáveis pelos instrumentos clínicos (ANUSAVICE & CARROLL 4, 1987). Em 1966, Christensen 21 analisou, em microscópio, as fendas marginais de coroas consideradas clinicamente aceitáveis por dez experientes cirurgiões-dentistas e verificou a habilidade desses em analisar as margens acessíveis e inacessíveis com o uso de sonda exploradora. Observou uma grande dificuldade nessa análise uma vez que os profissionais rejeitaram desajustes menores que 26µm na superfície oclusal, porém consideraram clinicamente aceitáveis desajustes superiores a 119µm nas áreas subgengivais, havendo também grande variabilidade entre os observadores.

85 84 Na literatura são encontrados métodos variados para mensuração da desadaptação de coroas em pesquisas laboratoriais (GROTEN et al. 37, 1997, FIGUEIREDO et al. 28, 1998), havendo divergência de opiniões sobre o método que obtém os resultados mais próximos da realidade clínica. Trabalhos como os de Fusayama et al. 29 (1964), Sorensen 70 (1990), Campbell et al. 15 (1995) utilizam amostras incluídas em resina e seccionadas para a mensuração da fenda. Esse método, embora bastante utilizado, apresenta algumas desvantagens como: número reduzido de mensurações, impossibilidade de medições nas diferentes etapas de confecção da coroa e necessidade de tratamento da superfície, o que pode distorcer a amostra e alterar o resultado (SETZ et al. 64, 1989). Outra forma encontrada na literatura é mensuração circunferencial das amostras, ou suas réplicas, pela visualização direta sob microscopia óptica ou eletrônica de varredura (GEMALMAZ & ALKUMURU 32, 1995; GROTEN et al. 37, 1997). Setz et al. 64 (1989) caracterizaram como desvantagem do teste de mensuração circunferencial o baixo valor de magnificação comumente utilizados. Entretanto, nesse estudo utilizamos a mensuração por em microscópio óptico com aumento de 230 vezes, uma vez que Groten et al. 37 (1997) não obtiveram diferenças entre os resultados obtidos em microscópio eletrônico de varredura e microscópio óptico. Holmes 40, em 1989, ressalta a grande quantidade de definições para o termo adaptação, bem como a variedade de pontos de referência utilizados nos trabalhos. Essa variação dificulta a comparação pura dos resultados de um trabalho com os presentes na literatura, uma vez que não raramente as mensurações apresentam pontos de referência diferentes. Com isso é importante adotar um critério bem definido para não incluirmos erros de leitura, principalmente no que se refere ao que se propõe a medir. Para Holmes et al. 40 (1989), a distância do bordo da coroa ao ângulo cavosuperficial do preparo representa, exatamente, o tamanho da

86 85 fenda (letra c da Figura 15) e é por eles denominada: discrepância marginal absoluta. coping a b c d e Dente FIGURA 15- Desenho esquemático da interface coping/dente, sendo: a = desadaptação interna, b = desadaptação marginal, c = discrepância marginal absoluta, d = discrepância marginal vertical, e = discrepância marginal horizontal Em nosso trabalho optamos por utilizar a distância projetada no plano horizontal (d); isto porque a utilização do dispositivo de mensuração padronizou o longo eixo dos troqueis, garantindo seu correto e reprodutível posicionamento em relação a um plano tri-cartesiano ortogonal, naturalmente determinado pelo equipamento utilizado. Outro problema relatado é a irregularidade do bordo das coroas (HOLMES et al. 40, 1989). Em nosso trabalho verificamos que a não utilização de dentes naturais e conseqüente usinagem de um troquel metálico facilitava a focalização, garantindo confiabilidade na determinação do ponto inicial da mensuração (Figura 16). Desta forma, uma vez focalizado o ângulo cavosuperficial do troquel, movimentava-se o parafuso micrométrico da plataforma até visualização do ponto mais nítido do coping.

87 86 Padrão metálico Coping A B 100 µm FIGURA 16- Imagens obtidas no microscópio durante a mensuração da fenda: (A) adaptação marginal troquel/coping considerada ideal; (B) desadaptação marginal de 45µm entre coping e troquel Em 1990, Sorensen 70 procurou padronizar um método de mensuração de fendas marginais após cimentar coroas em dentes preparados, incluir em resina e seccionar o conjunto no sentido vestíbulolingual e mésio-distal. As discrepâncias verticais e horizontais foram mensuradas por três observadores, havendo uma variação de 9µm para a discrepância vertical e 10µm para a discrepância horizontal. Baseados nesse trabalho, realizamos a verificação da precisão do microscópio utilizado, no qual três observadores realizaram medições de quarenta discrepâncias marginais verticais com uma variância entre os observadores menor que 2µm, o que nos garantiu uma alta precisão do equipamento utilizado. Outro ponto de relevância se refere à cimentação dos copings. Em nossos estudos, assim como nos de Buso et al. 13 (2004), Hilgert et al. 39 (2003) os mesmos não foram cimentados. Alguns autores utilizam a cimentação dos copings ou coroas (HOLMES et al. 42, 1996; STOLL et al. 72, 2001) principalmente pelo fato de acreditarem que a desadaptação mais importante é aquela obtida no meio bucal, quando as coroas já estão cimentadas. Concordamos com Tinschert et al. 75 (2001), ao afirmarem que, se cimentarmos as coroas, perdemos a precisão de adaptação primária,

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