PLANO DE ENSINO Unidade: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) / EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL / UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA).

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1 PLANO DE ENSINO Unidade: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) / EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL / UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA). Curso: MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL ( ) ESPECIALIZAÇÃO ( x ) MESTRADO ( ) DOUTORADO Disciplina: Biologia e manejo de plantas daninhas Área de Concentração: Produção Animal CARGA HORÁRIA H/A TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CRÉDITOS DURAÇÃO DA DISCIPLINA 03 meses TURMA Docentes Responsáveis Antonio Pedro da Silva Souza Filho Titulação Pós-Doutor 1) EMENTA DA DISCIPLINA: Durante a realização do curso serão abordados os seguinte tópicos: Biologia reprodutiva; fitossociologia; métodos de controle; aparecimento de resistência; manejo de plantas resistentes; uso de micoerbicidas; alelopatia 2) OBJETIVOS DA DISCIPLINA: Geral: A disciplina se propõe a fornecer instrumentos básicos que permitam aos alunos tomar decisões acerca dos procedimentos de manejo e controle de plantas daninhas, em áreas de pastagens cultivadas estabelecidas em diferentes sistemas de exploração. Específicos: a. Especificar informações sobre a biologia e fitossociologia de plantas daninhas; b. Especificar informações sobre os métodos disponíveis de controle de plantas daninhas ( método químico; biológico; cultural) c. Caracterizar e apresentar os indicativos sobre plantas daninhas resistentes aos herbicidas d. Discutir as possibilidades do uso da alelopatia no controle de,plantas daninhas; e. Fornecer informações sobre o uso de micoerbicidas no controle de plantas daninhas.

2 3) JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA NO CURSO: As plantas daninhas se constituem no principal problema de ordem biológica e econômica a impor limitações ao desenvolvimento das atividades agrícolas e pecuária, notadamente nas áreas tropicais. Nas atividades agrícolas modernas, aí incluída a pecuária, onde o emprego de tecnologias apropriadas é fator decisivo para o sucesso ou fracasso da atividade, o manejo das plantas daninhas visando sua redução à níveis aceitáveis sob o ponto de vista econômico é fator de suma importância para o sucesso da atividade, especialmente em termos de rentabilidade. As plantas daninhas promovem perdas anuais da ordem de 13% na produção agrícola. Essas perdas estão restritas, unicamente, à redução da produtividade das culturas. Em áreas de pastagens cultivadas, essas perdas estão associadas tanto à redução na taxa de lotação, como também à presença de plantas tóxicas que matam os animais e outras. O controle dessas plantas pode atingir até 30% dos custo de mantença da propriedade. Paralelamente, as plantas daninhas podem ser apontadas como uma das principais razões para o abandono da área de pastagens cultivadas na Amazônia e conseqüente avanço da pecuária em áreas de florestas para abertura de outras fazendas, o que aumenta as insatisfações de ordem social. Adicionalmente, muitos dos métodos de manejo e controle de plantas daninhas têm implicações de ardem ambientais, notadamente o uso de herbicidas sintéticos, pela poluição dos recursos naturais, contaminação dos alimentos da dieta dos humanos e consequentemente da saúde e comprometimento da vida silvestre que promovem. Administrar essas questões de forma econômica e agronômica, sem comprometimento da qualidade dos recursos naturais, envolve o conhecimento de diferentes aspectos ligados a biologia e fisiologia das plantas daninhas como, também, a fatores ligados a cinética dos herbicidas no solo e manejo estratégicos que promovem grandes resultados a médio e longo prazo, sem que isso represente perda de eficiência no controle das plantas daninhas. A principal conseqüência da adoção de práticas adequadas de manejo de plantas daninhas é o aumento da rentabilidade da atividade, aumento do potencial de produção animal, melhoria das relações entre pecuária e interesse social (que na Amazônia assume papel de destaque), aumento da vida útil das áreas de pastagens e redução da abertura de novas áreas para formação de pastagens para exploração pecuária.

3 4) CONTEÚDO E PROGRAMA DA DISCIPLINA: 1. Conteúdo teórico Conceitos e definições de planta daninha; características botânicas, com ênfase aos gêneros e espécies; topos de plantas daninhas, terrestres, aquáticas, tóxicas e parasitas; biologia de plantas daninhas, com ênfase ao ciclo das plantas, métodos de reprodução, exigências ambientas (solo e clima); fitossociologia, com destaque para o padrão de distribuição, e similaridade; importância das plantas daninhas no aspecto econômico, social, ambiental e agronômico; métodos de controle de plantas daninhas, preventivo, mecânico, cultural, físico, químico, integrado e biológico; classificação dos herbicidas, quanto ao método de ação e seletividade; resistências das plantas daninhas aos herbicidas; legislação de uso de herbicidas; alelopatia como ferramenta de controle; uso de micoerbicidas. 2. Conteúdo prático Será desenvolvido via visitas a áreas de produtores de diferentes tipos de cultivos e de pastagens, preferencialmente nos Municípios de Castanhal e Terra alta. Será dada ênfase aos procedimentos utilizados pelos produtores e às espécies de plantas daninhas que ocorrem nessas áreas. Observações sobre os cuidados com o manuseio e aplicação dos produtos e armazenamento das embalagens, utilizados pelos produtores serão devidamente estudados. Módulo Conteúdo Docente 01 Prático A Pedro 02 Teórico A Pedro 5) METODOLOGIA DE TRABALHO DOS PROFESSORES NA DISCIPLINA: O conteúdo teórico será ministrado no Laboratório de Agroindústria da Embrapa Amazônia Oriental, com duração de 04 horas por aula. Adicionalmente serão atribuídas atividades complementares para os alunos como: apresentação de trabalhos científicos; apresentação de pelo menos um seminário temático, com assunto voltado aos objetivos da disciplina. O conteúdo prático envolverá visita às fazendas da Embrapa Amazônia oriental, localizadas na cidade de Belém, ocasião em que os alunos aprenderão a identificar plantas daninhas de grande importância às atividades pecuária. Na mesma ocasião será apresentado aspectos relacionados a fitossoabilidade das plantas, com destaque ao fator

4 agrupamento e padrão de distribuição. O sucesso dessas aulas vai depender de um veículo para deslocamento dos alunos e professor. 6) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA: A nota final será convertida em conceito, segundo a seguinte escala numérica: 9,0 a 10,0 EXC (excelente) 7,0 a 8,9 BOM (bom) 5,0 a 6,9 REG (regular) 0,0 a 4,9 INS (insuficiente) Será considerado aprovado o aluno que obtiver conceito REG, BOM ou EXC. Independentemente da NF obtida, será considerado reprovado o aluno que tiver 25% ou mais de faltas nas atividades programadas da disciplina. Os critérios de aprovação (conceito e faltas) seguem a resolução n o 3.359, do Conselho Superior de Ensino e Pesquisa da Universidade Federal do Pará, promulgada em 14 de julho de ) BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA: Livros: DEUBER, R. Ciência das plantas daninhas: fundamentos. Jaboticabal: FUNEP, p. LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. Nova Odessa: Plantarum, p. KISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. São Paulo: Basef Brasileira S.A p. LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantas daninhas: plantio direto e convencional. Nova Odessa, p. SOUZA FILHO, A.P.S. Alelopatia e as plantas. Belém: Embrapa p. SOUZA FILHO, A.P.S.; ALVES, S.M. Alelopatia: princípios básicos e aspectos gerais. Belém: Embrapa, p.. Anais, Periódicos e outras publicações: Periódicos Recomendados: Weed Science Weed Technology Weed Research Journal Range Management Advances in Agronomy Pesticide Science Crop Science Agronomy Journal Planta Daninha Pesquisa Agropecuária Brasileira Revista Brasileira de Herbicidas Informe Agropecuário Biológico Endereços Eletrônicos de Referência:

5 Nome e Instituição do Professor Responsável: Antonio Pedro da Silva Souza Filho (Embrapa Amazônia Oriental)