Cidadania e a Dimensão Europeia na Educação Janeiro de 2010
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- Benedita Carvalho Valente
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1 Cidadania e a Dimensão Europeia na Educação Janeiro de 2010
2 Cidadania europeia: deveres Módulo VI 2 horas 1. Direito e Dever 2. Dever de Participação 3. Dever de Identidade 4. Dever de Defesa 5. Dever de Partilhar 6. Dever Democrático
3 Direito e Dever A cada Direito corresponde um Dever A Lei, porém, salvaguarda essencialmente os Direitos. Explicação Histórica: Em permanente processo evolutivo, os Direitos pretendiam regular as relações sociais, opondo-se ao arbítrio. Situação Actual: Hoje, na União Europeia, após um longo período de paz e de bem-estar, a grande maioria dos cidadãos habituou-se a exigir sempre mais do Estado esquecendo-se, por vezes, dos seus deveres para com a colectividade. id d A concretização dos Deveres é um elemento decisivo para a criação de um sentimento de cidadania Défice de Deveres = Défice de Cidadania
4 Direito e Dever Os cidadãos da União gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres previstos no presente Tratado. Art.º17º nº 2 TCE A União Europeia através dos Tratados consagra direitos e deixa implícitos os deveres do cidadão europeu.
5 Direito e Dever Equilíbrio entre Individual e Colectivo Equilíbrio entre Direitos e Deveres Equilíbrio entre Direitos Individuais e Responsabilidades bld d Pessoais Os Deveres implicam o desenvolvimento do sentido da responsabilidade em relação a si mesmo e aos outros Conhecimento Equilíbrio Responsabilização Participação Cidadania
6 Reflexão Uma vez que os Tratados europeus não consagram explicitamente deveres para o cidadão, perante os direitos apresentados que deveres considera que o cidadão deverá interiorizar? Dever de contribuir para um desenvolvimento sustentável? tá Dever de comunicar em diferentes línguas? Dever de pagar impostos? Dever de Aprendizagem ao Longo da Vida? Outros deveres? e, enquanto Educadores?
7 Alguns deveres, embora importantes na esfera nacional, ganham uma nova dimensão ao nível comunitário
8 Dever de Participação A Cidadania envolve uma dupla dimensão representativa e participativa e exige dos cidadãos uma perspectiva mais completa do conceito de responsabilidade. Dimensão Participativa Individual - Intervenção dos cidadãos na vida pública mediante a livre expressão de opinião Associativa - Através da actuação de organizações não governamentais e instituições i da sociedade d civil il e do exercício da actividade partidária em regime democrático. Dimensão Representativa Vínculo entre governantes e governados no quadro da legitimidade nacional e europeia Uma participação responsável e eficaz dos cidadãos implica, da parte destes, o reconhecimento de outros deveres.
9 Dever de Identidade Ser cidadão da UE continuando a ser português As Identidades Nacionais são factores de enriquecimento do projecto da União Europeia. A Identidade Europeia não conhece limites territoriais. Pretende ser aberta e inclusiva. A Identidade Europeia deve, ao mesmo tempo ser particular, individual e específica, na sua realidade geográfica e histórica, e universal pelos valores que são os de todos os Homens.
10 Dever de Identidade A questão da multiculturalidade É necessário reconhecer que as nossas sociedades se tornaram multiculturais. O diálogo intercultural constitui um instrumento para adquirir conhecimentos e aptidões que permitam aos cidadãos compreender um ambiente mais aberto e mais complexo. É fundamental desenvolver uma cidadania europeia activa e aberta para o mundo, no respeito pela diversidade cultural e com base em valores comuns. Só assim é possível combater manifestações de nacionalismo extremo, o racismo e a xenofobia. Limites à Multiculturalidade: Não podemos legitimar situações ou acções contrárias à nossa ordem pública ou que coloquem em causa direitos humanos.
11 Dever de Defesa O dever de defesa advém do dever de querer continuar vivo, individual e colectivamente. É o dever de defender a nossa vida individual, d a da nossa família, a do nosso país e Continente. Será que, no passado, sem a ameaça da União Soviética no exterior e do comunismo no interior, as nações da Europa Ocidental teriam escolhido o caminho da União? Teriam os países aceite a entrada da Alemanha nessa União? Como lidar com as ameaças presentes e, sobretudo, como lidar com as ameaças cujos contornos nos são, ainda, pouco definidos?
12 Dever de Defesa Os novos desafios Reaparecimento da Rússia China (A modernização e desenvolvimento tecnológico da China aliado a 1,32 mil milhões* de habitantes poderá criar uma superpotência pelo menos igual aos E.U.A.) Fluxos emigratórios i do Norte de África Proliferação de armas de destruição maciça. Terrorismo. Face a este enquadramento, uma resposta nacional já não é suficiente. i Uma defesa eficaz exige a transferência de competências dos Estados para a União Europeia. Política Externa e de Segurança Comum Efectiva *OCDE, 2006.
13 Dever de Partilhar Aplicar na prática os valores europeus Respeito pelos direitos humanos Liberdade Respeito pelo Estado de Direito Democracia Dignidade humana Respeito pelos direitos das minorias Respeito pela igualdade O Cidadão Europeu deve ter em consideração os seus deveres, no contexto dos valores da UE.
14 Dever de Partilhar O dever de partilhar na U.E. compreende o dever de investimento e de assistência. Partilhar, acolher e integrar num clima de respeito pelas diferenças deve ser uma obrigação de todos os cidadãos europeus. Estabelecer laços que promovam os Países em Vias de Desenvolvimento, nomeadamente, apoiar o desenvolvimento do Continente Africano do Magreb à África Central. A Europa não se pode fechar sobre si mesma. Deve ser um espaço de abertura e acolhimento dos que apelam à nossa Solidariedade, apostando na Multiculturalidade.
15 Dever Democrático O dever democrático é um dever múltiplo: Dever de participar na vida cívica (votar e levar outros cidadãos a votar nas eleições quer no Estado-Membro, quer nas eleições europeias) Dever de agir no seio dos partidos e de outras estruturas voluntárias Dever de transmitir os valores reconhecidos e vividos às gerações seguintes Dever de melhorar as instituições democráticas e o seu funcionamento, a todos os níveis (da família à Comunidade) Dever de defender a Legalidade e a Democracia Dever de Ingerência e Assistência (no combate a todas as formas de discriminação na sociedade) O dever democrático é, antes de mais, um dever de empenhamento e militância que se dirige directamente ao cidadão na sua dupla qualidade de nacional de um Estado-Membro e de cidadão da União Europeia.
16 Dever Democrático A legitimidade democrática da UE O Défice Democrático - O conceito de défice democrático é, geralmente, invocado para fazer valer a ideia de que a União Europeia e as suas instâncias carecem de legitimidade democrática e que, devido à complexidade do seu funcionamento, parecem inacessíveis aos cidadãos. A Legitimidade democrática no sistema institucional - Os Tratados de Maastricht, de Amesterdão e de Nice iniciaram a incorporação do princípio da legitimidade democrática no sistema institucional, reforçando os poderes do Parlamento em matéria de nomeação e controlo da Comissão e ampliando, progressivamente, o âmbito de aplicação do procedimento de co-decisão (Parlamento Europeu e Conselho da UE). -O Tratado de Lisboa consagra um papel reforçado para o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais, mais oportunidades para que os cidadãos façam ouvir a sua voz e uma definição mais clara de quem faz o quê aos níveis europeu e nacional. Aproximar a Europa dos Cidadãos é uma construção contínua da UE
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