PRÁTICAS SOCIAIS, PROJETOS E PARTICIPAÇÃO
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- Cristiana Rodrigues da Rocha
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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO São João da Boa Vista Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento Sustentável PRÁTICAS SOCIAIS, PROJETOS E PARTICIPAÇÃO Prof. Luciel Henrique de Oliveira - luciel@fae.br
2 GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES SEM FINSLUCRATIVOS (Terceiro Setor) Material do curso disponível em Prof Luciel Henrique de Oliveira
3 3 O que é o Terceiro Setor?
4 TERCEIRO SETOR 4 ORGANIZAÇÕES PRIVADAS, CRIADAS DE FORMA VOLUNTÁRIA COM OBJETIVOS PÚBLICOS OU ASSOCIATIVOS E SEM FINS LUCRATIVOS.
5 Características do 3º Setor 5 1) Seus objetivos estatutários são de maneira geral de interesse público irrestrito, e quando não, de interesse associativo restrito aos seus associados; 2) São independentes do estado, ou seja, são organizações privadas com gestão própria; 3) Sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem nenhum excedente a nenhum de seus membros; 4) Institucionalizadas do ponto de vista legal de registro de uma organização; 5) Constituídas de forma voluntária por iniciativa de uma ou várias pessoas físicas e ou jurídicas.
6 Premissas do 3º Setor 6 Ser estatutariamente sem fins lucrativos, ou seja, não há distribuição de lucros, sobras, excedentes financeiros, superávits em final de exercícios fiscais em prol de nenhum membro da organização. Nascem sempre de forma voluntária e com recurso privado. Possuem missões estatutárias que lhes impõem objetivos com finalidades públicas ou associativas.
7 Origem das OTS 7 Atender a uma necessidade especial de seus familiares; Prevenção de doenças de fácil transmissão e/ou sem cura; Catástrofes ambientais; Acidentes pessoais; Defesa de direitos violados, minorias étnicas, discriminação de gênero e ou raça; Altruísmo de origem religiosa;
8 Origem das OTS 8 Valores pessoais de preservação e ou desenvolvimento de culturas geralmente minoritárias ou em extinção; Valores pessoais de preservação ambiental; Solidariedade com pessoas carentes (baixa renda); Atitude cívica participativa visando o bem comum; Preservação de patrimônios históricos e culturais; Proteção coletiva contra atos de violência urbana e até mesmo defesa de propriedade; Desenvolvimento e ou preservação de peças de artes, grupos de dança e folclóricos, orquestras filarmônicas e grupos de teatro; Busca do estabelecimento de uma Cidadania plena.
9 9 Primeira OTS do Brasil Santa Casa de Misericórdia de Santos criada em 1543 por Brás Cubas.
10 Categorias de OTS 10 Mais de instituições (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA Associação Brasileira de Organizações Não- Governamentais - ABONG Grupo de Institutos, Fundações e Empresas GIFE.
11 Categorias de OTS Serviço Notarial e Registral (Cartório); 2. Organização Social; 3. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP); 4. Outras Fundações Mantidas com Recursos Privados; 5. Serviço Social Autônomo; 6. Condomínio em Edifícios; 7. Unidade Executora (Programa Dinheiro Direto na Escola); 8. Comissão de Conciliação Prévia; 9. Entidade de Mediação e Arbitragem; 10. Partido Político; 11. Entidade Sindical; 12. Filial, no Brasil, de Fundação ou Associação Estrangeira; 13. Fundação ou Associação Domiciliada no Exterior; 14. Outras Formas de Associação.
12 Paradoxo das OTS 12 As organizações do Terceiro Setor (de caráter público) surgem para que exista o menor período de tempo possível. O seu sucesso determina o seu fim...
13 Peter Drucker 13 O setor social sem fins lucrativos é aquele em que a administração é mais necessária hoje em dia. É ali que a administração sistemática, baseada na teoria e guiada por princípios, pode render os maiores resultados em menos tempo. Bastam pensar nos enormes problemas com que o mundo se defronta: pobreza, saúde, educação, tensões internacionais, que as necessidades de soluções administradas se torna clara. Artigo publicado na Revista EXAME Peter F. Drucker (Fev./1999)
14 Impulsos para a profissionalização 14 das OTS A LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), Lei nº 8742/1993 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9.394, de /12/1996
15 Impulsos para a profissionalização 15 das OTS LOAS: dispõe sobre a organização da Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado. A assistência social tem por objetivo a proteção da família, maternidade, infância, adolescência e velhice, amparo às crianças e adolescentes carentes, habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
16 Impulsos para a profissionalização 16 das OTS A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9.394, de /12/1996 define e regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição. Foi citada pela primeira vez na Constituição de A primeira LDB foi criada em 1961, seguida por uma versão em 1971, que vigorou até a promulgação da mais recente em A atual LDB (Lei 9394/96) foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato. Baseada no princípio do direito universal à educação para todos, a LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores, como a inclusão da educação infantil (creches e pré-escolas) como primeira etapa da educação básica.
17 Legitimação das OTS 17. MORAL PERANTE OS INVESTIDORES SOCIAIS PERANTE A COMUNIDADE Representação dos beneficiários e suas causas junto á sociedade. Papel relevante para manutenção e alteração das políticas públicas.
18 18 Matriz de combinações entre agentes e suas finalidades AGENTE FINS SETOR Privados para Privados Mercado 2º setor Públicos para Públicos Estado 1º setor Privados para Públicos Terceiro Setor Públicos para Privados Falcatrua / corrupção Privados Para Privados Se a organização pertencer ao Terceiro Setor também será falcatrua / corrupção.
19 19 TIPOS DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR Esclarecendo conceitos: Sociedade Associação Instituto Fundação Entidade Personalidades jurídicas e setores 1º Setor 2º Setor 3º Setor Sociedade X X Associação X Fundação X X
20 TIPOS DE ORGANIZAÇÕES 20 Ref: Código Civil Brasileiro (Lei nº /02) SOCIEDADE: 2º setor Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
21 TIPOS DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 21 ASSOCIAÇÃO: 3º setor União de pessoas que se organizam para fins não econômicos. FUNDAÇÃO: 3º setor Patrimônio destinado a servir, sem intuito de lucro, a uma causa de interesse público determinada, que adquire personificação jurídica por iniciativa do seu(s) instituidor (es).
22 22 TITULAÇÕES PARA ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR: OSCIP e O.S. OSCIP - ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO: Esta nomenclatura se refere a um título e não a uma forma de personalidade jurídica. O.S. ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Não é uma forma de personalidade jurídica. É uma qualificação, um título, que a Administração Pública outorga a uma entidade privada, sem fins lucrativos, para que ela possa receber determinados benefícios do Poder Público (dotações orçamentárias, isenções fiscais etc.), para a realização de seus fins, que devem ser necessariamente de interesse da comunidade.
23 23 DIMENSÃO DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL
24 DIMENSÃO DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL 24 IBGE (2010) Brasil contava com organizações do Terceiro Setor (incluso as organizações religiosas) oficialmente cadastradas. Ao invés de chama-las de organizações do Terceiro Setor, o IBGE atualmente denomina-as de Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos (FASFIL), considerando ser um termo mais amplo e apropriado.
25 DIMENSÃO DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL 25 Número de unidades locais ativas no CEMPRE*, segundo o tipo de entidade - Brasil /2010. (*) CEMPRE: Cadastro Central de Empresas - IBGE
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27 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR Assistência Social; 2. Educação e Pesquisa; 3. Cultura e Recreação; 4. Saúde; 5. Habitação; 6. Desenvolvimento e Defesa de Direitos; 7. Organizações Religiosas; 8. Meio Ambiente e Proteção Animal; 9. Associações Patronais e Profissionais; 10. Outras / Diversas.
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29 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 29 Tabela 3: Distribuição das FASFIL por área de atuação. ÁREA DE ATUAÇÃO Quantidade % Habitação 292 0,1 Saúde ,1 Cultura e recreação ,7 Educação e pesquisa ,1 Assistência social ,5 Religião ,4 Associações patronais e profissionais ,5 Meio ambiente e proteção animal ,8 Desenvolvimento e defesa de direitos ,6 Outras instituições privadas sem fins lucrativos ,2 Total Fonte: IBGE - Estudo sobre as FASFIL, 2010.
30 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 30 Assistência Social ABRIGO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES LOAS Lei Orgânica de Assistência Social CMAS Conselho Municipal de Assistência Social ECA Estatuto da Criança e do Adolescente CMDCA Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente ABRIGO PARA IDOSOS LOAS, CMAS e CMI Conselho Municipal do Idoso ATENDIMENTO COMPLEMENTAR À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE LOAS, CMAS, ECA, CMDCA, CMI Enventualmente desenvolvem trabalhos de de L. A. Liberdade Assistida
31 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 31 Assistência Social CENTROS COMUNITÁRIOS LOAS, CMAS, ECA, CMDCA, CMI PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA LOAS, CMAS, ECA, CMDCA, CMI Conselho Municipal de Atenção a Pessoas Deficientes e Portadores de Necessidades Especiais - CMADENE REINSERÇÃO SOCIAL CMAS outros conselhos, de acordo com os serviços prestados
32 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 32 Educação e Pesquisa 1. Educação Infantil 2. Ensino Fundamental 3. Ensino Médio 4. Educação Superior 5. Estudos e Pesquisas 6. Educação Profissional 7. Demais formas de educação Registros e diretrizes legais: CMAS, SME Secretaria Municipal de Educação LDB Lei de Diretrizes e Bases. outros conselhos, de acordo com os serviços prestados
33 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 33 Cultura e Recreação Vasto leque de atuação Organizações que mais transitam entre as diversas camadas sócioeconômicas: A) surgem e são mantidas por grupos de pessoas de alto poder aquisitivo B) surgem no seio de comunidades carentes. As atividades desenvolvidas possuem sempre foco na preservação, curadoria e/ou disseminação de diversos tipos de artes, tais como, dança, teatro, cinema, pintura, fotografia, etc; modalidades esportivas, ou mesmo patrimônios e acervos culturais legados por indivíduos, empresas e comunidades.
34 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 34 Saúde HOSPITAIS PRIVADOS COM SERVIÇOS PÚBLICOS vinculadas ao SUS Sistema Único de Saúde Santas Casas de Misericórdia e outros hospitais privados SERVIÇOS DE SAÚDE SEM AÇÕES CLÍNICAS prevenção de doenças de fácil transmissão geralmente sem cura e/ou melhoria da qualidade de vida, aumento da sobrevida de pessoas portadoras de doenças que afetam a saúde física ou mental, buscando a reintegração familiar e social. Foco no atendimento a populações carentes. Para ambos: Diretrizes estabelecidas pelo CMAS Conselho Municipal de Assistência Social -, CMS - Conselho Municipal de Saúde -, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e outros órgãos da área.
35 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 35 Habitação focadas na questão de construção, viabilização e recuperação de obras civis destinadas à moradia, na maioria das vezes populares, mas também contemplando outras classes sociais. Exemplos:
36 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 36 Desenvolvimento e Defesa de Direitos 1. Associação de moradores 2. Associações comunitárias 3. Desenvolvimento Rural 4. Emprego e treinamento informal 5. Defesa de Direitos de Minorias 6. Outras / diversos tipos. Exemplos:
37 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 37 Religião Possui legislação específica: Lei , de 22/12/2003, que define as organizações religiosas e os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito privado, desobrigando-os de alterar seus estatutos no prazo previsto pelo art da Lei no , de 10 de janeiro de 2002 Novo Código Civil. Apesar de classificação do IBGE inclui-la nas FASFIL, o Direito brasileiro coloca as organizações religiosas em um segmento diferenciado, e prevê cinco modalidades de pessoas jurídicas: (1) associações, (2) fundações (3º Setor ou FASFIL), (3) sociedades (2º setor), (4) organizações religiosas e (5) partidos políticos.
38 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 38 Meio Ambiente e Proteção Animal São organizações cuja missão esteja focada na preservação, recuperação e proteção da fauna e flora. São expoentes em termos de marketing e divulgação de seus programas: locais ou globais. Suas ações no cotidiano muitas vezes se contrapõem as atividades econômicas ilegais em vários países pelo mundo afora. Exemplos:
39 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR 39 Associações Patronais e Profissionais Associações Empresariais Associações Profissionais Associações de Produtores Rurais Exemplos: Acic - Associação Comercial e Industrial de Campinas - Associação Médico-Espírita do Brasil - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - aiba.org.br
40 40 CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR Outras / Diversas condomínios residenciais, partidos políticos, sindicatos, cartórios Organizações do Sistema S : Senai, Senac, Senat, Sesi, Senar, etc. Exemplos: SENAR» Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Federação da Agricultura do Estado de MG Sindicato dos Bancários - Campinas e região Serviço Social do Comércio-SESC - SINDAC - Sindicato dos Administradores de Campinas Associação do Administradores da Região de Campinas AMOV - Associação de Condominios do Morro da Viúva AMAPI - Associação de Moradores e Amigos de Pedra de Itauna
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