Prof. André de Freitas Barbosa. Análise literária. José de Alencar ( ) IRACEMA (1865)

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1 Prof. André de Freitas Barbosa Análise literária IRACEMA (1865) José de Alencar ( )

2 IRACEMA: Lenda do Ceará Em Iracema, Alencar projetou uma alegoria do processo de colonização da América pelos europeus (o nome da heroína é um anagrama de América; o nome Martim remete a Marte, deus romano da guerra). O autor demonstra, a partir do título, um evidente trabalho de linguagem e um estilo que representam, para o leitor, a singeleza primitiva da língua bárbara, com termos e frases que pareçam naturais na boca do selvagem.

3 Foco narrativo: 3ª pessoa onisciente, às vezes com emocionadas intromissões pessoais; Tempo: aproximadamente o início do século XVII; Espaço: litoral cearense. Dados estruturais A narrativa tem 33 capítulos numerados, além de um prólogo explicativo. A linguagem de Alencar Uma das marcas registradas da obra alencariana é o sentimento nacional. O índio, que ele tanto idealizou e exaltou, é a personificação do nacionalismo. O estilo da obra revela-se retórico, sonoro e brilhante. As paisagens têm as cores de uma exuberante vegetação tropical. Linguisticamente, Alencar quis criar um estilo nacional, independente da matriz europeia, especialmente no que diz respeito ao vocabulário.

4 IRACEMA: galeria de personagens Iracema a virgem dos lábios de mel. Índia tabajara, é o elemento indígena da miscigenação com o europeu. Martim seu nome significa filho de guerreiro. Colonizador português, uniu-se a Jacaúna, chefe pitiguara, e recebeu o nome de Coatiabo guerreiro pintado. Araquém pai de Iracema, pajé da tribo tabajara, tinha o dom da sabedoria e da liderança. Andira irmão de Araquém. Era um velho herói, que já viu muitos combates na vida e nunca temeu o inimigo. Caubi irmão de Iracema. Bom caçador, corajoso, não guardou rancor da irmã, indo visitá-la na sua choupana distante.

5 Irapuã chefe tabajara. Representa, com a oposição a Martim, um esforço para preservar suas tradições. Jacaúna chefe pitiguara. Seu colar de guerra, com os dentes dos inimigos, era um símbolo de valentia. Poti irmão de Jacaúna. Tinha grande amizade por Martim. Convertido ao Cristianismo, adota o nome Antônio Felipe Camarão. Batuireté avô de Poti, fora o maior chefe pitiguara. Seu nome significa valente nadador. Jatobá pai de Poti, conduziu os pitiguaras a muitas vitórias. Moacir o filho da dor. É, na alegoria de Alencar, o primeiro brasileiro. Mal nasceu, já se exilava da terra que o gerou.

6 ENREDO breve resumo Numa atmosfera lendária e selvagem desenrola-se a história de Martim, colonizador do Ceará, e Iracema, índia tabajara, filha de Araquém, pajé da tribo. Martim saíra à caça com o amigo Poti, guerreiro pitiguara, e se perdera, indo parar nos campos dos inimigos tabajaras. Encontra, então, Iracema, que o acolhe na cabana de Araquém, enquanto volta Caubi, irmão da jovem (ele reconduziria o guerreiro branco às terras pitiguaras). Iracema, porém, apaixona-se pelo forasteiro e trai o segredo de jurema, que guardava como virgem consagrada a Tupã. Ela, então, acompanha Martim, deixando em sua tribo um sentimento de revolta, acirrado pelos ciúmes de Irapuã, o destemido chefe tabajara. Ocorre, em seguida, a guerra da vingança, e os tabajaras são vencidos: Iracema confunde a felicidade do amor com a tristeza que desperta a derrota de seus irmãos. À tristeza outra dor se acrescenta: o esfriamento do amor de Martim, que se ausenta em longas jornadas. Ao regressar, ele encontra Iracema às portas da morte, exausta pelo esforço que fizera para alimentar o filho recém-nascido, a quem dera o nome de Moacir ( filho da dor ). Martim enterra o corpo da esposa e parte para a Europa, levando o filho e a saudade da companheira.

7 ANÁLISE I. A heroína idealizada Iracema é filha de Araquém, pajé da tribo tabajara, e deve manter-se virgem porque guarda o segredo da jurema e o mistério do sonho. Sua mão fabrica para o Pajé a bebida de Tupã. O momento em que Martim encontra Iracema revela a idealização romântica em seu grau mais elevado: Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Alencar retrata, em seguida, o processo de estranhamento e fascínio mútuo que dominou o encontro dos dois povos. Começavam a se conhecer, sem sequer suspeitar das trágicas consequências do encontro para os indígenas.

8 II. A sedução Enquanto esperam por Caubi, o irmão de Iracema que reconduziria o branco às terras pitiguaras, Iracema se apaixona por Martim, mas não pode se entregar a ele. Uma noite, ele pede a Iracema o vinho de Tupã, pois a bebida, que provoca alucinações, permitiria que ele, em sua imaginação, possuísse a jovem índia como se fosse realidade. Iracema lhe dá a bebida e, enquanto ele imagina sonhar, Iracema torna-se sua esposa. III. O conflito Martim é ameaçado por Irapuã, apesar da advertência de Araquém (Tupã puniria quem machucasse seu hóspede). Iracema encontra Poti, que deseja salvar o amigo. Planejam, então, a fuga de Martim. Durante a preparação dos tabajaras para a guerra contra os pitiguaras, Iracema lhes serve o vinho da jurema e, enquanto os guerreiros deliram, ela leva Martim e Poti para longe. Os tabajaras descobrem que Iracema traíra o segredo da jurema e perseguem os fugitivos. Os pitiguaras, avisados da invasão dos tabajaras, juntam-se aos fugitivos, e é travado um sangrento combate. Iracema luta ao lado de Martim contra a sua tribo. Os pitiguaras vencem e Iracema se entristece pela morte de seus irmãos.

9 IV. O exílio Iracema acompanha Martim e Poti e passa a morar com eles no litoral. A alegria se completa com a gravidez de Iracema. Porém, diminui o interesse de Martim pela esposa e pela vida a seu lado. Iracema sofre; Martim se ausenta em caçadas e batalhas. Enquanto guerreia, nasce seu filho, que Iracema chama de Moacir, que significa nascido do meu sofrimento, da minha dor. Solitária e saudosa, Iracema tem dificuldade para amamentar o filho e quase não come. Desfalece de tristeza. Martim fica longe de Iracema durante oito luas (oito meses) e, quando volta, encontra a mulher à beira da morte. Ela entrega o filho a Martim, deita-se na rede e morre. Poti e Martim enterram-na ao pé do coqueiro, à beira do rio. Segundo Poti, quando o vento do mar soprar nas folhas, Iracema pensará que é tua voz que fala entre seus cabelos. O lugar onde Martim e Iracema viveram viria a ser chamado, um dia, pelo nome Ceará. Martim partiu das praias cearenses levando o filho. Alencar comenta: O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça? O guerreiro branco volta alguns anos depois, acompanhado de outros europeus, para plantar a cruz na terra selvagem. Começa a colonização e a narrativa termina: Tudo passa sobre a terra.

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