Igreja Cristã Maranata. Trabalho com Surdos. Orientações gerais. Trabalho de LIBRAS

Transcrição

1 Orientações gerais Trabalho de LIBRAS

2 Orientações quanto ao. Vimos, através desta, informar sobre a conduta básica para recepção dos nossos irmãos surdos e sobre procedimentos no tocante à introdução e à conduta de nossos intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) na Igreja Cristã Maranata. Com a chegada de Surdos em nossas Igrejas, é importante o esclarecimento aos responsáveis pelas igrejas quanto à função do Intérprete dentro do contexto do culto e em nossos Maanains, bem como quanto ao recebimento da pessoa surda no local de adoração ao Senhor. Tais esclarecimentos e orientações básicas serão relacionados neste documento, tendo em vista as experiências que temos vivenciado com este trabalho. Considerando que o trabalho de LIBRAS é relativamente novo dentro da Igreja Cristã Maranata, é interessante salientar alguns aspectos inerentes à Igreja Cristã Maranata que são importantes e específicos ao nosso meio e não se comparam aos trabalhos de LIBRAS feitos em outras esferas sejam de cunho religioso ou profissional. Portanto, começaremos aqui uma série de informações necessárias à conduta do recebimento, atenção e assistência à pessoa surda. O intérprete: O intérprete poderá ser um servo ou uma serva, inclusive jovem, desde que seja definido(a) e amadurecido(a), possua o terceiro período e tenha vida espiritual condizente com a responsabilidade assumida. Trata-se de um trabalho árduo, que requer servos experimentados e envolvidos com as atividades da Casa do Senhor. OBS.: Adolescentes não devem trabalhar em nossas igrejas na interpretação. Características do Intérprete: Ser batizado com o Espírito Santo. Ter bom testemunho dentro e fora da igreja.

3 Possuir no mínimo o terceiro período de seminário. Frequentar o Seminário, para seu próprio aperfeiçoamento. Ter consciência que nesta função, antes do conhecimento técnico, é primordial o conhecimento da palavra de Deus. Distinguir entre interpretação masculina e feminina. O varão intérprete deverá se preocupar com a vestimenta adequada, não fazendo uso de roupas esporte para a interpretação, sempre com a barba feita, cabelo cortado, alinhado como um obreiro na casa do Senhor. A orientação recomendada pela lei é que a vestimenta, a pele e o cabelo do intérprete devem ser contrastantes entre si e em relação ao fundo. Devem ser evitados fundo e vestimenta em tons próximos ao tom da pele do intérprete. Pessoas de pele clara devem usar roupas escuras e pessoas morenas e negras devem usar roupas de cores claras, devendo ter o cuidado com roupas transparentes. Porém, utilizamos de modo geral vestimenta de cor preta devido a uma orientação por meio de um dom que o Senhor concedeu à equipe. Não devem ser utilizados adornos que chamem a atenção do surdo. Brincos grandes ou com brilhos, colares, decotes, cordões, unhas pintadas com cores berrantes, bem como roupas com estampas e os cabelos soltos prejudicam a atenção e concentração dos surdos, pois eles ouvem com os olhos, logo, tudo que seja exagerado tira sua atenção, dificultando o seu entendimento. Por isso, é imprescindível que o intérprete se vista de forma discreta e com roupas que acentuem a visão de suas mãos e do rosto. O intérprete assim como qualquer outro membro que tenha função na igreja, tais como: professor, instrumentista, grupo de louvor etc., devem ser chamados para o trabalho através de dons espirituais e imposição de mãos do ministério. Para interpretar na igreja não basta apenas ser credenciado ou ter domínio da língua de Sinais, isto é secundário, mas, sim, uma vida consagrada na presença do Senhor, pois estará, através da língua, sendo um instrumento para levar a Obra ao surdo.

4 Interpretação no Maanaim: Os Maanains precisam ter equipe de LIBRAS, um grupo de servos e servas separados e preparados para interpretação dos seminários e eventos. Essa equipe será conduzida por um pastor responsável pela convocação dos trabalhadores, sem diferir em nada das demais equipes existentes dentro dos Maanains. OBS.: Quando o surdo descer às águas, ele necessitará de um intérprete. Mas para descer ao batistério deverá ser um varão intérprete (de preferência um Obreiro); se não houver esse varão, a serva intérprete deverá se posicionar da parte de fora do batistério o mais próximo possível para interpretação do batismo. O surdo: Assistência: É de suma importância que a Igreja seja conscientizada de que o Surdo faz parte do CORPO e que os mesmos cuidados destinados aos demais visitantes também devem ser comuns aos surdos. Por isto, a responsabilidade de acolhimento dos surdos em nossas igrejas é de todos (Corpo) e não somente do intérprete. Local apropriado para o surdo: Devido a sua língua ser Espaço-Visual, faz-se necessário o surdo sentar nos primeiros bancos, porém jamais à frente das crianças. A interpretação aos surdos: O intérprete deverá ficar em pé de frente para o surdo, se possível com dois metros de distância dos mesmos, pois a visualização da interpretação é como uma leitura e, quando, por exemplo, trazemos um livro para próximo dos nossos olhos, fica difícil a leitura. OBS.: Se houver mais de três bancos de surdos e os irmãos surdos acomodados nos bancos de trás estiverem com dificuldade

5 de ver a interpretação, o intérprete deverá ficar num plano mais alto, para que todos os surdos possam enxerga-lo mesmo sem qualquer empecilho. Ninguém deverá passar entre o surdo e o intérprete durante o período de interpretação, pois os sinais têm sentido de conexão uns com os outros e, se o surdo perde um sinal, ele perde todo o contexto daquilo que se está dizendo. Portanto, quando uma pessoa precisar passar para um lado oposto ao surdo, deverá fazê-lo dando a volta por trás do intérprete, que deve facilitar dando um passo a frente, retornando em seguida para sua posição. Cuidado com a vida espiritual dos surdos: Neste tocante é importante entender que da mesma forma que a Igreja precisa ser conscientizada de que o surdo é de responsabilidade do CORPO para cuidados e recebimento, também não cabe ao intérprete o cuidado com a vida espiritual do surdo, pois o intérprete não tem unção para tratar de assuntos que somente o ministério poderá fazer. Logo, o surdo precisa desde a sua chegada à igreja ser direcionado pelo intérprete ao ministério local, para que assim o Pastor tenha total acesso à ovelha. O trabalho com os surdos na Igreja: Quando o Trabalho estiver num estágio mais avançado na Igreja local, é de suma importância que os surdos tenham aulas sobre história bíblica e manuseio da palavra, pois, por sua deficiência (a audição) muitos surdos não possuem o conhecimento da bíblia. Por exemplo, uma criança ouvinte, mesmo que não cresça na presença do Senhor no decorrer de sua vida, irá por diversas vezes ouvir histórias da bíblia ou ver filmes relacionados aos seus acontecimentos. O surdo, porém, não tem esta oportunidade, pois para a maioria deles a língua só é adquirida quase na adolescência, sendo assim necessária a aplicação destas aulas, que se possível devem ser ministradas pelo pastor ou responsável designado para tal. Assim, ao receberem o ensino histórico da bíblia, os surdos terão mais facilidade para compreender os cultos quando as mensagens pregadas citarem fatos históricos, personagens bíblicos etc.

6 Introduções para o trabalho dos surdos na Igreja: Os surdos definidos e batizados poderão participar de todas as atividades da igreja como qualquer outro membro. O procedimento quando o surdo orar: O intérprete se posicionará de forma que o facilite ver o surdo orando; nesta hora, o intérprete passará a interpretar para a igreja em português. O procedimento quando o surdo entregar o louvor ou a palavra: Um intérprete sentará no primeiro banco da igreja junto aos surdos e ele terá um microfone para interpretar de LIBRAS para Português. No louvor, quando houver uma oração por parte da igreja, um segundo intérprete levantará para interpretar de português para LIBRAS. Quando a igreja estiver entoando o louvor, o intérprete sentado deixará de interpretar voz audível e irá interpretar em sinais e os demais surdos cantarão juntamente com o surdo que estiver no púlpito, dispensando o uso de um intérprete de sinais à frente. Na palavra, precisamos de um intérprete sentado no primeiro banco com microfone interpretando de LIBRAS para português. O procedimento quando um surdo for usado na casa do Senhor como Obreiro. No momento em que o surdo for orar na assistência à igreja e aos visitantes, ele precisará do auxílio de um intérprete varão, que pode ser tanto do meio da igreja quanto ser do grupo de intercessão. Ele precisará do auxílio do intérprete quando for orar na assistência à igreja e aos visitantes. É importante enfatizar que, assim como os demais membros, os surdos podem participar de todas as atividades da igreja, desde que na comunhão do corpo. De igual forma a todos os segmentos da igreja (Trabalho de Crianças, Adolescentes, Jovens, Servas...), não devemos trazer costumes da religião e

7 aplicá-los no trabalho com surdos, como por exemplo, interpretação de forma teatral, dança, interpretações masculinas que se assemelham às femininas e vice-versa, utilização de coral de surdos. Artifícios usados na religião ficarão por lá; na Obra, o Senhor tem mostrado um trabalho diferente, em que surdos e ouvintes são usados. Para entendermos melhor a integração de nossos irmãos em nossas igrejas, imaginemos que eles sejam como estrangeiros que necessitam do auxílio de um intérprete. Evangelização de Surdos: Evangelização junto à igreja: Nosso processo de sondagem se inicia em nossas igrejas, procurando saber se algum dos irmãos conhece um surdo. Identificando o surdo, o intérprete, com o auxílio de um obreiro, irá até a casa deste fazer o convite para assistir aos cultos. Evangelização em escolas de surdos: O intérprete local procurará, próximo da igreja, escolas que tenham surdos matriculados. Encontrando a escola, esse intérprete conversará com seu Pastor para que seja feita uma evangelização. Seu Pastor designará os irmãos que irão participar dessa Evangelização, lembrando que existe a possibilidade de se fazer um culto na própria escola e, para realização desse culto, há a necessidade do prévio contato com a direção escolar para a sondagem e liberação. Havendo a permissão, a igreja local se mobilizará em função desse culto evangelístico. É importante ressaltar que os cultos especiais para os surdos só devem ser realizados onde houver intérprete como membros para dar continuidade ao trabalho.

8 Evangelização feita pelos Surdos. Os surdos precisam ser conscientizados de que quando entendem o projeto de salvação e aceitam a Jesus como Salvador, passam a ter o privilégio e o dever de compartilhar com os demais surdos e com os ouvintes esse projeto de SALVAÇÃO. Obs.: Para estas evangelizações, imprima o convite abaixo acrescentando o endereço de sua igreja. Convidamos você e sua família para o CULTO ESPECIAL COM OS SURDOS Dia: / / à s :, na Igreja Cristã Maranata. Endereço: A Paz do Senhor! Coordenador responsável Pr Alexandre Damaceno