ECONOMIA E PRODUTIVIDADE COM MÁQUINAS DE GRANDE PORTE NA COLHEITA FLORESTAL

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1 ECONOMIA E PRODUTIVIDADE COM MÁQUINAS DE GRANDE PORTE NA COLHEITA FLORESTAL Antonio Joaquim de Oliveira Diretor Executivo XVI Seminário de Atualização em Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal Campinas, 12 de abril de 2011

2 Introdução Máquinas de grande porte: -Equipamentos de derrubada e processamento com potência de±300 hp; -Forwarders com capacidade maior que 18t.

3 Introdução Justificativas do seu uso: -Maior produtividade (m³/h) devido à sua maior potência; -Maior disponibilidade mecânica devido a sua maior robustez (purpose built); -Menor custo unitário de colheita (R$/m³) devido aos dois fatores acima citados.

4 Histórico de colheita na Duratex Implantação da mecanização a 1997 Colheita de florestas de 1ª rotação Harvesters 4x4 Forwarders de 10 e 12 toneladas

5 Histórico de colheita na Duratex Implantação da mecanização a 2001 Colheita de florestas de 2ª rotação Slingshot (máquina base de 167hp) Forwarders de 10 e 12 toneladas

6 Histórico de colheita na Duratex Máquinas florestais adaptadas 1996 a 2009 Colheita de florestas de 1ª rotação Harvester (escavadeira 20t) Forwarder de 12 e 18t

7 Histórico de colheita na Duratex Máquinas florestais adaptadas 2002 a 2009 Colheita de florestas de 2ª rotação Feller (escavadeira 20t) Processador (escavadeira 20t) Forwarder 18t

8 Histórico de colheita na Duratex Evolução dos rendimentos dos equipamentos de corte Rendiment to (m³cc/h) FB HV Proc Slingshot Anos

9 Histórico de colheita na Duratex Evolução dos rendimentos do baldeio Rendimento (m³cc/h) FW 10 t FW 12 t FW 18 t Anos

10 Histórico de colheita na Duratex Constatação -Após um período de vários anos de constante melhoria de produtividade e custo, a empresa constata que está atingindo os limites de produtividade dos seus equipamentos. -Havia necessidade de avaliar novos -Havia necessidade de avaliar novos equipamentos ou sistemas de colheita que permitissem a continuidade da melhoria de desempenho das operações de colheita.

11 Estudo de modificação colheita florestal Estudo -Foi considerada a modificação dos sistemas de colheita e a adoção de equipamentos de grande porte. -Foram realizados testes com vários modelos de equipamentos:

12 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes -Feller-bunchers de grande porte: - Tem produtividade potencial (m³cc/h) 60% superior às escavadeiras hidráulicas de 20t; - Devido a serem bem dimensionados e purpose built, espera-se disponibilidade mecânica de 5 a 10 pontos percentuais superior às escavadeiras adaptadas. -Custo unitário de produção (R$/m³cc) aproximadamente 30% inferior às escavadeiras de 20t.

13 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes -Processadores de feixes: -O uso de máquinas base de grande porte não era o suficiente para atingir a produtividade desejada, havia a necessidade do desenvolvimento de cabeçote processador de maior capacidade. -O Processador de grande porte deveria ter o mesmo potencial produtivo (m³cc/mês) que o Feller-buncher de grande porte.

14 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes Skidders: -Mostraram-se muito mais produtivos que os Forwarders de 18t. Porém, os Processadores de feixes da Duratex não mostraram-se adequados à operação nas grandes pilhas de árvores preparadas pelo Skidder -O sistema de colheita com arraste é quente, portanto menos flexível que o sistema usado pela Duratex, em que as quatro operações (derrubada, processamento, baldeio e carregamento) estão bem espaçadas umas das outras.

15 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes Forwarders de grande porte: -Não havia disponibilidade de Forwarders de capacidade maior que 18t no mercado brasileiro. Portanto optou-se por manter como equipamento padrão os FWs de 18t.

16 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes Harvesters de grande porte: -Sua adoção na colheita de árvores de 0,18 a 0,26 m³cc não traria significativos ganhos. Somente seriam vantajosos na colheita de árvores de grande volume. -O corte de eucalipto de primeira rotação com Harvester deveria ser gradativamente substituído pelo corte com Feller GP e Processador GP, devido a melhor performance desses equipamentos.

17 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes Harvesters montados em escavadeiras de 20t: -Deveriam ser mantidos na colheita de Pinus de pequeno volume individual (0,12 a 0,16 m³cc) existente em Agudos. -O corte de eucalipto de primeira rotação com Harvester deveria ser gradativamente substituído pelo corte com Feller GP e Processador GP, devido a melhor performance desses equipamentos.

18 Estudo de modificação colheita florestal Conclusões dos Testes ESTIMATIVAS DE DESEMPENHO DE MÁQUINAS GP Máquina de grande porte Rendimento (m³cc/h) Aumento de rendimento Custo unitário (R$/m³cc) Feller-buncher * 60% 2,03 Processador * 60% 2,04 * Colheita de eucalipto de primeira e segunda rotações.

19 Implantação das máquinas de grande porte Implantação -Iniciada novembro de 2009 com Feller-buncher de grande porte; -Foram implantados 3 Harvesters de grande porte para corte de Pinus de grande volume (0,7m³cc/árvore) Frota atual de máquinas de grande porte Unidade Florestal Fellerbuncher Processador Harvester Botucatu - SP Lençóis Paulista - SP Estrela do Sul - MG 1 1 3

20 Desempenho operacional Feller-buncher de grande porte -Rápida adaptação operadores; dos -Produtividades em 1ª e 2ª rotação próximo do previsto; -Disponibilidade mecânica um pouco abaixo do desejado, devido a falta de experiência dos mecânicos com o novo modelo de máquina.

21 Desempenho operacional Feller-buncher de grande porte Comparativo de desempenho Tipo de Fellerbuncher 1ª rotação Rendimento (m³cc/h) 2ª rotação Rendimento médio Disponibilidade mecânica Grande porte* % Escavadeira 20t** % * Valores médios da unidade de Botucatu em ** Valores médios da unidade de Botucatu em 2009.

22 Desempenho operacional Feller-buncher de grande porte O custo unitário de colheita para o 1º ano de operação foi muito baixo (máquinas em garantia). tos fixos Cust Custos variáveis Comparativo dos custos unitários de derrubada da unidade de Botucatu (R$/m³cc) Custos Máquinas de grande porte* Escavadeiras de 20t** Salários R$ 0,19 R$ 0,25 Encargos R$ 0,07 R$ 0,10 E.P.I./Benefícios R$ 0,07 R$ 0,09 Depreciação R$ 0,41 R$ 0,52 Adm. de operações R$ 0,07 R$ 0,13 Outros R$ 0,02 R$ 0,01 Combustíveis R$ 0,55 R$ 0,69 Lubrificantes R$ 0,04 R$ 0,06 Manutenção R$ 0,27 R$ 1,14 Oficina própria R$ 0,08 R$ 0,20 Transporte R$ 0,01 R$ 0,08 * dados do ano de 2010 ** dados do ano de 2009 Outros R$ 0,02 R$ 0,00 Custo total R$ 1,80 R$ 3,28

23 Desempenho operacional Processador de grande porte -Grande quantidade de intervenções nos cabeçotes nos primeiros meses de operação; -Disponibilidade mecânica inicial abaixo do desejado; -Produtividade média ao longo de 2010 próximo do esperado; -Potencial de aumento de produtividade com o aperfeiçoamento do cabeçote.

24 Desempenho operacional Processador de grande porte Comparativo de desempenho Tipo de Processador Rendimento (m³cc/h) Disponibilidade mecânica Grande porte* % Escavadeira 20t** 67 71% * Valores médios das unidades de Botucatu e Lençóis em * Valores médios das unidades de Botucatu e Lençóis em 2009.

25 Desempenho operacional Processador de grande porte Comparativo dos custos unitários de processamento nas unidades de Botucatu e Lençóis Paulista (R$/m³cc) Processador de grande porte * Processador em escavadeira ** Salários R$ 0,18 R$ 0,23 Encargos R$ 0,07 R$ 0,09 E.P.I./Benefícios R$ 0,06 R$ 0,07 Depreciação R$ 0,36 R$ 0,21 Adm. de operações R$ 0,08 R$ 0,15 Outros R$ 0,03 R$ 0,01 Combustíveis R$ 0,40 R$ 0,48 Lubrificantes R$ 0,09 R$ 0,12 Manutenção R$ 0,52 R$ 0,71 Oficina própria R$ 0,22 R$ 0,19 Transporte R$ 0,02 R$ 0,02 Outros R$ 0,00 R$ 0,00 Custo total R$ 2,03 R$ 2,28 Custos fixos Custos Custos variáveis - O custo médio do processamento em 2010 foi bastante impactado pelas intervenções nos cabeçotes processadores. * dados do ano de 2010 ** dados do ano de 2009

26 Desempenho operacional Harvester de grande porte - Rápida adaptação operadores; dos - Meta de produtividade (60m³cc/h) atingida já no segundo mês de operação.

27 Desempenho operacional Harvester de grande porte Desempenho dos Harvesters de grande porte em 2010 Rendimento (m³cc/h) Disponibilidade mecânica Custo unitário (R$/m³cc) 62 67% 3,93 - Antes da entrada dos Harvesters de grande porte em operação, a colheita do Pinus de grande volume era realizado por prestadores de serviço, com uso de escavadeiras hidráulicas convertidas em Harvester. A produtividade média variava de 35 a 40 m³cc/h.

28 Considerações finais Considerações finais As máquinas de grande porte são uma boa opção, desde que os critérios abaixo sejam atendidos: - As máquinas devem ter características adequadas as condições específicas de floresta, topografia, clima, etc; - A demanda de colheita de madeira deve ser compatível com a produtividade das máquinas; - Os operadores devem ter maturidade suficiente para conseguir extrair todo o potencial das máquinas; - A logística de manutenção deve ser eficiente, já que cada máquina parada representa uma grande perda de produção.