Sugestões de atividades. Unidade 8 Florestas PORTUGUÊS

Transcrição

1 Sugestões de atividades Unidade 8 Florestas 6 PORTUGUÊS 1

2 Português 1. Releia o seguinte trecho do texto das páginas 274 e 275, Vitória-régia. Uma noite em que o luar estava mais bonito do que nunca, ela saiu correndo atrás da Lua. Chegando à beira da lagoa, viu a Lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditou que ela havia descido do céu para banhar-se ali. Os verbos desse trecho estão quase todos no pretérito. Reescreva-o alterando os verbos para o futuro. 2. O texto Vitória-régia está escrito em terceira pessoa. Reescreva o trecho da atividade anterior passando todos os verbos da terceira para a primeira pessoa. 3. Leia atentamente as notícias de jornal abaixo, completando as lacunas com a ou há: a) Fábrica falida cinco anos ainda não pagou ex-funcionários, no Paraná Disponível em: < b) Expectativa de vida no Brasil passa 73,2 anos, diz IBGE Disponível em: < c) O que vai transformar sua vida daqui cinco anos Disponível em: < d) Parque está sem vistoria adequada oito anos Disponível em: < e) Vale pretende abrir capital da VLI daqui três anos Disponível em: < 4. Leia atentamente o texto a seguir, que é o segundo capítulo do romance Iracema, de José de Alencar. Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. 1

3 Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho; o aljôfar d água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo. Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido. De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada, mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d alma que da ferida. O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara. A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. O guerreiro falou: Quebras comigo a flecha da paz? Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu? Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus. Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema. José de Alencar. Iracema. São Paulo: Ediouro, ed. p O romance Iracema narra a história de amor vivida entre a personagem que nomeia o livro, a índia Iracema, e Martim Soares Moreno, homem branco. Conforme vimos, para ler um texto escrito em outro tempo, precisamos compreender o contexto em que ele foi elaborado. É necessário estudar seu vocabulário e as características e costumes da sociedade da época. Quando os livros Iracema e O Guarani, ambos de José de Alencar, foram publicados, havia um movimento de exaltação à figura do índio, transformado em herói nacional em poemas e romances. Enaltecer os indígenas era uma maneira de elevar a cultura nacional. No entanto, o índio era descrito de maneira idealizada, muito longe de corresponder a uma aproximação da realidade, e simbolizava os ideais europeus de heroísmo e humanidade. 2

4 O trecho que você acabou de ler narra o primeiro encontro de Iracema com Martim. Relate, com suas palavras, como é construída a exaltação da personagem principal, Iracema. 3

5 Português Gabarito 1. Uma noite em que o luar estará mais bonito do que nunca, ela sairá correndo atrás da Lua. Chegando à beira da lagoa, verá a Lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditará que ela haverá (ou terá) descido do céu para banhar-se ali. 2. Uma noite em que o luar estava mais bonito do que nunca, eu saí correndo atrás da Lua. Chegando à beira da lagoa, vi a Lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditei que ela havia descido do céu para banhar-se ali. 3. a) há b) a c) a d) há e) a 4. Iracema é comparada, constantemente, à natureza exuberante, como podemos perceber nos trechos: [...] cabelos mais negros que a asa da graúna [...] ; O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. e Mais rápida que a ema selvagem [...]. A índia é descrita como uma mulher absolutamente bela, pura, justa e encantadora. Professor, compare as respostas elaboradas pelos alunos e, se possível, exponha algumas delas para o restante da turma.