Estimulação precoce da linguagem em prematuros de baixo peso
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- Diogo Eugénio Azevedo Vilalobos
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1 Estimulação precoce da linguagem em prematuros de baixo peso Apresentação: Débora Prevideli Soldera (4º ano) Letícia da Costa Santos (2º ano) Orientação: Doutoranda Maria Gabriela Cavalheiro (fonoaudióloga) Convidada: Mestranda Débora Chiararia de Oliveira (psicóloga) Dia 29/08 às 13h00min Anfiteatro 1 Bloco Didático III
2 Fatores de risco Fatores de risco são aspectos biológicos, do comportamento individual ou do estilo de vida, exposição ambiental, características hereditárias ou congênitas associados a uma condição relacionada à saúde. Silva GMD, Couto MIV, Molini-Avejonas DR,2013
3 Hábitos orais deletérios Prematuridade Pós natal Peri natal Baixo peso ao nascimento Peri natal Pré natal Pré natal Antecedentes familiares Uso de drogas e álcool na gestação Pós natal Internações
4 A prematuridade e o peso ao nascer representam um fator de risco ao: Linguagem (Lamônica et al., 2010; Sansavini et al., 2011; Nogueira, Freitas, 2014; Páez-Pineda et al., 2014;Zerbeto et al.,2015; Iono et al., 2016; Ribeiro et al.,)2016 Cognitivo (Fernandes et. al, 2012; Zerbeto et al.,2015) Comportamental (Correia et. al, 2014) Crescimento físico (Rover et. al, 2015 Motor (Fernandes et. al 2012; Sampaio et. al, 2015)
5 Prematuridade A prematuridade é definida como o nascimento abaixo de 37 semanas de gestação. Pré-termo moderado 32 a 36 semanas de IG Pré termo acentuada 28 a 31 semanas de IG Pré- termo extremo IG < 28 semanas. OMS, 1961
6 Baixo peso > 2.500g Baixo peso >1.500 g Muito baixo peso > 1.000g Extremo baixo peso Zerbeto AB, Cortelo FM, Filho EB, 2015
7 Estudos têm indicado que quanto menor a IG e o PN, maiores são os riscos de alterações no desenvolvimento. Sensíveis a doenças Expostas a fatores iatrogênicos Isolamento da mãe Tempo prolongado na incubadora Efeito de medicamentos Ventilação mecânica e estresse Podem apresentar déficits neurológicos, sensoriais e linguísticos. Silva GMD, Couto MIV, Molini-Avejonas DR, 2013
8 O atraso da linguagem nessas crianças pode estar relacionado com: Lesões cerebrais relacionadas a complicações neonatais; Imaturidade do sistema nervoso central; Interação da criança com o ambiente e com as pessoas; 1/3 do crescimento cerebral ocorre entre a 6ª - 8ª semanas finais da gestação; Zerbeto AB, Cortelo FM, Filho EB, 2015.
9 A aquisição da linguagem no primeiro ano de vida também depende da maturação do Sistema Nervoso Central e não apenas da exposição à fala. O fator ambiental, sendo entendido como uma variável moderadora, interfere e modifica a relação entre risco biológico e desfechos do desenvolvimento infantil. Rechia IC, Oliveira LD, Crestani AH, Biaggio EPV, Souza APR, 2016
10 Idade de correção Para análises do bebê prematuro recomenda-se, para os dois primeiros anos de vida, que seja considerada a idade corrigida. Ex.: Bebê de 1 ano que nasceu com 32 semanas Cálculo 48 semanas 8 semanas = 40 semanas ( 10meses) Rechia IC, Oliveira LD, Crestani AH, Biaggio EPV, Souza APR, 2016.
11 Menor complexidade da linguagem Atraso da aquisição da linguagem Dificuldades no processamento fonológico Menor extensão do vocabulário Habilidades afetadas Dificuldade na memória de curto prazo A revisão sugere que a linguagem expressiva tem sido mais afetada do que a linguagem receptiva nas crianças prematuras. Zerbeto AB, Cortelo FM, Filho EB, 2015
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13 Resegue, Puccini e Silva destacam que os avanços científicos apontam para a plasticidade do cérebro humano, que é mais acentuada nos primeiros anos de vida e suscetível à estimulação. Tais avanços reforçam a possibilidade de evolução de crianças com prognóstico de alterações no desenvolvimento que tem sido otimizada pelo diagnóstico e pela intervenção precoce. RODRIGUES OMPR; BOLSONI-SILVA AT., 2011
14 Intervenção Fonoaudiológica A aquisição da linguagem representa um dos mais importantes marcos do desenvolvimento infantil. Ainda que a linguagem verbal não seja a única modalidade de comunicação é extremamente importante para a aquisição de outros sistemas simbólicos e também para o desenvolvimento de habilidades de relacionamentos interpessoais. (Lamônica, D. A. C., 2008)
15 Intervenção Fonoaudiológica O desenvolvimento sócio-linguístico e da comunicação infantil depende, entre outros fatores, da qualidade da interação cuidadorcriança que deve, portanto, ser o alvo de estimulação para o adequado desenvolvimento da linguagem. (Lamônica, D. A. C., 2008)
16 Intervenção Fonoaudiológica O papel do fonoaudiólogo na intervenção em linguagem, em qualquer linha de trabalho interventina e de diagnóstico, envolve que este profissional tenha o conhecimento dos estágios de desenvolvimento normal da comunicação. Em se tratando de intervenção, mesmo que já se tenha finalizado o processo formal da avaliação, este ainda deve se manter contínuo no estabelecimento de prioridades durante todo o processo terapêutico (Lamônica, D. A. C., 2008)
17 Intervenção Fonoaudiológica A linguagem se desenvolve rapidamente apresentando mudanças expressivas ao longo dos primeiros anos de vida. Essas transformações são caracterizadas por momentos relevantes na aquisição que, para tal, envolvem aspectos linguísticos, cognitivos, orgânicos, perceptuais, afetivos e ambientais. Sendo assim, dar a oportunidade da criança vivenciar situações em que haja estimulação da visão, audição, tato e organização corporal do bebê, aumentará as possibilidades de desenvolvimento e estruturação geral da linguagem.
18 Estratégias de estimulação 1.Atenção compartilhada: quando o bebê olhar ou apontar para um brinquedo/objeto, leve a sua atenção para o mesmo e recrie uma situação que explore o seu interesse. Apoiar e motivar: responder com palavras positivas cada iniciativa de comunicação e desenvolvimento. 1.Nomear: nomear tudo o que a criança vê, sente, pega, faz e assim sucessivamente. 1.Interação e trocas de turno: dar e receber. Faça turnos e espere a resposta, dando o tempo necessário para que ela responda. 1.Pratique fins e começo: sequências que respeitem o tempo, como a leitura de histórias curtas.
19 Estratégias de Estimulação Use frases curtas, mas com palavras variadas e interessante para a criança. Evite os diminutivos. Conte histórias e fale todas as palavras como se ela compreendesse. Desse modo ela será respeitada e nesse momento saberá que tem a sua atenção para ela. Sempre que possível, converse na mesma altura que a criança. É importante manter os olhos no nível dos olhos da criança, para que a mesma não se sinta intimidada. Cante canções. A música é uma excelente forma de se comunicar.
20 Estratégias de Estimulação Faça gestos e incentive a imitação desses, sempre dizendo em voz alta o seu significado. Espere que a criança conclua o que estava dizendo, antes de mudar de assunto ou interrompê-la. Não imite as trocas da fala da criança. Repita sempre fornecendo o modelo correto. Dê oportunidades para a criança pedir o que deseja por meio da fala.
21 Aconselhamento Familiar Qual o papel da família no desenvolvimento da criança? Mestranda Débora Chiararia de Oliveira (psicóloga)
22 HORA DA OFICINA
23 5 Grupos 0-6 meses 6-12 meses meses meses Objetivo Brinquedo
24 Débora Chiararia de Oliveira Psicóloga Mestranda no Programa de Fonoaudiologia da FOB/USP
25 A gravidez gera várias mudanças no ambiente familiar. ROTINA A dinâmica familiar se reajusta e adapta para receber o bebê CORPO O corpo da mulher passa por alterações físicas e psíquicas. EXPECTATIVAS Há sentimentos positivos, que podem ser fantasiosos. Medo e a angústia também são frequentes. LUCAS, T. A. M. P. C. et al, 2009
26 Por isso é importante que o acolhimento aconteça desde a gestação.
27 O parto prematuro rompe o ciclo gestacional esperado Comprometendo o vínculo mãe-bebê. Invariavelmente há a internação do bebê na UTI Neonatal Principais sentimentos: medo, tristeza, frustração e incerteza. Ocasionando uma desestruturação familiar (FAVARO, M. S. F., PERES, R. S., SANTOS, M. A., 2012)
28 Diante desta situação, a equipe tem o importante papel de auxiliar as famílias nos seguintes aspectos: Adaptação á nova realidade; Fortalecimento do vínculo família-bebê; Inserção da família na rotina de cuidados do bebê; Colaboração para o desenvolvimento da maternidade/paternidade. (LUCAS, T. A. M P. C. et al., 2009)
29 P S I C Ó L O G O Intervir nas demandas emocionais da gestante; Auxiliar no luto do bebê imaginário e a lidar com a nova realidade; Facilitar a construção do vínculo família-bebê; Favorecer a comunicação família-equipe; Oferecer suporte psicológico á equipe.
30 Acolhimento e estimulação precoce: Uma família acolhida consegue encontrar recursos psíquicos para formar o vínculo saudável com o bebê. A sensibilidade familiar em perceber as necessidades do bebê é protetiva para o desenvolvimento da criança.
31 Desenvolvimento Psíquico Desenvolvimento Motor Desenvolvimento da Linguagem
32 O acolhimento ás famílias é fundamental pode auxiliar no desenvolvimento saudável e feliz para bebês prematuros.
33 OBRIGADA!!
34 Referências RODRIGUES AP, MARTINS EL, TROJAHN TC, PADOIN SMM, PAULA CC, TRONCO CS. Manutenção do aleitamento materno de recém-nascidos pré-termo: revisão integrativa da literatura, Rev. Eletr. Enf. [Internet] jan/mar;15(1): Disponível em: SILVA GMD, COUTO MIV, MOLINI-AVEJONAS DR. Identificação dos fatores de risco em crianças com alteração fonoaudiológica: estudo piloto, CoDAS 2013;25(5): ZERBETO AB, CORTELO FM, FILHO EB. Association between gestational age and birth weight on the languagedevelopment of Brazilian children: a systematic review. J Pediatr (Rio J). 2015;91: RECHIA IC, OLIVEIRA LD, CRESTANI AH, BIAGGIO EPV, SOUZA APR. Efeitos da prematuridade na aquisição da linguagem e na maturação auditiva: revisão sistemática,codas 2016;28(6): RODRIGUES OMPR; BOLSONI-SILVA AT. Efeitos da prematuridade sobre o desenvolvimento de lactentes. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. 2011; 21(1):
35 Referências BROCCHI BS, LEME MIS. A relação entre a interação mãe-criança no desenvolvimento da linguagem oral de recém-nascidos prematuros. ACR 2013;18 (4): LAMÔNICA, DIONÍSIA APARECIDA CUSIN. Estimulação da linguagem: aspectos teóricos e práticos. Dionísia Aparecida Cusin Lamônica. / São José dos Campos: Pulso, BALTAZAR, D. V. S.; GOMES, R. F. S.; CARDOSO, T. B. D. Atuação do psicólogo em unidade neonatal: construindo rotinas e protocolos para uma prática humanizada. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, jun Disponível em: < Acesso em: 25 ago FAVARO, M. S. F.; PERES, S. R.; SANTOS, A. S. Avaliação do impacto da prematuridade na saúde mental de puérperas. PsioUSF, Itatiba, v. 17, n. 3, p , set/dez Disponível em: < Acesso em: 25 ago. 2017
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