Ética e Intervenção socioeducativa: desafios de formação contínua Ethique et Intervention Socioeducative : défis de la formation continue

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ética e Intervenção socioeducativa: desafios de formação contínua Ethique et Intervention Socioeducative : défis de la formation continue"

Transcrição

1 Ética e Intervenção socioeducativa: desafios de formação contínua Ethique et Intervention Socioeducative : défis de la formation continue Isabel Baptista (Universidade Católica do Porto) Resumo Em consonância com as exigências de desenvolvimento humano próprias de uma sociedade que se deseja plenamente solidária, o campo da «acção socioeducativa» encontra-se hoje ocupado por uma pluralidade de actores profissionais, genericamente identificados como «técnicos de intervenção socioeducativa». Em que medida é possível falar a este respeito num ethos (carácter) identitário? Reconhecendo a densidade semântica do próprio termo «intervenção» e a natureza específica do desempenho da função pedagógica em contextos sociais muito complexos, sobretudo considerando as situações de vulnerabilidade, pobreza e exclusão que continuam a marcar tantas trajectórias existenciais, que saberes e que valores devem balizar estes novos espaços de «autoridade profissional»? Com estas interrogações em referência e propondo uma linha de reflexão ética apoiada no tríptico Hospitalidade, Responsabilidade e Bondade, a nossa comunicação pretende evidenciar o papel da ética na formação destes «agentes privilegiados de socialização e de condição humana», numa perspectiva de capacitação contínua para o diálogo reflexivo com os «problemas e os dilemas» emergentes da prática profissional. Résumé En conformité avec les exigences du développement humain propres à une société que l on souhaite totalement solidaire, le domaine de l «action socioéducative» est maintenant occupé par un grand nombre d acteurs professionnels, génériquement désignés par «techniciens d intervention socioéducative». A ce propos, dans quelle mesure peut-on parler d un ethos (caractère) identitaire? En reconnaissant la densité sémantique du propre mot «intervention» et la nature spécifique de la performance de la fonction pédagogique dans des contextes sociaux très complexes, en considérant notamment des situations de vulnérabilité, de pauvreté et d exclusion qui marquent autant de trajectoires de vie, quelles connaissances et quelles valeurs doivent caractériser ces nouveaux espaces d «autorité professionnelle»? Avec ces questions, et en proposant une ligne de réflexion éthique qui repose sur le triptyque Accueil, Responsabilité et Bonté, notre communication vise à mettre en évidence le rôle de l éthique dans la formation de ces «agents privilégiés de la socialisation et de la condition humaine», en vue d une formation continue pour un dialogue de réflexion avec les «problèmes et les dilemmes» émergents de la pratique professionnelle. Introdução Valorizando a educação em toda a sua amplitude socioantropológica, de acordo com as exigências de desenvolvimento humano assumidas pela «sociedade educativa» do século XXI, o presente texto procura evidenciar princípios de ética educacional e profissional congruentes com a especificidade da missão pedagógica em contexto escolar. 105

2 Sem ignorar as razões de fundamentação histórica e etimológica que convidam a uma aproximação, sustentamos uma distinção entre os termos «ética» e «moral», 1 identificando a Ética com a reflexão de tipo filosófico sobre os princípios que devem nortear a acção humana e a Moral com a consequente adopção de padrões de conduta. Na verdade, como sublinhou Paul Ricoeur (1990), uma não dispensa a outra. Ao qualificarmos uma atitude como «humana» ou uma acção como «boa», «justa» ou «virtuosa», estamos, de forma consciente ou não, a mobilizar concepções sobre o humano, sobre o bem, sobre a justiça ou a virtude. Ao mesmo tempo, para que possamos viver em função desses valores, perseguindo solidariamente o Bem no seio de instituições consideradas justas, é necessário que o optativo dê lugar ao imperativo. No caso concreto da vida profissional, este imperativo ganha expressão prática através da afirmação quotidiana de uma moral própria, de uma «deontologia». 2 Na nossa perspectiva, esta distinção conceptual assume particular pertinência quando temos em referência a actividade educativa, permitindo-nos evidenciar o carácter reflexivo da profissão docente e, em coerência, a impossibilidade da sua redução a lógicas de tipo meramente instrumental. Por um lado, reconhece-se que as questões de ética e deontologia profissional dos professores carecem de inscrição no campo mais vasto da ética educacional onde, em última análise, emerge o sentido de «ser escola» e de «ser educador-professor». Por outro, torna-se claro que reflectir sobre a responsabilidade ética dos professores implica ter em consideração uma pluralidade de domínios de acção e de decisão, num reenvio persistente para a pedagogia, enquanto saber matricial de referência de todos os educadores. Educação e valores de hospitalidade social A dimensão do «dever ser» é intrínseca à intencionalidade pedagógica fazendo com que toda a educação seja tributária de uma determinada concepção do mundo e do humano. Esta constatação apela, desde logo, para um dever de esclarecimento sobre a matriz axiológica privilegiada e que, no nosso caso, remete para um humanismo relacional vinculado ao primado ético da alteridade. Seguimos a este respeito a reflexão antropológica proposta por autores como Emmanuel Lévinas, Jacques Derrida e Alain Badiou, argumentando que a relação interpessoal constitui a experiência fundacional por excelência, uma experiência a muitos níveis inexprimível na linguagem comum e onde, de forma sempre surpreendente, desponta o encantamento pelas coisas do mundo, a fé nós mesmos, nos outros, na vida e no futuro. Recorrendo a palavras de um filósofo português, José Gil, diremos que «a subjectividade é a força de se auto-afectar. Mas esta força é induzida no sujeito a partir de fora» (Gil, 2009). Ao esquecerem isso, ao interessarem-se apenas por si mesmas, as subjectividades acabam por asfixiar a origem da sua respiração vital. Com efeito, quanto mais a consciência se abrir, se deixar interromper e afectar pela alteridade, mais encontra oportunidades de reforço da sua própria autonomia e identidade. Os seres 1 A palavra «ética» vem do grego (ethos) enquanto que a palavra «moral» é de origem latina (mos), mas uma e outra remetem para a ideia de costumes, para o modo de ser, de estar e de agir que caracteriza o comportamento dos indivíduos e dos grupos em conformidade com o capital axiológico adquirido ao longo da vida e as concepções de bem comum. 2 A palavra «deontologia» foi introduzida por Jeremy Bentham (Deontology or the Science of Morality, 1834), resultando da composição de dois termos gregos (logos e deonta) e servindo normalmente para designar o conjunto de deveres, de compromissos morais, assumidos por um grupo de pessoas no exercício de uma determinada actividade profissional 106

3 humanos realizam o seu dom de perfectibilidade acolhendo-se e interpelando-se mutuamente, quais hóspedes uns dos outros. O encontro intersubjectivo constitui o acontecimento ético por excelência. Aliás, neste sentido, é a Ética que, em si mesma, nos surge definida como «hospitalidade», conforme notou Derrida, ligando a própria noção de racionalidade ao acolhimento de ideias que excedem e desafiam, em permanência, o pensamento que as pensa. «A razão é acolhimento enquanto acolhimento da ideia de infinito e o acolhimento é racional» (1997). Mas se a Ética é, por definição, hospitalidade, nem toda a experiência dita de hospitalidade pode ser qualificada como ética. A hospitalidade aparece muitas vezes ao serviço de uma certa cosmética social, ajudando a mascarar atitudes de verdadeira indiferença moral. Noutros casos, ela serve de mero recurso estratégico no âmbito de abordagens relacionais de carácter calculista e vampírico. Deste modo, o outro é ignorado na sua condição de outro, sendo encarado como «meio» e não como fim em si mesmo. Estamos assim a trair a própria essência da Ética enquanto «escola de liberdade», como ensina a lição kantiana. Também por esse motivo, julgamos que importa tomar posição sobre os postulados de natureza antropológica que nos permitem falar em ética de hospitalidade social. Em termos gerais, a noção de hospitalidade que sobressai dos hábitos de vida em comum refere-se à disposição para receber o outro, dando o melhor de si mesmo. Trata-se de acolher o hóspede de modo a que este «possa fazer lei» no «nosso lugar», exactamente como «se estivesse em sua própria casa». Associada assim à experiência de acolhimento, a hospitalidade representa, desde logo, uma forma de relação interpessoal marcadamente ética. Henri Bergson designou, justamente, por «aprendizagem da abertura» esse modo de testemunhar ao outro, através da atitude e das palavras, a estima e consideração a que ele tem direito. Na sua perspectiva, os rituais de urbanidade e cortesia desempenham um papel fundamental na promoção da sociabilidade humana. A «delicadeza de maneiras» acrescenta à vida de todos os dias, onde se estabelecem relações de utilidade entre as pessoas, o charme subtil de uma obra de arte» (Bergson, 2008). E em educação, o poder desses «pequenos» gestos é particularmente significativo, como sabemos. Muitas vezes, um simples sorriso, uma palavra de louvor ou um gesto amável, podem fazer toda a diferença. Contudo, as formas de acolhimento correspondem apenas a um primeiro passo na direcção do outro. Numa perspectiva de aprendizagem recíproca, é preciso ir mais longe, evitando permanecer ao nível de uma teatralização cívica tantas vezes indolor, cómoda e cautelosa. Reconhecer a ligação entre ética e estética como consubstancial à educação enquanto prática antropológica pautada pela deferência em relação ao outro e pelo compromisso com a verdade, obriga a passar deste patamar de hospitalidade. A verdadeira hospitalidade pressupõe a «afecção do si mesmo», uma afecção geradora de atenção, cuidado e responsabilidade. É que algo acontece «dentro» daquele que acolhe quando a dádiva e a exposição são autênticas. Algo da ordem do imprevisível e do indefinível que, como tal, acarreta riscos. Abrir-se a outrem significa expor-se à experiência de vulnerabilidade. Mas não reside aqui, afinal, uma das marcas fundamentais da condição humana? Mais do que novidade, a presença de outrem representa a possibilidade de diálogo com outro sujeito de liberdade, justificando a acção como interacção. Lévinas leva ainda mais longe esta premissa do humanismo relacional, considerando que o sentido primordial do encontro intersubjectivo está para lá do acolhimento reflexivo da interpelação vinda do outro. Essa interpelação funciona, na verdade, como apelação. O «rosto» que nos «enfrenta» chama-nos para a esfera da responsabilidade, onde a inocência só é possível como ilusão de inocência. E, ao ser assim justificada, a responsabilidade excede-se a si mesma. É que o acréscimo de sentido gerado na relação de hospitalidade autêntica tende a despertar o subtil excesso da vontade, provocando o transbordamento bondoso. O termo «bondade» serve aqui 107

4 precisamente para designar esse inexplicável «sopro de Bem» que faz transbordar toda a obrigação moral, profissional ou cívica. Num mundo como o da nossa contemporaneidade, marcado pelo individualismo e pela descrença antropológica, onde os interesses próprios parecem ganhar sempre primazia, pode dizer-se que esta disposição bondosa constitui uma espécie de «contra-prova», permitindo-nos compreender a realidade a partir da diferença e não apenas partir de uma determinada diferença, a partir do «dois» e não apenas do «um» (Badiou, 2009). Permitindo-nos, enfim, apreender a práxis pedagógica para lá do paradigma da demonstração e da previsão (Meirieu, 2009), no reconhecimento de que a ideia de projecto é constitutiva da pedagogia, enquanto saber aberto ao «poder ser» do homem e, nessa condição, grávido de desejo de invisível e de esperança. Ética da hospitalidade e cultura escolar Acolhimento, responsabilidade e bondade, são estes, pois, os três valores que, em nosso entender, compõem o tríptico que sustenta uma ética educacional pensada como «ética da hospitalidade». Na verdade, valorizada como categoria antropológica, a ideia de hospitalidade é intrínseca tanto à Ética, como à própria Educação. À luz do ideal democrático consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), a educação constitui um direito humano básico, potenciador do acesso pleno a outros direitos, devendo, como tal, ser acessível a todos e ao longo de toda a vida. Neste contexto, a escola institui-se como um «lugar de hospitalidade social» por excelência, onde todos, sem excepção, devem ser acolhidos e respeitados na sua dignidade pessoal. Mas a verdade é que, em rigor, a ideia de «hospitalidade escolar» precede e excede a ideia que preside a esse ideal democrático. Como notou Eirick Prairat (1997), para a cultura escolar, a ideia de hospitalidade é muito mais do que uma simples ideia reguladora. Em rigor, ela constitui um postulado da própria razão pedagógica, funcionando nessa medida como pilar axiológico primordial. Contudo, importa aqui sublinhar que a escola não é, não pode ser, «uma instituição de acolhimento», de acordo com o sentido comum ligado às organizações que integram os sistemas de promoção e protecção social. A escola é um lugar educativo na medida em que funciona como «laboratório de alteridade», potenciando espaços e tempos de emancipação intelectual. Ela é lugar de acolhimento mas também de ruptura. Mas sem que tal faça da organização escola um simples «lugar de passagem». Enquanto instituição social, a escola confere estrutura e coesão a um determinado compromisso social em torno da responsabilidade educativa. A escola é um lugar onde se aprende a responsabilidade de ser herdeiro, acedendo a valores de cidadania intercultural e universal. Só assim é possível falar em hospitalidade educativa e/ou escolar. Remetendo para o que foi dito anteriormente, lembramos que o acolhimento representa apenas um primeiro patamar na aventura da sociabilidade. A hospitalidade autêntica implica acolhimento, mas também responsabilidade e bondade. Parafraseando Prairat (2005), diremos que o acolhimento escolar transforma a obrigação de instrução num convite ao aperfeiçoamento de si mesmo, invertendo desse modo a «necessidade» em «escolha». Para a escola, dizer algo como «entra, tens aqui um lugar», deverá ser o mesmo que dizer «entra, encontrarás aqui uma saída». O que, por sua vez, justifica que a hospitalidade escolar seja extensiva à realidade fora da escola, designadamente através de dinâmicas de aproximação às famílias e às comunidades locais. A promoção de patamares de hospitalidade entre a pedagogia escolar e a pedagogia social surge-nos neste sentido como um imperativo ético da escola contemporânea. Sobretudo atendendo às interpelações vindas do tempo actual, um tempo ensombrado por fenómenos de pobreza e exclusão social que, ameaçando as condições de vida de tantas pessoas e grupos humanos, põe em causa o futuro 108

5 da humanidade comum. Ora, por definição, a educação inscreve-se numa lógica de desafio da fatalidade, numa lógica de esperança activa e de futuro. Ethos profissional e dever de formação contínua Subordinados a um paradigma de responsabilidade relacional iluminado por valores de «ética da hospitalidade», os actuais desafios de profissionalidade docente convocam o exercício perseverante de uma sabedoria ética em todos os contextos de decisão e de acção. A reflexão em torno das questões de Ética e de Deontologia profissional não podem ficar apenas a cargo de especialistas, nem à mercê de uma qualquer imposição exterior. Podendo ser expressa em documentos de referência colectiva, em Cartas, Declarações ou códigos de conduta, a exigência ética constitui, antes de mais, um requisito interior à consciência dos próprios sujeitos de intervenção, neste caso aos educadores. Antes de mais, importa lembrar que as pessoas que trabalham em favor da educação de outras pessoas são também pessoas. E, como tal, são sujeitos de memória, de rosto e de perfectibilidade moral. Todavia, em termos profissionais, e citando Hannah Arendt (2007), «a questão que se põe nunca é a de saber se um individuo é bom, mas se é bom o seu comportamento para o mundo em que vive». Devemos, em boa medida, a esta autora a ideia de que a «salvação pessoal» é indissociável de uma «política do comportamento» sintonizada com o mundo em geral e com a comunidade de pertença em particular. As normas morais de comportamento não isentam do exercício da responsabilidade pessoal que, sendo individual, é também colectiva. «Este é o preço que pagamos pelo facto de vivermos as nossas vidas não apenas connosco, mas entre os nossos companheiros de humanidade, e pelo facto de acção, que bem vistas as coisas é a capacidade política por excelência, só poder tornar-se efectiva nalguma das multímodas formas de comunidade humana» (Arendt, 2007). Ora, ao abraçar a docência, o professor compromete-se pessoalmente com a promoção da educabilidade de cada aluno, valorizando-o na sua condição de sujeito de liberdade. Desse modo, a sua acção é balizada pelos valores assumidos numa determinada comunidade político-social sujeitando-se, por consequência, a princípios de ética educacional e institucional. Mas esse compromisso para com a educabilidade humana e social assinala igualmente a entrada numa comunidade profissional específica, detentora de saberes e regras próprias. Sendo certo que não é possível desligar a ética educacional da deontologia, a verdade é que uma não é redutível à outra. Além do mais, a partilha de valores éticoprofissionais constitui um precioso factor de unidade, coesão e afirmação de autoridade profissional. Contudo, essa partilha não se esgota no plano normativo, como foi dito. Ela precisa ganhar «corpo e alma» no quotidiano profissional, de modo a poder alimentar em continuidade o diálogo reflexivo com a realidade pedagógica. A formação contínua surge-nos assim como um terreno privilegiado para o apuramento de competências de reflexão e decisão ética, representando, simultaneamente, um direito e um dever profissional. Os educadores confrontam-se diariamente com problemas e dilemas de elevada complexidade humana. Lembrando, todavia, que não está aqui em causa apenas a preparação para lidar com situações excepcionais, para a gestão de crises ou conflitos que, eventualmente, possam interromper o quotidiano laboral, mas sim a necessidade de promoção de uma consciência profissional reflexiva e axiologicamente exigente. Tendo estas preocupações em referência e tentando sistematizar as linhas de reflexão que vêm sendo partilhadas, entre os traços mais marcantes dessa consciência profissional dos professores, elegemos a sua aptidão para: 109

6 a. Visar e equacionar o Bem, reconhecendo o dom de perfectibilidade e educabilidade de todas as pessoas; b. Funcionar como agentes de mudança positiva, aliando a confiança antropológica à intencionalidade pedagógica; c. Acolher o outro na sua condição de outro, em espírito de afecção intersubjectiva e/ou aprendizagem recíproca; d. Promover estratégias de contínua aproximação relacional sem perda de sentido responsabilidade e/ou autoridade pedagógica; e. Aspirar o máximo Bem na consciência de que nem todos os meios são legítimos para o conseguir; f. Perseverar no trabalho reflexivo, no exercício metodológico da dúvida enquanto abertura ao imprevisível e ao indecidível; g. Aceitar o negativo da educabilidade na consciência de que as dificuldades vividas no processo pedagógico não podem servir para justificar comportamentos de desistência, demissão ou negligência; h. Viver a surpresa do transbordamento da sua vontade, dando-se inteiro e em espírito de «bom senso». Em suma, os professores são «profissionais da condição humana», desempenhando uma influência decisiva na orientação de outros destinos. Um poder desta natureza requer ponderação, regulação e saber prudencial. Nessa medida, a par da formalização de padrões de conduta, importa promover dinâmicas de formação contínua, valorizando a força da experiência, reflectindo sobre o vivido, capitalizando memórias e, assim, erguendo padrões de excelência. Recordando ainda que, enquanto obrigação deontológica, a formação corresponde a um compromisso dos professores para consigo mesmos, para com os educandos e também para com os colegas. A experiência profissional só se converte em sabedoria quando é problematizada, reflectida e partilhada num contexto de relação entre pares os companheiros de humanidade que são também companheiros de profissão. Considerações finais Configurado por uma pluralidade de mandatos sociais, nem sempre claros ou convergentes, o quotidiano profissional dos educadores-professores tende a ser atravessado por interrogações, problemas e dilemas que, pela sua complexidade, reclamam, talvez mais do que nunca, dinâmicas de formação-acção potenciadoras de conhecimento cientifico e técnico, mas também ético. Tal como procurámos evidenciar, filosoficamente indexada a um universo de fundamentação antropológica que obriga a transcender e a justificar a Moral com todas as suas normas e convenções necessárias, a Ética corresponde ao espaço de mediação crítica entre as esferas do Bem e da justiça, permitindo assegurar, em permanência, um movimento pendular entre a universalidade das leis e a singularidade de cada situação e de cada rosto. Como tal, ela ocupa um lugar privilegiado no processo de desenvolvimento de autoridade reflexiva dos professores, permitindo evidenciar ponto de referência identitária e encontrar bússolas preciosas no quadro de uma sabedoria de acção consistente e atenta ao «poder de rosto» dos próprios profissionais. No que se refere à valorização do ethos profissional docente, o jogo entre utopia e realidade desenvolve-se neste quadro de procura exigente da verdade e de excelência ética e estética. 110

7 Bibliografia ARENDT, Hannah Responsabilidade e Juízo. Dom Quixote. Lisboa BADIOU, Alain Éloge de L amour. Flammarion. Paris BAPTISTA, Isabel Dar rosto ao futuro, a educação como compromisso ético. Profedições, Porto Capacidade ética e desejo metafísica uma interpelação à razão pedagógica. Edições Afrontamento, Porto. BAUMAN, Zygmunt Life in Fragments. Blackwell. Oxford. UK BERGSON, Henri La Politesse. PUF. Paris. CARVALHO, Adalberto & BAPTISTA, Isabel Educação Social, Fundamentos e Estratégias. Porto Editora CLERO, Jean-Pierre Qu est-ce que l autorité?, Vrin, Paris CORTINA, Adela Ética Aplicada e Democracia Radical. Tecnos. Madrid CUNHA, Pedro D Orey Ética e Educação. UCP. Lisboa DERRIDA, Jacques Adieu. Éditions Galillée. Paris GIL, José Portugal, Hoje, o medo de existir. Relógio D Água. Lisboa Em Busca da Identidade. Relógio D Água. Lisboa. LÉVINAS, Emmanuel Totalité et Infini. Kluwer Academic. Paris RICOEUR, Paul Soi-même comme un autre. Seuil. Paris MEIRIEU, Philipe Lettre à un Jeune professeur. ESF Editeur Frankenstein Pédagogue. ESF Editeur. PRAIRAT, Eirick De la Deontologie Enseignante. PUF. Paris 111

Ética e Desenvolvimento Profissional

Ética e Desenvolvimento Profissional Ética e Desenvolvimento Profissional Ethos profissional Padrões de desempenho Problemas e dilemas Desafios de formação e ação Isabel Baptista ibaptista@porto.ucp.pt Exigência de vida examinada e socializada.

Leia mais

A Construção da Identidade Profissional na Formação Inicial de Professores

A Construção da Identidade Profissional na Formação Inicial de Professores A Construção da Identidade Profissional na Formação Inicial de Professores Maria Augusta Vilalobos F. P. Nascimento FCTUC guy@mat.uc.pt www.mat.uc.pt/~guy FONTE: Nascimento, M. A. (2002) A Construção da

Leia mais

A Construção da Identidade Profissional na Formação Inicial de Professores

A Construção da Identidade Profissional na Formação Inicial de Professores A Construção da Identidade Profissional na Formação Inicial de Professores Maria Augusta Vilalobos F. P. Nascimento FCTUC guy@mat.uc.pt www.mat.uc.pt/~guy FONTE: Nascimento, M. A. (2002) A Construção da

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Ano Lectivo 2012/2013

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Ano Lectivo 2012/2013 Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Ano Lectivo 2012/2013 1. Unidade Orgânica Ciências Humanas e Sociais (1º Ciclo) 2. Curso Jazz e Música Moderna 3. Ciclo de Estudos 1º 4.

Leia mais

ÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1

ÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 ÉTICA E MORAL O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 Ética e Moral são indiferenciáveis No dia-a-dia quando falamos tanto usamos o termo ética ou moral, sem os distinguirmos. Também

Leia mais

A dimensão ética na formação de licenciados em enfermagem

A dimensão ética na formação de licenciados em enfermagem A dimensão ética na formação de licenciados em enfermagem La dimension éthique dans le cour de sciences infirmières Maria de Lourdes Oliveira (Instituto Politécnico de Lisboa) Resumo A complexidade do

Leia mais

Ética. Material de apoio do Professor Rodrigo Duguay, a partir de Anotações do Professor Felipe Pinho.

Ética. Material de apoio do Professor Rodrigo Duguay, a partir de Anotações do Professor Felipe Pinho. 1 Ética Material de apoio do Professor Rodrigo Duguay, a partir de Anotações do Professor Felipe Pinho. O que é a Ética? Como ramo da filosfia a ética tenta responder à pergunta: - Como viver? A partir

Leia mais

Adalberto Dias de Carvalho

Adalberto Dias de Carvalho Adalberto Dias de Carvalho Full Professor Integrated member Thematic Line: Modern & Contemporary Philosophy Research Group: Philosophy & Public Space Degois CV http://www.degois.pt/visualizador/curriculum.jsp?key=3658851245231887

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA Ano Lectivo 2010/2011

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA Ano Lectivo 2010/2011 Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA Ano Lectivo 2010/2011 1. Unidade Orgânica Ciências Humanas e Sociais (1º Ciclo) 2. Curso Psicologia 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular ÉTICA

Leia mais

ÉTICA E PRÁTICA EDUCATIVA, OUTRA VEZ. Cipriano Carlos luckesi 1

ÉTICA E PRÁTICA EDUCATIVA, OUTRA VEZ. Cipriano Carlos luckesi 1 ÉTICA E PRÁTICA EDUCATIVA, OUTRA VEZ Cipriano Carlos luckesi 1 Qual é um significativo fundamento para a conduta ética e o que isso tem a ver com a prática educativa? Lee Yarley, professor de Religião

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Ano Lectivo 2010/2011

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Ano Lectivo 2010/2011 Programa da Unidade Curricular ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Ano Lectivo 2010/2011 1. Unidade Orgânica Ciências Humanas e Sociais (1º Ciclo) 2. Curso Comunicação e Multimédia 3. Ciclo de Estudos 1º

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2014/2015

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2014/2015 Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2014/2015 1. Unidade Orgânica Direito (1º Ciclo) 2. Curso Direito 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular ÉTICA (02306) 5. Área Científica 6. Ano curricular

Leia mais

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE.

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. 1. Teorias que consideram que a sociedade é uma instância que se impõe aos indivíduos sendo estes produto dessa

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2013/2014

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2013/2014 Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2013/2014 1. Unidade Orgânica Direito (1º Ciclo) 2. Curso Direito 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular ÉTICA (02306) 5. Área Científica 6. Ano curricular

Leia mais

Referencial de Competências-Chave

Referencial de Competências-Chave Referencial de Competências-Chave Cidadania e Profissionalidade Sociedade, Tecnologia e Ciência Adulto em situações de vida Cultura, Língua, Comunicação Cidadania e Profissionalidade Constitui opção estratégica

Leia mais

Escola Secundária 2-3 de Clara de Resende COD COD

Escola Secundária 2-3 de Clara de Resende COD COD CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO (Aprovados em Conselho Pedagógico de 27 de outubro de 2015) No caso específico da disciplina de FILOSOFIA, do 10º ano de escolaridade, a avaliação incidirá ao nível do

Leia mais

Psicologia Educacional I. O Desenvolvimento Moral e a Educação moral e nas escolas

Psicologia Educacional I. O Desenvolvimento Moral e a Educação moral e nas escolas Psicologia Educacional I O Desenvolvimento Moral e a Educação moral e nas escolas Introdução O ser humano necessita de quadros de valores para definir os grupos sociais, as comunidades e a própria pria

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 03/04 PLANIFICAÇÃO ANUAL º CICLO EDUCAÇÃO MORAL RELIGIOSA CATÓLICA (EMRC)- 6ºANO Documento(s) Orientador(es): Programa de EMRC,aprovado pela Comissão

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa da Disciplina ENSINO SECUNDÁRIO UNIDADE I Iniciação à atividade

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2017/2018 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2017/2018 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2017/2018 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa da Disciplina ENSINO SECUNDÁRIO TEMAS/DOMÍNIOS CONTEÚDOS OBJETIVOS

Leia mais

À memória de minha mãe e de meu pai

À memória de minha mãe e de meu pai À memória de minha mãe e de meu pai iii AGRADECIMENTOS À Senhora Professora Doutora Maria da Graça Guilherme D Almeida Sardinha, minha supervisora, agradeço profundamente os seus preciosos conselhos, o

Leia mais

Capital Estatuário: ,00 Euros - NUIMPC CÓDIGO DE ÉTICA

Capital Estatuário: ,00 Euros - NUIMPC CÓDIGO DE ÉTICA CÓDIGO DE ÉTICA 1 Índice 1. Introdução... 3 2. Âmbito de aplicação... 3 3. Princípios de actuação da SPMS, EPE... 4 3.1. Legalidade... 4 3.2. Não discriminação, igualdade de tratamento e imparcialidade...

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2010/2011

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2010/2011 Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2010/2011 1. Unidade Orgânica Ciências da Economia e da Empresa (1º Ciclo) 2. Curso Informática 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular ÉTICA (26128)

Leia mais

Educar para a Cidadania Contributo da Geografia Escolar

Educar para a Cidadania Contributo da Geografia Escolar Iª JORNADAS IGOT DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA Educar para a Cidadania Contributo da Geografia Escolar Maria Helena Esteves 7 de Setembro de 2013 Apresentação O que é a Educação para a Cidadania Educação

Leia mais

Ana Cristina de Abreu Oliveira. Justiça e Ética no pensamento de Jacques Derrida

Ana Cristina de Abreu Oliveira. Justiça e Ética no pensamento de Jacques Derrida Ana Cristina de Abreu Oliveira Justiça e Ética no pensamento de Jacques Derrida Tese de Doutorado Tese de Doutorado apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor pelo Programa de

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2016/2017

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2016/2017 Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2016/2017 1. Unidade Orgânica Direito (1º Ciclo) 2. Curso Direito 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular ÉTICA (02306) 5. Área Científica 6. Ano curricular

Leia mais

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2017/2018

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2017/2018 Programa da Unidade Curricular ÉTICA Ano Lectivo 2017/2018 1. Unidade Orgânica Direito (1º Ciclo) 2. Curso Direito 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular ÉTICA (02306) 5. Área Científica 6. Ano curricular

Leia mais

Trabalho para CP_1 Cidadania e Profissionalidade dos formandos de IMSI_16 Raul Falcão Rui Fonseca José Bispo Tiago Fernandes DEMOCRACIA

Trabalho para CP_1 Cidadania e Profissionalidade dos formandos de IMSI_16 Raul Falcão Rui Fonseca José Bispo Tiago Fernandes DEMOCRACIA Trabalho para CP_1 Cidadania e Profissionalidade dos formandos de IMSI_16 Raul Falcão Rui Fonseca José Bispo Tiago Fernandes DEMOCRACIA O poder do povo partilhado entre o povo DEMOCRACIA O sistema político,

Leia mais

Ministério da Fazenda

Ministério da Fazenda Ministério da Fazenda Professor Valter Otaviano CARGO: ATA BANCA: ESAF QUESTÕES: CINCO Edital Concurso MF/ESAF 2014 Comentar sobre o edital Como iremos estudar? 20 aulas Conceitos básicos Exercícios provas

Leia mais

Índice. Nota de Apresentação. Preâmbulo. 1. Princípios fundamentais. 2. Compromissos Na relação com os alunos

Índice. Nota de Apresentação. Preâmbulo. 1. Princípios fundamentais. 2. Compromissos Na relação com os alunos membro da Índice Nota de Apresentação Preâmbulo 1. Princípios fundamentais 2. Compromissos 2.1. Na relação com os alunos 2.2. Na relação com os pares /profissão 2.3. Na relação com outros membros da comunidade

Leia mais

PARA UMA FUNDAMENTAÇÃO ANTROPOLÓGICA E ÉTICA DA EDUCAÇÃO: A ESCOLA COMO LUGAR DE HOSPITALIDADE

PARA UMA FUNDAMENTAÇÃO ANTROPOLÓGICA E ÉTICA DA EDUCAÇÃO: A ESCOLA COMO LUGAR DE HOSPITALIDADE PARA UMA FUNDAMENTAÇÃO ANTROPOLÓGICA E ÉTICA DA EDUCAÇÃO: A ESCOLA COMO LUGAR DE HOSPITALIDADE Isabel Baptista * Resumo O presente texto reflete sobre os fundamentos antropológicos e éticos da educação,

Leia mais

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 Índice 1. Ética Geral...3 1.1 Conceito de ética... 3 1.2 O conceito de ética e sua relação com a moral... 4 2 1. ÉTICA GERAL 1.1 CONCEITO DE ÉTICA Etimologicamente,

Leia mais

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE MACEIRA

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE MACEIRA ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE MACEIRA Critérios de Avaliação de EMRC 2009 / 2010 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS A base dos critérios de avaliação para o Segundo, Terceiro Ciclos do Ensino Básico e para o Ensino

Leia mais

Ética Prof. Vitor Maciel. iversidade Federal da Bahia

Ética Prof. Vitor Maciel. iversidade Federal da Bahia Ética Prof. Vitor Maciel iversidade Federal da Bahia A Ética responde à pergunta: - Como viver? O que é a Ética? A palavra ética vem do grego ethos, que significa, caráter do sujeito, maneira habitual

Leia mais

Ética. 1 Ética e Moral: Origem da palavra Ética: Grego: ETHOS (modo de ser, comportamento, caráter (hábito), morada, costume).

Ética. 1 Ética e Moral: Origem da palavra Ética: Grego: ETHOS (modo de ser, comportamento, caráter (hábito), morada, costume). 1 Ética e Moral: Ética Origem da palavra Ética: Grego: ETHOS (modo de ser, comportamento, caráter (hábito), morada, costume). Heidegger: morada do ser. 1 Ética e Moral: Ética Conceito de Ética: É a ciência

Leia mais

Pareceres CCISP e MCIES Análise comparativa

Pareceres CCISP e MCIES Análise comparativa CCISP PROCESSO DE BOLONHA Implementação do processo de Bolonha ao nível nacional, por área de conhecimento Área Científica de Formação de Professores Pareceres CCISP e MCIES Análise comparativa Grupo de

Leia mais

Competências gerais. Princípios e valores orientadores do currículo. Competências gerais

Competências gerais. Princípios e valores orientadores do currículo. Competências gerais Currículo Nacional do Ensino Básico Competências Essenciais Competências gerais Princípios e valores orientadores do currículo A clarificação das competências a alcançar no final da educação básica toma

Leia mais

Fórum da OIT Trabalho Digno para uma Globalização Justa

Fórum da OIT Trabalho Digno para uma Globalização Justa Fórum da OIT Trabalho Digno para uma Globalização Justa Abertura pelo Senhor Primeiro Ministro Lisboa, FIL (Junqueira), 31 de Outubro de 2007, 17H00 Senhor Director-Geral do BIT, Senhoras e Senhores, Saúdo

Leia mais

COLÓQUIO DO CLIMAF BERLIM - JANEIRO DE 2019 IDENTIDADE/ALTERIDADE CONCLUSÕES. (sob a forma de frases soltas,

COLÓQUIO DO CLIMAF BERLIM - JANEIRO DE 2019 IDENTIDADE/ALTERIDADE CONCLUSÕES. (sob a forma de frases soltas, COLÓQUIO DO CLIMAF BERLIM - JANEIRO DE 2019 IDENTIDADE/ALTERIDADE Mesa-redonda 1 CONCLUSÕES (sob a forma de frases soltas, debatidas e encontradas por cada grupo temático) Alteridade Procura entre desiguais

Leia mais

PARTICIPação DoS Cidadão s numa EUROPa Em CRISE. o método SPIRAL e o Plano de coesão social. para um acesso equitativo aos recursos

PARTICIPação DoS Cidadão s numa EUROPa Em CRISE. o método SPIRAL e o Plano de coesão social. para um acesso equitativo aos recursos Conseil de l Europe Council of Europe PARTICIPação DoS Cidadão s numa EUROPa Em CRISE. o método SPIRAL e o Plano de coesão social PARTICIPATION DES CITOYENS DANS UNE EUROPE EN CRISE: l accès aux ressources

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE PORTUGUÊS DO ENSINO BÁSICO. Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe

IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE PORTUGUÊS DO ENSINO BÁSICO. Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE PORTUGUÊS DO ENSINO BÁSICO Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe Sumário Introdução 2 PONTOS DE PARTIDA: Currículo Nacional do Ensino Básico publicado em 2001. O Programa

Leia mais

UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE

UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE As universidades são as mais antigas instituições em que se expressou um sentimento autonômico e de autogestão. Em rigor, são tão antigas que

Leia mais

com que seja possível, dia após dia, reconhecer que continuamos a ser a mesma pessoa e eu o mundo ainda é o nosso mundo.

com que seja possível, dia após dia, reconhecer que continuamos a ser a mesma pessoa e eu o mundo ainda é o nosso mundo. 1-Mostra como a dimensão social e cultural é determinante no processo de tornar-se humano. Para se tornar humano, este tem que passar por processos de aprendizagens de formas partilhadas e reconhecíveis

Leia mais

Prefácio Da Europa e da França - os passos suspensos

Prefácio Da Europa e da França - os passos suspensos Prefácio Prefácio Da Europa e da França - os passos suspensos O livro que agora vem a lume resultou da uma Dissertação de Mestrado que a autora realizou na Universidade de Aveiro e que acaba de ser distinguida

Leia mais

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOFISTAS Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos universalmente. A moral variaria

Leia mais

1. PRINCÍPIOS ORIENTADORES

1. PRINCÍPIOS ORIENTADORES 1 Índice PLANOS DE ESTUDO... 3 2. OBJETIVOS... 4 3.1. PLANO DE ESTUDO - EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR... 5 3.2. PLANO DE ESTUDO - 1º CICLO... 6 3.3. PLANO DE ESTUDO - 2º e 3º CICLOS... 8 4. DISCIPLINAS NÃO CURRICULARES...

Leia mais

pretenda ser suficientemente compreensiva da organização do todo social.

pretenda ser suficientemente compreensiva da organização do todo social. 1 1. Impõe-se começar por dar as boas-vindas a todos os convidados e participantes deste X Colóquio de Direito do Trabalho. Apesar das profundas obras que decorrem neste edifício, fizemos questão de manter

Leia mais

Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional,

Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, 1. Ética e Moral No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade,

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado

Leia mais

Av. Carlos Silva, n.º Oeiras

Av. Carlos Silva, n.º Oeiras Parecer da Federação Nacional de Mediação de Conflitos sobre a Portaria que visa regulamentar o procedimento de seleção de mediadores de conflitos habilitados para prestar serviços de mediação no âmbito

Leia mais

Dilema Moral, Comportamento Moral, Senso Moral e Consciência Moral Aula 3

Dilema Moral, Comportamento Moral, Senso Moral e Consciência Moral Aula 3 Dilema Moral, Comportamento Moral, Senso Moral e Consciência Moral Aula 3 ÉTICA E MORAL ÉTICA: a praxis da moral, a manifestação visível, através de comportamentos, hábitos, práticas, costumes de uma moral

Leia mais

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Introdução, Ética e Moral e Orientações Gerais. Prof. Denis França

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Introdução, Ética e Moral e Orientações Gerais. Prof. Denis França ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Introdução, Ética e Moral e Orientações Gerais Prof. Denis França Ética nos concursos públicos: Mais comum nas provas de alguns Tribunais, alguns órgãos do Poder Executivo

Leia mais

I. Iniciação à atividade filosófica Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar... 13

I. Iniciação à atividade filosófica Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar... 13 Índice 1. Competências essenciais do aluno... 4 2. Como estudar filosofia... 5 3. Como ler, analisar e explicar um texto filosófico... 7 4. Como preparar-se para um teste... 10 5. Como desenvolver um trabalho

Leia mais

Pela causa Pública. André Barata.

Pela causa Pública. André Barata. Pela causa Pública André Barata www.lusosofia.net Pela causa Pública Recensão André Barata Obra recenseada: Hannah ARENDT, A Condição Humana, Relógio d Água, Lisboa, 2001, pp. 406 Em Português e numa

Leia mais

Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao>

Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao> Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em 1. À funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; 2. À peculiaridade operatória (aspecto instrumental

Leia mais

O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NO CAMPUS AMAJARI - IFRR: PERCEPÇÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NO CAMPUS AMAJARI - IFRR: PERCEPÇÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NO CAMPUS AMAJARI - IFRR: PERCEPÇÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS Luana Firmino Lobo Licenciada em Pedagogia e Mestranda em Educação

Leia mais

O ESPAÇO NA PEDAGOGIA-EM- -PARTICIPAÇÃO

O ESPAÇO NA PEDAGOGIA-EM- -PARTICIPAÇÃO I O ESPAÇO NA PEDAGOGIA-EM- -PARTICIPAÇÃO Júlia Oliveira-Formosinho Filipa Freire de Andrade Introdução Espaço(s) em Participação Na Pedagogia -em-participação damos muita importância à organização do(s)

Leia mais

Projecto de lei n.º 943/XIII/3.ª. Exposição de motivos

Projecto de lei n.º 943/XIII/3.ª. Exposição de motivos Projecto de lei n.º 943/XIII/3.ª Acessibilidade efectiva para todos os estudantes com Necessidades Educativas Especiais no Ensino Superior Exposição de motivos Em Portugal, existe cerca de 1 milhão de

Leia mais

Desde longa data que a generalidade dos professores vem reclamando a falta

Desde longa data que a generalidade dos professores vem reclamando a falta 5. CONCLUSÃO Desde longa data que a generalidade dos professores vem reclamando a falta de adequação dos programas (iguais para todas as escolas e resultantes das decisões tomadas por alguns iluminados)

Leia mais

Avaliação Externa das Escolas

Avaliação Externa das Escolas INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO Avaliação Externa das Escolas 2006-2009 Seminário Avaliação e Boa Governação Modelos e Práticas Lisboa - 12 de Março de 2010 Avaliar as escolas razões e percursos (1) A descentralização

Leia mais

NÚCLEO GERADOR DOMÍNIOS CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA OBSERVADO NÚCLEO GERADOR DOMÍNIOS PROPOSTAS DE TRABALHO A DESENVOLVER PELO CANDIDATO OBSERVADO

NÚCLEO GERADOR DOMÍNIOS CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA OBSERVADO NÚCLEO GERADOR DOMÍNIOS PROPOSTAS DE TRABALHO A DESENVOLVER PELO CANDIDATO OBSERVADO GRUPO: ÁREA DE COMPETÊNCIAS-CHAVE CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE NÚCLEO GERADOR DOMÍNIOS CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA OBSERVADO DIREITOS E DEVERES Identificar situações de autonomia e responsabilidades partilhadas

Leia mais

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº 15-1999 181 CARTA DE TURISMO CULTURAL * ICOMOS, 1976 INTRODUCÇÃO 1. ICOMOS tem como objectivo promover os meios para salvaguardar e garantir a conservação, realce e apreciação

Leia mais

Discurso de S. EXA a PAR na abertura da Sessão Solene Comemorativa do 40º aniversário do 25 de Abril

Discurso de S. EXA a PAR na abertura da Sessão Solene Comemorativa do 40º aniversário do 25 de Abril Discurso de S. EXA a PAR na abertura da Sessão Solene Comemorativa do 40º aniversário do 25 de Abril Sr. Presidente da República Sr. Primeiro-Ministro e Senhores membros do Governo Sr. Presidente da Comissão

Leia mais

INVESTIGAR EM PEDAGOGIA SOCIAL: RAZÕES, OPORTUNIDADES E DESAFIOS

INVESTIGAR EM PEDAGOGIA SOCIAL: RAZÕES, OPORTUNIDADES E DESAFIOS INVESTIGAR EM PEDAGOGIA SOCIAL: RAZÕES, OPORTUNIDADES E DESAFIOS Isabel Baptista 1 Resumo Partindo do entendimento de que a forma como se produz conhecimento em determinada disciplina constitui parte integrante

Leia mais

Unidade de Recursos Humanos

Unidade de Recursos Humanos 2016 1 CODIGO DE ÉTICA E CONDUTA 2016 INTRODUÇÃO O presente tem como objectivo, não só estar em consonância com a alínea a) do ponto 3 da Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção de 7 de Novembro

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA UNESCO SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA UNESCO SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA UNESCO SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL A CONFERÊNCIA GERAL Comprometida com a plena realização dos direitos do homem e das liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal

Leia mais

ÉTICA PROFISSIONAL NA PSICOPEDAGOGIA DR. ANGELO BARBOSA

ÉTICA PROFISSIONAL NA PSICOPEDAGOGIA DR. ANGELO BARBOSA ÉTICA PROFISSIONAL NA PSICOPEDAGOGIA DR. ANGELO BARBOSA ÉTICA: Ética vem do grego ethos que significa modo de ser. É a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. A ética pode ser o estudo

Leia mais

O perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória

O perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória O perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória NOTA: Este documento, editável, pode ser modificado consoante as necessidades do utilizador e as características da audiência. 1 O Perfil dos Alunos

Leia mais

MOTIVAÇ O PARA ESTUDAR

MOTIVAÇ O PARA ESTUDAR 19-02-2016 Amélia SANTOS MOTIVAÇ O PARA ESTUDAR A desmotivação é um dos maiores desafios a eficácia do ensino/aprendizagem. O que esta na base da falta de motivação dos nossos estudantes? Que estratégias

Leia mais

IX CONVENÇÃO DAS DELEGAÇÕES

IX CONVENÇÃO DAS DELEGAÇÕES IX CONVENÇÃO DAS DELEGAÇÕES LOULÉ, 21, 22 E 23 DE NOVEMBRO DE 2014 AUTORES: JERÓMINO MARTINS, IVONE CORDEIRO E ISABEL DA SILVA MENDES ADVOGADOS NA COMARCA DE LISBOA TEMA 1: MAPA JUDICIÁRIO: DELEGAÇÕES,

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado à existência

Leia mais

Critérios de avaliação e de correção da ficha formativa

Critérios de avaliação e de correção da ficha formativa Ficha Formativa n. Período: Turma: linguísticas: Escreve de modo claro, articulado e coerente, utilizando um vocabulário com um grau de abstração apropriado. Interpreta corretamente os documentos apresentados

Leia mais

ética, deontologia e Avaliação do Desempenho

ética, deontologia e Avaliação do Desempenho ética, deontologia e Avaliação do Desempenho Docente Isabel Baptista Cadernos do CCAP 3 ética, deontologia e Avaliação do Desempenho Docente Isabel Baptista Ficha Técnica Título Ética, Deontologia e Avaliação

Leia mais

ANO LECTIVO 2008/2009 1º ANO. As Propostas de Formação

ANO LECTIVO 2008/2009 1º ANO. As Propostas de Formação PROFISSIONALIZAÇÃO EM SERVIÇO ANO LECTIVO 2008/2009 1º ANO As Propostas de Formação O projecto da ESE de Setúbal para o 1º ano da Profissionalização em Serviço tem em conta a legislação em vigor, que data

Leia mais

Resenha Especiaria n 19.indd 343 Especiaria n 19.indd 343 6/11/ :13:09 6/11/ :13:09

Resenha Especiaria n 19.indd 343 Especiaria n 19.indd 343 6/11/ :13:09 6/11/ :13:09 Resenha Especiaria n 19.indd 343 6/11/2009 08:13:09 RESENHA Sobre a liberdade da expressão Imaculada Kangussu E-mail: lkangassu@gmail.com Palavras-chave: Adorno. Expressão. Liberdade. Especiaria n 19.indd

Leia mais

Novidades. Livros Philosophy and Public Space Instituto de Filosofia / Universidade do Porto

Novidades. Livros Philosophy and Public Space Instituto de Filosofia / Universidade do Porto Livros Philosophy and Public Space Instituto de Filosofia / Universidade do Porto Novidades Autor: Paula Cristina Pereira ISBN: 978-972-36-1171-7 N.º págs.: 112 Autor: Joaquim Escola ISBN: 978-972-36-1144-1

Leia mais

Planificação Anual - Disciplina Filosofia 10º Ano /2018

Planificação Anual - Disciplina Filosofia 10º Ano /2018 Planificação Anual - Disciplina Filosofia 10º Ano - 2017/2018 OBJECTIVOS GERAIS DO PROGRAMA DE FILOSOFIA 10º ANO Domínio cognitivo - Apropriar-se progressivamente da especificidade da filosofia Reconhecer

Leia mais

Intervenção III Fórum Abrigo

Intervenção III Fórum Abrigo Intervenção III Fórum Abrigo Este Fórum Social da Associação Abrigo convida-nos a dissertar sobre o papel da sociedade civil no mundo actual. O tema parece-me aliciante, importante e decisivo numa sociedade

Leia mais

Declaração de Princípios - Declaração de Princípios - Partido Socialista

Declaração de Princípios - Declaração de Princípios - Partido Socialista 1. Partido Socialista é a organização política dos cidadãos portugueses e dos outros cidadãos residentes em Portugal que defendem inequivocamente a democracia e procuram no socialismo democrático a solução

Leia mais

Maria da Conceição Muniz Ribeiro

Maria da Conceição Muniz Ribeiro Maria da Conceição Muniz Ribeiro O cidadão é um ator na construção da sociedade, é uma pessoa revestida de plenos direitos civis, politicos e sociais, e a pessoa tem a obrigação de trabalhar pela proteção

Leia mais

Cidadania e a Dimensão Europeia na Educação Janeiro de 2010

Cidadania e a Dimensão Europeia na Educação Janeiro de 2010 Cidadania e a Dimensão Europeia na Educação Janeiro de 2010 Cidadania europeia: deveres Módulo VI 2 horas 1. Direito e Dever 2. Dever de Participação 3. Dever de Identidade 4. Dever de Defesa 5. Dever

Leia mais

Resumo e Reflexão do artigo: Descobrir o princípio alfabético, por Ana Cristina Silva

Resumo e Reflexão do artigo: Descobrir o princípio alfabético, por Ana Cristina Silva Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação Licenciatura em Educação Básica - 3º ano, turma B U.C.: Introdução à Didáctica do Português Docentes: Helena Camacho 2009/2010 Resumo e Reflexão

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA TERRA E AMBIENTE MISSÃO, VISÃO, OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA TERRA E AMBIENTE MISSÃO, VISÃO, OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS FACULDADE DE CIÊNCIAS DA TERRA E AMBIENTE MISSÃO, VISÃO, OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA MAPUTO 2016 FACULDADE DE CIÊNCIAS DA TERRA E AMBIENTE MISSÃO, VISÃO, OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS Documento

Leia mais

avaliação de Escolas: interpelando relações. Contributos da experiência vivida no ARQME

avaliação de Escolas: interpelando relações. Contributos da experiência vivida no ARQME IX Colóquio sobre Questões Curriculares / V Colóquio Luso-Brasileiro Debater o Currículo e seus Campos Políticas, Fundamentos e Práticas 21 de Junho de 2010 Currículo e Auto-avalia avaliação de Escolas:

Leia mais

AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS DIGITAIS: O MODELO PrACT

AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS DIGITAIS: O MODELO PrACT AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS DIGITAIS: O MODELO PrACT Isolina Oliveira LE@D, Universidade Aberta, Portugal Sumário Gerações da avaliação Avaliação como interação social complexa Avaliação alternativa digital

Leia mais

Ética e Organizações EAD 791. Prof. Wilson Amorim 25/Outubro/2017 FEA USP

Ética e Organizações EAD 791. Prof. Wilson Amorim 25/Outubro/2017 FEA USP Ética e Organizações EAD 791 Prof. 25/Outubro/2017 FEA USP Ética Aula 25/10/2017 Deontologia Referências Sobre Deontologia CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. Unidade 8 Cap. 6.

Leia mais

BIOÉTICA Reflexões a propósito, A. RAMON DE LA FERIA, Edições COSMOS, 2005: pp

BIOÉTICA Reflexões a propósito, A. RAMON DE LA FERIA, Edições COSMOS, 2005: pp SEPARATA de BIOÉTICA Reflexões a propósito, A. RAMON DE LA FERIA, Edições COSMOS, 2005: pp 113-123 A Verdade e o Consentimento Informado, Consequências da Relação Médico-Doente (in Módulo: Ética da Relação

Leia mais

Indíce de Livros (V) Titulo O FIO INVISIVEL AA VAZ, JULIO MACHADO Ed. Relógio d Água Editores

Indíce de Livros (V) Titulo O FIO INVISIVEL AA VAZ, JULIO MACHADO Ed. Relógio d Água Editores Indíce de Livros (V) Titulo O FIO INVISIVEL AA VAZ, JULIO MACHADO Ed. Relógio d Água Editores Prefacio Katharina, Mahler e os outros Um homem que valia uma sociedade Era uma vez na América De Budapeste

Leia mais

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO DISCIPLINA INSTITUCIONAL E OBRIGATÓRIA PARA MESTRANDOS E DOUTORANDOS Epistemologia: Ementa: Construção do conhecimento científico. Diferentes paradigmas de pesquisa em ciências sociais. Delineamento de

Leia mais

EDUCAÇÃO, MORTE E ESPERANÇA

EDUCAÇÃO, MORTE E ESPERANÇA EDUCAÇÃO, MORTE E ESPERANÇA EXIGÊNCIAS DE PEDAGOGIA ESCOLAR E SOCIAL Maria de Fátima da Silva Monteiro EDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E VENDAS SÍLABAS & DESAFIOS - UNIPESSOAL LDA. NIF: 510212891 www.silabas-e-desafios.pt

Leia mais

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL COOPERAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E GLOBALIZAÇÃO OS DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL COOPERAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E GLOBALIZAÇÃO OS DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO CONFERÊNCIA INTERNACIONAL COOPERAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E GLOBALIZAÇÃO OS DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO Conclusões Em 15 e 16 de Novembro de 2000 realizou-se na cidade de Maputo uma Conferência Internacional

Leia mais

Critérios de Avaliação Disciplina: Orquestra de Sopros 2º CICLO

Critérios de Avaliação Disciplina: Orquestra de Sopros 2º CICLO 2º CICLO DOMÍNIO DA CRITÉRIOS GERAIS PERFIL DO ALUNO: DESCRITORES GERAIS INSTRUMENTOS INDICADORES DE % Coordenação psico-motora. Sentido de pulsação/ritmo/harmonia/ fraseado. COGNITIVOS: APTIDÕES CAPACIDADES

Leia mais

12 PRINCÍPIOS PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO A NÍVEL LOCAL

12 PRINCÍPIOS PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO A NÍVEL LOCAL 12 PRINCÍPIOS PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO A NÍVEL LOCAL O CONHECIMENTO E A COMPREENSÃO DA SITUAÇÃO RELIGIOSA LOCAL 01 As autoridades locais são convidadas a tomar consciência do papel que a religião

Leia mais

A sociedade em crise e o Advogado ético: Utopia ou realidade?

A sociedade em crise e o Advogado ético: Utopia ou realidade? A sociedade em crise e o Advogado ético: Utopia ou realidade? Esta apresentação está voltada para a partilha de alguns conceitos sobre ética do advogado, que foram elencados sem grande sustentação científica,

Leia mais

- Desenvolver um ensino de qualidade, tendo por base o desenvolvimento global e harmonioso das crianças;

- Desenvolver um ensino de qualidade, tendo por base o desenvolvimento global e harmonioso das crianças; INSTITUTO D. FRANCISCO GOMES O RELÓGIO 1º Ciclo PROJETO EDUCATIVO OBJETIVOS - Desenvolver um ensino de qualidade, tendo por base o desenvolvimento global e harmonioso das crianças; - Oferecer uma aprendizagem

Leia mais